quinta-feira, 30 de junho de 2016
A quem serve o Banco Central?
Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:
Na segunda-feira, dia 27 de junho, o Banco Central divulgou a sua tradicional Nota à Imprensa versando sobre “Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro”. Uma vez por mês a instituição, que é oficialmente encarregada pela implementação da política monetária e pela regulação do sistema financeiro, vem a público oferecer as informações oficiais a respeito do comportamento desse importante setor de nossa economia.
Na segunda-feira, dia 27 de junho, o Banco Central divulgou a sua tradicional Nota à Imprensa versando sobre “Política Monetária e Operações de Crédito do Sistema Financeiro”. Uma vez por mês a instituição, que é oficialmente encarregada pela implementação da política monetária e pela regulação do sistema financeiro, vem a público oferecer as informações oficiais a respeito do comportamento desse importante setor de nossa economia.
O triunfo da campanha das viagens de Dilma
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
“Tem que ter toda a segurança atrás de mim, garantindo minha segurança. É a Constituição que manda. Estamos diante de uma situação que tem que ser resolvida. Eu vou viajar”.
No pacote de mesquinharias do interino contra a ex-titular, figura um “parecer técnico” (ah, esses eufemismos) restringindo os deslocamentos aéreos dela em aviões da FAB.
Dilma foi autorizada a voar apenas entre Brasília e Porto Alegre, onde vivem os familiares. “Não sei se vocês sabem, mas eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião”, afirmou ela à época.
Dilma foi autorizada a voar apenas entre Brasília e Porto Alegre, onde vivem os familiares. “Não sei se vocês sabem, mas eu não posso, como qualquer outra pessoa, pegar um avião”, afirmou ela à época.
“Tem que ter toda a segurança atrás de mim, garantindo minha segurança. É a Constituição que manda. Estamos diante de uma situação que tem que ser resolvida. Eu vou viajar”.
As razões do colapso do sistema político
Por Aldo Arantes
O Brasil enfrenta uma grave crise política. A Constituição está sendo pisoteada. A democracia, obtida com muita luta pelo povo brasileiro, sendo cada vez mais limitada. As conquistas obtidas nos últimos anos, desmontadas. O golpe instalado.
Por outro lado cresce a indignação popular. A resistência se amplia. Estão dadas as condições para a construção de uma ampla de união de forças para derrotar o golpe. O centro da luta momento se volta para a defesa da legalidade, do mandato da presidenta Dilma e contra o governo corrupto e ilegítimo de Temer.
O Brasil enfrenta uma grave crise política. A Constituição está sendo pisoteada. A democracia, obtida com muita luta pelo povo brasileiro, sendo cada vez mais limitada. As conquistas obtidas nos últimos anos, desmontadas. O golpe instalado.
Por outro lado cresce a indignação popular. A resistência se amplia. Estão dadas as condições para a construção de uma ampla de união de forças para derrotar o golpe. O centro da luta momento se volta para a defesa da legalidade, do mandato da presidenta Dilma e contra o governo corrupto e ilegítimo de Temer.
A pressa de Temer em limitar os gastos
Editorial do site Vermelho:
A luta democrática e em defesa dos interesses nacionais acirra-se a olhos vistos e, em paralelo a ela, cai cada vez mais a máscara daqueles que tentaram disfarçar o impeachment sob véus legalistas.
A situação ficou pior, para os golpistas depois que peritos do Senado comunicaram à Comissão de Impeachment que as operações pelas quais Dilma Rousseff é acusada – as chamadas pedaladas fiscais – foram legais.
Neste quadro de incertezas destaca-se a pressa com que a equipe econômica do governo usurpador, formado por representantes do grande capital brasileiro e internacional, tenta inscrever seus interesses na Constituição, no esforço de torná-los permanentes.
A luta democrática e em defesa dos interesses nacionais acirra-se a olhos vistos e, em paralelo a ela, cai cada vez mais a máscara daqueles que tentaram disfarçar o impeachment sob véus legalistas.
A situação ficou pior, para os golpistas depois que peritos do Senado comunicaram à Comissão de Impeachment que as operações pelas quais Dilma Rousseff é acusada – as chamadas pedaladas fiscais – foram legais.
