Por Altamiro Borges
Em duro editorial publicado no sábado (27), o jornal Estadão cobrou "a urgência da CPI da pandemia”. A mídia privada – que ajudou a chocar o ovo da serpente fascista que elegeu Bolsonaro e é corresponsável pela atual tragédia brasileira – bem que podia seguir o exemplo do diário paulista e fazer uma campanha nacional pela CPI da Covid-19 para conter o genocida.
No texto, o jornalão lembra que "sobre a mesa de trabalho do presidente do Congresso Nacional, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), está o pedido de instalação de uma CPI para investigar as ações e omissões do governo federal na condução da crise sanitária provocada pelo novo coronavírus".
domingo, 28 de fevereiro de 2021
Embaixador detona “genocídio” de Bolsonaro
Por Altamiro Borges
O embaixador Paulo Roberto de Almeida, de 71 anos, está cansado das atrocidades do laranjal de Jair Bolsonaro, que repercutem negativamente no mundo inteiro. Na sexta-feira (26), o diplomata postou em seu Twitter duras críticas ao presidente diante do aumento assustador das mortes pela Covid-19:
“Não há mais nada a dizer sobre o estado de sanidade mental do monstro que se disfarça de presidente para devastar a nação e assassinar brasileiros. Mas, e o estado de sanidade mental dos que o cercam? Vão continuar participando do genocídio? Vão continuar servindo ao psicopata?”.
OMS alerta para a tragédia da Covid no Brasil
Por Altamiro Borges
Em entrevista nesta sexta-feira (26), o diretor de operações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, tratou como "tragédia" a situação da pandemia da Covid-19 no Brasil. "Muitas regiões sofreram prolongados períodos de intensa transmissão... Tem sido muito duro para os brasileiros, em geral".
"Infelizmente, é uma tragédia que o país esteja sofrendo isso de novo", lamentou o diretor da OMS. Para ele, trata-se da quarta vez que uma onda de crescimento dos contágios e mortes ocorre no país. "Isso é muito duro e precisamos mostrar solidariedade com o Brasil, fornecendo ajuda onde precisarem".
Em entrevista nesta sexta-feira (26), o diretor de operações da Organização Mundial da Saúde (OMS), Mike Ryan, tratou como "tragédia" a situação da pandemia da Covid-19 no Brasil. "Muitas regiões sofreram prolongados períodos de intensa transmissão... Tem sido muito duro para os brasileiros, em geral".
"Infelizmente, é uma tragédia que o país esteja sofrendo isso de novo", lamentou o diretor da OMS. Para ele, trata-se da quarta vez que uma onda de crescimento dos contágios e mortes ocorre no país. "Isso é muito duro e precisamos mostrar solidariedade com o Brasil, fornecendo ajuda onde precisarem".
O lugar da universidade brasileira
Por Marilena Chaui, no site A terra é redonda:
“E daí? Não sou coveiro”. Tomo essa declaração como emblema do que pretendo lhes dizer hoje.
“E daí? Não sou coveiro”. Tomo essa declaração como emblema do que pretendo lhes dizer hoje.
1.
Inimigo da tirania, o filósofo Montaigne escreveu um ensaio intitulado “A covardia é a mãe da crueldade”. A covardia, explica o filósofo, nasce do medo do outro que, por isso, deve ser eliminado de maneira feroz. O covarde é impulsionado pelo temor de que o outro, sendo melhor do que ele e corajoso, possa vence-lo e por isso é preciso extermina-lo, seja fisicamente, seja moralmente, seja politicamente. O cruel é um mentiroso porque se apresenta com a máscara da coragem quando, na verdade, habitado pelo medo, é movido pela cólera e não há nada pior para uma sociedade do que um governante cruel e colérico, pois não julga segundo a lei e sim segundo seu medo.
Inimigo da tirania, o filósofo Montaigne escreveu um ensaio intitulado “A covardia é a mãe da crueldade”. A covardia, explica o filósofo, nasce do medo do outro que, por isso, deve ser eliminado de maneira feroz. O covarde é impulsionado pelo temor de que o outro, sendo melhor do que ele e corajoso, possa vence-lo e por isso é preciso extermina-lo, seja fisicamente, seja moralmente, seja politicamente. O cruel é um mentiroso porque se apresenta com a máscara da coragem quando, na verdade, habitado pelo medo, é movido pela cólera e não há nada pior para uma sociedade do que um governante cruel e colérico, pois não julga segundo a lei e sim segundo seu medo.
Brasil à beira do colapso do sistema de saúde
Por Gabriel Valery, na Rede Brasil Atual:
Em relação ao número de infectados, o Brasil soma 10.455.630, com acréscimo de 65.169 no último período. A curva epidemiológica de contágio mantém-se em nível mais elevado do que na primeira onda de impacto da covid-19, registrada entre junho e setembro. Enquanto isso o país permanece sem ações em âmbito federal para controle da doença. E também vacina em ritmo muito lento.
O Brasil registrou 1.337 mortos pela covid-19 nas últimas 24 horas. A semana se encaminha para ser a de maior número de vítimas do novo coronavírus desde o primeiro contágio no país, no final de fevereiro de 2020. O vírus segue com disseminação fora de controle levando o Brasil ao colapso do sistema de saúde. A média móvel diária de mortes, calculada em sete dias, está em seu patamar mais alto: 1.153.
Em relação ao número de infectados, o Brasil soma 10.455.630, com acréscimo de 65.169 no último período. A curva epidemiológica de contágio mantém-se em nível mais elevado do que na primeira onda de impacto da covid-19, registrada entre junho e setembro. Enquanto isso o país permanece sem ações em âmbito federal para controle da doença. E também vacina em ritmo muito lento.
A espetacularização da MP da Eletrobras
Editorial do site Vermelho:
Um dia depois de evocar o lema nacionalista “O Petróleo é Nosso” para justificar sua atabalhoada intercessão na Petrobras, Jair Bolsonaro declarou que seu governo quer “enxugar o Estado”. Expressão dessa reviravolta foi a medida provisória (MP) que visa acelerar a privatização do sistema Eletrobras – a proposta foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e apresentada pelo próprio presidente ao Congresso Nacional na noite desta terça-feira(23).
Um dia depois de evocar o lema nacionalista “O Petróleo é Nosso” para justificar sua atabalhoada intercessão na Petrobras, Jair Bolsonaro declarou que seu governo quer “enxugar o Estado”. Expressão dessa reviravolta foi a medida provisória (MP) que visa acelerar a privatização do sistema Eletrobras – a proposta foi publicada em edição extra do Diário Oficial da União e apresentada pelo próprio presidente ao Congresso Nacional na noite desta terça-feira(23).
STF, cúpula militar e o governo ilegítimo
Por Jeferson Miola, em seu blog:
No início de abril de 2018, a despeito do bombardeio semiótico promovido implacavelmente durante anos a fio pelo consórcio Globo-Lava Jato para criminalizar Lula, a unanimidade dos institutos de pesquisa prognosticava a vitória do ex-presidente já no 1º turno da eleição presidencial de outubro.
Ficava claro que apesar do longo e metódico processo de devastação da reputação e da imagem do Lula, não haviam conseguido inviabilizá-lo eleitoralmente.
Àquelas alturas, diante da certeza de que seria impossível derrotá-lo pela via eleitoral, decidiram então acelerar o arbítrio contra ele.
No início de abril de 2018, a despeito do bombardeio semiótico promovido implacavelmente durante anos a fio pelo consórcio Globo-Lava Jato para criminalizar Lula, a unanimidade dos institutos de pesquisa prognosticava a vitória do ex-presidente já no 1º turno da eleição presidencial de outubro.
Ficava claro que apesar do longo e metódico processo de devastação da reputação e da imagem do Lula, não haviam conseguido inviabilizá-lo eleitoralmente.
Àquelas alturas, diante da certeza de que seria impossível derrotá-lo pela via eleitoral, decidiram então acelerar o arbítrio contra ele.
A partir daí, a identidade estratégica entre a Lava Jato e a cúpula militar em torno do projeto antipetista de poder, que transcorria com paralelismo de ação, mas com convergência de propósitos, se cruza numa intersecção política que passou a ser sincronizada e coordenada.
Receita simples para restaurar a democracia
Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:
É impossível que alguém normal esteja satisfeito com o Brasil. Excluídos, é claro, oportunistas e picaretas, como o núcleo bolsonarista e os pelotões de brucutus, que se dão bem no horror em que os demais vivemos.
