quarta-feira, 31 de maio de 2017

A luta pela democratização da comunicação

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Apesar da agenda de retrocessos imposta pelos setores que assaltaram a democracia através do impeachment e que impõem duros obstáculos para a luta pela democratização da comunicação, há muito o que ser feito neste campo. A avaliação foi feita por Renata Mielli, coordenadora do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC), durante o 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (3ENDC), em Brasília, no último domingo (28/5).

Diante de um auditório repleto de comunicadores, estudantes, representantes de movimentos sociais e ativistas pela democratização da comunicação, Renata alertou para a urgência de toda a sociedade civil aderir à batalha em torno desta pauta estratégica. “O movimento social precisa vir para essa luta. Não pode ser uma luta apenas do FNDC e de entidades que atuam especificamente nesse campo. Enfrentar o monopólio privado das comunicações talvez seja a luta mais dura a ser enfrentada”, opina.

Cracolândia no divã: psicanalistas nas ruas

Enviado por Marco Piva

Um grupo de psicanalistas decidiu deixar o consultório para ouvir o que as ruas têm a dizer sobre a complexa situação dos usuários de drogas em São Paulo e a forma como a questão vem sendo tratada pela Prefeitura e pelo governo estadual. O ato, organizado por Ana Laura Prates Pacheco, Aline Molina, Enzo Pizzimenti e Odonel Serrano, surge em meio à indignação diante das medidas autoritárias e violentas na região da Cracolândia, no domingo, 21 de maio. A ação envolveu mais de 900 agentes policiais, não foi comunicada a nenhum órgão de direitos humanos e ainda ocorreu à revelia do Ministério Público e da Defensoria Pública.

Temer conduziu o Brasil ao desemprego

Por Adilson Araújo, no Blog do Renato:

A agenda ultraliberal de Michel Temer está destruindo as conquistas e direitos, que prevaleceram durante pouco mais de uma década, o que se aprofunda as desigualdades sociais e a fome em nosso país.

O golpe do capital contra trabalho está literalmente tirando o alimento da mesa de milhões de família brasileiras. São mais de 14 milhões sem emprego. O efeito macroeconômico é devastador.

Sem emprego, o cidadão também não tem renda, não consome. Os salários despencam. Há uma forte contração do consumo, que realimenta a crise com falências e demissões no comércio.

Como Janot foi conduzido no caso JBS

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Teoria do Fato é um método de investigação que o Ministério Público Federal introduziu na Lava Jato. É um nome vistoso para uma metodologia utilizada empiricamente por repórteres na cobertura de casos complexos.

Trata-se de montar uma narrativa com um conjunto de deduções amarradas a algumas informações objetivas.

Vamos montar nossa Teoria do Fato sobre o acordo de delação da JBS.

Movimento 1 – Janot e a Operação Norbert

Perrella e o dinheiro sujo de Aécio Neves

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

No pedido para que o ministro Edson Fachin, do STF, reconsidere sua decisão e mande prender o senador afastado Aécio Neves, a Procuradoria Geral da República diz que uma das empresas da família de Zezé Perrella era usada com frequência para lavar dinheiro do presidente licenciado do PSDB.

O procurador geral Rodrigo Janot escreveu em seu recurso:

“Há fortes indícios de que a empresa ENM AUDITORIA E CONSULTORIA e a empresa TAPERA PARTICIPAÇÕES E EMPREENDIMENTOS AGROPECUÁRIOS LTDA fazem parte do esquema para lavar recursos recebidos ilicitamente pelo Senador AÉCIO NEVES.” (as maiúsculas estão no original).

Esquerdas formam frente por diretas-já

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Desde que o Brasil entrou neste desvão des-democratizante, como disse a Chauí lá em Paris, fala-se na frente de esquerdas mas ela não sai. Diferenças aqui, ressentimentos ali, e a crise vai cavando seu fosso. Agora, quando o governo ilegítimo literalmente apodrece e as oligarquias políticas tramam uma “saída pelo alto” conservadora, com a escolha indireta de um síndico substituto, um passo foi dado, com a criação de uma frente parlamentar suprapartidária pró-diretas. Aliás, isso aconteceu com o bom impulso dado pelo povo do Rio de Janeiro, ao realizar no domingo, 28, aquele grande ato pelas diretas em Copacabana. As centrais sindicais, de sua parte, estão programando nova greve greve geral para o final de junho.

Repúdio à nova agressão de Danilo Gentili

Do site do FNDC:

Liberdade de expressão não é salvaguarda para discursos de ódio, disseminação de preconceito e crimes de qualquer natureza. Por isso, o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação vem a público prestar solidariedade à deputada Maria do Rosário, histórica defensora dos direitos humanos, e repudiar o discurso misógino, autoritário e criminoso do pseudo-comediante Danilo Gentili em vídeo publicado no Facebook nesta segunda-feira (29/5).

