domingo, 11 de outubro de 2015

Kimzinho e Paulinho traíram Cunha?

Por Altamiro Borges

Apesar da sinistra história do lobista Eduardo Cunha, a mídia privada e o seu dispositivo partidário (PSDB, DEM, PPS e SD) deram total apoio ao presidente da Câmara Federal na sua insana cruzada para desgastar o governo Dilma. Agora, porém, os velhos oportunistas afirmam que desconheciam as suas práticas e anunciam, como ratos, o desembarque do navio à deriva. Temem que o ventilador no esgoto respingue na sua falsa imagem "ética". O tal "afastamento", que virou manchete nos jornalões deste domingo (11), chega a ser patético. Nesta tragicomédia, certas figuras assumem os papéis mais ridículos. É o caso do fascista mirim Kimzinho Kataguiri, líder do alienígena Movimento Brasil Livre (MBL), e do pragmático negocista Paulinho da Força, chefão da sigla Solidariedade (SD).

Aécio Neves no centro da Lista de Furnas

Por Joaquim Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Era 2005, auge das CPIs dos Correios e do Mensalão, quando o presidente de Furnas, José Pedro Rodrigues de Oliveira, um quadro técnico ligado ao ex-presidente Itamar Franco, chamou à sua sala o coordenador do Programa Luz Para Todos, assessor especial da presidência, e entregou um pedaço de papel, com um nome e o número de um telefone. “Acho que isso interessa a vocês. Só que não quero que você receba esta pessoa aqui dentro”, disse José Pedro a Paulo Tadeu, ex-prefeito de Poços de Caldas e fundador do PT.

Ensaio sobre o ódio no Brasil do século 21

Por Murilo Cleto, na revista Fórum:

Já virou rotina. Nos últimos dias pelo menos três episódios vieram à tona para reforçar o que há algum tempo se anuncia como irreversível no Brasil: o ódio está mais público do que nunca. No primeiro deles, Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde e atual secretário municipal da pasta em São Paulo, foi novamente hostilizado num restaurante no bairro nobre de Jardim Paulista. Cinco meses atrás, o mesmo Padilha já havia sido alvo de constrangimento no Itaim Bibi. Em junho, o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega foi ofendido na Vila Olímpia, chamado de “ladrão”, “palhaço” e “sem-vergonha” por dois homens. O mesmo já havia acontecido quando Mantega acompanhava a mulher, em tratamento contra o câncer, no hospital Albert Einstein. “Vá pro SUS!”, “safado”, “filho da puta”, era o que gritavam.

Golpe de 'Aecím' apunhala Temer

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O excelente artigo de Miro Borges fez o ansioso blogueiro consultar seus (e não os do Mino) botões.

Por que a Direita abandonou o bagaço do Cunha?

Ilustres direitistas como Carlos Sampaio e Mendonça Filho, que apareceram naquela foto histórica contra a corrupção, agora se voltam contra o marido da Claudia Cruz, a melhor metade da dupla suíça.

Sampaio é pau mandado de Aecím.

Cunha tem muito o que aprender com Maluf

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Paulo Maluf é um dos grandes comunicadores da história recente do país. Calhou de ser um dos mais políticos mais corruptos também, o que – para muitos eleitores – é apenas um detalhe.

Questionado sobre suas contas no exterior, que receberam milhões desviados dos cofres públicos de São Paulo, repetiu por sua própria boca ou pela de seus assessores uma frase que se tornou icônica: “Paulo Maluf não tem nem nunca teve conta no exterior''.

Quem recomendou rejeitar contas de Dilma?

Por Patrícia Faermann, no Jornal GGN:

Está nas mãos do Ministério Público Federal do Distrito Federal o relatório produzido por investigadores da Operação Zelotes que apontam indícios de que Augusto Nardes, o ministro do Tribunal de Contas da União, recebeu R$ 1,6 milhão de vantagem no escândalo do Carf. O conselho vinculado ao Ministério da Fazenda é encarregado de julgar recursos contra multas aplicadas pela Receita Federal, e a Operação investiga possíveis fraudes para comprar decisões do Carf.

A democracia fora das regras do jogo

Por Adriana Ancona de Faria, no blog O Cafezinho:

As ameaças de impeachment têm sido recorrentes desde o primeiro dia de mandato da presidente Dilma, nesta sua última eleição.

Algumas questões foram muito bem trabalhadas por Frederico de Almeida, no artigo que publicou ontem, dia 08 de outubro de 2015, no blog Justificando e que recebia o nome de “Impeachment é mais político que jurídico?”.

Por que o Brasil não deslancha?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

Na economia globalizada, sob o império do capitalismo monopolizado e o reino do sistema financeiro, condicionada por acordos tarifários e comerciais e o protecionismo imposto pelos grandes mercados consumidores, além da guerra entre blocos, a indústria nacional precisa de estratégia, desenvolvimento de produto, logística e gestão da produção –além de tecnologia de fabricação.

É a conditio sine qua non para um mínimo de competitividade, mesmo no mercado interno. Mas, no Brasil, o desenvolvimento cientifico e tecnológico é relegado a segundo plano pelas chamadas elites, especialmente as empresariais, com impacto nas políticas governamentais, descontínuas, à mingua de estratégia.