No espaço de dois anos, retrocedemos em praticamente tudo, o suficiente para deixarmos de ser um país simpático aos olhos do mundo e nos tornarmos párias, assolados pela doença e a miséria.
Só há uma saída, com a qual todos capazes de enxergar um palmo à frente do nariz deveriam concordar: independentemente do que cada um quer, independente de preferências por candidatos, o Brasil precisa fazer uma eleição de verdade em 2022.
Sem milicos metendo a mão, sem juízes achando que devem guiar o povo, sem empresários pagando para ter o presidente, sem bispos leiloando seus rebanhos.
Sem artimanhas e mentiradas que desvirtuem o processo de escolha, sem manchetes fabricadas na última hora. Uma eleição que respeite o direito do povo votar em quem quiser.
É impossível que alguém normal esteja satisfeito com o Brasil. Excluídos, é claro, oportunistas e picaretas, como o núcleo bolsonarista e os pelotões de brucutus, que se dão bem no horror em que os demais vivemos.
No espaço de dois anos, retrocedemos em praticamente tudo, o suficiente para deixarmos de ser um país simpático aos olhos do mundo e nos tornarmos párias, assolados pela doença e a miséria.
Só há uma saída, com a qual todos capazes de enxergar um palmo à frente do nariz deveriam concordar: independentemente do que cada um quer, independente de preferências por candidatos, o Brasil precisa fazer uma eleição de verdade em 2022.
Sem milicos metendo a mão, sem juízes achando que devem guiar o povo, sem empresários pagando para ter o presidente, sem bispos leiloando seus rebanhos.
Sem artimanhas e mentiradas que desvirtuem o processo de escolha, sem manchetes fabricadas na última hora. Uma eleição que respeite o direito do povo votar em quem quiser.
Guedes perde também o presidente do BB
Por Fernando Brito, em seu blog:
A saída de André Brandão da presidência do Banco do Brasil bem merece o nome de “o último a sair apaga a luz”.
Faz mais de um mês que Bolsonaro lançava farpas em sua direção, alegadamente por seus planos de demitir funcionários e fechar agências em pequenas cidades, o que estava gerando reclamação dos novos “donos do pedaço” no Governo: o Centrão.
Defendido por Paulo Guedes e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Brandão estava sendo segurado no posto para não se dar chance de que fosse ocupado por alguém mais flexível às indicações políticas para as estruturas do Banco.
E menos afeito às politicagens e submissões ao “Mito”, como é o presidente da caixa Econômica, Pedro Guimarães, que chega a ser presença constante nas lives presidenciais.
Faz mais de um mês que Bolsonaro lançava farpas em sua direção, alegadamente por seus planos de demitir funcionários e fechar agências em pequenas cidades, o que estava gerando reclamação dos novos “donos do pedaço” no Governo: o Centrão.
Defendido por Paulo Guedes e pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, Brandão estava sendo segurado no posto para não se dar chance de que fosse ocupado por alguém mais flexível às indicações políticas para as estruturas do Banco.
E menos afeito às politicagens e submissões ao “Mito”, como é o presidente da caixa Econômica, Pedro Guimarães, que chega a ser presença constante nas lives presidenciais.
sábado, 27 de fevereiro de 2021
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2021
Queda de Paulo Guedes é “questão de tempo”
Por Altamiro Borges
A agência de notícias e “análise de mercado” Bloomberg, dedicada à oligarquia financeira, garante que "a saída de Paulo Guedes do comando do Ministério da Economia é considerada uma questão de tempo dentro do governo, afirma um interlocutor do Palácio do Planalto". O clima é de expectativa com a possível queda do “Posto Ipiranga”.
Nos bastidores, a troca no comando da Petrobras de um "executivo do mercado" – o privatista Roberto Castello Branco – por um general servil ao capitão – Joaquim Silva e Luna – foi “somente o sinal mais visível do afastamento entre Bolsonaro e a agenda do ministro”, afirma a agência. Há vários outros sintomas de desgaste na relação entre ambos.
A doença é o neoliberalismo
Por Marcelo Zero
Segundo a Bloomberg, se o atual ritmo de vacinação, lento e desigual, permanecer, o mundo demorará cerca de sete anos para obter imunidade coletiva contra o coronavírus.
Nesse ínterim, surgiriam, é claro, novas variantes resistentes às atuais vacinas.
Imunidade que tarda não é imunidade.
Obviamente, isso não é aceitável.
O conhecimento científico para controlar a pandemia já existe.
Há cerca de 10 vacinas, algumas já disponíveis e outras em fase avançada de testes, bastante eficientes para conferir imunidade.
Além disso, estão sendo desenvolvidos também medicamentos para mitigar os efeitos do vírus nos doentes.
Qual é o problema, então?
Segundo a Bloomberg, se o atual ritmo de vacinação, lento e desigual, permanecer, o mundo demorará cerca de sete anos para obter imunidade coletiva contra o coronavírus.
Nesse ínterim, surgiriam, é claro, novas variantes resistentes às atuais vacinas.
Imunidade que tarda não é imunidade.
Obviamente, isso não é aceitável.
O conhecimento científico para controlar a pandemia já existe.
Há cerca de 10 vacinas, algumas já disponíveis e outras em fase avançada de testes, bastante eficientes para conferir imunidade.
Além disso, estão sendo desenvolvidos também medicamentos para mitigar os efeitos do vírus nos doentes.
Qual é o problema, então?
Abaixo a máscara, vejam o rosto da morte!
Por Fernando Brito, em seu blog:
É tão assustador que muitos preferem fechar os olhos e não ver.
Racionalmente, porém, já não há como negar que há uma intenção deliberada de Jair Bolsonaro – e não só dele, infelizmente – que o vírus Sars Cov 2 faça o papel de “aliviar” aquilo que consideram uma carga inútil para o país: os velhos, os doentes, os “maricas”, sobretudo os mais pobres, menos capazes de obter cuidados.
Duvidar como, se o presidente da República do país que é o segundo em mortes no mundo apela para que não se use máscaras, alegando que elas prejudicam as crianças.
Se o prefeito de Porto Alegre pede que as pessoas “contribuam com a sua vida” para salvar a economia do município.
É tão assustador que muitos preferem fechar os olhos e não ver.
Racionalmente, porém, já não há como negar que há uma intenção deliberada de Jair Bolsonaro – e não só dele, infelizmente – que o vírus Sars Cov 2 faça o papel de “aliviar” aquilo que consideram uma carga inútil para o país: os velhos, os doentes, os “maricas”, sobretudo os mais pobres, menos capazes de obter cuidados.
Duvidar como, se o presidente da República do país que é o segundo em mortes no mundo apela para que não se use máscaras, alegando que elas prejudicam as crianças.
Se o prefeito de Porto Alegre pede que as pessoas “contribuam com a sua vida” para salvar a economia do município.
Empoderado realiza curso de jornalismo social
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
No dia 27 de fevereiro, o Jornal Empoderado realiza um poderoso curso de formação para jornalistas e midialivristas. Com realização online, o evento terá diversas palestras com diferentes enfoques no jornalismo e como cumprir com sua função social em tempos de tecnologias da informação e fake news.
O Barão de Itararé participa do curso com sua diretora Larissa Gould, que fará uma palestra sobre democratização dos meios de comunicação. Escutamos o editor do Jornal Empoderado, Anderson Moraes, sobre a iniciativa. Saiba mais sobre o Jornal Empoderado: http://jornalempoderado.com.br/
Bolsonaro ainda despreza tragédia da Covid-19
Editorial do site Vermelho:
Sob praticamente qualquer aspecto, o governo Jair Bolsonaro transformou o Brasil numa das piores referências internacionais – talvez a pior – no combate à pandemia do novo coronavírus. Nesta semana em que a detecção do primeiro caso de Covid-19 no País completa um ano, não faltam números e fatos a exporem a tragédia brasileira.
Conforme o consórcio de imprensa que atualiza diariamente as estatísticas da pandemia, o Brasil ultrapassou, nesta quarta-feira (24), os patamares de 10 milhões de casos e 250 mil mortes. Em termos absolutos, só perdemos para os Estados Unidos na quantidade de vítimas, apesar de sermos apenas o sexto país do mundo em moradores, com o equivalente a 16% da população indiana e a 15% da chinesa.
Sob praticamente qualquer aspecto, o governo Jair Bolsonaro transformou o Brasil numa das piores referências internacionais – talvez a pior – no combate à pandemia do novo coronavírus. Nesta semana em que a detecção do primeiro caso de Covid-19 no País completa um ano, não faltam números e fatos a exporem a tragédia brasileira.