No vídeo, Gentili rasga uma notificação enviada pela deputada, esfrega os retalhos de papel na genitália, coloca de volta no envelope e orienta a parlamentar a "abrir a bunda e enfiar". Antes do espetáculo de mau gosto, Gentili destaca a parte da palavra "deputada", deixando à mostra somente "puta", numa clara adjetivação misógina. Em seu Twitter, a deputada informou que processará o "humorista", qualificando-o como "machista e autoritário".

Neoliberalismo, projeto político

Por Bjarke Skærlund Risager, no site Outras Palavras:

Autor de numerosas outras obras, o geógrafo britânico David Harvey publicou em 2005 o livro Uma Breve História do Neoliberalismo [1], que marcou época pela análise desse novo modo de dominação capitalista. A entrevista que reproduzimos aqui foi realizada pela Jacobin.

Um excerto de sua Breve História do Neoliberalismo, portanto do Estado neoliberal, pode ser lido em Contretemps. Podemos igualmente consultar este artigo [em francês] de Razmi Keucheyan, que lembra a trajetória e originalidade intelectual do geógrafo marxista estadunidense.

Neoliberalismo é um termo maciçamente utilizado em nossos dias. Mas aquilo que as pessoas projetam nele é bastante turvo. Em seu uso mais sistemático, ele se refere a uma teoria, uma paleta de ideias, uma estratégia política ou um período histórico. Você poderia começar dando sua interpretação de neoliberalismo?

Unidade ampla pelas eleições diretas

Teatro Tuca/São Paulo, 29/5/17. Foto: Jornalistas Livres
Editorial do site Vermelho:

Na segunda-feira (29) foi lançado em São Paulo o Plano de Emergência da Frente Brasil Popular, baseado em dez pontos que envolvem a redemocratização do país e a retomada do desenvolvimento.

É um programa emergencial que destaca as dimensões fundamentais da crise, e que foi reforçado com a apresentação, no Congresso Nacional, da Frente Parlamentar Mista pelas Diretas Já formada por representantes do PT, PSB, PDT, PCdoB, Psol e Rede. São as dimensões política e econômica da luta em curso no cenário brasileiro.

São iniciativas muito importantes nesta conjuntura de grande agravamento da crise política, e do enorme crescimento do reconhecimento da ilegitimidade do governo golpista, chefiado pelo usurpador Michel Temer, que é desaprovado por mais de 86% dos brasileiros, mostram as pesquisas de opinião.

Os reflexos da greve geral de 1917

Por Augusto C. Buonicore, no site da Fundação Maurício Grabois:

A Paula Beiguelman

“Em São Paulo só não ganha dinheiro quem não trabalha, só é pobre quem é vadio.” (Correio Paulistano, junho/1917)


Um operário morreu, e agora?

A situação era tensa. Um grupo de operários chegou à porta do cotonifício Crespi e conclamou os trabalhadores a aderirem ao movimento grevista, que tinha se iniciado havia dias. A polícia, decidida a não permitir piquetes, interveio violentamente. O saldo do conflito: um morto. A vítima chamava-se José Ineguez Martinez, era sapateiro e tinha apenas 21 anos. Depois deste dia São Paulo não seria mais a mesma.

Serraglio, o "bosta", bagunça plano de Temer

Por Altamiro Borges

O jornal paranaense Gazeta do Povo revelou nesta terça-feira (30) que Osmar Serraglio - "um bosta do caralho", segundo definição do cambaleante Aécio Neves em áudio vazado de uma conversa com Joesley Batista, dono da JBS - não aceitou o convite do moribundo Michel Temer para ser o novo ministro da Transparência do covil golpista. Defecado neste domingo do Ministério da Justiça, ele parece que decidiu complicar os planos da quadrilha que assaltou o poder. A manobra visava retirá-lo do cargo para abafar as denúncias de corrupção que pesam contra o usurpador e o grão-tucano e, ao mesmo tempo, garantir foro privilegiado ao deputado Rocha Loures, o "homem da mala" de Michel Temer. A rejeição do convite pode acelerar a "delação premiada" do amiguinho do Judas.

Auditoria frustra Moro na sua caçada a Lula

Por Altamiro Borges

Não foi manchete nos jornalões nem motivo de estardalhaço nas emissoras de televisão. Virou apenas uma nota minúscula postada no site da revista Veja nesta segunda-feira (29). Mas a notícia representa um duro baque para o "justiceiro" Sergio Moro, que na sua doentia obsessão contra o ex-presidente Lula já cometeu inúmeros abusos e ilegalidades. O mesmo juiz que faz afagos no cambaleante Aécio Neves e dá passe livre à mulher do correntista suíço Eduardo Cunha foi mais uma vez desmoralizado. Vale conferir a notinha:

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Auditoria não encontra atos ilícitos de Lula na Petrobras


Um país não pode viver em meio à farsa

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer aos correspondentes estrangeiros, chamou a crise política de “desafios acidentais”. Há certo gosto pela palavra acidente, que ele já usou ao classificar como “acidente pavoroso” o massacre de presidiários.