Neste quadro de incertezas destaca-se a pressa com que a equipe econômica do governo usurpador, formado por representantes do grande capital brasileiro e internacional, tenta inscrever seus interesses na Constituição, no esforço de torná-los permanentes.
Não é hora de fugir da luta
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:
A confissão de Rose de Freitas de que as pedaladas fiscais não passaram de um pretexto para afastar Dilma Rousseff e empossar o governo provisório de seu patrão Michel Temer ajudou a reforçar a certeza de que o país está diante de um golpe parlamentar e comoveu vozes que até agora nada enxergavam de errado. "Há golpe", reagiu o colunista Elio Gaspari.
Até agora, contudo, não há sinais de que uma notícia dessa importância tenha sido capaz de alterar o placar de votos do Senado que, lá pelo meio de agosto, irá resolver o destino de Dilma e, no mesma votação, definir a solidez das instituições democráticas erguidas pela Constituição de 1988. Essa conjuntura particular obriga reconhecer que o risco de a democracia brasileira -- que serviu a mais de 100 milhões de eleitores em outubro de 2014 - ser conduzida como uma boiada para o matadouro, é muito maior do que se gostaria de imaginar.
A confissão de Rose de Freitas de que as pedaladas fiscais não passaram de um pretexto para afastar Dilma Rousseff e empossar o governo provisório de seu patrão Michel Temer ajudou a reforçar a certeza de que o país está diante de um golpe parlamentar e comoveu vozes que até agora nada enxergavam de errado. "Há golpe", reagiu o colunista Elio Gaspari.
Até agora, contudo, não há sinais de que uma notícia dessa importância tenha sido capaz de alterar o placar de votos do Senado que, lá pelo meio de agosto, irá resolver o destino de Dilma e, no mesma votação, definir a solidez das instituições democráticas erguidas pela Constituição de 1988. Essa conjuntura particular obriga reconhecer que o risco de a democracia brasileira -- que serviu a mais de 100 milhões de eleitores em outubro de 2014 - ser conduzida como uma boiada para o matadouro, é muito maior do que se gostaria de imaginar.
O neoliberalismo e a crise de valores
Do site do Fórum-21:
No próximo sábado, dia 2 de julho, o Fórum 21 promoverá o debate “A Metafísica do Neoliberalismo e a Crise de Valores no Mundo”. O evento acontece das 9h às 12h30, na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP, (Rua General Jardim, 522, 7 andar), São Paulo, Bela Vista).
Participam do debate os professores Jung Mo Sung (Ciências da Religião – Universidade Metodista), Magali Cunha (Comunicação – Universidade Metodista) e Marilena Chauí (Filosofia – USP). Em discussão, a crise de valores da civilização ocidental frente a hegemonia do neoliberalismo que transforma, principalmente, por meio da comunicação, o Mercado em um ser metafísico, dotado de onipotência, onipresença e onisciência.
Gastança de Temer é para comprar votos
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
O governo Temer subiu ao poder aos gritos de “cortar, cortar, cortar!”.
Era a voz da mídia, amplificado a voz do “mercado”, isto é, a voz do dinheiro.
A fúria “cortista” não economizava exemplos: cortem-se ministérios (com o da Cultura, aliás, saiu “caro”), corte-se publicidade nos “blogs sujos” (de minha parte, agradeço a comprovação de que não me vinha um “tusta” do Governo), corte-se até assessores e a despensa do Palácio da Alvorada, onde aquela malvada Dilma gastadeira (só rindo) comia demais.
O governo Temer subiu ao poder aos gritos de “cortar, cortar, cortar!”.
Era a voz da mídia, amplificado a voz do “mercado”, isto é, a voz do dinheiro.
A fúria “cortista” não economizava exemplos: cortem-se ministérios (com o da Cultura, aliás, saiu “caro”), corte-se publicidade nos “blogs sujos” (de minha parte, agradeço a comprovação de que não me vinha um “tusta” do Governo), corte-se até assessores e a despensa do Palácio da Alvorada, onde aquela malvada Dilma gastadeira (só rindo) comia demais.
A falta de pudor de Temer
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
A propósito das demissões de integrantes do Conselho Nacional de Educação, o ex-ministro da pasta, Aloizio Mercadante, foi preciso ao definir a falta de cerimônia com que o vice presidente em exercício Michel Temer avança o sinal, atropela lei e as regras de funcionamento das instituições públicas. ”Mais uma vez este governo demonstra incapacidade de distinguir entre instituições de Estado e interesses de governo", diz Mercadante. Os 24 conselheiros, nomeados por Dilma, estavam no exercício dos mandatos previstos em lei e no regimento do CNE.