Conforme o consórcio de imprensa que atualiza diariamente as estatísticas da pandemia, o Brasil ultrapassou, nesta quarta-feira (24), os patamares de 10 milhões de casos e 250 mil mortes. Em termos absolutos, só perdemos para os Estados Unidos na quantidade de vítimas, apesar de sermos apenas o sexto país do mundo em moradores, com o equivalente a 16% da população indiana e a 15% da chinesa.
A sanha dos generais insubordinados
Por Roberto Amaral, em seu blog:
O famigerado tweet do general Villas Bôas tinha endereço certo, e alcançou seus objetivos: o STF se curvou. Sob a liderança do ministro Edson Fachin (que só agora se deu conta da intimidação dos fardados) negou o habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Lula, que, assim excluído da disputa presidencial, deixava livre a estrada para a aventura do capitão. O resto é história sabida. Na mesma lógica se insere o livro do ex-comandante do exército, que tampouco é obra do acaso. O texto e a oportunidade de sua divulgação implicam um objetivo, que, ao que tudo indica, desta feita não foi alcançado. Se era para desestabilizar o sistema, como parece haver suposto o meliante Daniel Silveira, o tiro saiu pela culatra. A exegese fica para os especialistas. Por enquanto, aplausos para o STF e para a Câmara dos Deputados: a democracia, por seus poderes constituídos, parece haver acionado seu instinto de defesa. E saudações ao ministro Gilmar Mendes, ao proclamar: “Ditadura nunca mais”. Hosanas!
O famigerado tweet do general Villas Bôas tinha endereço certo, e alcançou seus objetivos: o STF se curvou. Sob a liderança do ministro Edson Fachin (que só agora se deu conta da intimidação dos fardados) negou o habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Lula, que, assim excluído da disputa presidencial, deixava livre a estrada para a aventura do capitão. O resto é história sabida. Na mesma lógica se insere o livro do ex-comandante do exército, que tampouco é obra do acaso. O texto e a oportunidade de sua divulgação implicam um objetivo, que, ao que tudo indica, desta feita não foi alcançado. Se era para desestabilizar o sistema, como parece haver suposto o meliante Daniel Silveira, o tiro saiu pela culatra. A exegese fica para os especialistas. Por enquanto, aplausos para o STF e para a Câmara dos Deputados: a democracia, por seus poderes constituídos, parece haver acionado seu instinto de defesa. E saudações ao ministro Gilmar Mendes, ao proclamar: “Ditadura nunca mais”. Hosanas!
Sentença de morte do prefeito de Porto Alegre
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Porto Alegre está a um passo de se transformar na Manaus do sul do Brasil. Qualquer porto-alegrense que for contaminado e tiver o infortúnio de agravamento da doença, recebe uma sentença de morte.
A cidade se aproxima cada vez mais do cenário lúgubre de óbitos domiciliares e de sepultamentos em valas comuns. O sistema municipal de saúde está colapsado e o sistema funerário poderá entrar em pane.
Em consequência da gestão irresponsável e incompetente do governo, sobram pacientes desesperados nas filas pela sobrevivência enquanto faltam leitos de UTI, respiradores mecânicos, oxigênio, EPI’s etc.
Uma verdadeira hecatombe! Uma hecatombe anunciada e alertada há semanas por especialistas, epidemiologistas e sanitaristas sérios, aqueles não carreiristas, que apelaram, em vão, pela adoção dos protocolos técnicos mundialmente recomendados.
O descortinar do retrocesso civilizacional
Por Henrique Matthiesen
A polarização da insanidade recheada de preconceitos, ódios seculares, falso moralismo, inabilidade e a luta por hegemonismo, entre outras desinteligências, aflorou nosso miserável retrocesso civilizacional.
A porta do absurdo foi escancarada, a bestialidade perdeu a modéstia e as vísceras da insensatez estão expostas em praça pública.
Vivemos uma profunda e perturbadora crise moral cuja resquícios de qualquer ética se esvaem rapidamente por entre os ralos dos esgotos.
O caso do “pit-deputado” Daniel Silveira é mais um dos atinadíssimos sintomas de nossa gravíssima patologia do retrocesso, que caminha para um golpe e para a ruptura da ordem democrática.
Neste cenário perturbador constata-se que não há inocentes; nas digitais do oportunismo do jogo subterrâneo do poder encontram-se o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, e a própria Presidência da República. Todos os poderes corroídos e corresponsáveis pelo momento bestial que vivenciamos.
A polarização da insanidade recheada de preconceitos, ódios seculares, falso moralismo, inabilidade e a luta por hegemonismo, entre outras desinteligências, aflorou nosso miserável retrocesso civilizacional.
A porta do absurdo foi escancarada, a bestialidade perdeu a modéstia e as vísceras da insensatez estão expostas em praça pública.
Vivemos uma profunda e perturbadora crise moral cuja resquícios de qualquer ética se esvaem rapidamente por entre os ralos dos esgotos.
O caso do “pit-deputado” Daniel Silveira é mais um dos atinadíssimos sintomas de nossa gravíssima patologia do retrocesso, que caminha para um golpe e para a ruptura da ordem democrática.
Neste cenário perturbador constata-se que não há inocentes; nas digitais do oportunismo do jogo subterrâneo do poder encontram-se o Congresso Nacional, o Supremo Tribunal Federal, e a própria Presidência da República. Todos os poderes corroídos e corresponsáveis pelo momento bestial que vivenciamos.
As dez mentiras da Globo sobre a Petrobras
Por Bepe Damasco, em seu blog:
Mentira: A União detém mais de 64% das ações da estatal, que como empresa estratégica para os interesses do país deve zelar pelos direitos dos consumidores e produtores brasileiros.
Variáveis como a flutuação de preços do barril de petróleo no mercado internacional e a variação do dólar no Brasil não podem ser os únicos parâmetros para definir os preços dos combustíveis.
2) Queda das ações da Petrobrás na bolsa de valores significa perda bilionária do valor de marcado da empresa.
Mentira: A jogatina típica do mercado de ações implica oscilação do valor dos papéis, com um sobe e desce constante. A propalada e artificial perda de valor de mercado não leva em conta os ativos da empresa, tais como poços de petróleo, potencial de aumento de extração de óleo, produção de gás, refinarias e distribuidoras.
1) A prioridade da empresa, por ter ações negociadas em bolsa, é oferecer lucratividade máxima, no curto prazo, aos seus acionistas minoritários nacionais e internacionais.
Mentira: A União detém mais de 64% das ações da estatal, que como empresa estratégica para os interesses do país deve zelar pelos direitos dos consumidores e produtores brasileiros.
Variáveis como a flutuação de preços do barril de petróleo no mercado internacional e a variação do dólar no Brasil não podem ser os únicos parâmetros para definir os preços dos combustíveis.
2) Queda das ações da Petrobrás na bolsa de valores significa perda bilionária do valor de marcado da empresa.
Mentira: A jogatina típica do mercado de ações implica oscilação do valor dos papéis, com um sobe e desce constante. A propalada e artificial perda de valor de mercado não leva em conta os ativos da empresa, tais como poços de petróleo, potencial de aumento de extração de óleo, produção de gás, refinarias e distribuidoras.
SUS: um cidadão sem voz
Por Ronaldo Teodoro, no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:
Como é formado o julgamento público dos milhões de cidadãos e cidadãs acerca dos temas conflitantes na res pública? Como se forma a rejeição ou a aceitação coletiva aos partidos políticos e seus distintos programas, ou às reformas de Estado que aprofundam as opressões de raça, gênero e classe? É relativamente explícito que o correnteprocesso de destruição das instituições que conformam o sistema de proteção social brasileiro foi precedido por um intenso trabalho de saturação dos valores públicos que fundamentavam a própria democracia no país.Esse modo de formular o entendimento da crise democrática nacional evoca uma atenção cuidadosa aos processos e lugares de força que disputam a legitimação das escolhas públicas – repondo ao centro das preocupações políticas os termos de uma formação democrática da opinião pública.
Como é formado o julgamento público dos milhões de cidadãos e cidadãs acerca dos temas conflitantes na res pública? Como se forma a rejeição ou a aceitação coletiva aos partidos políticos e seus distintos programas, ou às reformas de Estado que aprofundam as opressões de raça, gênero e classe? É relativamente explícito que o correnteprocesso de destruição das instituições que conformam o sistema de proteção social brasileiro foi precedido por um intenso trabalho de saturação dos valores públicos que fundamentavam a própria democracia no país.Esse modo de formular o entendimento da crise democrática nacional evoca uma atenção cuidadosa aos processos e lugares de força que disputam a legitimação das escolhas públicas – repondo ao centro das preocupações políticas os termos de uma formação democrática da opinião pública.
