segunda-feira, 9 de março de 2020

Bolsas abrem a semana em pânico

Por Umberto Martins, no site da CTB:

Os mercados de capitais foram dominados pelo pânico nesta segunda-feira (9). As bolsas fecharam em queda na Ásia, desabaram na Europa e caíram 10% em São Paulo pela manhã, o que ensejou uma interrupção temporária dos negócios. O dólar comercial subiu a R$ 4,74 por volta das 14 horas, quando este comentário estava sendo concluído.

Os preços do petróleo derreteram, recuando cerca de 20%, o que configura a maior queda desde 1991, atribuída à desaceleração da demanda internacional e às divergências entre Rússia e Arábia Saudita sobre a oferta da commoditie. Em consequência, o valor das ações da Petrobras caiam 22%, provocando uma redução estimada em R$ 67 bilhões em seu valor de mercado.

Crise global pega o governo de calças curtas

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

O IBGE divulgou, no dia 04/03, que a economia brasileira apresentou crescimento de 1,1% em 2019, chegando a R$ 7,3 trilhões de valor da produção de bens e serviços finais. Esse crescimento é inferior aos observados nos dois anos anteriores, quando a economia brasileira expandiu a taxas de 1,32% e 1,31%, respectivamente. Ou seja, no primeiro ano de Bolsonaro, o crescimento conseguiu ser ainda pior do que nos dois anos anteriores, do governo Temer, que já tinham sido muito baixos.


Ronaldinho Gaúcho e o ataque dos 'coxinhas'

Bolsonaro vertebrou o mundo putrefato

Pibinho, Bolsonaro e Márvio Lúcio

Manifesto dos artistas pela 'cultura livre"

Mulheres ocupam o Ministério da Agricultura

Conservadores se unem para depor o Papa

O avanço da indústria do crime no Brasil

A esquerda e o projeto de desenvolvimento

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A grande mídia, embora agora assustada com as ameaças autoritárias do capitão que ajudou a alçar à Presidência, permanece com todas as velas enfunadas distribuindo louvaminhas à pauta neoliberal que tudo oferece ao capital rentista, na mesma medida em que, planejadamente, conscientemente, engendra o empobrecimento do país e aumenta a miséria de milhões de brasileiros.

Os “consultores” e “especialistas” do grande capital nos dizem todo dia, nas folhas, nas telas e nas rádios, que “o governo está certo” e que a austeridade fiscal que condenou o Chile à explosão social é o bom caminho para nos levar ao paraíso.

O irresponsável ministro da Economia diz que “o país está reacelerando”.

Regina Duarte encena ato de sua demissão

Por Joaquim de Carvalho, no Diário do Centro do Mundo:

Regina Duarte praticamente assinou sua carta de demissão hoje, ao dar uma entrevista ao repórter Ernesto Paglia, no Fantástico, em que pareceu sincera pelo menos num ponto.

Questionado sobre o que pretende fazer com Sérgio Nascimento, o presidente da Fundação Palmares, disse que ele é um ativista mais do que um gestor público.

Ou seja, não tem credenciais para permanecer no governo, em qualquer governo que pretenda tratar a coisa pública de maneira minimamente adequada.

Nascimento foi escolhido para presidir a Fundação Palmares pelo antigo secretário, Roberto Alvim, que caiu depois de repetir discurso de Joseph Goebbels, o ministro de propaganda de Hitler.

Nascimento já disse que considera que não existe racismo no Brasil e que, sob certo sentido, a escravidão foi positiva para os negros.

Ato contra o Congresso e o STF: golpe à vista!

Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

A sequência de movimentos é óbvia.

Primeiro, queimam um arquivo perigosíssimo para o clã familiar e adjacências, o miliciano Adriano da Nóbrega. Em seguida Jair Messias, em suas próprias palavras, “militariza” o Palácio do Planalto.

Vem a vez, então, do general Augusto Heleno, do alto de sua estatura moral, mandar um “foda-se” para o Congresso e pedir a Jair Messias que chame o povo para as ruas.

De imediato começam a circular, nas redes sociais, mensagens clamando pelo fechamento do Congresso, do Supremo Tribunal Federal e, aqui e acolá, sugestões de intervenção militar.

Explode então o motim dos policiais militares do Ceará, e tanto Jair Messias como a figura mais perigosa deste governo tresloucado, Sergio Moro, variam entre fazer cara de paisagem e apadrinhar os amotinados.

Acabou a mamata? Na Educação, não!

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, é inimigo das pesquisas de pós-graduação.

Em 2019, sua pasta cortou quase 12 mil bolsas de mestrado e doutorado.

Neste ano, o órgão do MEC que financia esses estudos, a Capes, terá 600 milhões de reais a menos, um total de 3,6 bilhões.

No orçamento original desenhado pelo governo, a perda era de 2 bilhões.

