domingo, 30 de junho de 2013

Um novo tempo, apesar dos perigos

Por Valter Pomar, em seu blog:

1. As grandes mobilizações ocorridas no Brasil, desde 13 de junho de 2013, constituem motivo de comemoração e otimismo. O país, nosso governo e nosso Partido necessitavam deste chacoalhão, que abre a possibilidade de avançarmos, e avançarmos mais rápido, no processo de reformas sociais e políticas. Mas para isto é preciso fazer uma detida reflexão sobre os acontecimentos, para a qual apresentamos a contribuição a seguir.

Mensalão da Globo: mostra o DARF!

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Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Minha fonte me liga para contestar a informação divulgada pela Globo, via UOL, (clique aqui), de que ela quitou a dívida de R$ 615 milhões com a Receita Federal.

A dívida é a soma do impostos mais juros e multa, resultantes de um auto de infração no qual a Receita detectou a intenção da Globo de fraudar o fisco. Em valores atualizados, chegaria perto de R$ 1 bilhão.

“Se ela pagou, então mostra o Darf, o povo quer saber”, diz o garganta profunda deste humilde blogueiro. Darf, como todo bom pagador de impostos sabe, é o documento da receita onde o contribuinte registra o pagamento de uma dívida tributária.

Documentos da Receita acusam a Globo

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um documento vazado pela Receita Federal e publicado ontem pelo blog O Cafezinho, de Miguel do Rosário, é extraordinariamente importante.

Nele, a Receita acusa a Globo de sonegar mais de 180 milhões de reais por ocasião da compra dos direitos de transmissão da Copa de 2002.

Resposta ao descontentamento

Por Nabil Bonduki, na revista CartaCapital:

A proposta da presidenta Dilma Rousseff de realização de um plebiscito para decidir sobre a promoção da reforma política é uma resposta acertada à insatisfação manifestada nas ruas com a classe política. Abre-se, com a proposta, a possibilidade de um amplo debate com participação efetiva da sociedade.

O que mostra a pesquisa Datafolha

Por José Dirceu, em seu blog:

Pesquisa Datafolha publicada pela Folha de S.Paulo como manchetes principais da capa, da política e do caderno Cotidiano (noticiário local/geral) do jornal hoje, prova que a imensa maioria do povo brasileiro - 81% - e dos petistas e simpatizantes do partido - 79% - apoia as manifestações que se realizam no país há três semanas. O levantamento mostra, também, que 65% dos brasileiros se opõem ao passe livre (ou tarifa zero de transporte público) se for preciso parar obras.

Balanço de uma semana intensa

Tomaz Silva/ABr
Por Gilberto Maringoni, no sítio Carta Maior:

A semana termina de forma bastante positiva para quem vê as manifestações e protestos como impulsionadores da democratização da sociedade. Destaco os seguintes pontos, listados a seguir:

1. A pauta progressista (mais serviços, mais Estado) se impôs nas ruas sobre a agenda regressista (menos impostos, maioridade penal, fim do bolsa-família, fora Dilma etc). As mobilizações entraram no viés de baixa, motivado principalmente pelas vitórias espetaculares na redução nacional das tarifas e - em SP - dos pedágios. Até segunda ordem, parece que os preços dos públicas foram congelados. Claro que os governantes farão malabarismos fiscais para tirar verbas de outras áreas, mas o sinal geral é alentador. Com isso, persiste o quadro de mobilização em cima da melhoria dos serviços públicos;

Reforma política incomoda a direita

Por Renata Mielli, no blog Janela sobre a palavra:

Quem apostava que o governo da presidenta Dilma Rousseff estava encurralado pelas manifestações das últimas semanas cometeu o maior dos enganos. Aliás, nada melhor do que uma explícita ofensiva política de direita para sacudir o comodismo e tirar a esquerda da paralisia.

Os três desafios de Dilma Rousseff

Por Luis Nassif, em seu blog:

O governo Dilma Rousseff tem três desafios.

O primeiro, superar o momento atual do esculacho, o enorme desabafo nacional que sacudiu todo o país. Os movimentos já atingiram o epicentro e começam a refluir.

O segundo, o de recuperar o protagonismo político e abafar o movimento “volta Lula”, ensaiado por setores do PT e do empresariado.

