Editorial do site Vermelho:
O Dia Internacional da Mulher neste 8 de março de 2020 transcorre em uma conjuntura de retrocessos que remontam à origem dessa celebração. A luta pelos direitos e emancipação das mulheres se eleva diante da realidade imposta desde o início da presente crise do capitalismo. Ao jogar o seu ônus nos ombros da classe trabalhadora, o sistema faz as mulheres sofrerem o maior impacto.
São conhecidas as condições que oprimem as mulheres de um modo geral, que se relacionam com a sobrecarga de trabalho. As múltiplas jornadas, os serviços mais extenuantes e as remunerações inferiores são algumas das causas que fazem a mulher ser super explorada. Elas vêm da ideia de subjugar a mulher, que surgiu com os sistemas de exploração de classe.
O processo histórico que impôs tênues limites à essa ideia, nunca aceitos como avanço civilizacional pelas ideologias das classes dominantes, passa por uma onda regressiva de enormes dimensões. Na equação de, politicamente, fortalecer o capital para enfraquecer o trabalho, surgem as ondas reacionárias que pressionam no sentido da regressão civilizacional, como o ódio aos imigrantes, os preconceitos, a misoginia e o feminicídio.
No Brasil, desde a campanha que elegeu Bolsonaro se intensificou a onda obscurantista que se levantara com a marcha golpista e que trouxe toda essa miscelânia de mazelas sociais. A mulher foi fortemente atingida. Além da perda de direitos sociais e trabalhistas, o culto ao machismo, que começa pelo presidente da República, disseminou a violência de gênero, instituindo a barbárie, em geral impune.
As mulheres, sabendo da ameaça representada por Bolsonaro, na campanha do segundo turno das eleições de 2018 organizaram o movimento “Ele não!”, uma gigantesca mobilização de massa. A experiência permite constatar que existe, na sociedade em geral, uma forte indignação com a situação criada pela ascensão da extrema direita. O recente caso dos ataques às mulheres jornalistas também mostrou essa revolta.
São ações importantes, que devem se transformar em novas atitudes de repulsa ao bolsonarismo, tendo como meta principal, nesse momento, a defesa da democracia. Ao atacar os fundamentos constitucionais do país, o governo visa a consolidação do seu projeto de poder, incompatível com o regime de garantias de direitos políticos, sociais trabalhistas. Combater essa onda obscurantista significa defender o direito de todas as brasileiras e de todos os brasileiros.
É aí que se insere a defesa dos direitos da mulher como ponto essencial da luta popular no enfrentamento com o bolsonarismo. Não se pode falar em democracia e garantias legais e civilizatórias sem considerar essa premissa. A história do 8 de março comprova que nunca houve progresso social sem que os direitos da mulher constassem na agenda das primeiras prioridades. Foi assim que surgiram conquistas como o direito ao voto e reconhecimento pelas Nações Unidas, após a Segunda Guerra Mundial, da igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Por isso, essa questão não é afeita somente às mulheres. Não se pode falar em movimento político progressista, ou em civilização, sem a premissa dos direitos da mulher. Ela estará muito presente, com mais força agora, nas eleições municipais de 2020. Aumentar a representação feminina no cenário político do país é um desafio que precisa ser enfrentado e vencido. Quanto mais mulheres eleitas, mais forte ficará a oposição à extrema direita.
O Dia Internacional da Mulher neste 8 de março de 2020 transcorre em uma conjuntura de retrocessos que remontam à origem dessa celebração. A luta pelos direitos e emancipação das mulheres se eleva diante da realidade imposta desde o início da presente crise do capitalismo. Ao jogar o seu ônus nos ombros da classe trabalhadora, o sistema faz as mulheres sofrerem o maior impacto.
São conhecidas as condições que oprimem as mulheres de um modo geral, que se relacionam com a sobrecarga de trabalho. As múltiplas jornadas, os serviços mais extenuantes e as remunerações inferiores são algumas das causas que fazem a mulher ser super explorada. Elas vêm da ideia de subjugar a mulher, que surgiu com os sistemas de exploração de classe.
O processo histórico que impôs tênues limites à essa ideia, nunca aceitos como avanço civilizacional pelas ideologias das classes dominantes, passa por uma onda regressiva de enormes dimensões. Na equação de, politicamente, fortalecer o capital para enfraquecer o trabalho, surgem as ondas reacionárias que pressionam no sentido da regressão civilizacional, como o ódio aos imigrantes, os preconceitos, a misoginia e o feminicídio.
No Brasil, desde a campanha que elegeu Bolsonaro se intensificou a onda obscurantista que se levantara com a marcha golpista e que trouxe toda essa miscelânia de mazelas sociais. A mulher foi fortemente atingida. Além da perda de direitos sociais e trabalhistas, o culto ao machismo, que começa pelo presidente da República, disseminou a violência de gênero, instituindo a barbárie, em geral impune.
As mulheres, sabendo da ameaça representada por Bolsonaro, na campanha do segundo turno das eleições de 2018 organizaram o movimento “Ele não!”, uma gigantesca mobilização de massa. A experiência permite constatar que existe, na sociedade em geral, uma forte indignação com a situação criada pela ascensão da extrema direita. O recente caso dos ataques às mulheres jornalistas também mostrou essa revolta.
São ações importantes, que devem se transformar em novas atitudes de repulsa ao bolsonarismo, tendo como meta principal, nesse momento, a defesa da democracia. Ao atacar os fundamentos constitucionais do país, o governo visa a consolidação do seu projeto de poder, incompatível com o regime de garantias de direitos políticos, sociais trabalhistas. Combater essa onda obscurantista significa defender o direito de todas as brasileiras e de todos os brasileiros.
É aí que se insere a defesa dos direitos da mulher como ponto essencial da luta popular no enfrentamento com o bolsonarismo. Não se pode falar em democracia e garantias legais e civilizatórias sem considerar essa premissa. A história do 8 de março comprova que nunca houve progresso social sem que os direitos da mulher constassem na agenda das primeiras prioridades. Foi assim que surgiram conquistas como o direito ao voto e reconhecimento pelas Nações Unidas, após a Segunda Guerra Mundial, da igualdade de direitos entre homens e mulheres.
Por isso, essa questão não é afeita somente às mulheres. Não se pode falar em movimento político progressista, ou em civilização, sem a premissa dos direitos da mulher. Ela estará muito presente, com mais força agora, nas eleições municipais de 2020. Aumentar a representação feminina no cenário político do país é um desafio que precisa ser enfrentado e vencido. Quanto mais mulheres eleitas, mais forte ficará a oposição à extrema direita.
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