segunda-feira, 24 de setembro de 2018

O plano antissindical de Bolsonaro


Exceto por artigo de João Guilherme Vargas Neto, por publicações da Agência Sindical, do Portal Vermelho e de alguns outros sites, passou quase despercebido o Plano de Governo de Jair Bolsonaro no tocante ao mundo do trabalho - “Modernização da legislação trabalhista” é o nome.

Para um Plano com 4.583 palavras, Bolsonaro destina 113 aos trabalhadores. O conteúdo é radicalmente neoliberal, ao atentar contra o contrato mediado pelas garantias da Convenção Coletiva, ao criar uma Carteira para os contratados de forma precária e ao garantir permissão legal para que o trabalhador escolha o seu Sindicato, o que solapa o conceito de categoria profissional, que é uma das mais valiosas conquistas do sindicalismo brasileiro.


domingo, 23 de setembro de 2018

A maior fake news da história do Brasil

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

O capitão Jair Bolsonaro acredita que a ditadura militar foi uma época dourada para o Brasil. “Era completamente diferente de hoje. Naquele tempo você tinha liberdade, segurança, ensino de qualidade, a saúde era melhor.”

Apesar de nem as vírgulas dentro dessas aspas serem verdadeiras, a lorota de Bolsonaro tem colado com certa facilidade. Não é raro encontrar jovens defendendo o regime militar. Há também os que viveram a época e garantem que tudo era melhor. Todos da minha geração tem um tio, um pai ou um avô que afirma com muita convicção que o ensino público era fantástico, que não havia corrupção, que a economia bombava e que se podia andar tranquilamente nas ruas sem medo da violência. Mas essas experiências particulares não refletem exatamente o que se passava com a totalidade dos brasileiros naquele período. A bolha do seu tio não representa o Brasil.

Doria debocha de França. É o desespero…

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Muitas vezes, mais que os números das pesquisas, é a atitude dos candidatos na propaganda que revela seu desespero com os sinais de derrota.

É o que está acontecendo com João Dória.

Ao colocar no ar uma inserção em que debocha da mudança física do governador Márcio França (PSB) por conta de uma cirurgia bariátrica devida a um quadro de obesidade e diabetes, o ex-prefeito de São Paulo talvez tenha dado um mortal tiro no pé.

Sublime ironia: golpe implodiu PSDB e MDB

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

“As redes sociais deram o direito à palavra a uma legião de imbecis que antes falavam apenas em um bar” (Umberto Eco, escritor e filólogo italiano, em junho de 2015).

A 15 dias da eleição, só uma coisa já é certa: PSDB e MDB, os grandes partidos da aliança golpista de 2016, cevada pela Lava Jato e pela velha mídia, já estão fora do segundo turno, relegados ao bloco dos nanicos.

E o PT de Lula, o principal alvo da operação para derrubar Dilma, sobreviveu com Fernando Haddad, na bica para ir ao segundo turno contra Jair Bolsonaro.

Carta de FHC: tiro n’água

Editorial do site Vermelho:

Desespero. Essa é a definição exata para o comportamento das hostes tucanas diante da tendência das intenções de votos, faltando, praticamente, duas semanas para o primeiro turno das eleições. A reação desvairada, que ecoa nos editoriais e colunas da mídia, está na “Carta aos eleitores e eleitoras” do ex-presidente Fenando Henrique Cardoso (FHC) e no manifesto de intelectuais ligados ao PSDB. Em uníssono, valendo-se da tática eleitoral do alarmismo, eles disseminam que a disputa eleitoral estaria polarizada por dois extremos (Fernando Haddad e Jair Bolsonaro), o que seria uma “ameaça” ao Brasil, para tentar fazer emergir um salvador da pátria de “centro”.

Centrais rechaçam o fascista Bolsonaro

Do site da CTB:

Lideranças de seis centrais sindicais divulgaram neste sábado (22) uma nota de repúdio ao candidato à presidência Jair Bolsonaro.

O texto intitulado “Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro” é assinado por dirigentes da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Força Sindical, CSB, Nova Central, Intersindical e CSP-Conlutas.

Leia abaixo o texto na íntegra:

A polarização que cega

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

A polarização chegou esta semana e assustou, embora fadada a acontecer quando fosse definido o substituto de Lula, o favorito barrado pela Justiça.

Para o IBOPE, Bolsonaro chegou a 28% e Fernando Haddad firmou-se no segundo lugar com 17%.