Helena, Bernardo e as peças de museu

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Ninguém acha que é possível dirigir o Brasil como se fosse um grêmio estudantil ou uma associação de moradores.

Quem dirige o país, no Executivo, não pode tudo. Há que se respeitar a famosa “correlação de forças”. Isso é evidente.

Mas é evidente também que aqueles que ocupam o centro do governo (ainda mais se representam forças que historicamente lutaram por mudanças estruturais do Brasil) têm a obrigação de lutar para que a correlação de forças se altere e permita mais e mais reformas.

Dilma e a pauta da juventude

Roberto Stuckert Filho/PR
Do sítio da União Nacional dos Estudantes (UNE):

Dilma Rousseff se reuniu na manhã desta sexta-feira (28) com representantes de 24 movimentos de juventude, entre eles a União Nacional dos Estudantes (UNE). Este foi mais um encontro da presidenta após a onda de manifestações que se expandiram por todo país. Durante a semana, ela recebeu representantes dos Três Poderes, além de líderes de diversos movimentos para debater e ouvir opiniões sobre as cinco propostas apresentadas no pacto nacional.

Plebiscito pode economizar bilhões

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em minha humilde ignorância, confesso que não entendo quem diz que o plebiscito sobre reforma política pode custar caro demais. Meio bilhão, disse alguém.

Até ministros do STF tocaram neste assunto.
Data Venia, eu acho estranho.

Liberdade de expressão para todos

Por Paulo Teixeira, na revista Teoria e Debate:

A informação está disponível na ponta dos dedos, em tempo real, nas telas de smartphones e tablets que carregamos no bolso ou na mochila. Em breve, estará também diante dos nossos olhos, projetada em telas virtuais por óculos conectados à internet, enquanto caminhamos pela rua.

Perder tempo pode ser perder a luta

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Tal como na pesquisa sobre a aprovação de seu Governo, também a pesquisa de intenção de voto que a Folha publicará amanhã e cujos números, antecipados nesta tarde, revelam uma queda abrupta da Presidenta Dilma Rousseff ainda estão longe de representar um quadro irreversível, mas certamente já entraram, há muito, na condição de preocupantes.

As surpresas do Datafolha

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Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Quem poderia prever isso?

Ao bater o recorde de aprovação do seu governo, surfando com 65% de ótimo e bom em março, na pesquisa Datafolha, Dilma Rousseff parecia caminhar para uma tranquila reeleição no próximo ano, vencendo já no primeiro turno, segundo a quase unanimidade dos analistas políticos. Sem opositores fortes à vista, seria um passeio.

Uma análise do "Datafalha"

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Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

Diante do Datafalha – “Datafalha, Dilma não caiu” -, o ansioso blog procurou reunir alguns pedaços de análise, consultou o Tirésias, o Oráculo de Delfos, o Vasco e outros confiáveis intérpretes, e se permitiu algumas observações:

Era impossível que, depois do “terremoto neopolítico”, engendrado na “doença infantil do transportismo” não ocorresse uma queda na avaliação da presidenta e de todos políticos, sem exceção.

sábado, 29 de junho de 2013

Paulo Bernardo e as vozes das ruas

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Do sítio do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

Em meio a uma série de manifestações legítimas realizadas pela população brasileira por transformações sociais, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) continua atuando e contribuindo com a luta pela democratização dos meios de comunicação, pauta expressa continuamente pela população nas ruas. Em todos os estados do país, acontecem manifestações e assembleias populares que expressam o descontentamento do povo com a mídia hegemônica brasileira.

"Dossiê Jango": um alerta democrático

Por José Carlos Ruy, no sítio Vermelho:

O outro lado da história do golpe cívico-militar de 1964 vai aos cinemas brasileiros no dia 5 de julho de 2013: o filme Dossiê Jango, dirigido por Paulo Henrique Fontenelle. Vem bem a calhar nestes dias onde o fantasma de mais um golpe da direita ronda o cenário político brasileiro.

O filme foi premiado, na última sexta-feira (21) no 17° Florianópolis Audiovisual Mercosul (FAM 2013), na categoria DOC-FAM, vencendo os juris Popular e Oficial, como melhor filme. Antes, já havia sido premiado no Festival do Rio 2012 (melhor documentário Júri Popular) e na Mostra Tiradentes 2013 (melhor longa metragem Júri Popular).