Fernando Henrique, duas vezes presidente por eleição direta, enrola-se naquilo que seu primeiro-amigo e sócio, Sergio Motta, chamava de “masturbação sociológica“.

O mercado das delações, com a dolce vita concedida aos Batista – que continuarão, aliás, sendo bilionários sem a empresa, que será, como eles mesmos planejavam, internacionalizada ou, para ficarmos na linguagem de açougue, “porcionada”- segue em alta temperatura, na base do “dede um e leve dois”.

As bases e o 'habitat' da nova direita

Por Glauco Faria e Luciano Velleda, na Revista do Brasil:

O Instituto Liberal, entidade presidida pelo economista e ex-colunista da revista Veja Rodrigo Constantino e que tem Bernardo Santoro como diretor-executivo, é tido como um dos principais think tanks brasileiros. A expressão inglesa designa as organizações ou instituições que produzem e divulgam conhecimento com o objetivo de influenciar mudanças sociais, políticas e econômicas. O papel desempenhado por entidades como Instituto Millenium, Mises Brasil e Estudantes pela Liberdade ajuda a entender melhor o atual estágio do liberalismo no país e as suas bases.

Recordações do fim da Idade Média

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

“Bastou o Presidente Fernando Henrique Cardoso entregar os Ministérios dos Transportes e da Justiça para Eliseu Padilha e Iris Resende e os peemedebistas fizeram as pazes com o Governo. O Presidente da Câmara Michel Temer (PMDB-SP), Eliseu e o líder do PMDB na Câmara, Geddel Vieira Lima, fecharam neste final de semana a estratégia para abafar o escândalo das denúncias de compra de votos na votação da reeleição.” (Operação Abafa, 19 de maio 1997, O Globo). O fim da “idade média” da corrupção no Brasil, momento em que ela começa operar diretamente como um moderno partido estatal da elite urbana empresarial-burguesa e dos resquícios oligárquico-agrários dos fundões do Brasil, talvez esteja nesta data.

Menos cinismo com a democracia, por favor

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Adversários das Diretas-Já poderiam contribuir para a criação de um ambiente político menos indecente se evitassem fazer do cinismo seu argumento principal.

Você sabe do que se trata. Sempre que se discute, na GloboNews ou numa mesa de bar, a possível queda de Michel Temer da presidência, assiste-se a uma cena previsível.

Os adversários das diretas-já - muito mais numerosos na GloboNews do que nos botequins - fazem expressão de simulada sabedoria, com gravidade na voz, para lembrar que, quando se trata de cumprir um mandato presidencial num período inferior a dois anos, o artigo 81 da Constituição prevê eleição indireta. O tom é de quem acabou de ouvir uma revelação divina, à qual os presentes devem render-se de cabeça baixa. Será que isso encerra o debate?

Temer bate novo recorde de rejeição: 80%

Por Luis Edmundo, no blog Cafezinho:

O último levantamento do instituto Ipsos, da série Pulso Brasil, realizado de 1 a 13 de maio, mostra que não há limites para a impopularidade do presidente Michel Temer. Atingindo seu maior índice de rejeição, o governo do atual presidente é considerado ruim ou péssimo por 80% dos brasileiros.

O índice é 5% superior à rejeição a Temer registrada em abril, e essa última pesquisa ainda foi realizada antes da revelação das gravações de Joesley Batista, da JBS.

A pesquisa conta ainda com um “Barômetro Político”, espécie de ranking de popularidade de mais de 40 pessoas, no qual Temer só perde para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha em termos de rejeição. Cunha tem 88% de reprovação, contra 86% do presidente da República.

O ajuste fiscal deixa a indústria por um fio

Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:

O investimento em infraestrutura recuou de 162 bilhões de reais, equivalentes a 2,4% do Produto Interno Bruto, em 2014, para irrisórios 106 bilhões, ou 1,7% do PIB, no ano passado. Com a marcha à ré, o país ficou na 116ª posição entre 138 países.

Para sair da péssima situação, precisaria investir, no mínimo, 5% do PIB nos próximos dez anos. Sem uma desvalorização forte do real e juros mais baixos, entretanto, não se atingirá esse objetivo, alerta Venilton Tadini, presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base, a Abdib.

Com a economia desajustada desde a década de 1990, o Brasil perdeu a oportunidade de avançar a partir do ciclo da telefonia e comunicação e desperdiça agora mais uma chance, de desenvolvimento da cadeia produtiva do petróleo, por causa da crise da Petrobras.

O plano de emergência do movimento social

Foto: Laryssa Sampaio/Frente Brasil Popular
Por Norma Odara, no jornal Brasil de Fato:

Com o objetivo de lançar um plano que aponte saídas políticas e econômicas para retirar o Brasil da crise, dezenas de movimentos populares e organizações sindicais e políticas se reuniram na noite dessa segunda-feira (29) no Teatro da Pontifícia Universidade Católica, em São Paulo (SP). O ato reuniu representantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), da União Nacional dos Estudantes (UNE), da Central dos Movimentos Populares (CMP), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), entre outros; além de diversas outras pessoas que foram acompanhar o que estas organizações propunham para o futuro do país.