O petista cresceu menos, segundo o Datafolha, mas isso não conteve o pavor dos que consideram igualmente nefastas tanto a volta do PT como a vitória da extrema direita.

Enquanto isso, Bolsonaro é que continua crescendo sem fazer campanha, e isso é que devia nos apavorar.

sábado, 22 de setembro de 2018

Paulo Guedes tirou a máscara de Bolsonaro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

O liberalismo é vendido como o modelo econômico que pode salvar os cidadãos das garras do Estado malvadão.

A marota estratégia dos defensores deste modelo é excluir da equação os grandes predadores do mundo, o 1%: multinacionais, bancos, especuladores, milionários e bilionários. Se o Estado for mínimo, como querem os liberais, são estes que se apropriam da renda enquanto a esmagadora maioria da população luta pela sobrevivência enquanto sofre com o desemprego e os baixos salários.

O Estado, na realidade, não é o problema, mas sim a grande força que pode conter o apetite insaciável dos donos do capital e, assim, melhorar as condições de vida da população.

Carta de FHC: truco da direita

Por Osvaldo Bertolino, no site da Fundação Maurício Grabois:

O reaparecimento do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC) na cena política brasileira, pregando em carta a radicalização pelo “centro” contra os “extremistas” Fernando Haddad e Jair Bolsonaro, recoloca a questão: ou o Brasil muda de rumo ou a crise se agravará. No fundo da sua litania está a tentativa de recuperar terreno para o projeto de país que ele representa e que guarda uma enorme diferença em relação ao da esquerda. Falta a FHC honestidade intelectual para expor seus anátemas no que toca às questões nacionais - como de resto tem sido a sua prática desde antes de assumir a Presidência da República em 1994.

Fernando Haddad: Nasce um presidente

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Embora haja muitas certezas, sustentadas não só pelas pesquisas eleitorais, mas também por razões políticas, Fernando Haddad tornou-se candidato do Partido dos Trabalhadores e ultrapassará, mais cedo do que se pensa, o porcentual de intenção de votos dado a Jair Bolsonaro, o mais direto dos adversários dele.

Há, de fato, possibilidade de riscos, não muito longe da premonição anunciada pelas cartas do baralho ou pela leitura de mãos. Estão excetuados, nestas afirmações, os casos de hecatombes. Ou mesmo de facadas cruéis, condenáveis e inesperadas.

Venezuela: a nova 'Regina Duarte' do PSDB

Por Jonatas Campos, no jornal Brasil de Fato:

Para um candidato que detém metade do tempo de propaganda eleitoral gratuita, mas que amarga índices de intenção de votos abaixo dos dois dígitos, o risco de apelar usando seu farto tempo de TV é grande. E é o que Geraldo Alckmin faz: usa o tema da “Venezuela” para assustar os eleitores.

Não é a primeira vez que o partido usa deste tipo de jogo baixo. Em 2002, a campanha de José Serra (PSDB) colocou na TV a atriz global Regina Duarte dizendo uma frase que se tornou célebre:

“Eu tenho medo”, disse a atriz global, sobre o temor de Lula realizar um governo radical.

FHC e a inveja por trás da tragédia

Do blog: A justiceira de esquerda
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há pessoas movidas pela ambição. Outras, pela luxúria, pela gula. Há os avaros e os irados, os preguiçosos e os soberbos. Mas nenhum pecado capital é mais inútil que a inveja, dizem os filósofos.

Desde os primórdios da civilização, filósofos, pensadores estudam o fenômeno da inveja e a pulsão do invejoso.

De Ovídio (43 da era cristã):

A inveja habita no fundo de um vale onde jamais se vê o sol. nenhum vento o atravessa; ali reinam a tristeza e o frio, jamais se acende o fogo, há sempre trevas espessas [...]. A palidez cobre seu rosto, seu corpo é descarnado, o olhar não se fixa em parte alguma. Tem os dentes manchados de tártaro, o seio esverdeado pela bile, a língua úmida de veneno. Ela ignora o sorriso, salvo aquele que é excitado pela visão da dor [...]. Assiste com despeito o sucesso dos homens e esse espetáculo a corrói; ao dilacerar os outros, ela se dilacera a si mesma, e este é seu suplício.