A PEC da chantagem não pode passar
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Em troca de três parcelas de auxilio emergencial de R$ 250, para um número bem menor de beneficiados, o governo Bolsonaro quer empurrar goela abaixo do Congresso (e de todos nós) a tal PEC Emergencial, quintessência do neoliberalismo, destinada a liquidar com os últimos pilares do estado de bem estar social, a vinculação de receitas e os gastos mínimos da União, estados e municípios com educação e saúde.
Diante de texto tão aberrante. senadores governistas juntaram-se aos da oposição e se recusaram a votá-lo amanhã (quinta-feira, 25), como estava previsto.
O Congresso não pode engolir esta mudança constitucional, que se aprovada transformará em párias os milhões de brasileiros que dependem os sistemas públicos de educação e saúde. Com o financiamento congelado, eles serão sucateados progressivamente até deixarem um dia de existir.
Em troca de três parcelas de auxilio emergencial de R$ 250, para um número bem menor de beneficiados, o governo Bolsonaro quer empurrar goela abaixo do Congresso (e de todos nós) a tal PEC Emergencial, quintessência do neoliberalismo, destinada a liquidar com os últimos pilares do estado de bem estar social, a vinculação de receitas e os gastos mínimos da União, estados e municípios com educação e saúde.
Diante de texto tão aberrante. senadores governistas juntaram-se aos da oposição e se recusaram a votá-lo amanhã (quinta-feira, 25), como estava previsto.
O Congresso não pode engolir esta mudança constitucional, que se aprovada transformará em párias os milhões de brasileiros que dependem os sistemas públicos de educação e saúde. Com o financiamento congelado, eles serão sucateados progressivamente até deixarem um dia de existir.
Geometria variável e o sindicalismo
Por João Guilherme Vargas Netto
No mundo dos aviões de guerra a geometria variável diz respeito a asas e configurações que, alteradas de maneira planejada, melhoram o desempenho das aeronaves.
Esta pode ser uma boa metáfora para as estratégias das direções sindicais ao se relacionarem com os poderes institucionais da República.
Se os campos de aferição são definidos com suas interações podemos discriminar as preocupações políticas democráticas, as preocupações com a economia, as relações de trabalho e o emprego, as preocupações com a pauta de costumes e de segurança e as preocupações com a própria efetividade dos sindicatos e da ação sindical.
No mundo dos aviões de guerra a geometria variável diz respeito a asas e configurações que, alteradas de maneira planejada, melhoram o desempenho das aeronaves.
Esta pode ser uma boa metáfora para as estratégias das direções sindicais ao se relacionarem com os poderes institucionais da República.
Se os campos de aferição são definidos com suas interações podemos discriminar as preocupações políticas democráticas, as preocupações com a economia, as relações de trabalho e o emprego, as preocupações com a pauta de costumes e de segurança e as preocupações com a própria efetividade dos sindicatos e da ação sindical.
Olavete é nomeado para órgão antitortura
Por Altamiro Borges
O insano Jair Bolsonaro gosta mesmo de ostentar o título de pária internacional. Na semana da reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU, o provocador fascista nomeia um discípulo do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, que já relativizou a prática da tortura, para um órgão antitortura do governo federal.
Eduardo Miranda Freire de Melo, ex-integrante da Marinha, foi indicado nesta quarta-feira (24) pela presidência da República para compor o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura (CNPCT), órgão federal responsável por prevenir e combater tratamentos desumanos ou degradantes na sociedade.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021
Flordelis e Daniel Silveira serão cassados?
Por Altamiro Borges
Nesta quarta-feira (24), o Conselho de Ética da Câmara Federal deu os primeiros passos para analisar os pedidos de cassação dos mandatos do deputado-miliciano Daniel Silveira (PSL-RJ), o fascista que ameaçou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e da deputada-pastora Flordelis dos Santos (PSD-RJ), acusada de ser a mandante do assassinato do marido, Anderson do Carmo.
Foram escolhidos os relatores dos dois processos. Fernando Rodolfo (PL-PE) será o relator do processo do miliciano. Como aponta a revista Época, “a escolha do nome não deve ter animado o deputado. Rodolfo foi um dos 364 parlamentares que votaram na semana passada a favor da manutenção da prisão de Silveira”. Já o caso da pastora será relatado por Alexandre Leite (DEM-SP).
Nesta quarta-feira (24), o Conselho de Ética da Câmara Federal deu os primeiros passos para analisar os pedidos de cassação dos mandatos do deputado-miliciano Daniel Silveira (PSL-RJ), o fascista que ameaçou ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), e da deputada-pastora Flordelis dos Santos (PSD-RJ), acusada de ser a mandante do assassinato do marido, Anderson do Carmo.
Foram escolhidos os relatores dos dois processos. Fernando Rodolfo (PL-PE) será o relator do processo do miliciano. Como aponta a revista Época, “a escolha do nome não deve ter animado o deputado. Rodolfo foi um dos 364 parlamentares que votaram na semana passada a favor da manutenção da prisão de Silveira”. Já o caso da pastora será relatado por Alexandre Leite (DEM-SP).
“Véio da Havan” segue desprezando a Covid-19
Por Altamiro Borges
Mesmo após o falecimento de sua mãe em decorrência da Covid-19, o empresário Luciano Hang segue menosprezando a pandemia. Ávido por mais lucros, o dono da rede de lojas Havan – o sinistro “Véio da Havan” – não vacila em cometer abusos, colocando em risco a vida dos seus funcionários e clientes. Algumas dessas atrocidades, felizmente, ainda são contidas.
Na semana passada, a Justiça do Paraná proibiu a bilionária rede de abrir uma loja em Pato Branco em horário normal como se fosse supermercado. A Havan entrou com uma liminar alegando que a loja deveria ser enquadrada como serviço essencial e que a prefeitura não teria a atribuição de decidir sobre o funcionamento do comércio. Mas foi derrotada!
Três Maracanãs lotados de mortos por Covid!
Por Altamiro Borges
O que significa a trágica marca no Brasil de 250 mil mortes por Covid-19 alcançada nesta quarta-feira (24)? A Folha fez um breve comparativo desse patamar macabro – que só perde para os EUA, que atingiram 500 mil óbitos também nesta semana. Donald Trump, já destronado, e Jair Bolsonaro lideram o genocídio no mundo. Um quarto de milhão de mortes significa:
1- É como se a pandemia tivesse aniquilado totalmente a população de uma cidade média brasileira – como Americana (SP), Itaboraí (RJ) ou Novo Hamburgo (RS) – ou de um país pequeno, como São Tomé e Príncipe, na África;
2- É como se a pandemia tivesse matado três estádios do Maracanã lotados;
O que significa a trágica marca no Brasil de 250 mil mortes por Covid-19 alcançada nesta quarta-feira (24)? A Folha fez um breve comparativo desse patamar macabro – que só perde para os EUA, que atingiram 500 mil óbitos também nesta semana. Donald Trump, já destronado, e Jair Bolsonaro lideram o genocídio no mundo. Um quarto de milhão de mortes significa:
1- É como se a pandemia tivesse aniquilado totalmente a população de uma cidade média brasileira – como Americana (SP), Itaboraí (RJ) ou Novo Hamburgo (RS) – ou de um país pequeno, como São Tomé e Príncipe, na África;
2- É como se a pandemia tivesse matado três estádios do Maracanã lotados;
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2021
Brasil acelera ritmo das mortes por Covid-19
Por Altamiro Borges
O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (24) a triste marca de 250 mil mortes causadas pela Covid-19, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa. Até às 18h19, segundo o site UOL, foram registradas 1.433 mortes – totalizando 250.079 óbitos desde o começo da pandemia do novo coronavírus, em março do ano passado.
Em função da postura genocida do capitão Jair Bolsonaro e da incompetência do general Eduardo Pazuello, o ritmo dos óbitos se acelerou no país. As primeiras 50 mil mortes demoraram 100 dias – entre 12 de março e 20 de junho de 2020. Da marca de 200 mil, em 7 de janeiro deste ano, até as 250 mil registradas nesta quarta-feira, foram 48 dias.
O Brasil ultrapassou nesta quarta-feira (24) a triste marca de 250 mil mortes causadas pela Covid-19, segundo levantamento do consórcio de veículos de imprensa. Até às 18h19, segundo o site UOL, foram registradas 1.433 mortes – totalizando 250.079 óbitos desde o começo da pandemia do novo coronavírus, em março do ano passado.
