Por Bepe Damasco, em seu blog:
É certo que não se deve esperar nada de positivo vindo de um veículo de comunicação que emprestou carros para Operação Oban transportar opositores da ditadura militar para as masmorras do regime. E o que pensar de um jornal que repete a dose 52 anos depois apoiando o golpe de estado de 2016 e participando da linha de frente do jornalismo de guerra posto em prática para sabotar o governo Dilma?
Estamos falando do jornal Folha de São Paulo. É bem verdade que, no tempo em que seu jornalismo foi dirigido pelo brilhante jornalista Cláudio Abramo, o jornal viveu tempos mais arejados, abrindo espaço para as novas ideias e atores que emergiam da luta pela redemocratização do país.
Mas durou pouco. Logo a Folha retornaria ao seu leito natural, ao vale tudo para servir à plutocracia do país. Até que, no episódio em que Temer é flagrado em vários crimes ao ser gravado por um dos donos da JBS, a Folha se supera no quesito canalhice. Diante do desmascaramento do conspirador que assaltou a cadeira presidencial, o que faz a Folha? Simplesmente providencia uma gambiarra, um arranjo para salvar a pele de Temer.
Contratado pela Folha, entra em cena um perito pago pelo jornal para inventar falhas e edições fraudulentas na fita. Na sequência, são dissipadas todas as dúvidas de que tratava-se de uma ação de submundo conjunta entre a Folha e o golpista-mor do Planalto. O segundo pronunciamento de Temer se baseia integralmente na patranha da Folha. A boia de salvação do presidente ilegítimo passa a ser a tentativa de desmoralizar a fita.
Para tentarmos entender os motivos que levaram o jornal paulista a assumir esse protagonismo canalha em defesa de Temer, é preciso analisar as digitais da Globo no caso. Quando repentinamente a Globo detonou a bomba atômica na última quinta-feira à noite, ela não fez mais do que expor seu firme propósito de operar um golpe dentro do golpe, defenestrando Temer e elegendo por via indireta, através do Congresso mais picareta da história da República, alguém de sua total confiança. A Globo cansou de intermediários pouco confiáveis. Ela mesma quer governar o Brasil. E qual o momento mais propício do que o atual para dar o bote, com a classe política completamente desmoralizada ?
Contudo, por que dessa vez seus irmãos siameses do monopólio midiático, como Folha, Estadão, Veja e Band, não a acompanharam? Acertou quem imaginou que o vil metal está por trás desse racha momentâneo entre os barões da mídia. Temer vem cumprindo religiosamente a promessa de empanturrar a mídia de verba publicitária como recompensa pelo apoio ao golpe. E quem garante que um testa de ferro da Globo no poder vai seguir honrando esses acordos ? Quem garante que a Globo não vai ficar com parte ainda maior desse botim, ela que já abocanha hoje infinitamente mais do que os outros veículos?
Só a mais absoluta falta de apreço pelo Brasil e a luta pela sobrevivência a qualquer preço podem explicar a cegueira da Folha diante das revelações aterradoras do áudio de Temer. Como um presidente ouve um empresário relatar subornos, chantagens, corrupção ativa, cala-bocas, obstrução de justiça e não vê nada demais no conteúdo escabroso de uma conversa extra-agenda, ocorrida tarde da noite, na sua residência oficial ? Se isso não é uma mistura de crime de responsabilidade com crime comum, o que mais seria?
Ninguém debocha da inteligência das pessoas impunemente. Por isso, o destino da Folha é sair ainda mais desmoralizada e desacreditada dessa história.
Fora Temer, Diretas Já!
É certo que não se deve esperar nada de positivo vindo de um veículo de comunicação que emprestou carros para Operação Oban transportar opositores da ditadura militar para as masmorras do regime. E o que pensar de um jornal que repete a dose 52 anos depois apoiando o golpe de estado de 2016 e participando da linha de frente do jornalismo de guerra posto em prática para sabotar o governo Dilma?
Estamos falando do jornal Folha de São Paulo. É bem verdade que, no tempo em que seu jornalismo foi dirigido pelo brilhante jornalista Cláudio Abramo, o jornal viveu tempos mais arejados, abrindo espaço para as novas ideias e atores que emergiam da luta pela redemocratização do país.
Mas durou pouco. Logo a Folha retornaria ao seu leito natural, ao vale tudo para servir à plutocracia do país. Até que, no episódio em que Temer é flagrado em vários crimes ao ser gravado por um dos donos da JBS, a Folha se supera no quesito canalhice. Diante do desmascaramento do conspirador que assaltou a cadeira presidencial, o que faz a Folha? Simplesmente providencia uma gambiarra, um arranjo para salvar a pele de Temer.
Contratado pela Folha, entra em cena um perito pago pelo jornal para inventar falhas e edições fraudulentas na fita. Na sequência, são dissipadas todas as dúvidas de que tratava-se de uma ação de submundo conjunta entre a Folha e o golpista-mor do Planalto. O segundo pronunciamento de Temer se baseia integralmente na patranha da Folha. A boia de salvação do presidente ilegítimo passa a ser a tentativa de desmoralizar a fita.
Para tentarmos entender os motivos que levaram o jornal paulista a assumir esse protagonismo canalha em defesa de Temer, é preciso analisar as digitais da Globo no caso. Quando repentinamente a Globo detonou a bomba atômica na última quinta-feira à noite, ela não fez mais do que expor seu firme propósito de operar um golpe dentro do golpe, defenestrando Temer e elegendo por via indireta, através do Congresso mais picareta da história da República, alguém de sua total confiança. A Globo cansou de intermediários pouco confiáveis. Ela mesma quer governar o Brasil. E qual o momento mais propício do que o atual para dar o bote, com a classe política completamente desmoralizada ?
Contudo, por que dessa vez seus irmãos siameses do monopólio midiático, como Folha, Estadão, Veja e Band, não a acompanharam? Acertou quem imaginou que o vil metal está por trás desse racha momentâneo entre os barões da mídia. Temer vem cumprindo religiosamente a promessa de empanturrar a mídia de verba publicitária como recompensa pelo apoio ao golpe. E quem garante que um testa de ferro da Globo no poder vai seguir honrando esses acordos ? Quem garante que a Globo não vai ficar com parte ainda maior desse botim, ela que já abocanha hoje infinitamente mais do que os outros veículos?
Só a mais absoluta falta de apreço pelo Brasil e a luta pela sobrevivência a qualquer preço podem explicar a cegueira da Folha diante das revelações aterradoras do áudio de Temer. Como um presidente ouve um empresário relatar subornos, chantagens, corrupção ativa, cala-bocas, obstrução de justiça e não vê nada demais no conteúdo escabroso de uma conversa extra-agenda, ocorrida tarde da noite, na sua residência oficial ? Se isso não é uma mistura de crime de responsabilidade com crime comum, o que mais seria?
Ninguém debocha da inteligência das pessoas impunemente. Por isso, o destino da Folha é sair ainda mais desmoralizada e desacreditada dessa história.
Fora Temer, Diretas Já!
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