O cavalo selado e as esquerdas

Por Ricardo Gebrim, no jornal Brasil de Fato:

O revolucionário salvadorenho Jorge Schafik Handal (1930-2006), entre tantas contribuições teóricas deixou um texto que é uma verdadeira aula para os que pensam a política como arte da transformação social. Ao analisar um episódio ocorrido às vésperas do golpe militar de 1973, ele mostra como as maiores forças de esquerda perderam uma oportunidade histórica que poderia ter alterado o desfecho que já se anunciava.

Os ecos do mensalão platinado

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Alguns esclarecimentos importantes sobre o mensalão platinado. Primeiro, sobre os valores.

Olhem o documento abaixo com atenção:




Quem são os "mercados"?

Por Diego Escribano, no sítio da Adital:

Há décadas que o Consenso de Washington ostenta uma posição dominante com pretensão de modelo único, universal. Os governos de Reagan e Thatcher marcaram o caminho para todo o mundo.

Privatizações, desmantelamento dos serviços públicos, menos impostos para os mais poderosos, decadência das classes médias. "Década perdida” na América Latina.

Absolutismo de mercado de resultados duvidosos.

O que significa a queda de Dilma

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Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Primeiro: seria inimaginável que os protestos não tivessem impacto profundo sobre o prestígio da presidenta Dilma Rousseff.

O que o Datafolha trouxe – uma queda de 27 pontos na aprovação presidencial – era previsível, neste momento.

O que importa verdadeiramente é o que vem daqui pela frente, depois que for restabelecida a rotina.

Protestos e a maioridade do povo

Por Mauricio Dias, na revista CartaCapital:

Não houve na imprensa brasileira foco mais acertado sobre a reação da presidenta em atenção à voz das ruas. Ele se expressou no diário carioca O Dia, na terça-feira 25. No caminho inverso da motivação que levou à formação de passeatas, o jornal, de viés popular, ilustrou sua primeira página com a manchete: “Dilma vai às ruas”.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

A questão central do plebiscito

Por Emir Sader, no sítio Carta Maior:

Por que o governo propõe a convocação de um plebiscito? Há um sentimento difuso, em vários setores da sociedade, de que o sistema político não funciona. Uma das instituições mais desprestigiadas do pais – senão a mais desprestigiada – é o Congresso Nacional. A imagem dos políticos – e dos parlamentares em particular – é a pior possível.

Oposição tem medo das ruas e das urnas

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Por José Dirceu, em seu blog:

A oposição continua com medo das ruas e das urnas. Ontem, PSDB, DEM e PPS divulgaram nota contra o plebiscito sobre a reforma política, dizendo que é uma manobra diversionista e tentativa de golpe.

Na nota, os partidos dizem ser favoráveis a um referendo, e não a um plebiscito. “Legislação complexa, como a da reforma política, exige maior discernimento, o que só um referendo pode propiciar”, argumentam.

A sonegação milionária da Globo

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A data: 5 de setembro de 2006. Véspera da eleição em que Lula conseguiria a reeleição, e em que a Globo foi acusada de esconder um acidente aéreo para apresentar no JN, com grande destaque, fotos do dinheiro dos “aloprados petistas”. Naquele mês, e sob aquela conjuntura, um auditor fiscal da Receita Federal, Alberto Sodré Zile, deixava registrado: “nesta data procedi ao encerramento deste volume I do processo acima identificado, o qual contem 200 fls, inclusive a presente, todas numeradas e rubricadas”. O processo seria encaminhado em seguida ao Delegado da Receita no Rio de Janeiro.

O objeto do relatório: a TV Globo.