Laços da grande família jurídica do Brasil

Por Rodolfo Borges, no site Carta Maior:

Uma pendenga entre o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes está na mesa da presidenta da Corte, Carmen Lúcia. No último dia 8, Janot entrou com um pedido para que Mendes seja impedido de julgar o caso no STF envolvendo o empresário Eike Batista no âmbito da Lava Jato. O procurador enxergou motivo para afastamento no caso do habeas corpus concedido por Gilmar para libertar o bilionário já que a mulher do juiz, Guiomar Mendes, trabalha no escritório que defende o empresário suspeito de pagar propina ao ex-governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral.

Perrella para Aécio: "Eu só trafico drogas".

Por Renato Rovai, em seu blog:

O jornal Hoje em Dia publicou um áudio de 5 minutos que é uma bomba de nitroglicerina pura contra os três senadores de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) e Zezé Perrella (PTB), que participam da conversa, mas também contra Anastasia (PSDB), que foi citado algumas vezes como tendo feito campanhas com recursos ilegais.

O blogue separou alguns trechos para que você tenha ideia do conteúdo, mas a frase mais impactante se dá no minuto 3 da conversa. Num momento em que Aécio está batendo duro na forma como Perrella o tratou num vídeo que foi postado no seu Instagram. Neste momento, o ex-presidente do Cruzeiro e pai do dono do helicóptero, Gustavo Perrella, em que foram encontrados mais de 450 kg de pasta base de cocaína, diz:


segunda-feira, 29 de maio de 2017

Doria e o nazismo na Cracolândia

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

Em nome do combate ao tráfico de drogas, da cidade linda e da reurbanização da região da Luz, o prefeito Dória, com o apoio do governo do Estado, desencadeou um verdadeiro pogrom na região da Cracolândia. Pogrom é um termo de origem russa nascido para designar as ações de massacres contra judeus no século XIX. Mas o termo se generalizou e designa ações violentas (assassinatos, expulsões e agressões) praticadas pelo Estado, por forças policiais ou paramilitares contra grupos sociais ou étnicos específicos.

Essas ações transitam desde massacres e extermínios até a dispersão e o desalojamento geográfico desses grupos vitimizados. O nazismo usou os pogroms em larga escala. O pogrom nazista mais famoso é conhecido como "A Noite dos Cristais", ocorrido em 1938, no qual foram queimadas sinagogas, judeus assassinados, lojas saqueadas e destruídas, tudo com o beneplácito do Estado nazista.

O que leva Moro a não mexer em Cláudia Cruz?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Este artigo está sendo republicado por motivos óbvios.

Sérgio Moro tem medo de Eduardo Cunha.

Esta é a única explicação razoável para a inoperância patética da Lava Jato em relação a Cláudia Cruz, a mulher de Cunha.

A desculpa de que não foi possível notificá-la por não saber seu endereço é uma das coisas mais ridículas da história da Lava Jato e do golpe.

Ou é uma prova da extrema inépcia de Moro ou é uma evidência do caráter da Lava Jato.

A ausência de Meirelles na delação da JBS

Por Alline Magalhães e Jéssica Sbardelotto, no site The Intercept-Brasil:

Dos nomes cogitados até aqui para suceder Michel Temer, como nome de “consenso” – ou, se preferir, com a chancela do mercado –, um deles não apenas já disputou eleições, esteve no comando de parte importante da economia do país por quase uma década e, apesar de ostentar uma farda de tecnocrata, sempre teve ambições políticas. Ele já passou por três partidos (PSDB, PMDB e PSD) e, em sua única incursão eleitoral, mostrou força: foi eleito deputado federal por Goiás, com a maior votação no Estado. Seu nome é Henrique Meirelles.

Contra as violações à liberdade de expressão

Do site do FNDC:

Realizada no início da tarde deste domingo (28/5), a 20ª Plenária Nacional do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) aprovou a Carta de Brasília. O documento ratifica o posicionamento da organização contra os ataques sistemáticos à liberdade de expressão e de organização no país e em favor das lutas populares contra as reformas trabalhista e previdenciária, entre outras iniciativas do governo ilegítimo e autoritário de Michel Temer.

A plenária encerrou o 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação, realizado com apoio da Universidade de Brasília (UnB), no campus Darcy Ribeiro, e de várias entidades e organizações do movimento social. O 3ENDC reuniu cerca de 250 participantes credenciados, vindos de todas as regiões do país. A Carta de Brasília também pede “Fora, Temer” e “Diretas já!”. Abaixo, o documento na íntegra.

O povo rejeita um banqueiro na presidência!