A propósito das demissões de integrantes do Conselho Nacional de Educação, o ex-ministro da pasta, Aloizio Mercadante, foi preciso ao definir a falta de cerimônia com que o vice presidente em exercício Michel Temer avança o sinal, atropela lei e as regras de funcionamento das instituições públicas. ”Mais uma vez este governo demonstra incapacidade de distinguir entre instituições de Estado e interesses de governo", diz Mercadante. Os 24 conselheiros, nomeados por Dilma, estavam no exercício dos mandatos previstos em lei e no regimento do CNE.
Colômbia e o difícil caminho para a paz
Por Elaine Tavares, no site da Adital:
A notícia sobre a saída do Reino Unido da União Europeia foi destaque nos noticiários e ofuscou outra notícia importante acontecida na mesma semana: o acordo de paz entre o governo colombiano e as FARC-EP, fato que para as gentes de Colômbia certamente tem muito mais significado do que a longínqua decisão europeia. Mergulhado em um conflito que, na prática, dura 68 anos, o povo colombiano espera pela paz acreditando que, com isso, possa retomar a vida que de certa forma se rompeu no triste "bogotazo”, quando – após o assassinato do candidato à presidência Jorge Gaitán – as gentes se levantaram em rebelião. E o que era para ser um protesto que visava a punição dos culpados e a retomada da legalidade acabou se transformando numa espiral de lutas, violências, crimes e terrorismo de estado.
A notícia sobre a saída do Reino Unido da União Europeia foi destaque nos noticiários e ofuscou outra notícia importante acontecida na mesma semana: o acordo de paz entre o governo colombiano e as FARC-EP, fato que para as gentes de Colômbia certamente tem muito mais significado do que a longínqua decisão europeia. Mergulhado em um conflito que, na prática, dura 68 anos, o povo colombiano espera pela paz acreditando que, com isso, possa retomar a vida que de certa forma se rompeu no triste "bogotazo”, quando – após o assassinato do candidato à presidência Jorge Gaitán – as gentes se levantaram em rebelião. E o que era para ser um protesto que visava a punição dos culpados e a retomada da legalidade acabou se transformando numa espiral de lutas, violências, crimes e terrorismo de estado.
Pesquisa revela péssima imagem da mídia
Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:
A mais recente pesquisa CUT/Vox Populi mostra que entre os mortos e feridos pela crise política a dita grande mídia é uma das vítimas. Nos últimos 50 anos, sua imagem de isenção e imparcialidade nunca esteve tão em baixa.
Realizada entre os dias 7 e 9 de junho, a pesquisa caracterizou atitudes e sentimentos da opinião pública um mês após a posse de Michel Temer. Permite, portanto, identificar como a população compara a Presidência de Dilma Rousseff com a situação atual.
A mais recente pesquisa CUT/Vox Populi mostra que entre os mortos e feridos pela crise política a dita grande mídia é uma das vítimas. Nos últimos 50 anos, sua imagem de isenção e imparcialidade nunca esteve tão em baixa.
Realizada entre os dias 7 e 9 de junho, a pesquisa caracterizou atitudes e sentimentos da opinião pública um mês após a posse de Michel Temer. Permite, portanto, identificar como a população compara a Presidência de Dilma Rousseff com a situação atual.
Farsa jurídica e golpe parlamentar
Ilustração: http://pataxocartoons.blogspot.com.br/ |
Comissão de três gestores do Senado examinou cuidadosamente as contas da Presidente Dilma Rousseff, encontrou irregularidades – a liberação de créditos sem aval do Congresso – mas não encontrou as famosas “pedaladas” que foram a justificativa jurídica do impeachment. Confirma-se, assim, o que já está claro para muitos: que o impeachment, do ponto de vista jurídico, é uma farsa. E, portanto, confirma-se que estamos diante de um golpe parlamentar.
