Por Pedro Pinho, no site da Associação dos Engenheiros da Petrobras:
Onde está o petróleo?
Apenas dois países estão entre as cinco maiores reservas de óleo e de gás do planeta: a Rússia e o Irã. Ambos são participantes da “Nova Rota da Seda”, o maior projeto de desenvolvimento do mundo, que já engloba mais de 145 estados nacionais, majoritariamente na África (44), na Ásia (42) e na Europa (29).
Por outro lado onde estão os maiores consumidores de óleo e de gás? De acordo com a bp Statistical Review of World Energy, edição de 2021, dos dez maiores consumidores, apenas cinco também são produtores, embora nem todos possam satisfazer a demanda interna. São grandes consumidores com produção que atende total ou significativamente o país, em exajoules: os Estados Unidos da América (62,49), a Federação Russa (21,20), a República Islâmica do Irã (11,70), a Arábia Saudita (10,55) e o Canadá (8,32). Os que completam a lista dos dez maiores são importadores líquidos, valores também em exajoules: República Popular da China (40,40), Índia (11,17), Japão (10,25), Alemanha (7,33) e Coreia do Sul (6,94). A distância destes para os demais é tamanha que o próximo da lista, que no entanto é autossuficiente, é o Brasil (5,77 exajoules). Ao qual seguem países europeus entre 5 e 3,5 exajoules de consumo.
sexta-feira, 4 de março de 2022
Cronograma a ser cumprido da Conclat
Por João Guilherme Vargas Netto
Há um cronograma a ser cumprido para a realização, com êxito, da Conclat-2022.
Apresentada a proposta de pauta da classe trabalhadora pela comissão organizadora, todas as entidades, dirigentes e ativistas estão convocados a dar suas opiniões e sugestões até os meados de março. Na sequência o documento adquire sua forma final para apresentação na reunião do dia 7 de abril, que o discutirá e aprovará. Depois disso, durante o mês de abril, ele é enraizado em cada entidade, em cada setor, em cada estado – procurando criar fatos que sensibilizem, motivem e mobilizem as bases dos trabalhadores.
Há um cronograma a ser cumprido para a realização, com êxito, da Conclat-2022.
Apresentada a proposta de pauta da classe trabalhadora pela comissão organizadora, todas as entidades, dirigentes e ativistas estão convocados a dar suas opiniões e sugestões até os meados de março. Na sequência o documento adquire sua forma final para apresentação na reunião do dia 7 de abril, que o discutirá e aprovará. Depois disso, durante o mês de abril, ele é enraizado em cada entidade, em cada setor, em cada estado – procurando criar fatos que sensibilizem, motivem e mobilizem as bases dos trabalhadores.
De que lado ficar na guerra da Ucrânia?
Charge: DoContra |
Agora, não tem mais jeito. O conflito bélico Rússia-Ucrânia estourou e o resultado vai afetar os interesses do povo brasileiro e de todos os outros povos periféricos, seja qual for o desenlace do confronto militar em curso. Em vista disto, é muito importante saber qual posicionamento devemos tomar em relação ao problema surgido.
Basicamente, há três variantes que nos serviriam de opção: demonstrar neutralidade, tomar o partido da OTAN, ou aderir às posições da Rússia. Mas, em qualquer destas alternativas, existem matizes e variações que podem dar significados bem diferentes à escolha que fizermos.
Vamos ter de nos expressar em relação a dois blocos de forças alheios à nossa realidade e, por isso, precisamos entender o que está por trás dos mesmos.
domingo, 27 de fevereiro de 2022
Aécio Neves pode perder seu mandato
Charge: Izânio |
Na semana passada, o Ministério Público Federal reforçou o pedido para que o deputado Aécio Neves (PSDB-MG), um dos principais responsáveis pelo golpe do impeachment contra Dilma Rousseff, seja condenado e perca seu mandato como punição pelo recebimento de R$ 2 milhões do então presidente da J&F, Joesley Batista, em 2017.
Como lembra o site UOL, “na época, Aécio era senador. A propina teria sido recebida em quatro parcelas de dinheiro vivo e levadas em malas de São Paulo até Minas Gerais. Alguns pagamentos suspeitos foram filmados pela Polícia Federal. O caso foi enquadrado pelo MPF como corrupção passiva”.
Bolsonaro torra grana pública no Carnaval
Charge: Fraga |
Enquanto a média de mortes diárias por Covid-19 atinge 722 pessoas e cerca de 500 brasileiros, segundo o Itamaraty, ainda tentam deixar a Ucrânia, o “capetão” curte festivamente o Carnaval no litoral paulista. O site G1 informa neste domingo (27) que “Bolsonaro passeia de moto aquática e gera aglomeração de banhistas em praias do Guarujá e Praia Grande”.