Por Cesar Locatelli, no site Jornalistas Livres:

Henrique Meirelles está cotado pelo capital financeiro e pelos magnatas da mídia para ser o 38º presidente do Brasil. Querem que o pior Congresso da história brasileira o eleja, após a queda de Michel Temer.

Ele conta com muitos admiradores entre empresários e economistas, ligados a bancos ou não. Como Joesley Batista, que o convidou, logo que saiu do Banco Central em 2012, para comandar “o conselho consultivo da J&F, holding que, além da JBS, controla outras seis (sic) empresas do grupo, com uma receita total estimada em 65 bilhões de reais”, conforme a revista Exame. “O Meirelles não vai ser apenas um consultor. Vai cobrar resultados dos executivos e traçar estratégias para a expansão do negócio. Agora é com ele”, disse Joesley Batista.

Dissipar a confusão e lutar pelas Diretas-Já

Rio de Janeiro, 28/5/17.
Foto: Christian Braga/Jornalistas Livres
Por José Reinaldo Carvalho, no site Vermelho:

Uma das frases mais carregadas de significado da literatura brasileira e muitas vezes citada por cronistas foi lavrada por Machado de Assis na sua genial obra Dom Casmurro. “A confusão era geral”, dizia, descrevendo uma das antológicas cenas do conflito emocional de Capitu.

Ajustando o tempo do verbo, poderíamos dizer que a confusão é geral, ao vivenciar o conflito político-ideológico – que para a militância abnegada e combativa não deixa de ser emocional também – em que estão engolfados setores da esquerda na busca de soluções para a crise atual.

Os partidos consequentes da esquerda, os setores progressistas e os movimentos populares que com estes marcham nas jornadas de luta contemporâneas, têm uma posição clara diante da crise em curso: imediata saída do usurpador Michel Temer do governo, rejeição às reformas regressivas da Previdência e das leis trabalhistas e realização de eleições diretas, já.

Aécio, Perrella e a estratégia do PSDB

Do blog Viomundo:

Em gravação telefônica com autorização da Justiça divulgada pelo relator da Lava Jato no STF, Edson Fachin, o senador Aécio Neves, presidente do PSDB, detonou o aliado Zezé Perrella por ter dito, numa entrevista à radio Itatiaia, de Minas Gerais, que estava feliz por não fazer parte da lista de beneficiários de doações da Odebrecht. Perrella foi eleito senador como suplente de Itamar Franco.

Aécio disse que a declaração de Perrella tinha sido “escrota”, por revelar falta de solidariedade com ele e o ex-governador mineiro e hoje senador Antonio Anastasia e não combinar com a linha de defesa adotada pelo grupo político: separar “o joio do trigo”, ou seja, acusar o PT de se beneficiar da ‘roubalheira’ mas dizer que o PSDB tinha sido beneficiário “apenas” de caixa 2. Anistiar o caixa dois através de uma decisão do Congresso é um dos objetivos dos que pretendem acabar com a Operação Lava Jato.

ONU condena truculência de Temer

Do blog Socialista Morena:

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) e o Escritório Regional para América do Sul do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) condenaram o uso excessivo da força por parte da Polícia Militar na repressão a protestos e manifestações contra o governo de Michel Temer no Brasil. Na manifestação do último dia 24 de maio, sete pessoas foram detidas e 49 resultaram feridas, algumas delas gravemente e ao menos uma com arma de fogo. A Polícia Militar utilizou gases pimenta, lacrimogêneo e balas de borracha para reprimir os protestos. Dois fotógrafos relataram ter sido ameaçados por um policial portando uma pistola.

Dominação financeira, o caminho ao caos

Por Ladislau Dowbor, no site Outras Palavras:

O modelo brasileiro de desenvolvimento da última década ia bem obrigado. Um conjunto de programas econômicos e sociais, como a elevação do salário mínimo, ampliação das aposentadorias, transferências para as famílias mais pobres, expansão da educação e dos serviços de saúde, amplos investimentos em infraestruturas e outros programas ampliaram a demanda para as empresas, o que por sua vez, além de gerar produtos, gerou mais de 10 milhões de empregos formais, ampliando ainda mais a demanda – levando ao chamado “círculo virtuoso” de crescimento: dinamizou-se a economia, ao mesmo tempo que se respondia às necessidades reais da população, priorizando quem mais precisa. E como uma economia mais dinâmica gera mais recursos públicos, foi possível equilibrar o financiamento do conjunto, inclusive as políticas sociais e redistributivas.

Fantástico arrasta Aécio na lama da JBS

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

No Fantástico desta noite, lambuza-se o cadáver político de Aécio Neves na pocilga dos negócios da JBS tentando vender por pelo menos o dobro do preço um apartamento de luxo de sua mãe, uma cobertura duplex, de 1,2 mil metros quadrados em São Conrado, no Rio de Janeiro e de um prédio pertencente ao jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte.