Por um pacto em defesa da democracia

Por Marcus Ianoni, no site Brasil Debate:

Os últimos posicionamentos de líderes ligados à candidatura do PSL e às Forças Armadas, a começar pelo vídeo gravado por Jair Bolsonaro no hospital em que está internado, reforçam o sinal amarelo para a debilitada democracia brasileira que, desde 2016, com a deposição presidencial altamente polêmica, ingressou em um processo de desdemocratização. É hora de atenção, de muito cuidado na travessia em curso.

A guerra subterrânea contra o Papa Francisco

Por Elena Llorente, no site Carta Maior:

Depois das denúncias do ex-núncio (embaixador vaticano) nos Estados Unidos, Carlo María Viganó, sobre o ex-arcebispo de Washington, pedindo a renúncia do papa Francisco, junto com as centenas de abusos contra menores e adultos por parte de membros da Igreja que foram conhecidos nos últimos anos, em países como Chile, Estados Unidos, Irlanda, Austrália, Holanda e Índia, entre outros, a credibilidade da Igreja Católica está atravessando um momento muito crítico. Aonde irá parar, se as coisas não mudarem? As denúncias de abusos sexuais já terminaram, ou ainda há muito o que se descobrir? O que se pode fazer para frear este fenômeno que poderia atingir todos os países católicos do mundo?

PSDB sempre cresce na reta final da eleição

Por Renato Rovai, em seu blog:

Eleição não é uma caixinha de surpresas, como pensam alguns, e nem algo absurdamente previsível. É um misto das duas coisas, mas é sempre necessário levar em conta que o voto tem história.

E a história do voto em eleições presidenciais mostra que o PSDB sempre cresce na reta final, mesmo quando passou por péssimos momentos na campanha.

A primeira eleição do partido foi em 1989, depois de ter sido criado para a eleição municipal de 88, quando o PMDB rachou.

Deputado, Bolsonaro votou por 'privilégios'

Da Rede Brasil Atual:

O candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) se diz contra "privilégios" do funcionalismo e defensor de medidas de controle dos gastos públicos, além de afirmar ser um liberal e anunciar que seu governo vai privatizar empresas estatais. Totalmente oposto ao que ele defendeu, na prática, em seus 27 anos como deputado federal representando o estado do Rio de Janeiro.

Um levantamento nos arquivos da Câmara Federal mostra que o deputado votou, por exemplo, contra a extinção da aposentadoria integral para servidores públicos, foi a favor da criação de novos municípios, foi contra a privatização das telecomunicações e da Petrobras e apoiou a concessão de isenções fiscais para setores específicos da economia. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.

Temer cede à pressão de farmacêutica dos EUA

Do blog Socialista Morena:

Os Médicos Sem Fronteira soltaram um comunicado lamentando a decisão do governo brasileiro, através do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial), de conceder a patente do medicamento sofosbuvir, contra a hepatite C, à farmacêutica norte-americana Gilead, e impedindo que nosso país produza um genérico quatro vezes mais barato na Fiocruz, já aprovado pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Haddad e a estrada aberta nas pesquisas

Recife, 22/9/18
Fotos: Ricardo Stuckert
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

A pesquisa Datafolha revela dados muito mais positivos para Haddad do que os 16% dos eleitores que declararam que votarão nele para presidente - um índice que o coloca em segundo lugar na disputa por duas vagas no segundo turno.

De acordo o Datafolha, 33% dos eleitores dizem que votarão, com certeza, no candidato que Lula indicar e 16% talvez façam isso. Haddad poderia ter, portanto, 49% dos votos no primeiro no primeiro turno.

E por que está muito longe disso?

FHC procura o anti-Haddad. Resto é conversa

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Quando faltam duas semanas para o primeiro turno da eleição presidencial, Fernando Henrique Cardoso entra em cena para tentar embaralhar a sucessão brasileira.

Agora que a repulsa a candidatura de Jair Bolsonaro se torna um dado essencial do momento político, e permite antecipar uma vitória de Fernando Haddad na sucessão presidencial, FHC escreve uma Carta a Eleitoras e Eleitores onde fala na necessidade de encontrar um "candidato que não aposte em soluções extremas". É preciso ter cautela nesta argumentação.

A morte do PSDB e sua herança maldita

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A historiadora Céli Pinto, em artigo no Sul 21, escreve uma afirmação terrível.

Quando pesquisas apontam que o eleitor preferencial de Bolsonaro é homem com mais de 40 anos e nível superior, estamos frente a ex-eleitores de FHC, Serra, Alckmin e Aécio. Bolsonaro é o presente do PSDB para o Brasil.

Infelizmente, é a verdade.