Por Altamiro Borges
O cambaleante Aécio Neves tirou alguns dias de férias e deixou a barba crescer. Ele deveria tê-la colocado de molho. Na sua ausência, os tucanos de São Paulo – que nunca morreram de amores pelo “traíra” mineiro – intensificaram as articulações para escanteá-lo no comando do PSDB. O Estadão – aquela do singelo título “Pó pará, governador” – noticiou na quarta-feira (21) que aliados do paulista Geraldo Alckmin já cabalam votos entre os deputados federais para escolher o novo líder da sigla na Câmara Federal. As bicadas no ninho tucano visam enfraquecer o senador mineiro-carioca, numa prévia do que será a encarniçada disputa pela candidatura presidencial para 2018.
Segundo reportagem de Pedro Venceslau, “no momento em que o PSDB planeja se reinventar como partido de oposição e acirrar as críticas ao governo federal para não perder o eleitorado conquistado em 2014, tucanos paulistas e mineiros travam uma disputa nos bastidores pela liderança da sigla na Câmara. O próximo líder da bancada – que será a terceira maior da legislatura e contará com 54 parlamentares – terá grande visibilidade, além de protagonismo na engrenagem partidária... Postulantes à vaga de candidato do PSDB ao Palácio do Planalto em 2018, o senador mineiro Aécio Neves e o governador paulista Geraldo Alckmin não vão se posicionar oficialmente, mas estão acompanhando de perto as movimentações”.
Ainda de acordo com a reportagem, três nomes de Minas Gerais, todos da estrita confiança de Aécio Neves, apresentaram-se para a disputa: Marcus Pestana, que é presidente do PSDB no Estado, Paulo Abi Ackel e Domingos Sávio. Já por São Paulo estão no páreo Vanderlei Macris e Carlos Sampaio. O primeiro é visto como mais próximo a Geraldo Alckmin. Já o segundo se apresenta como interlocutor entre o governador e o senador. Na eleição presidencial do ano passado, Carlos Sampaio coordenou a área jurídica da campanha aecista. Atualmente, ele é um dos mais estridentes e histéricos inimigos da presidenta Dilma Rousseff, o que lhe garante holofotes permanentes na mídia tucana.
“No cabo de guerra entre os dois Estados, os mineiros argumentam que precisam da vaga para fortalecer a sigla regionalmente. Eles preveem uma ofensiva do PT, que ganhou o governo mineiro depois de 12 anos de gestão tucana. ‘Tentarão desmontar o Aécio a partir de Minas. Nós precisamos de interlocutores para fazer o embate com o Pimentel’, diz Pestana, em referência ao governador petista Fernando Pimentel. Ele garante, porém, que não há ‘clima de disputa’. Em campanha aberta, ele telefonou para todos os governadores do PSDB e enviou textos de sua autoria aos parlamentares”, relata o repórter do Estadão. Imagina se houvesse clima de disputa. Penas tucanas voariam para todos os lados!
“Já os paulistas apresentam como argumento o sucesso nas urnas em 2014 – elegeram Alckmin no 1º turno e deram a maior votação presidencial da história do PSDB no Estado. ‘O PSDB paulista fez seu dever de casa no ano passado. Além disso, é preciso que haja um equilíbrio de forças entre São Paulo e Minas Gerais no partido. Aécio já é presidente do partido e seu Estado está bem contemplado’, diz Milton Flávio, presidente do PSDB paulistano”. Os argumentos de ambos os lados, porém, não passam de jogo de cena. O que está em jogo não é a situação de São Paulo ou Minas Gerais. O que está em disputa é a sucessão presidencial de 2018. Até lá, as bicadas no ninho serão ainda mais sangrentas.