Leia um trecho da reportagem fúnebre do ex-herói da Globo ou assista o vídeo aqui:

No RJ, mais de 100 mil pelas Diretas-Já

Rio de Janeiro, 28/5/17. Foto: Mídia Ninja
Da Rede Brasil Atual:

Cerca de 100 mil pessoas foram à praia de Copacabana, no Rio, neste domingo (28), para participar do ato promovido por artistas e movimentos populares, exigir a saída do presidente Michel Temer e a realização de eleições diretas. A estimativa é dos organizadores. A Polícia Militar não divulgou estimativa. O ato-show começou por volta das 11h e foi até as 18h30. Reuniu intelectuais, músicos, atores, parlamentares e lideranças sindicais. Destaques para Caetano Veloso, Milton Nascimento, Mano Brown, Rappin Hood, Mart'nália, Teresa Cristina, Criolo, Cordão da Bola Preta,, Otto, Maria Gadú, BNegão, Elisa Lucinda, os atores Vagner Moura, Gregório Duvivier, Osmar Prado, Antonio Pitanga, Bemvindo Siqueira, entre outros.

O pensamento único e a mídia alternativa

Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Como romper com o pensamento único dos grandes meios de comunicação em um cenário de concentração midiática e ausência de diversidade e pluralidade de opiniões e ideias? Essa questão foi o norte da discussão sobre “Ética, Jornalismo e Mídia Alternativa na Disputa pela Informação”, ocorrida neste sábado (27/5), durante o 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (3ENDC).

O debate contou com a participação de nomes de peso das mídias alternativas do país. Laura Capriglione, dos Jornalistas Livres; Renato Rovai, da Revista Fórum; e Altamiro Borges, autor do Blog do Miro. Além deles, também compuseram a mesa Beth Costa, da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), e Gilson Reis, da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee).

Temer balança: quem ficará no lugar?

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Ao mesmo tempo em que Michel Temer se segura como pode na cadeira presidencial, a cada dia mais isolado e enfraquecido, para não perder o foro privilegiado, aliados e oposicionistas movimentam-se abertamente na busca de um nome de consenso para por no seu lugar.

Só que não está fácil antecipar a saída do ainda titular do Planalto, e muitos menos encontrar uma solução constitucional para o impasse político criado com as delações da JBS.

E a renúncia está fora dos planos de Temer, como ele já anunciou várias vezes.

Qualquer que seja o caminho escolhido para encurtar o mandato do presidente - impeachment, cassação no TSE, convocação de eleições diretas ou indiretas - os rituais de passagem são demorados e, com isso, Temer vai ganhando tempo, que é seu principal objetivo no momento.

A derrocada da "República de Curitiba"

Por Erika Kokay, na revista CartaCapital:

As “ações controladas” da Operação Lava Jato, de iniciativa da Procuradoria-Geral da República e do Supremo Tribunal Federal, que constituíram provas materiais contra o senador tucano Aécio Neves​ e o presidente ilegítimo Michel ​T​emer, desmascarou de uma vez por todas a parcialidade do juiz Sergio Moro e dos procuradores da “República de Curitiba”.

Não estamos falando de PowerPoint com convicções para ser exibido de forma espetaculosa pela mídia, mas de provas documentais, de amplo e farto material fotográfico, áudios e vídeos, dinheiro rastreado, malas com chips, enfim, todo um processo de investigação sigiloso da Polícia Federal que comprovou esquemas de propina e corrupção envolvendo dois importantes nomes da política nacional.

Após 34 anos, Folha de S. Paulo se acovarda!

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Quem lê o editorial deste domingo (28/05) da Folha de S. Paulo – Sucessão Especulada – e foi testemunha, em 1983, da audaciosa coragem do jornal ao publicar o editorial Por eleições diretas, conclui facilmente que na ausência do seu antigo dono, Octávio de Oliveira Frias, o jornal, hoje comandado por seus filhos, Octávio Filho, na parte editorial, e Luís Frias, como presidente da empresa, se acovardou. Lamentavelmente!

Henrique Meirelles e a profecia do caos

Por Tatiana Carlotti, no site Carta Maior:

É cada vez mais explícito, dentro do governo Temer, o abismo que separa os interesses do capital e os da população brasileira. A diferença de tratamento também: aos investidores, especuladores, CEOs, injeções de tranquilidade e a promessa “as reformas irão passar”; à população nas ruas, bombas, porretes, detenções.

Na última semana, enquanto Michel Temer frustrava o país ao bradar “eu não renunciarei”; Henrique Meirelles, o todo poderoso ministro da Fazenda, garantia que, “independentemente de qualquer coisa”, “as reformas sairão” e a “agenda econômica será idêntica”.