Nova investida da mídia contra Dilma

Por Alexandre Haubrich, no blog Jornalismo B:

Se não passa de preocupação vã a ideia de que uma conjuntura para um golpe – armado ou institucional – está sendo preparada pela direita brasileira a partir de protestos que começaram com setores de esquerda, é fato que a mídia dominante, historicamente desapegada à democracia e apoiadora do Golpe Militar de 1964, tem feito de tudo para direcionar apenas à presidenta Dilma Rousseff a insatisfação que tem levado multidões de brasileiros às ruas. Com vistas a um rompimento democrático ou com objetivos eleitorais para 2014, fica claro o oportunismo e o entrosamento entre os principais veículos das velhas elites, que têm mantido uma linha bastante semelhante e construído mudanças editoriais concomitantes e no mesmo sentido desde que os protestos começaram a intensificar-se.

O plebiscito às claras

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Depois das bombas, das cacetadas e das balas de borracha, das trapalhadas, das frases infelizes, das incompreensões mútuas, já se pode perceber claramente quem quer a mudança e quem quer conservar tudo como está em nosso sistema político.

Lula assume a liderança

Do jornal Correio do Brasil:

Ex-presidente da República e um dos principais atores políticos da esquerda brasileira, Luiz Inácio Lula da Silva assume, definitivamente, o seu papel de liderança nos movimentos sociais que tomaram as ruas do país, em uma série de manifestações que chega à sua segunda semana. De sua base, na sede do Instituto Lula, nesta capital, o principal aliado da presidenta Dilma Rousseff na elaboração de uma agenda política para a realização de um plebiscito, provavelmente em agosto, intensifica os encontros com os movimentos sociais mais próximos do Partido dos Trabalhadores (PT).

Lula rechaça futricas da Folha

Por Altamiro Borges

A Folha tucana não desiste da sua "posição oposicionista" - como orienta Judith Brito, executiva do grupo e ex-presidente da Associação Nacional dos Jornais (ANJ). Nesta sexta-feira (28), o diário publicou mais uma futrica venenosa - assinada pela repórter Catia Seabra, famosa por suas intrigas - para jogar Lula contra Dilma. Sem citar as fontes ou ouvir os envolvidos, ela difundiu que "o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamou com petistas da estratégia do governo Dilma Rousseff para dar uma resposta à onda de protestos pelo país. A aliados, Lula chamou de 'barbeiragem' a articulação".

Protestos exigem democratizar a mídia

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Por Valmir Assunção, no sítio da CTB:

Desde que começou este levante social no nosso país, tenho acompanhado com um interesse especial a cobertura da imprensa brasileira sobre os protestos.

Vamos a um pequeno relato: nas primeiras manifestações massivas, os meios de comunicação, em especial a Globo, trataram os manifestantes como um conjunto de vândalos, que atrapalham o trânsito, sem pauta nenhuma, quando só havia a pauta da tarifa do transporte público.

A tentação autoritária da mídia

Por Marco Piva

Quem tem acompanhado a recente onda de protestos que se espalham pelo país já percebeu que, como tudo na vida, existe algo de bom e algo de ruim nisso tudo. O bom é que as manifestações acontecem aos borbotões, por causas variadas e justas em sua maioria, num processo de acúmulo de forças que emparedou os poderes institucionais, principalmente a classe política. A exigência de mudanças radicais é nítida e bem vinda. O ruim é que a vocalização das reivindicações é organizada de forma subjetiva, quase particular, a partir de sentimentos difusos e aí, ao contrário do que alguns defendem, a própria democracia corre riscos.

Globo sonega no "padrão Fifa"

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Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Sensacional a revelação de Miguel do Rosário, no seu blog O Cafezinho.

A Globo está respondendo – ou deveria estar, se não apareceu alguma “mão amiga” para engavetar a questão – a uma ação por sonegação fiscal no valor de R$ 1,2 bilhão (R$ 615 milhões em outubro de 2006, corrigidos pela Selic, que indexa créditos fiscais).

Vem pra rua pelo Plano da Educação

Por Marcos Aurélio Ruy, no sítio da UJS:

Uma das mais importantes bandeiras agora é ir para as ruas forçar a votação do Plano Nacional de Educação (PNE) em tramitação desde 2011 no Congresso Nacional. A União Nacional dos Estudantes (UNE) e a União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes) empunham essa bandeira faz tempo e entendem que agora é agora de discutir amplamente e aprovar o PNE. Assim como no caso do transporte, as entidades estudantis pretendem tirar o foco do ensino privado e liberar mais verbas para o ensino público.

