Por Altamiro Borges
Charge: Latuff/Brasil de Fato
Diante de tantos fatores negativos – crise econômica, guerras sanguinárias,
crescimento de forças fascistas e agressividade imperialista –, a humanidade
resiste. Surgem contratendências a essa onda destrutiva e regressiva.
Um dos principais polos se dá com o fortalecimento do Brics, que realizou sua
17ª Cúpula no Rio de Janeiro, em julho último. Fundado por Brasil, Rússia,
Índia, China e África do Sul, em junho de 2009, ele foi ampliado no ano passado
com a adesão do Egito, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Etiópia,
Indonésia e Irã e atualmente representa 39% do PIB global e 49% da população do
planeta.
quinta-feira, 13 de novembro de 2025
Resistências e contratendências no mundo (2)
A luta dos trabalhadores num mundo em ebulição
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| Charge: David García Vivancos/Cartoon Movement |
O mundo passa por um período de incertezas, tensões e retrocessos, fenômenos que afetam diretamente a vida e as lutas dos trabalhadores. O capitalismo atravessa uma crise prolongada e sistêmica, e o capital joga todo seu ônus nas costas dos explorados, com mais desemprego, menos salários e precarização do trabalho.
A crise também acirra as contradições entre as nações, gerando guerras e conflitos – com gastos cada vez maiores em armas e milhares de mortos. Os EUA, como um império decadente, tornam-se ainda mais agressivos, promovendo tarifaços e ameaçando os povos do mundo inteiro.
Esse cenário sombrio serve de base para o crescimento de partidos neofascistas em vários países. A extrema direita se aproveita do caos econômico e do descrédito das instituições para disseminar ódio, preconceitos e violência.
Venezuela e os "momentos baixos" dos EUA
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| Actualidad RT |
O porta-aviões Gerald Ford já chegou ao Caribe e fincou âncora perto da Venezuela.
Isso não significa, necessariamente, que haverá uma invasão terrestre naquele país. Essa seria uma ação muito arriscada. A Venezuela tem forças armadas razoavelmente equipadas e um número de soldados expressivo, mais de 150 mil.
Os EUA, até agora, reuniram cerca de 10 mil homens, na área. Isso é claramente insuficiente para uma ocupação terrestre plena.
Mas o grupo de ataque liderado pelo Gerald Ford é mais do que suficiente para promover ações estratégicas destinadas a desestabilizar o governo Maduro.
Para enxergar a guerra que nos massacra
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| John Pilger |
Estamos quase chegando ao segundo aniversário da partida eterna de um dos mais respeitáveis jornalistas de todos os tempos. Alguém que, além de sua destacada competência, se caracterizou sempre por seu compromisso com as lutas por respeito e liberdade dos povos do mundo.
O britânico-australiano John Pilger nos deixou fisicamente em 30/12/2023. E faço questão de ressaltar o fisicamente, uma vez que os ensinamentos que ele nos legou durante o lapso de sua vida permanecerão eternamente conosco e com as gerações que nos substituirão.
Ele é um exemplo indiscutível de como o jornalismo pode ser desempenhado com grande dignidade e espírito de justiça. Assim, em sua gloriosa carreira profissional, ele sempre soube colocar a busca da verdade e a defesa da justiça em primeiro lugar. Em sua concepção, o jornalismo deveria ser um instrumento para ajudar aos povos do mundo a conquistarem sua independência e dignidade, e nunca para facilitar sua subjugação por potências dominadoras.
quarta-feira, 12 de novembro de 2025
terça-feira, 11 de novembro de 2025
A jogada do Hugo Motta com Tarcísio
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| Charge: Fernandes/Construir Resistência |
Hugo Motta bancou a designação de Guilherme Derrite/PP para relatar o Projeto de Lei Antifacção, uma iniciativa do governo federal.
Este pupilo de Eduardo Cunha e Arthur Lira que aplica Gumex no cabelo para parecer-se um “adulto político” afirmou que indicar relatores de projetos é uma prerrogativa do presidente da Câmara, e que, enquanto tal, ele “escolhe quem quiser”.
A coreografia da escolha de Derrite deixa claro que foi um jogo armado entre o presidente da Câmara e o governador bolsonarista Tarcísio de Freitas, o mais cotado para representar o bloco de direita e extrema-direita na próxima eleição presidencial.
A oposição extremista tenta sair do deserto político criado pela pauta monotemática da anistia e se agarra na exploração demagógica e sensacionalista do combate ao crime como estratégia eleitoral para 2026.
Este pupilo de Eduardo Cunha e Arthur Lira que aplica Gumex no cabelo para parecer-se um “adulto político” afirmou que indicar relatores de projetos é uma prerrogativa do presidente da Câmara, e que, enquanto tal, ele “escolhe quem quiser”.
A coreografia da escolha de Derrite deixa claro que foi um jogo armado entre o presidente da Câmara e o governador bolsonarista Tarcísio de Freitas, o mais cotado para representar o bloco de direita e extrema-direita na próxima eleição presidencial.
A oposição extremista tenta sair do deserto político criado pela pauta monotemática da anistia e se agarra na exploração demagógica e sensacionalista do combate ao crime como estratégia eleitoral para 2026.
Trump, Derrite e retórica do narcoterrorismo
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Um novo fantasma ronda o mundo: o fantasma do combate ao narcoterrorismo, pretexto do trumpismo e da extrema direita para a invasão militar de outros países, com ataques à soberania, à democracia e à atuação das forças progressistas.
Em seu discurso na Celac, no domingo, o presidente Lula foi direto ao ponto: “Velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais”.
O que está sendo reciclado é o mantra da Guerra Fria, de combate ao perigo comunista, agora trocado pelo combate ao “narcoterrorismo”.
O fantasma reciclado está assombrando as forças governistas no Congresso, onde um projeto enviado pelo presidente Lula para endurecer o combate às organizações criminosas foi capturado pela extrema direita.
Um novo fantasma ronda o mundo: o fantasma do combate ao narcoterrorismo, pretexto do trumpismo e da extrema direita para a invasão militar de outros países, com ataques à soberania, à democracia e à atuação das forças progressistas.
Em seu discurso na Celac, no domingo, o presidente Lula foi direto ao ponto: “Velhas manobras retóricas são recicladas para justificar intervenções ilegais”.
O que está sendo reciclado é o mantra da Guerra Fria, de combate ao perigo comunista, agora trocado pelo combate ao “narcoterrorismo”.
O fantasma reciclado está assombrando as forças governistas no Congresso, onde um projeto enviado pelo presidente Lula para endurecer o combate às organizações criminosas foi capturado pela extrema direita.
segunda-feira, 10 de novembro de 2025
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