Em função da postura genocida do capitão Jair Bolsonaro e da incompetência do general Eduardo Pazuello, o ritmo dos óbitos se acelerou no país. As primeiras 50 mil mortes demoraram 100 dias – entre 12 de março e 20 de junho de 2020. Da marca de 200 mil, em 7 de janeiro deste ano, até as 250 mil registradas nesta quarta-feira, foram 48 dias.
A entrega do BC e da Petrobras aos rentistas
Por José Dirceu, no site Poder-360:
Há uma interligação política evidente entre a aprovação da independência do BC e o desmonte da Petrobras e privatização de várias de suas atividades e subsidiárias. Trata-se da entrega de duas instituições vitais para o desenvolvimento do país e sua autonomia ao capital financeiro, majoritariamente estrangeiro.
Por trás do nevoeiro que cobriu a semana que passou, encontrava-se latente o furacão alimentado pela pandemia que devasta nosso povo e país; pela vacinação fracassada por incúria, incompetência e negacionismo do governo; pela inacreditável decisão de não prorrogar o auxílio emergencial deixando milhões de cidadãos à mercê do desemprego e da fome; e, por fim, pelo decreto que libera geral as armas e munições para as milícias políticas do bolsonarismo.
Há uma interligação política evidente entre a aprovação da independência do BC e o desmonte da Petrobras e privatização de várias de suas atividades e subsidiárias. Trata-se da entrega de duas instituições vitais para o desenvolvimento do país e sua autonomia ao capital financeiro, majoritariamente estrangeiro.
Por trás do nevoeiro que cobriu a semana que passou, encontrava-se latente o furacão alimentado pela pandemia que devasta nosso povo e país; pela vacinação fracassada por incúria, incompetência e negacionismo do governo; pela inacreditável decisão de não prorrogar o auxílio emergencial deixando milhões de cidadãos à mercê do desemprego e da fome; e, por fim, pelo decreto que libera geral as armas e munições para as milícias políticas do bolsonarismo.
Cuba: A esperança na luta contra a Covid-19
Soberana 02 |
O Centro Nacional de Biopreparações (BioCen), com sede no município de Bejucal, em Mayabeque, anunciou a entrada em fase de escalonamento da produção, em suas instalações, da vacina Soberana 02, que deve iniciar a fase III de seu teste clínico, nos primeiros dias de março, com a vacinação de cerca de 42.600 pessoas
Se há algo que o cubano incorporou nestes tempos de pandemia é a terminologia científica. Antígeno, morbidade e nasofaringe são algumas das apropriações, mas, sem dúvida, as vacinas candidatas são pronunciadas com uma distinção especial, pois definem a esperança coletiva.
Bolsonaro agora assombra o andar de cima
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
De olho na sua única prioridade - manutenção do poder em 2022, em qualquer alternativa - Bolsonaro entrou em guerra aberta com o pessoal do dinheiro grosso e do ganho fácil.
A demissão de Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras nada tem de ideológica, mas responde a uma necessidade eleitoral elementar.
Num país com 14 milhões de desempregados e 6 milhões de desalentados, o lucro fácil da Petrobras não é apenas uma obscenidade social.
É uma cunha aberta entre Bolsonaro e o conjunto dos brasileiros, em particular aquela multidão para quem cada centavo a menos na feira faz uma imensa diferença no almoço da família e, claro, na hora do voto.
Nem é preciso aguardar pelo próximo Datafolha para imaginar como está o Ibope de Bolsonaro depois que os combustíveis subiram entre 24% (diesel ) e 37% (gasolina) de 1 de janeiro para cá, contaminando o preço de mercadorias e bens de primeira necessidade, que uma família só dispensa quando está perdendo a batalha contra a fome.
De olho na sua única prioridade - manutenção do poder em 2022, em qualquer alternativa - Bolsonaro entrou em guerra aberta com o pessoal do dinheiro grosso e do ganho fácil.
A demissão de Roberto Castello Branco da presidência da Petrobras nada tem de ideológica, mas responde a uma necessidade eleitoral elementar.
Num país com 14 milhões de desempregados e 6 milhões de desalentados, o lucro fácil da Petrobras não é apenas uma obscenidade social.
É uma cunha aberta entre Bolsonaro e o conjunto dos brasileiros, em particular aquela multidão para quem cada centavo a menos na feira faz uma imensa diferença no almoço da família e, claro, na hora do voto.
Nem é preciso aguardar pelo próximo Datafolha para imaginar como está o Ibope de Bolsonaro depois que os combustíveis subiram entre 24% (diesel ) e 37% (gasolina) de 1 de janeiro para cá, contaminando o preço de mercadorias e bens de primeira necessidade, que uma família só dispensa quando está perdendo a batalha contra a fome.
Ameaças e mortes de jornalistas na Guatemala
Por Leonardo Wexell Severo
Entidades de profissionais da comunicação e de defesa dos direitos humanos denunciaram esta semana que são cada vez mais frequentes “as ameaças de morte, perseguições, roubos e assassinatos” de jornalistas na Guatemala. Conforme as organizações, a situação tem se agravado desde o começo da pandemia, pois o objetivo do presidente Alejandro Giammattei - que tomou posse em janeiro do ano passado – é fazer com que a população desconheça sua inoperância frente ao coronavírus, encobrindo os números reais de mortos e contagiados. E a corrupção que tomou conta.
Entidades de profissionais da comunicação e de defesa dos direitos humanos denunciaram esta semana que são cada vez mais frequentes “as ameaças de morte, perseguições, roubos e assassinatos” de jornalistas na Guatemala. Conforme as organizações, a situação tem se agravado desde o começo da pandemia, pois o objetivo do presidente Alejandro Giammattei - que tomou posse em janeiro do ano passado – é fazer com que a população desconheça sua inoperância frente ao coronavírus, encobrindo os números reais de mortos e contagiados. E a corrupção que tomou conta.
terça-feira, 23 de fevereiro de 2021
O preso Daniel Silveira “gravou” Bolsonaro?
Por Altamiro Borges
O jornal Estadão deve ter espalhado o pânico em Brasília nessa terça-feira (23): "O deputado Felício Laterça (PSL-RJ) disse que seu colega Daniel Silveira (PSL-RJ) – que está preso – gravou, clandestinamente, conversas com autoridades, como o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ)", afirma uma venenosa matéria.
Pode até ser bravata, puro terrorismo no campo minado que virou o PSL, mas a notícia gerou temores. Afinal, o ex-policial do Rio de Janeiro – inúmeras vezes preso e processado pela corporação militar – é famoso por gravar conversas e fazer chantagens. Ele sempre foi um mau caráter, segundo ex-colegas de farda e de bancada parlamentar.
O jornal Estadão deve ter espalhado o pânico em Brasília nessa terça-feira (23): "O deputado Felício Laterça (PSL-RJ) disse que seu colega Daniel Silveira (PSL-RJ) – que está preso – gravou, clandestinamente, conversas com autoridades, como o presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM-RJ)", afirma uma venenosa matéria.
Pode até ser bravata, puro terrorismo no campo minado que virou o PSL, mas a notícia gerou temores. Afinal, o ex-policial do Rio de Janeiro – inúmeras vezes preso e processado pela corporação militar – é famoso por gravar conversas e fazer chantagens. Ele sempre foi um mau caráter, segundo ex-colegas de farda e de bancada parlamentar.
Bolsonaro despenca na pesquisa CNT/MDA
Por Altamiro Borges
Bolsonaro segue derretendo em todas as sondagens de opinião – o que talvez explique o seu nervosismo com o descontrole da Petrobras. Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (22) mostra que a avaliação positiva do governo e a aprovação do desempenho pessoal do presidente tiveram queda significativa desde outubro do ano passado.
No período de outubro a fevereiro, segundo a sondagem, os que consideram o governo ótimo ou bom caíram de 41,2% para 32,9% – queda de quase dez pontos percentuais. Já os que afirmam que o governo é ruim ou péssimo subiram de 27,2% para 35,5%. Aqueles que classificam a gestão como regular oscilaram na margem de erro, de 30,3% para 30,2%.
Bolsonaro segue derretendo em todas as sondagens de opinião – o que talvez explique o seu nervosismo com o descontrole da Petrobras. Pesquisa CNT/MDA divulgada nesta segunda-feira (22) mostra que a avaliação positiva do governo e a aprovação do desempenho pessoal do presidente tiveram queda significativa desde outubro do ano passado.