As eleições argentinas vistas do Brasil

Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:

Pelas implicações diretas que há para o Brasil, provavelmente não exista país sobre o qual o peso da ideologia conservadora pese tanto quanto em tudo o que se refere à Argentina. A própria similaridade de vários aspectos da história dos dois países facilita as comparações e a utilização do que ocorre num deles para fazer a luta ideológica e política no outro.

Por que o PSDB agora corteja Toffoli?

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Os elogios rasgados do deputado tucano Carlos Sampaio ao trabalho do ministro Dias Toffoli, presidente do TSE, na campanha de 2014, contrariam sua denuncia de fraude feita um ano atrás mas atendem a uma necessidade política do PSDB em 2015. Podem ajudar na nomeação de Gilmar Mendes como relator da AIME 761, investigação destinada alimentar a tentativa de cassar a chapa Dilma-Temer no TSE.

TSE aprovou R$ 10 mi de Caixa-2 para FHC

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A severidade com que o Tribunal Superior Eleitoral e o Tribunal de Contas da União tratam a presidente Dilma sugere que esses Tribunais seriam uma espécie de “guardiões da moralidade”. Porém, matéria da Folha de São Paulo publicada em 2000 mostra que hoje, no Brasil, mais do que nunca vale a máxima “Aos amigos, tudo; aos inimigos, a lei”.

A mídia virou o palco dos patetas

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Não me esqueço dos “politicamente corretos” que, nas manifestações de 2013, me criticaram por dizer que o rapaz que se tornava conhecido como “Batman do Leblon” (na verdade, morador do subúrbio de Bento Ribeiro) tinha algum problema sério de comportamento.

Desculpem-me estes, certamente de boa-fé, mas o Brasil desenvolve um processo de imbecilização em massa que deixa aquela história dos “15 minutos de glória” do Andy Wharol parecendo de uma antiquadíssima discrição.

O discurso e o método dos golpistas

Por Geniberto Paiva Campos, no site Vermelho:

1.“Não discuta, não argumente, é desnecessário. Apenas repita, eles acabam entendendo”. Esta foi a recomendação enfática, anunciada num inglês perfeito, com legendas em português, por um jovem brasileiro aparentemente de classe média, em um vídeo de estética impecável, produzido profissionalmente, tendo como público alvo presumido outros jovens brasileiros e segmentos da classe média do país.

As nebulosas transações de Aécio Neves

Por Rogério Correia e Ilson Lima, no blog Viomundo:

O deputado Rogério Correia (PT) se reúne na terça-feira (13/10) com o promotor Eduardo Nepomuceno, titular da Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, a quem entregará documentação referente às nebulosas transações entre a Cemig e a empreiteira Andrade Gutierrez. O parlamentar irá, objetivamente, contribuir no processo em andamento naquela promotoria, que estava em banho-maria, mas que com a Operação Lava-Jato voltou com carga total nos últimos dias.

Pedaladas, pilotadas e navegadas

Por José Carlos Peliano, no site Carta Maior:

A pedalada fiscal teve origem e passou a ser conhecida pela divulgação na mídia quando outrora era chamada de manipulação de dados ou manobra fiscal. Exemplo de providência usada e em uso para melhorar ou maquiar a apresentação da contabilidade fiscal das administrações de governo.

Na verdade, os mecanismos e expedientes postos em prática não diferem em essência do que se faz quando se quer vender melhor o peixe, dourar a pílula, captar votos, seduzir o outro ou ganhar adeptos. Os lobistas sabem bem disso, profissionais de marketing, as opiniões dos jornalistas de fala, vídeo e escrita, entre outros.

A pressa e a narrativa do golpe

http://pigimprensagolpista.blogspot.com.br/
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Passada a batalha do TCU, e antevendo que as contas de Dilma não terão o julgamento final e definitivo pelo Congresso ainda este ano, a oposição resolveu acelerar a marcha do impeachment com base apenas no parecer do tribunal de contas. Se o impeachment não sair este ano, dificilmente sairá em 2017. Nem o país aguentaria. Mais tarde pode ser tarde. Mais tarde Eduardo Cunha pode não estar no cargo para ajudar. O dilema da oposição é que, queimando etapa, fortalece a percepção do afastamento como golpe, como virada do jogo eleitoral perdido no tapetão de um impeachment cavado como pênalti por certos times.

Queda da extrema pobreza não dá manchete

Por Altamiro Borges

Estudo divulgado pelo insuspeito Banco Mundial nesta semana confirma que o número de pessoas vivendo em situação de pobreza extrema no Brasil caiu 64% entre 2001 e 2013, passando de 13,6% para 4,9% da população. O próprio economista Emmanuel Skoufias, especialista da instituição, disse que ficou surpreso com a redução da miséria no país. Mesmo assim, a mídia hegemônica - que no seu complexo de vira-lata adora alardear os dados negativos da economia brasileira - não deu destaque para a alvissareira notícia. Ela não virou manchete nos jornalões, nem capas das revistonas semanais e nem motivo de elogios na rádio e tevê. Desta forma, como o governo não possui influentes meios de comunicação, o estudo do Banco Mundial virou uma não notícia para a maioria dos brasileiros.