O plebiscito para a reforma política

Por Cadu Amaral, em seu blog:

O debate sobre a reforma política já começa a dominar o noticiário. Logo após a presidenta Dilma anunciar os cinco pactos para ouvir as vozes das ruas, entre eles o da reforma política com plebiscito, a oposição descabelou-se e, como bêbado em uma briga de rua, solta murros no ar.

Rede Globo aposta alto no retrocesso

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Por Messias Pontes, no sítio Vermelho:

As massivas manifestações de protestos que tomaram as ruas do País nas duas últimas semana apontam para o despertar na consciência coletiva a necessidade de mudanças estruturais inadiáveis. No primeiro momento, a velha mídia conservadora, venal e golpista, com a Rede Globo à frente, tratou de criminalizar a justa e oportuna manifestação em favor da redução da tarifa dos transportes públicos na capital paulista.

quinta-feira, 27 de junho de 2013

FHC é o novo "imortal" da direita

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Por Altamiro Borges

A Academia Brasileira de Letras (ABL), a cada dia mais midiatizada e reduto dos conservadores, confirmou nesta quinta-feira (27) a escolha do ex-presidente FHC para ocupar a cadeira de número 36 da decrépita instituição, sucedendo o escritor João de Scantimburgo, falecido em março passado. Sem concorrentes na disputa, o grão-tucano recebeu 34 dos 39 votos. Após o anúncio do resultado, FHC recebeu convidados para uma festança na Fundação Eva Klabin, no luxuoso bairro da Lagoa, na zona sul do Rio de Janeiro.

Dilma perdeu a guerra da comunicação

Por Maria Inês Nassif, no Jornal GGN:

A contraofensiva da presidente Dilma Rousseff às manifestações de rua, traduzida em propostas, algumas delas já referendadas por votações ocorridas no Congresso desde ontem (25), e em uma maratona de reuniões com movimentos sociais, tem um potencial bastante limitado de quebrar o isolamento político do governo.

A hora e a vez do projeto popular

Editorial do jornal Brasil de Fato:

As mobilizações que percorrem todo o país abrem a possibilidade de avançar nas mudanças estruturais que interessam ao povo brasileiro.

Milhões de pessoas vão às ruas protestar pela primeira vez, conquistando vitórias na redução das tarifas, proporcionando elevação da autoestima e uma experiência inigualável de protagonismo popular.

Bomba! O mensalão da Globo!

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Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

O Cafezinho acaba de ter acesso a uma investigação da Receita Federal sobre uma sonegação milionária da Rede Globo. Trata-se de um processo concluído em 2006, que resultou num auto de infração assinado pela Delegacia da Receita Federal referente à sonegação de R$ 183,14 milhões, em valores não atualizados. Somando juros e multa, já definidos pelo fisco, o valor que a Globo devia ao contribuinte brasileiro em 2006 sobe a R$ 615 milhões. Alguém calcule o quanto isso dá hoje.

É a política, estúpido

Por Roberto Amaral, na revista CartaCapital:

Certamente, o melhor caminho para esse artigo será começar com uma comemoração: viva o fim da pasmaceira, viva a redescoberta da política, amaldiçoada pela grande imprensa, condenada pela direita e ignorada por uma esquerda que renunciou à luta ideológica. Os jovens romperam com a esquizofrenia dos dois mundos contemporâneos, o falso mundo da alienação diante dos problemas sociais, e o mundo real da crise social – o mundinho do político fazendo politicazinha, aprovando emendinhas, verbinhas para pontezinhas, e o mundo real da tragédia urbana. Enquanto o País fervia nas ruas, a Câmara Federal discutia a matança de cachorros no interior do Pará, e o seu presidente, em doce vilegiatura em Moscou, se divertia enviando fotos do Kremlin. Foi o melhor uso que encontrou para o Twitter.

E se Verônica fosse filha de Lula?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Um título do site Viomundo, trazido ao Diário pelo atilado leitor e comentarista Morus, merece reflexão.

E se o filho de Lula fosse sócio do homem mais rico do Brasil?

Antes do mais: certas perguntas têm mais força que mil repostas, e este é um caso.