No período de outubro a fevereiro, segundo a sondagem, os que consideram o governo ótimo ou bom caíram de 41,2% para 32,9% – queda de quase dez pontos percentuais. Já os que afirmam que o governo é ruim ou péssimo subiram de 27,2% para 35,5%. Aqueles que classificam a gestão como regular oscilaram na margem de erro, de 30,3% para 30,2%.
O "Centrão" quer dar sobrevida a Guedes?
Por Fernando Brito, em seu blog:
Como nada é impossível neste Congresso avassalado pelo apetite do ‘centrão’ e pela destruição dos partidos políticos, que mídia e Judiciário, com Sergio Moro de porta-bandeira, promoveram, não é impossível que se consume o golpe planejado para a quinta-feira: eliminar as vinculações de gastos obrigatórios do país em Saúde e Educação, sob a chantagem de que, de outra forma, não haveria como pagar o novo auxílio-emergencial por conta da pandemia.
Como nada é impossível neste Congresso avassalado pelo apetite do ‘centrão’ e pela destruição dos partidos políticos, que mídia e Judiciário, com Sergio Moro de porta-bandeira, promoveram, não é impossível que se consume o golpe planejado para a quinta-feira: eliminar as vinculações de gastos obrigatórios do país em Saúde e Educação, sob a chantagem de que, de outra forma, não haveria como pagar o novo auxílio-emergencial por conta da pandemia.
A Petrobras e o labirinto de Bolsonaro
Editorial do site Vermelho:
Vai passando o tempo, e o presidente Jair Bolsonaro começa a ficar sem bravatas para tentar justificar os preços abusivos os combustíveis sob seu governo. Na maioria dos estados, o litro da gasolina já ultrapassou o valor de R$ 5, acumulando alta de 25,7% desde maio de 2020, conforme o Índice de Preços Ticket Log (IPTL).
O etanol também sofre com altas seguidas de preços e chega a custar mais de R$ 4,50 o litro, em algumas regiões. Além disso, um botijão de gás de cozinha de 13 kg é vendido, hoje, a um preço-médio de R$ 90 – o que força famílias mais pobres a retrocederem a expedientes como o fogão a lenha.
Num único dia, em 18 de fevereiro, a Petrobras anunciou um aumento recorde de 15,2% para o diesel e de 10,2% para a gasolina. Para tentar acalmar categorias como os caminhoneiros, Bolsonaro isentou combustíveis de impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins). Mas o efeito foi insignificante – uma redução de apenas 15% no preço da gasolina e 9% no do gás.
Vai passando o tempo, e o presidente Jair Bolsonaro começa a ficar sem bravatas para tentar justificar os preços abusivos os combustíveis sob seu governo. Na maioria dos estados, o litro da gasolina já ultrapassou o valor de R$ 5, acumulando alta de 25,7% desde maio de 2020, conforme o Índice de Preços Ticket Log (IPTL).
O etanol também sofre com altas seguidas de preços e chega a custar mais de R$ 4,50 o litro, em algumas regiões. Além disso, um botijão de gás de cozinha de 13 kg é vendido, hoje, a um preço-médio de R$ 90 – o que força famílias mais pobres a retrocederem a expedientes como o fogão a lenha.
Num único dia, em 18 de fevereiro, a Petrobras anunciou um aumento recorde de 15,2% para o diesel e de 10,2% para a gasolina. Para tentar acalmar categorias como os caminhoneiros, Bolsonaro isentou combustíveis de impostos federais (Cide, PIS/Pasep e Cofins). Mas o efeito foi insignificante – uma redução de apenas 15% no preço da gasolina e 9% no do gás.
Forças Armadas: guerra de ocupação do Brasil
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O Brasil está submetido a uma guerra. É uma guerra de tipo diferente, que combina fatores convencionais com dispositivos da guerra híbrida.
Outra diferença, e mais fundamental, além disso, é que não houve invasão e ocupação do território brasileiro por nenhum exército estrangeiro.
Não foi necessário que os norte-americanos invadissem o Brasil como fizeram com o Iraque e Afeganistão. Aqui, as próprias Forças Armadas brasileiras, em especial o Exército, atuam como força de ocupação que coordena o ataque e a repartição do butim de guerra.
Sobram evidências para se desfazer o mito – ou a ilusão – acerca da existência de generais profissionais, nacionalistas, competentes e patriotas. Trata-se de uma geração formada na cultura da conspiração e da tutela da democracia, inspirada ideologicamente na extrema-direita estadunidense, e que não se curva à democracia e ao poder civil.
O Brasil está submetido a uma guerra. É uma guerra de tipo diferente, que combina fatores convencionais com dispositivos da guerra híbrida.
Outra diferença, e mais fundamental, além disso, é que não houve invasão e ocupação do território brasileiro por nenhum exército estrangeiro.
Não foi necessário que os norte-americanos invadissem o Brasil como fizeram com o Iraque e Afeganistão. Aqui, as próprias Forças Armadas brasileiras, em especial o Exército, atuam como força de ocupação que coordena o ataque e a repartição do butim de guerra.
Sobram evidências para se desfazer o mito – ou a ilusão – acerca da existência de generais profissionais, nacionalistas, competentes e patriotas. Trata-se de uma geração formada na cultura da conspiração e da tutela da democracia, inspirada ideologicamente na extrema-direita estadunidense, e que não se curva à democracia e ao poder civil.
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2021
Onyx Lorenzoni é perdoado pelo STF
Por Altamiro Borges
Após ter sido perdoado pelo juizeco Sergio Moro e até por Deus – segundo jurou em entrevista –, o capacho bolsonarista Onyx Lorenzoni agora é “absolvido” pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Neste fim de semana, o ministro Marco Aurélio Mello homologou o acordo que livra o falso moralista de investigação sobre uso de Caixa-2 em campanhas eleitorais.
Em agosto passado, o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência admitiu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que recorreu à “recursos não contabilizados” na sua eleição para deputado federal pelo DEM do Rio Grande Sul. Em troca de não ser alvo de uma ação penal, ele se comprometeu a pagar R$ 189.145,00 como multa.
Após ter sido perdoado pelo juizeco Sergio Moro e até por Deus – segundo jurou em entrevista –, o capacho bolsonarista Onyx Lorenzoni agora é “absolvido” pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Neste fim de semana, o ministro Marco Aurélio Mello homologou o acordo que livra o falso moralista de investigação sobre uso de Caixa-2 em campanhas eleitorais.
Em agosto passado, o atual ministro da Secretaria-Geral da Presidência admitiu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que recorreu à “recursos não contabilizados” na sua eleição para deputado federal pelo DEM do Rio Grande Sul. Em troca de não ser alvo de uma ação penal, ele se comprometeu a pagar R$ 189.145,00 como multa.
Pastora Flordelis “perdoou” Daniel Silveira
Por Altamiro Borges
A deputada-pastora Flordelis dos Santos, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o também pastor Anderson do Carmo, não participou da votação sobre a prisão do miliciano Daniel Silveira (PSL-RJ), na sexta-feira passada (19). A ausência da neopentecostal-bolsonarista não salvou o miliciano-bolsonarista do inferno.
Segundo o jornal Extra, a parlamentar alegou problemas de saúde. “Por força de todo nervosismo com minha situação jurídica e política atual e do estresse que o momento me ocasiona, fui tomada por um mal súbito (ainda sequelas de um AVC), que me obrigou a buscar ajuda médica", justificou a deputada, que atualmente não goza de muita credibilidade.
A deputada-pastora Flordelis dos Santos, acusada de ser a mandante do assassinato de seu marido, o também pastor Anderson do Carmo, não participou da votação sobre a prisão do miliciano Daniel Silveira (PSL-RJ), na sexta-feira passada (19). A ausência da neopentecostal-bolsonarista não salvou o miliciano-bolsonarista do inferno.
Segundo o jornal Extra, a parlamentar alegou problemas de saúde. “Por força de todo nervosismo com minha situação jurídica e política atual e do estresse que o momento me ocasiona, fui tomada por um mal súbito (ainda sequelas de um AVC), que me obrigou a buscar ajuda médica", justificou a deputada, que atualmente não goza de muita credibilidade.
Os perigos da reforma cambial
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
Houve algum debate, embora tardio e insuficiente, sobre o projeto de lei que concedeu autonomia formal ao Banco Central do Brasil (Projeto de Lei Complementar 19 de 2019). Ainda mais limitada tem sido a discussão de outro projeto de lei que diz respeito ao Banco Central, também aprovado pela Câmara no início de fevereiro – o que dispõe sobre o mercado cambial (Projeto de Lei 5.387, de 2019), apelidado por alguns críticos como o projeto da “farra cambial”. É deste segundo, que traz ampla reforma do marco legal do mercado cambial, que pretendo tratar neste artigo.