Segundo a notinha, o presidente “saiu de Brasília, na manhã de sábado, e foi de avião até o Aeroporto de Congonhas (SP). Depois, ele seguiu em helicóptero para o Guarujá, onde chegou por volta das 10h20. Ele e sua comitiva estão hospedados no Forte dos Andradas. A previsão é que o presidente retorne à Brasília na próxima sexta (4)”.
Brasil vira a “Disneylândia do neonazismo”
Por Fernando Brito, em seu blog:
Aos que acham que esta história de neonazismo é “folclore” em torno de alguns alucinados sem importância, recomenda-se a leitura da reportagem de Janaína Figueiredo, na edição de hoje de O Globo. onde registra-se que o Brasil é, no mundo, o país “onde mais cresce o número de grupos de extrema direita”. São 530, segundo um grupo de professores dedicado à pesquisa do tema:
- Desde 2018, o Brasil se transformou no país com maior crescimento de grupos de extrema direita. Este fenômeno tem a ver com a eleição de Jair Bolsonaro que, num nível subterrâneo, está vinculado a estas ideologias. Hoje, estima-se que 15% dos brasileiros são de extrema direita - afirma Michel Gherman, membro do Observatório da Extrema Direita, professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Instituto Brasil-Israel.
- Desde 2018, o Brasil se transformou no país com maior crescimento de grupos de extrema direita. Este fenômeno tem a ver com a eleição de Jair Bolsonaro que, num nível subterrâneo, está vinculado a estas ideologias. Hoje, estima-se que 15% dos brasileiros são de extrema direita - afirma Michel Gherman, membro do Observatório da Extrema Direita, professor de Sociologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e coordenador do Instituto Brasil-Israel.
Bolsonaro tem leve recuperação nas pesquisas
Arte: Dinho Lascoski |
Existe entre setores de esquerda no Brasil uma desconfiança em relação às pesquisas eleitorais que pode levar a um autoengano.
É preciso separar o joio do trigo. Há pesquisas claramente enviesadas, encomendadas para sustentar a ideia de que Bolsonaro avança como um foguete. Sim, há. Mas há também diferenças numéricas provocadas por metodologias diferentes. Importante estar atento a isso.
Não é produtivo, nem inteligente, vociferar contra todas as pesquisas que apontam alguma recuperação de Bolsonaro: “estão compradas, não confio, tudo feito por telefone, Lula já ganhou”.
Bolsonaro traz a fome de volta ao Brasil
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:
O Brasil é um país cheio de contradições. Mas uma delas mostra bem o estágio em que nos encontramos: a produção do campo brasileiro é imensa, mas boa parte da população vive sem acesso suficiente aos alimentos, a chamada insegurança alimentar, que abrange desde a má qualidade da alimentação, passando pela instabilidade no acesso aos alimentos e o estágio pior, a fome.
Nos últimos anos, essa palavra, fome, voltou a fazer parte dia a dia dos brasileiros. Além dos números, nos chocam as cenas nas ruas, nos centros das grandes cidades, nas periferias, com pessoas à procura de restos, sobras, carcaças, farelos, lixo; nas filas dos açougues para comprar osso a quilo quando até algum tempo, era descartado ou doado.
O Brasil é um país cheio de contradições. Mas uma delas mostra bem o estágio em que nos encontramos: a produção do campo brasileiro é imensa, mas boa parte da população vive sem acesso suficiente aos alimentos, a chamada insegurança alimentar, que abrange desde a má qualidade da alimentação, passando pela instabilidade no acesso aos alimentos e o estágio pior, a fome.
Nos últimos anos, essa palavra, fome, voltou a fazer parte dia a dia dos brasileiros. Além dos números, nos chocam as cenas nas ruas, nos centros das grandes cidades, nas periferias, com pessoas à procura de restos, sobras, carcaças, farelos, lixo; nas filas dos açougues para comprar osso a quilo quando até algum tempo, era descartado ou doado.
Os efeitos da Rússia fora do Swift
Foto: Sputinik |
Tirar um país com a importância da Rússia do sistema de pagamentos de internacional, o Swift, tem um impacto imenso. Por exemplo, somente a Rússia poderia resolver os problemas de demanda energética imediata da Europa. Não se coloca um país como a Rússia fora do sistema internacional impunemente. Uma coisa é Cuba e Coreia Popular.
A Rússia terá de operar com o euro, fortalecendo a posição desta moeda. Por outro lado, poderá especular no mercado de ouro – e, o mais importante, do ponto de vista estratégico, consolidar a União Eurásica tendo o yuan como moeda oficial do bloco.
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