sábado, 27 de outubro de 2018

Bolsonaro, Temer e o fim da aposentadoria

Por Altamiro Borges

O trabalhador que votar em Jair Bolsonaro estará cavando a sua própria sepultura – e sem direito à aposentadoria. Até para justificar o apoio da cloaca empresarial, o fascista pretende seguir e radicalizar a política do covil golpista contra os direitos dos assalariados. Nesta sexta-feira (26), o jornal Estadão – que não esconde sua simpatia pelo capacho patronal – informou que o candidato do PSL deseja aprovar uma “contrarreforma” da Previdência já no início de 2019. Sua dúvida é se manterá a essência do projeto de Michel Temer, com o aumento da idade e do tempo de contribuição, ou se apresentará uma proposta ainda mais radical para extinguir o direito de aposentadoria de milhões de brasileiros e instituir um sistema de capitalização individual da Previdência.

Os preconceituosos saem do armário

Por Rodrigo Martins, na revista CartaCapital:

As pedras portuguesas da calçada do Largo do Arouche, no Centro de São Paulo, amanheceram tingidas de sangue na terça-feira, 16. Identificada apenas como “Priscila”, a travesti havia sido esfaqueada durante a madrugada. Após ser atacada em um bar, ela cambaleou até a porta de um hotel, onde implorou por socorro.

Levada para a Santa Casa, não resistiu à hemorragia e morreu a caminho do hospital. Um crime lamentavelmente comum nessa região da cidade, não fosse pelas circunstâncias políticas. Moradores relatam ter ouvido a gritaria que precedeu o crime.


Joice Hasselmann é a líder das fake news

Por João Filho e Nayara Felizardo, no site The Intercept-Brasil:

“Quero ser o Bolsonaro de saias". É assim que Joice Hasselmann projeta o seu mandato na Câmara. Eleita com mais de 1 milhão de votos pelo partido de Jair Bolsonaro, o PSL, a ex-jornalista paranaense ganhou fama nacional após virar uma expoente do reacionarismo brasileiro nas redes sociais. Seu alcance na internet é enorme. Só no Facebook ela conta com quase 2 milhões de seguidores. No YouTube, onde publica vídeos diariamente, já tem mais de 1 milhão.

Atos anticonstitucionais nas universidades

Por Eleonora de Lucena e Rodolfo Lucena, no site Tutaméia:

Os ataques antirrepublicanos e antidemocráticos às universidades brasileiras nos últimos dias estão dentro do contexto de proliferação de decisões e atitudes anticonstitucionais do sistema jurídico do país que, historicamente, age de forma oligárquica.

Essa é a visão do jurista Fábio Konder Comparato, 82, em entrevista ao Tutaméia por correio eletrônico. Professor emérito da USP, ele desejou coragem à resistência nas universidades. A seguir, a íntegra:

A eleição e a esquina da História

Por Tereza Cruvinel, no Jornal do Brasil:

O clima está mudando. Faltando três dias para a volta às urnas, surgem sinais claros de que o sentimento do eleitorado foi tocado pelas proclamações precoces do que será o governo Bolsonaro, feitas pelo próprio, no embalo do já-ganhou.

O Ibope de anteontem captou a redução nacional da diferença entre os dois candidatos, a inversão nas curvas de rejeição de ambos, mudanças no voto evangélico e a surpreendente virada de Fernando Haddad na capital paulista, entre outros indícios. Estamos na esquina da História, prestes a fazer uma grave escolha, e algum vento sopra.

Haddad cresce, Bolsonaro em decomposição

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

O último Datafolha indica que a vantagem de Jair Bolsonaro sobre Fernando Haddad diminuiu mais um pouco e agora é de 12% dos votos válidos (56% a 44%). No levantamento anterior, há duas semanas, a diferença era de 59% a 41%.

Considerando que Haddad precisa crescer 6% dos votos para vencer o pleito, estamos falando de 8,4 milhões + 1 voto para uma vitória, que, se for consumada, representará uma virada espetacular.

Um caso recente de mudança no segundo turno ocorreu na campanha de 2014. Embora Dilma tenha terminado o primeiro turno em vantagem, Aécio Neves começou a segunda fase à frente, e assim passou duas rodadas nas pesquisas, pela margem de 51% a 49%. Acabou vencido por Dilma na semana final, quando a presidente deu um salto estimado em 3 milhões de eleitores e cravou a diferença de 51,6% a 48,3%. Quem acompanhou o processo recorda que a mobilização aguerrida se manteve até o fechamento das urnas.

Militarismo com neoliberalismo dá tragédia

http://www.nanihumor.com/
Por Pedro Rossi, no site Brasil Debate:

A leitura do programa econômico do Bolsonaro aponta para dois eixos centrais e contraditórios. De um lado uma proposta de redução substancial do Estado, de outro, o militarismo. Essa combinação não deve atender às expectativas de ajuste fiscal, tampouco gerar emprego e crescimento econômico. Trata-se de um projeto de Estado máximo para a segurança e mínimo para os direitos sociais. Tudo para dar errado.

Vitória da democracia ao alcance das mãos

Camila Pitanga virando votos na Feira de
São Cristóvão com o Baralho Vira Voto
Editorial do site Vermelho:

A cada hora, desde os últimos três dias, cresce, se agiganta a onda pró democracia. Ela traduz uma tomada de posição de amplos setores da sociedade brasileira contra a ameaça de retrocesso civilizatório representada pelo candidato da extrema direita, Jair Bolsonaro.

Há um rumor nas ruas, nas casas, nas redes sociais. Há um rumor por toda parte, as pessoas se movimentam em ritmo de urgência, de emergência. Há um mutirão de milhões pedindo e virando votos.

A mensagem é uma só: a democracia corre risco e só há um meio de salvá-la: votar, assegurar a vitória da chapa Fernando Haddad-Manuela d’Ávila.

E o programa econômico de Bolsonaro?

Por Juliane Furno, no jornal Brasil de Fato:

Apologia à tortura, perseguição aos seus adversários, autoritarismo, machismo, homofobia, discriminação racial, falta de competência, corrupção e sonegação de impostos poderiam já ser bons motivos para não depositar seu voto no candidato Jair Bolsonaro (PSL). No entanto, há muito mais coisas embaixo do tapete.

Bolsonaro não significa um retrocesso desmedido para o País apenas dos pontos de vista político e moral. Esse candidato representa o que há de pior em termos de propostas para a economia brasileira, de saídas para a crise econômica e de solução aos principais problemas apontados pela população brasileira, como saúde e educação.

Política da bota: nova exigência neoliberal

Por Joaquim Ernesto Palhares, no site Carta Maior:

O Brasil corre sério risco de, na próxima semana, eleger um governo notoriamente fascista, e não apenas de extrema-direita como o que se vê nos Estados Unidos, Itália, Polônia e, possivelmente, na França e na Argentina. Um governo sem qualquer respeito às instituições, calcado no discurso militar e na prática da violência.