Houve algum debate, embora tardio e insuficiente, sobre o projeto de lei que concedeu autonomia formal ao Banco Central do Brasil (Projeto de Lei Complementar 19 de 2019). Ainda mais limitada tem sido a discussão de outro projeto de lei que diz respeito ao Banco Central, também aprovado pela Câmara no início de fevereiro – o que dispõe sobre o mercado cambial (Projeto de Lei 5.387, de 2019), apelidado por alguns críticos como o projeto da “farra cambial”. É deste segundo, que traz ampla reforma do marco legal do mercado cambial, que pretendo tratar neste artigo.
Bolsonarismo teve um momento tigre de papel
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
Na Câmara de Deputados e no Supremo, a votação que confirmou a prisão de Daniel Silveira contém um sinal importante.
Mostra o repúdio de nossas instituições a uma provocação tipicamente fascista.
No STF, o saldo foi 11 a 0. Na Câmara, o placar de 364 a favor e 130 contra a prisão de Daniel Silveira mostra uma matemática eloquente. Para cada voto a favor, a extrema direita recebeu 2,8 votos contrários.
Parlamentares que exibem patente das Forças Armadas ou de Polícias Militares possuem 9 votos no plenário. São 2 generais, 3 coronéis, quatro capitães e um subtenente. Todos votaram com o provocador - um índice de fidelidade já esperado, mas significativo.
Na soma geral, o governo ficou com 26% dos votos e seus adversários somaram 74%.
Na Câmara de Deputados e no Supremo, a votação que confirmou a prisão de Daniel Silveira contém um sinal importante.
Mostra o repúdio de nossas instituições a uma provocação tipicamente fascista.
No STF, o saldo foi 11 a 0. Na Câmara, o placar de 364 a favor e 130 contra a prisão de Daniel Silveira mostra uma matemática eloquente. Para cada voto a favor, a extrema direita recebeu 2,8 votos contrários.
Parlamentares que exibem patente das Forças Armadas ou de Polícias Militares possuem 9 votos no plenário. São 2 generais, 3 coronéis, quatro capitães e um subtenente. Todos votaram com o provocador - um índice de fidelidade já esperado, mas significativo.
Na soma geral, o governo ficou com 26% dos votos e seus adversários somaram 74%.
domingo, 21 de fevereiro de 2021
Queda de investimentos e a “retomada em V”
Por Altamiro Borges
Na semana passada, a Fundação Seade divulgou um estudo demonstrando que os anúncios de investimentos na indústria de São Paulo bateram novo recorde negativo no segundo semestre do ano passado. O total registrado, de R$ 1,2 bilhão, foi o menor para o período de um semestre em toda a série histórica, iniciada em 2012.
No conjunto da economia – não apenas da indústria –, os investimentos no mesmo período alcançaram R$ 25,1 bilhões no Estado. Foi a menor quantia desde a primeira metade de 2018, quando eles atingiram R$ 22 bilhões. A Fundação Seade atribuiu o péssimo resultado à queda no consumo interno e nas exportações.
Na semana passada, a Fundação Seade divulgou um estudo demonstrando que os anúncios de investimentos na indústria de São Paulo bateram novo recorde negativo no segundo semestre do ano passado. O total registrado, de R$ 1,2 bilhão, foi o menor para o período de um semestre em toda a série histórica, iniciada em 2012.
No conjunto da economia – não apenas da indústria –, os investimentos no mesmo período alcançaram R$ 25,1 bilhões no Estado. Foi a menor quantia desde a primeira metade de 2018, quando eles atingiram R$ 22 bilhões. A Fundação Seade atribuiu o péssimo resultado à queda no consumo interno e nas exportações.
A casta que sonega impostos no Brasil
Charge: Emanuel Wiemans |
A Folha informa que a "operação realizada pela Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo encontrou mais de R$ 40 milhões em sonegação de impostos devidos em doações de cotas de empresas. Os casos se referem a 895 empresários, que beneficiaram cerca de 1.500 herdeiros (uma doação pode ter mais de um beneficiário)".
Segundo a investigação, a declaração do patrimônio foi feita com valores mais baixos que os reais para reduzir a cobrança do tributo e até obter isenção fiscal. Foram analisadas doações extrajudiciais em que o doador está vivo e transfere cotas societárias da empresa para herdeiros. As declarações auditadas só trataram das transmissões de bens feitas no Brasil.
Queda mundial da pandemia, menos no Brasil
Por Altamiro Borges
A edição brasileira do jornal espanhol El País dá uma boa e uma péssima notícia sobre a pandemia do novo coronavírus. "Mundo consolida a primeira queda global da Covid-19 desde o início da pandemia". No outro extremo, "o Brasil segue na contramão, com aumento de casos" de contágios e mortes.
Como aponta a reportagem, "até poucas semanas atrás, a curva do coronavírus no mundo não parava de subir... Mas a direção da curva mudou. Pela primeira vez desde o surgimento da Covid-19, ela caminha para seis semanas consecutivas de declínio de novos casos e três de mortes".
Esse declínio mundial "não pode mais ser considerado um artifício estatístico: trata-se de uma tendência clara". Já no Brasil do negacionista e genocida Jair Bolsonaro, "a oscilação tem sido para cima. Há um mês, o país registra uma média de mortes superior aos 1.000 casos diários".
A edição brasileira do jornal espanhol El País dá uma boa e uma péssima notícia sobre a pandemia do novo coronavírus. "Mundo consolida a primeira queda global da Covid-19 desde o início da pandemia". No outro extremo, "o Brasil segue na contramão, com aumento de casos" de contágios e mortes.
Como aponta a reportagem, "até poucas semanas atrás, a curva do coronavírus no mundo não parava de subir... Mas a direção da curva mudou. Pela primeira vez desde o surgimento da Covid-19, ela caminha para seis semanas consecutivas de declínio de novos casos e três de mortes".
Esse declínio mundial "não pode mais ser considerado um artifício estatístico: trata-se de uma tendência clara". Já no Brasil do negacionista e genocida Jair Bolsonaro, "a oscilação tem sido para cima. Há um mês, o país registra uma média de mortes superior aos 1.000 casos diários".
Os exageros nos 100 anos da Folha de S.Paulo
Por Altamiro Borges
O jornal Folha de S.Paulo completou nesta sexta-feira (19) 100 anos de existência. Impedido de realizar eventos de maior pompa em função da pandemia e também da própria crise do seu modelo de negócios, o diário usou seus espaços – virtuais e de papel – para se jactar dos seus feitos. Haja exagero!
Em editorial, que deu a linha para o restante das matérias e comentários, a Folha se vangloriou do centenário: "Em qualquer atividade, são poucas as organizações, públicas ou privadas, que chegam à marca. Menos ainda as que têm como atividade o jornalismo profissional, em sua vertente crítica".
Deixando de mencionar os vínculos na origem com a oligarquia reacionária de São Paulo ou seu papel nefasto no golpe militar de 1964 e no apoio aos generais "linha dura", a Folha registra que só "ganhou relevo nacional" na campanha pelas diretas-já, em 1984. O jornal seria um baluarte da democracia. Risível!
O jornal Folha de S.Paulo completou nesta sexta-feira (19) 100 anos de existência. Impedido de realizar eventos de maior pompa em função da pandemia e também da própria crise do seu modelo de negócios, o diário usou seus espaços – virtuais e de papel – para se jactar dos seus feitos. Haja exagero!
Em editorial, que deu a linha para o restante das matérias e comentários, a Folha se vangloriou do centenário: "Em qualquer atividade, são poucas as organizações, públicas ou privadas, que chegam à marca. Menos ainda as que têm como atividade o jornalismo profissional, em sua vertente crítica".
Deixando de mencionar os vínculos na origem com a oligarquia reacionária de São Paulo ou seu papel nefasto no golpe militar de 1964 e no apoio aos generais "linha dura", a Folha registra que só "ganhou relevo nacional" na campanha pelas diretas-já, em 1984. O jornal seria um baluarte da democracia. Risível!
Quem prenderá os generais?
Por Manuel Domingos Neto e Roberto Amaral
Visitávamos Wanderley Guilherme dos Santos em meados de 2018. Ao saber que generais articulavam a campanha eleitoral de Bolsonaro, inclusive com envolvimento da “família militar”, Wanderley disse que daria voz de prisão se um deles lhe falasse algo neste sentido.