Um cadáver busca escapar da sepultura

Brasília, 24/5/17. Foto: Valter Campanato/ABr
Por Hamilton Pereira/Pedro Tierra, no site da Fundação Perseu Abramo:

Eles e elas chegaram de todo o Brasil, convocados pelas centrais sindicais, pelas frentes Brasil Popular e Povo sem Medo e pelos partidos de esquerda. Vieram para se manifestar contra a violência que tem marcado, há um ano, o assalto aos direitos dos trabalhadores consagrados na Constituição de 1988. Em particular contra a liquidação da Previdência Social que lhes garanta uma aposentadoria digna no fim da vida e contra a reforma trabalhista que remete as relações capital-trabalho para a etapa anterior à Lei Áurea.

Os trabalhadores do Brasil desembarcaram na capital do país, neste 24 de maio, para expressar seu inconformismo e afirmar sua cidadania. Uma vigorosa demonstração de apreço pela democracia e uma advertência aos que imaginam tratá-los como rebanhos sem consciência dos seus direitos, submetidos a poder de vara: haverá resposta contra o esbulho dos direitos conquistados.

Doria, 'jestor jenial', e a nova cracolândia

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

O jestor privado João Dória é um jênio.

Decretou o fim da cracolândia. E ao fazê-lo demonstrou ter sérios comprometimentos de fundo psíquico, já que parece acreditar na mitologia que fabrica todos os dias – à base de propaganda e discurso autoritário. Dória começou usando propaganda pra enganar os outros. E acabou enganando a si mesmo.

Agora se desespera, maltratando repórteres que perguntam o óbvio: “como o senhor responde às críticas de que praticou na cracolândia um ato higienista, de limpeza social?” Clique aqui pra saber como o prefeito reagiu à pergunta, de forma destemperada, típica de quem não sabe ser contrariado.

Por que não há panelaços contra Temer?

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Uma das queixas mais frequentes entre os simpatizantes de Dilma é esta: onde foram parar as panelas?

A cada denúncia de corrupção, a questão reaparece nas redes sociais: e aquele pessoal que batia panela o tempo todo?

Pois bem.

Houve nas redes sociais registros de panelas no pronunciamento de Temer no Natal.

Mas nada comparável aos panelaços de antigamente.

Que houve com elas, as panelas? O fato é que elas já não são as mesmas.

A Globo e o golpe dentro do golpe

Por Wallace dos Santos de Moraes, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Desde 2013, o Brasil vive um quadro de crise política institucional dos mais profundos. A iminente queda de Michel Temer constitui-se como apenas mais um capítulo dessa novela. Para discutirmos as denúncias contra o presidente da República e termos mais dados para análise, sem cairmos em previsões infundadas, é necessário clarear algumas constatações históricas fundamentais da política brasileira:
1) a Rede Globo é ainda hoje o principal meio de formação de opinião dos brasileiros sobre política;

2) historicamente, ela representou os interesses majoritários dos capitalistas do país;
3) desconhecemos evidência de recuo de uma proposta dela com relação à retirada de um presidente da República do seu cargo, seja através de golpe militar explícito, de golpe institucional ou de impeachment.

O papel da mídia na disseminação do ódio

UnB, 27/5/17.
Foto: Mídia Ninja, Saulo Dal Pozzo e Danielle Assis
Por Flávia Quirino, no site do FNDC:

Qual o papel da mídia no avanço da pauta conservadora e o discurso de ódio? Essa foi a pergunta central do Painel 1, realizado na tarde deste sábado, 27/5, como parte da programação do 3º Encontro Nacional pelo Direito à Comunicação (3ENDC), em Brasília. O debate foi mediado pela jornalista Beth Costa, secretária geral da Fenaj (Federação Nacional dos Jornalistas) e contou com a presença dos jornalistas Cynara Menezes e Ricardo Melo, além da filósofa Márcia Tiburi.

"Não existe discurso de ódio. Existe o discurso da luta de classes. De um lado, a voz da elite que sempre foi dominante; do outro, o silêncio da maioria explorada" sentenciou o jornalista e ex-presidente da EBC – Empresa Brasil de Comunicação, Ricardo Melo, ao iniciar sua fala. Para ele, a disputa de narrativa e o consequente acirramento da luta de classes no Brasil está atrelado ao monopólio e concentração midiática.

Quem tem medo da eleição direta?

Rio de Janeiro, 28/5/17. Foto: Mídia Ninja
Por Ergon Cugler, no site da UJS:

Temer se demonstra cada vez mais insustentável. Ao lado de suas reformas que atacam direitos do povo brasileiro, em especial dos trabalhadores e trabalhadoras, carrega a maior impopularidade das últimas décadas e se segura por um fio fino, tecido por acordões, propinas e pela tragédia de um projeto neoliberal que busca se enraizar no Brasil.

