domingo, 4 de junho de 2023

Metas fiscais? Monetárias? E as sociais?

Ilustração: Erin Dwia/C40
Por Paulo Nogueira Batista Jr.


O Brasil tem metas para a inflação desde 1999. Acabamos de lançar metas para o resultado primário das contas públicas. Por que não teríamos, também, metas sociais? Por que só metas monetárias e fiscais? Eis a pergunta que não quer calar.

Se dependesse do mercado financeiro e dos economistas da mídia corporativa, os objetivos sociais, aceitos retoricamente como “importantes”, “relevantes”, “essenciais”, seriam estabelecidos de forma bem genérica, flexível e vaga. Em contraste com os monetários e fiscais, especificados com cuidado, detalhes e rigor, especialmente os fiscais. Na ausência dessas especificações, não haverá confiança na política econômica, asseguram os economistas ortodoxos, com ampla ressonância midiática. Já os objetivos sociais, vistos na prática como menos relevantes, podem ficar na esfera do meramente vago.

Mãos à obra no sindicalismo!

Ilustração do site Esk
Por João Guilherme Vargas Netto


No dia 5 de maio o Executivo enviou ao Congresso Nacional o projeto de lei da valorização do salário mínimo (PL 2385/2023) atendendo à reivindicação da Conclat-2022 e cumprindo a promessa do presidente Lula.

Todos sabemos o conteúdo deste projeto que retoma a política de valorização já testada e aprovada na economia e na sociedade corrigindo o salário pela inflação e pelo crescimento do PIB de dois anos passados, garantindo sempre o reajuste pela inflação se o crescimento do PIB for negativo.

Cabe agora ao governo, à sua articulação política e aos partidos da base encaminharem a discussão e a aprovação do projeto, enfrentando as dificuldades por ventura existentes em sua tramitação.

O golpismo, em marcha

Charge: Arnaldo Branco/Blog da KikaCastro
Por Roberto Amaral, em seu blog:


"Quando começo a pensar no próximo filme, meu desejo é realizar uma obra-prima, o filme dos filmes. Então as filmagens começam, surgem as primeiras dificuldades, e percebo que no máximo conseguirei fazer um bom filme. Ao final, são tantos os contratempos, empecilhos etc., que acabo me contentando em fazer um filme." - François Truffaut

A Realpolitik – o “realismo” governante do mundo e de nossas vidas –, desdenha do sonho para impor-se como a arte do possível. Assim a humanidade se organizou e chega aos nossos dias. Regida pelos ditos espíritos pragmáticos, entre os quais se encontram os vencedores, a política se faz servidora do império das circunstâncias, um arco conceitual que caminha da Terra ao infinito. Os tempos atuais parecem haver defenestrado a utopia. O visionário, o antecipador é expulso de cena. Quase sempre o “realismo” obriga o líder a adequar-se às condições objetivas, ou, nas palavras de Truffaut, render-se às dificuldades, aos contratempos aos empecilhos para, impedido de vencer, pelo menos não perder, o que já seria um “ganho”. Sonhando em escalar o topo, o líder pode, vencido pelas circunstâncias, conformar-se no repouso do sopé. São correções de rota, revisão de objetivos e, fundamentalmente, composição de interesses visando à tomada ou conservação do poder, quase sempre em novos modos e novas medidas. Assim, a Nova República, na regência de José Sarney, compõe-se com o regime decaído e enseja a preeminência militar na reconstrução civil.

quarta-feira, 31 de maio de 2023

Até o MBL abandona o cassado Dallagnol

Chantagem de Lira abala o Planalto

Até o MBL abandona o cassado Dallagnol

Charge: Gervásio
Por Altamiro Borges


O ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), que teve seu mandato cassado por unanimidade pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), virou motivo de chacota. O ex-chefão da midiática Operação Lava-Jato, que já teve muito poder em conluio com o “juiz ladrão” Sergio Moro, hoje está totalmente isolado e desmoralizado. Nos corredores do Congresso Nacional, nas ruas e nas redes digitais, ele é tratado com total menosprezo e desdém.

A batalha vital de Lula no Congresso Nacional

Cúpula da América do Sul fortalece a região

Os escândalos envoltos na Lava-Jato

terça-feira, 30 de maio de 2023

Crivella cassado e o tio-pastor de Damares

Charge: Quinho
Por Altamiro Borges


Os últimos dias têm sido infernais para alguns mercadores da fé. Na semana passada, a Justiça Eleitoral decidiu pela cassação e pela inelegibilidade por oito anos do deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos-RJ). O bispo neopentecostal, que é sobrinho de Edir Macedo, dono da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd), também foi multado em R$ 433 mil. Já no sábado (27), a Polícia Federal apreendeu um avião com 290 kg de maconha que pertence à Igreja do Evangelho Quadrangular, chefiada pelo tio da senadora Damares Alves (Republicanos-DF).

Zambelli se complica na Justiça Eleitoral

Trabalho escravo: a vida após o resgate

Lira lavou dinheiro do Orçamento Secreto

Todos os indígenas estão sob ameaça

O calote bilionário de Bolsonaro na Caixa

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Zambelli se complica na Justiça Eleitoral

Por Altamiro Borges


A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) não está enfrentando apenas problemas de saúde. Ela sofre também com graves transtornos políticos. Nos últimos dias, ela foi multada em R$ 30 mil por difundir fake news contra a democracia brasileira, foi xingada de “traidora” pelos próprios bolsonaristas e, no pior dos casos, foi acusada de fraude na prestação de contas da eleição do ano passado e pode até ser cassada. A denúncia é gravíssima!

O fim melancólico do Faustão na Band

A guerra da mídia monopolista contra Lula

Os obstáculos de Lula no Congresso Nacional

domingo, 28 de maio de 2023

O fim melancólico do Faustão na Band

Foto: Reprodução/BandTV
Por Altamiro Borges


Terminou nesta terça-feira (23) a curta passagem de Fausto Silva pela Rede Bandeirantes. O programa “Faustão na Band” foi lançado em 17 de janeiro de 2022 e gerou grande expectativa após a saída do apresentador da TV Globo, onde reinou no “Domingão” por 32 anos. Os analistas de mídia avaliam que vários fatores levaram ao fiasco da iniciativa, mas o principal foi o erro de cálculo sobre o formato dos programas de auditório em uma televisão aberta que enfrenta grave crise do seu modelo de negócios, com perda de audiência e publicidade.