A lembrança nos ocorre quando o general Villas Bôas confirma, em depoimento colhido por Celso Castro (FGV), que, apoiado no Alto Comando do Exército, constrangeu o STF e afastou o candidato favorito.
A cúpula militar sabotou as eleições em benefício próprio. Seus integrantes assumiram importantes cargos no governo que ajudaram a eleger; seus protegidos foram agasalhados na administração pública. Contam-se aos milhares.
Militar que intimida juiz deve ser julgado e preso, assim como o magistrado que não se dá ao respeito.
Visitávamos Wanderley Guilherme dos Santos em meados de 2018. Ao saber que generais articulavam a campanha eleitoral de Bolsonaro, inclusive com envolvimento da “família militar”, Wanderley disse que daria voz de prisão se um deles lhe falasse algo neste sentido.
A lembrança nos ocorre quando o general Villas Bôas confirma, em depoimento colhido por Celso Castro (FGV), que, apoiado no Alto Comando do Exército, constrangeu o STF e afastou o candidato favorito.
A cúpula militar sabotou as eleições em benefício próprio. Seus integrantes assumiram importantes cargos no governo que ajudaram a eleger; seus protegidos foram agasalhados na administração pública. Contam-se aos milhares.
Militar que intimida juiz deve ser julgado e preso, assim como o magistrado que não se dá ao respeito.
Judiciário, Legislativo e a democracia
Editorial do site Vermelho:
A decisão da Câmara dos Deputados sobre a manutenção da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender em flagrante por crime inafiançável o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) tem importância que transcende o caso propriamente dito. Houve um alinhamento dos Poderes Judiciário e Legislativo na defesa do Estado Democrático de Direito, um enérgico pronunciamento contra mais esse arreganho do bolsonarismo. O resultado de 364 votos favoráveis à manutenção da prisão e apenas 130 votos contra foi importante, posto que neste episódio o golpismo bolsonarista ficou isolado, execrado e punido.
A decisão da Câmara dos Deputados sobre a manutenção da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de prender em flagrante por crime inafiançável o deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) tem importância que transcende o caso propriamente dito. Houve um alinhamento dos Poderes Judiciário e Legislativo na defesa do Estado Democrático de Direito, um enérgico pronunciamento contra mais esse arreganho do bolsonarismo. O resultado de 364 votos favoráveis à manutenção da prisão e apenas 130 votos contra foi importante, posto que neste episódio o golpismo bolsonarista ficou isolado, execrado e punido.
Pazuello e o cronograma fictício de vacinação
Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:
O general do Ministério da Saúde, mal acostumado com os tempos de caserna, quando o general fala qualquer coisa e cabo bate continência, imaginou que poderia divulgar e mandar pro noticiário um cronograma fictício de vacinação no Brasil, que iria passar quieto por todos sem provocar uma profunda reação.
Isso foi motivado pelo documento apresentado, divulgando o cronograma fictício de entrega de vacinas pelo ministério que, até hoje, só contratou duas vacinas para o país, se omitindo ou negando a oferta de 70 milhões de doses de vacinas da Pfizer, a oferta da Johnson com a vacina Jansen, a oferta da Moderna e a oferta da Sputinik V, que desde junho do ano passado procura o governo federal pra construir uma parceria sólida principalmente da vacina aqui no Brasil.
Isso foi motivado pelo documento apresentado, divulgando o cronograma fictício de entrega de vacinas pelo ministério que, até hoje, só contratou duas vacinas para o país, se omitindo ou negando a oferta de 70 milhões de doses de vacinas da Pfizer, a oferta da Johnson com a vacina Jansen, a oferta da Moderna e a oferta da Sputinik V, que desde junho do ano passado procura o governo federal pra construir uma parceria sólida principalmente da vacina aqui no Brasil.
General na Petrobras: muito além do diesel
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não é uma mudança no comando da Petrobras, apenas.
A entronização do general Joaquim Luna e Silva na presidência da empresa. com a missão definida de “segurar” os preços dos combustíveis, é um marco cravado numa trajetória, que não é nova, de transformar endividamento em politica econômica.
À demagogia arrogante do “este ano zeramos o déficit e em 2020 já teremos superavit” com que Paulo Guedes estreou no Governo, à situação atual, na qual não temos nem onde cortar míseros R$ 30 bilhões para estender, como necessário, o auxílio emergencial pela pandemia.
A entronização do general Joaquim Luna e Silva na presidência da empresa. com a missão definida de “segurar” os preços dos combustíveis, é um marco cravado numa trajetória, que não é nova, de transformar endividamento em politica econômica.
À demagogia arrogante do “este ano zeramos o déficit e em 2020 já teremos superavit” com que Paulo Guedes estreou no Governo, à situação atual, na qual não temos nem onde cortar míseros R$ 30 bilhões para estender, como necessário, o auxílio emergencial pela pandemia.
Exército como facção partidária antipetista
Por Jeferson Miola, em seu blog:
A confissão do general Villas Bôas sobre o ultimato do Alto-Comando do Exército à Suprema Corte para impedir ilegalmente a liberdade e a candidatura presidencial do Lula em 2018 é acompanhada de revelações que evidenciam a deturpação da atuação do Exército.
A geração de generais no comando nos últimos anos, originária das turmas AMAN 1971 a 1980, se caracteriza pela atividade conspirativa e pela condução do Exército não como instituição permanente de Estado, mas como um órgão faccional, politizado e partidarizado.
O livro-confissão “General Villas Bôas: conversa com o comandante” [Celso Castro/FGV, 2021] evidencia a intoxicação do Exército Brasileiro pelo pensamento reacionário, antipetista e ultraliberal.
Os desdobramentos do caso Daniel Silveira
Por Bepe Damasco, em seu blog:
1) Ficou claro que o caminho de Bolsonaro para implantar um regime autoritário no Brasil não será propriamente um passeio no parque. Mesmo contando potencialmente para uma aventura golpista com o apoio de milicianos, boa parte das polícias militares e civis, além de contingentes das forças armadas e da PF, o que vem sendo visto até agora é o recuo de Bolsonaro sempre que as instituições batem o pé.
2) Entre 25% e 30% da população brasileira aplaudiriam o conteúdo da fala do troglodita preso. Esses seres das trevas conterão a disseminação do ódio e a pregação antidemocrática nas redes sociais, e eventualmente nas ruas, ou dobrarão a aposta, tentando emparedar Bolsonaro por ter atirado o deputado aliado ao mar? A conferir.
1) Ficou claro que o caminho de Bolsonaro para implantar um regime autoritário no Brasil não será propriamente um passeio no parque. Mesmo contando potencialmente para uma aventura golpista com o apoio de milicianos, boa parte das polícias militares e civis, além de contingentes das forças armadas e da PF, o que vem sendo visto até agora é o recuo de Bolsonaro sempre que as instituições batem o pé.
2) Entre 25% e 30% da população brasileira aplaudiriam o conteúdo da fala do troglodita preso. Esses seres das trevas conterão a disseminação do ódio e a pregação antidemocrática nas redes sociais, e eventualmente nas ruas, ou dobrarão a aposta, tentando emparedar Bolsonaro por ter atirado o deputado aliado ao mar? A conferir.
E os ministérios da Fazenda e Planejamento?
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:
Muitas vezes, algumas mudanças de natureza política e institucional ocorrem para a boa direção, mas se dão por vias tortas. Esta parece ser a realidade do início do segundo biênio do mandato de Jair Bolsonaro. Desde a época da campanha eleitoral de 2018, o capitão prometia mundos e fundos no que se refere à configuração de seu governo. A identificação de um profundo descontentamento da população para com os rumos seguidos pelo país e com a forma como se desenvolvia a política de forma geral, abriu caminho para propostas do tipo panaceia, que iam desde a suposta ruptura com a forma fisiológica de governar junto ao Congresso Nacional até a liberalização geral da posse de armas para a população.
Muitas vezes, algumas mudanças de natureza política e institucional ocorrem para a boa direção, mas se dão por vias tortas. Esta parece ser a realidade do início do segundo biênio do mandato de Jair Bolsonaro. Desde a época da campanha eleitoral de 2018, o capitão prometia mundos e fundos no que se refere à configuração de seu governo. A identificação de um profundo descontentamento da população para com os rumos seguidos pelo país e com a forma como se desenvolvia a política de forma geral, abriu caminho para propostas do tipo panaceia, que iam desde a suposta ruptura com a forma fisiológica de governar junto ao Congresso Nacional até a liberalização geral da posse de armas para a população.