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O cambaleante Aécio Neves tirou alguns dias de férias e deixou a barba crescer. Ele deveria tê-la colocado de molho. Na sua ausência, os tucanos de São Paulo – que nunca morreram de amores pelo “traíra” mineiro – intensificaram as articulações para escanteá-lo no comando do PSDB. O Estadão – aquela do singelo título “Pó pará, governador” – noticiou na quarta-feira (21) que aliados do paulista Geraldo Alckmin já cabalam votos entre os deputados federais para escolher o novo líder da sigla na Câmara Federal. As bicadas no ninho tucano visam enfraquecer o senador mineiro-carioca, numa prévia do que será a encarniçada disputa pela candidatura presidencial para 2018.
Segundo reportagem de Pedro Venceslau, “no momento em que o PSDB planeja se reinventar como partido de oposição e acirrar as críticas ao governo federal para não perder o eleitorado conquistado em 2014, tucanos paulistas e mineiros travam uma disputa nos bastidores pela liderança da sigla na Câmara. O próximo líder da bancada – que será a terceira maior da legislatura e contará com 54 parlamentares – terá grande visibilidade, além de protagonismo na engrenagem partidária... Postulantes à vaga de candidato do PSDB ao Palácio do Planalto em 2018, o senador mineiro Aécio Neves e o governador paulista Geraldo Alckmin não vão se posicionar oficialmente, mas estão acompanhando de perto as movimentações”.
Ainda de acordo com a reportagem, três nomes de Minas Gerais, todos da estrita confiança de Aécio Neves, apresentaram-se para a disputa: Marcus Pestana, que é presidente do PSDB no Estado, Paulo Abi Ackel e Domingos Sávio. Já por São Paulo estão no páreo Vanderlei Macris e Carlos Sampaio. O primeiro é visto como mais próximo a Geraldo Alckmin. Já o segundo se apresenta como interlocutor entre o governador e o senador. Na eleição presidencial do ano passado, Carlos Sampaio coordenou a área jurídica da campanha aecista. Atualmente, ele é um dos mais estridentes e histéricos inimigos da presidenta Dilma Rousseff, o que lhe garante holofotes permanentes na mídia tucana.
“No cabo de guerra entre os dois Estados, os mineiros argumentam que precisam da vaga para fortalecer a sigla regionalmente. Eles preveem uma ofensiva do PT, que ganhou o governo mineiro depois de 12 anos de gestão tucana. ‘Tentarão desmontar o Aécio a partir de Minas. Nós precisamos de interlocutores para fazer o embate com o Pimentel’, diz Pestana, em referência ao governador petista Fernando Pimentel. Ele garante, porém, que não há ‘clima de disputa’. Em campanha aberta, ele telefonou para todos os governadores do PSDB e enviou textos de sua autoria aos parlamentares”, relata o repórter do Estadão. Imagina se houvesse clima de disputa. Penas tucanas voariam para todos os lados!
“Já os paulistas apresentam como argumento o sucesso nas urnas em 2014 – elegeram Alckmin no 1º turno e deram a maior votação presidencial da história do PSDB no Estado. ‘O PSDB paulista fez seu dever de casa no ano passado. Além disso, é preciso que haja um equilíbrio de forças entre São Paulo e Minas Gerais no partido. Aécio já é presidente do partido e seu Estado está bem contemplado’, diz Milton Flávio, presidente do PSDB paulistano”. Os argumentos de ambos os lados, porém, não passam de jogo de cena. O que está em jogo não é a situação de São Paulo ou Minas Gerais. O que está em disputa é a sucessão presidencial de 2018. Até lá, as bicadas no ninho serão ainda mais sangrentas.
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1 comentários:
Começaram as articulações para a escolha do presidenciável tucano a ser derrotado nas eleições de 2018. O que será a penta derrota consecutiva desse partido nessa disputa eleitoral.
Sobre a liderança do partido na Câmara, se o problema é a rixa São Paulo-Minas, que tal eles escolherem alguém de outro estado? Tipo o deputado federal Otávio Leite, último dos moicanos no nanico PSDB-RJ.
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