A esquerda não pode piscar

Por Saul Leblon, no sítio Carta Maior:

O Brasil ingressa num ciclo de turbulência do qual a democracia participativa poderá emergir como parteira de uma sociedade mais equilibrada e justa.

Mas a esquerda não pode piscar.

A disputa fratricida, hoje, é o coveiro das esperanças nacionais.

As manifestações de junho em SP

Por Marilena Chaui, na revista Teoria e Debate:

O que segue não são reflexões sobre todas as manifestações ocorridas no país, mas focalizam principalmente as ocorridas na cidade de São Paulo, embora algumas palavras de ordem e algumas atitudes tenham sido comuns às manifestações de outras cidades (a forma da convocação, a questão da tarifa do transporte coletivo como ponto de partida, a desconfiança com relação à institucionalidade política como ponto de chegada), bem como o tratamento dado a elas pelos meios de comunicação (condenação inicial e celebração final, com criminalização dos “vândalos”), permitam algumas considerações mais gerais a título de conclusão.

A importância da voz rouca das ruas

Por Mário Augusto Jakobskind, no sítio Direto da Redação:

Muito importante o Brasil ter uma presidenta atenta à voz rouca das ruas e dialogar com representantes dos movimentos sociais. Faz parte do jogo democrático, mas só que Dilma Rousseff já poderia ter feito isso desde o início do governo. Não foi o que aconteceu, segundo admitem as lideranças.

A plebe e a nobreza

Por Frei Betto, no sítio da Adital:

Era uma vez um reino governado por um rei despótico. Sua majestade oprimia os súditos e mandava prender, torturar, assassinar quem lhe fizesse oposição. O reino de terror prolongou-se por 21 anos.

Os plebeus, inconformados, reagiram ao déspota. Provaram que ele estava nu, denunciaram suas atrocidades, ocuparam os caminhos e as praças do reino, até que o rei perdesse a coroa.

Desmilitarização, a pauta urgente

Por Sylvia Debossan Moretzsohn, no Observatório da Imprensa:

A truculência na repressão indiscriminada e gratuita a manifestantes que participaram de várias das passeatas nos últimos dias, desde a quinta-feira sangrenta (13/6) na Avenida Paulista, impôs a urgência de uma velha demanda: a desmilitarização das polícias e a discussão sobre o papel dessa instituição num Estado democrático.

A crise e as planilhas dos ônibus

Fernando Borges/Terra
Por Luis Nassif, em seu blog:

A decisão do prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, de cancelar a licitação de ônibus, montar um conselho e abrir as planilhas de custos do sistema, permitirá, pela primeira vez, escancarar a maior caixa preta do sistema público: as companhias municipais de transporte.

Rebeliões de Junho: um mês sem fim

Wilson Dias/ABr
Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

A velocidade é assustadora e ao mesmo tempo fascinante. As “Rebeliões de Junho” – um dia talvez elas sejam chamadas assim – mudam de significado dia após dia. O que apenas reforça a tese de que o ganhador não está definido – de saída. A história se escreve agora nas ruas, mais do que nas redes ou nos gabinetes. E isso me faz lembrar o que dizia um velho professor marxista, com quem eu tinha até várias discordâncias: “os líderes políticos fazem muitos discursos, os intelectuais escrevem demais, mas a História se escreve mesmo é na ponta das baionetas” (Edgard Carone).

Protestos continuam. Até quando?

Wilson Dias/ABr
Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Chegando ao final da semana em que o governo, o legislativo e o judiciário fizeram até horas extras para atender de uma vez só a todas as reivindicações do povo nas ruas - e até outras que nem estavam nos cartazes - os protestos continuam em todo o país e já estão marcadas as próximas manifestações.

Os protestos e a publicidade oficial

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Por Marco Aurélio Mello, no blog DoLaDoDeLá:

Estávamos todos tão ocupados em digerir as iniciativas da presidência da República para combater a corrupção, reformar a política, melhorar a mobilidade urbana, a educação e a saúde, que deixamos uma notícia importante fora de nossas pautas na última segunda-feira.

O novo balanço de gastos em propaganda oficial: R$ 1,2 bilhão no ano passado. A notícia foi veiculada pelo Instituto Brasil Verdade, que tentou saber da Secom por que houve aumento nos gastos com publicidade sem no entanto obter resposta.