O curioso é que a Rede Globo já se encampou de mudar sua tática perante Temer. Antes isentava sua figura da tragédia do governo, apontando minúsculas movimentações no cenário econômico como algo positivo e fazendo do presidente ilegítimo um “presidente certo na hora certa”, mas quando nasce a possibilidade de eleições indiretas ao lado de sua impopularidade caótica, não sobra um grande empresário que consiga defender Temer.

sábado, 27 de maio de 2017

Diante do arbitrário, redobrar ímpeto de luta

Editorial do site Vermelho:

Michel Temer passou de todos os limites convocando as Forças Armadas para ocupar a capital federal. O presidente, que ocupa a cadeira presidencial ilegitimamente, decidiu apelar para o arbítrio diante da enorme multidão que acorreu ao chamado do movimento social organizado.

Os mais de 150 mil manifestantes que tomaram a capital estiveram na rua defendendo os direitos do povo, a nação ameaçada pelos interesses estrangeiros e a democracia conspurcada pelo golpe. Saíram de seus lares para uma missão cívica e foram recebidos com bombas, balas de borracha e cassetetes.

Como a Lava Jato ameaça a Constituição

Por Daniel Giovanaz, no jornal Brasil de Fato:

Desde o início da operação Lava Jato, em março de 2014, juristas e pesquisadores do campo do Direito têm alertado para os abusos cometidos no processo investigação, produção de provas e julgamento. A polêmica mais recente envolve grampos telefônicos entre um jornalista e uma fonte – o colunista político Reinaldo Azevedo e Andrea Neves, irmã do ex-governador de Minas Gerais e senador Aécio Neves (PSDB).

A indigna defesa das 'indiretas já' na RBS

Por Eduardo Silveira de Menezes, no site Sul-21:

Braço forte das Organizações Globo, no Rio Grande do Sul, a RBS aderiu de forma orgânica à campanha patrocinada pela família Marinho em defesa das “indiretas já”. Sem qualquer pudor, colunistas do grupo de mídia gaúcho apresentam os argumentos mais absurdos para tentar justificar a necessidade de que a população brasileira delegue para o Congresso o seu poder de decisão sobre os rumos do país. É um grande escárnio. Um circo de horrores, em que uma maioria de parlamentares investigados em escândalos de corrupção pode requerer para si o direito exclusivo de escolher o próximo presidente da República sem o devido questionamento dos “formadores de opinião”. A democracia padece, rapidamente, com a participação ativa dos supostos “analistas políticos” da grande mídia. Um protagonismo tão descarado que lembra a atuação do complexo IPES/IBAD, nos anos 60, influenciando uma classe média idiotizada e, portanto, incapaz de pensar por si própria.

BNDES: Temer tenta agradar empresários

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois de anunciar que não haveria manifestação oficial sobre a demissão de Maria Silvia Bastos Marques da presidência do BNDES, a Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto divulgou nota em que Temer manifesta seu “profundo agradecimento” à executiva. As coisas não foram bem assim como estão sendo contadas. Maria Silvia não tropeçou em um repentino problema pessoal que exigiu sua saída do cargo. Ela já estava na frigideira mas a informação corrente entre políticos governistas é a de que Temer antecipou sua saída tentando fazer um agrado aos empresários que vinham se queixando dela. O substituto, Paulo Rabello de Castro, já estava convidado e havia aceito o cargo quando Temer a chamou para uma conversa, na noite de anteontem.

Governo golpista: Ocaso do interino

Por Roberto Amaral, em seu blog:

O governo, se assim podemos chamá-lo, acabou. Há um intruso na Presidência da República e é preciso removê-lo antes que a peçonha contamine o que ainda resta de estabilidade do sistema político, abalado pela degenerescência dos poderes republicanos, e nesta listagem se somam os poderes extra constitucionais, o poder econômico – corrupto e corruptor – e a grande mídia, que manipula a informação e desinforma a sociedade ao sabor de seus interesses específicos, mercantis, sempre apartados dos interesses do país e de seu povo.

O governo golpista de Temer sangra

Por Ari Zenha, na revista Caros Amigos:

“A história de todas as sociedades até hoje existentes é a história das lutas de classes.” Karl Marx

Diante dos últimos acontecimentos a única saída para a crise econômica e institucional que vêm assolando o nosso país é uma saída à esquerda. Os que estão entrincheirados na defesa da democracia e do enfrentamento contra as medidas que estão sendo implementadas no Congresso Nacional com apoio e mesmo exigência das classes empresariais da cidade e do campo é alavancar a luta pelas Diretas Já junto com a ocupação de todo o espaço público – ruas, praças e prédios públicos em todo o país.

Por que a Globo aposta na eleição indireta?

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

A participação da mídia no processo político brasileiro não é recente, mas desde 2005, quando desencadeado o processo da Ação Penal 470 (“mensalão”), a imprensa comercial, especialmente o sistema Globo, tem atuado com grande empenho ao lado de interesses contrários aos governos populares iniciados em 2003 por Luiz Inácio Lula da Silva. Mas por que, após o golpe parlamentar que derrubou Dilma Rousseff, com as delações da JBS, personagens até então considerados “aliados” foram jogados na fogueira, como o senador tucano Aécio Neves e o presidente peemedebista Michel Temer?