O combate ideológico a essas pesquisas permitiu a Weintraub bancar uma espécie de ação entre amigos em cargos federais sob sua jurisdição. Uma situação que os seguidores de Jair Bolsonaro chamariam de “mamata”, se tivesse ocorrido na era PT.

domingo, 8 de março de 2020

Petardo: O caos na economia e os ‘midiotas’

Por Altamiro Borges

Na cavalgada golpista contra Dilma Rousseff, o traíra Michel Temer, os rentistas e a mídia venal garantiram que bastava derrubá-la para a economia voltar a crescer. As antas do site Antagonista até alardearam que o PIB dobraria logo após a deposição ilegal da presidenta. E teve midiota que acreditou...

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Logo após o golpe do impeachment, em pleno covil de Michel Temer, os mesmos picaretas juraram que bastava fazer a tal "reforma trabalhista" que o desemprego despencaria, o salário aumentaria, o consumo bombaria e a economia voltaria a crescer. E teve midiota que acreditou novamente...

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Chocado o ovo da serpente fascista, que resultou na eleição de Bolsonaro, os abutres financeiros e a mídia rentista prometeram que "agora vai". Que bastava Paulo Guedes fazer a tal "reforma da Previdência" para a economia deslanchar. E ainda teve midiota que acreditou... É ser muito panaca!

Reagir à altura às ameaças de Bolsonaro

Um Dia da Mulher contra o bolsonarismo

Editorial do site Vermelho:

O Dia Internacional da Mulher neste 8 de março de 2020 transcorre em uma conjuntura de retrocessos que remontam à origem dessa celebração. A luta pelos direitos e emancipação das mulheres se eleva diante da realidade imposta desde o início da presente crise do capitalismo. Ao jogar o seu ônus nos ombros da classe trabalhadora, o sistema faz as mulheres sofrerem o maior impacto.

Bolsonaro é “desordem e fracasso”

Por Fernando Brito, em seu blog:

Jair Bolsonaro ganhou a eleição presidencial como um “franco atirador”, sem nenhuma estrutura política que o aprisionasse a compromissos, mas fez questão, desde o início, de ser o líder da matilha, não o presidente de todos.

Jair Bolsonaro tinha um Congresso quase sem oposição, onde os partidos de centro-esquerda e de esquerda mal passavam de 20% das cadeiras. Teve todo o apoio do Centrão para seu projeto inicial, a reforma da Previdência, mas conseguiu rachar até o bloco bolsonarista.

Brigou com aliados, com a imprensa que era dócil, brigou com os chefes de Estado do mundo inteiro, nem, claro, seu herói Trump.

O bolsonarismo à luz de Hannah Arendt

Por Leonardo Avritzer, no site A terra é redonda:

Circularam nas redes sociais, neste início de ano, algumas interpretações equivocadas acerca do argumento arendtiano presente em um de seus principais livros: As origens do totalitarismo (Companhia das Letras). No Brasil da polarização das redes sociais, o resgate do argumento de Hannah Arendt acerca do totalitarismo se deu pelos motivos mais pedestres possíveis.

Depois do vídeo do discípulo de Goebbels de plantão na Secretaria Nacional de Cultura, usou-se Arendt para afirmar que o socialismo, na sua versão estalinista, é tão ruim quanto o nazismo. Cada uma das experiências totalitárias produziu mortos e fortes restrições na liberdade, o que dificulta discordâncias com esse tipo de afirmação. Entretanto, essa recepção de Hannah Arendt, comum desde a publicação de As origens do totalitarismo e está ligada à situação de Guerra Fria, é uma recepção equivocada (vide entre outros Jeffrey Issac, Arendt, Camus and modern rebellion).

'Fake news': crença, razão e barbárie

Por Liszt Vieira, no site Carta Maior:

A aceitação acrítica das fake news é um problema sério da contemporaneidade, que enfrenta cada vez mais o desafio do que se passou a chamar pós-verdade. É cada vez maior o número de pessoas que não estão interessadas em saber se a informação recebida corresponde ou não à realidade. Essas pessoas aferram-se a opiniões baseadas em suas crenças.

A crença tem uma conotação religiosa, espiritual, que se diferencia de conclusões ou previsões baseadas em fatos da realidade. Posso afirmar que, se eu largar um objeto, ele cairá no chão. O mesmo ocorrerá se outra pessoa fizer a mesma experiência. Não preciso conhecer a física newtoniana que explica o fenômeno, muito menos sua inaplicabilidade no mundo infinitesimal onde muda a coisa observada se mudar o observador, segundo demonstrou a física quântica.

Bolsonaro avança em seu plano ditatorial

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Em Roraima, durante escala desnecessária do voo aos EUA para se reunir com seu patrão imperial que ameaça com plano de agressão militar à Venezuela, o subserviente Bolsonaro fez gravíssimo ataque aos poderes de Estado do Brasil.

Discursando para uma claque bolsonarista montada na Base Aérea de Boa Vista, Estado de Roraima, Bolsonaro primeiro se vitimizou, dizendo ter sido chantageado com uma “facada no pescoço” no próprio gabinete presidencial “por pessoas que não pensam no Brasil, somente neles”.

Ele fez esta afirmação, porém, sem identificar quem seriam os eventuais chantagistas e sem mencionar as providências de Estado que seriam exigíveis em caso de atentado à instituição presidencial – caso isso de fato tivesse acontecido, mas que não parece ser o caso deste mentiroso contumaz.