Os tipinhos da direita brazuca
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:
Os coxinhas (ou “novos Collor”)
É uma tendência em ascensão na América Latina. Bem nascidos, estudaram nos melhores colégios e nas melhores universidades, graças à grana da família. O sobrenome revela que são herdeiros de políticos tradicionais ou das famílias mais ricas do país. No entanto, adoram falar em meritocracia, como se tivessem saído do nada para chegar lá, movidos apenas por seu próprio esforço. Com suas camisas pólo de marca e os cabelos com corte jovial, transmitem uma imagem de “dinamismo” e de que são “vencedores”, reforçada pela prática de algum esporte – Fernando Collor, que chegou à presidência da República aos 40 anos e gostava de andar de jet-ski, é um precursor deste perfil. Têm um peculiar gosto pelos mocassins. Politicamente, se dizem seguidores do “libertarianismo”, uma espécie de reacionarismo de minissaia. Ícones: os brasileiros Aécio Neves, João Dória Jr. (e o PSDB de modo geral) e Luciano Huck, o argentino Mauricio Macri, o uruguaio Lacalle Pou e o venezuelano Leopoldo López.
Os coxinhas (ou “novos Collor”)
É uma tendência em ascensão na América Latina. Bem nascidos, estudaram nos melhores colégios e nas melhores universidades, graças à grana da família. O sobrenome revela que são herdeiros de políticos tradicionais ou das famílias mais ricas do país. No entanto, adoram falar em meritocracia, como se tivessem saído do nada para chegar lá, movidos apenas por seu próprio esforço. Com suas camisas pólo de marca e os cabelos com corte jovial, transmitem uma imagem de “dinamismo” e de que são “vencedores”, reforçada pela prática de algum esporte – Fernando Collor, que chegou à presidência da República aos 40 anos e gostava de andar de jet-ski, é um precursor deste perfil. Têm um peculiar gosto pelos mocassins. Politicamente, se dizem seguidores do “libertarianismo”, uma espécie de reacionarismo de minissaia. Ícones: os brasileiros Aécio Neves, João Dória Jr. (e o PSDB de modo geral) e Luciano Huck, o argentino Mauricio Macri, o uruguaio Lacalle Pou e o venezuelano Leopoldo López.
"Delação premiada" incentiva corruptos?
Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:
Há algo de disfuncional na Justiça brasileira quando oscila entre dois extremos no trato dos crimes de corrupção. De um lado o engavetamento – omitindo-se de investigar – e do outro, a banalização da prisão preventiva seguida de delação premiada como atalho para as investigações.
Ambas as medidas trazem grande risco de erro. E os erros vão além da violação de direitos individuais, pois prejudica a própria redução da criminalidade, uma vez que o Judiciário, sem querer, está indicando um caminho de redução de riscos para a atividade criminosa.
Ambas as medidas trazem grande risco de erro. E os erros vão além da violação de direitos individuais, pois prejudica a própria redução da criminalidade, uma vez que o Judiciário, sem querer, está indicando um caminho de redução de riscos para a atividade criminosa.
quarta-feira, 29 de junho de 2016
Moro já agendou outro show midiático?
Por Altamiro Borges
Como sempre ironiza o afiado blogueiro Paulo Henrique Amorim, "o relógio do juiz Sérgio Moro é de uma precisão suíça". Na semana passada, quando o descartado Eduardo Cunha ameaçava delatar seus comparsas no "golpe dos corruptos" e a Polícia Federal finalmente prendia os donos do "jatinho-fantasma" de Eduardo Campos e Marina Silva, o "justiceiro" da Lava-Jato voltou a estrelar seu show midiático na prisão do ex-ministro Paulo Bernardo, na ação de busca e apreensão na casa da senadora petista Gleisi Hoffmann e na operação de guerra na sede nacional do PT, no centro de São Paulo. A tática diversionista de Sérgio Moro já está ficando manjada e todos se perguntam quando será o seu próximo lance: na véspera da votação do impeachment de Dilma no Senado, prevista para agosto?
Temer, Cunha e você na calada da noite...
Por Renato Rovai, em seu blog:
Temer acaba de se encontrar na calada da noite com Eduardo Cunha. Calada da noite não é força de expressão. Temer recebeu o presidente afastado da Câmara na sua residência oficial, no domingo à noite e sem registrar o fato na sua agenda pública.
Ou seja, tentou dar um drible da vaca na imprensa e na opinião pública, mas foi pego em flagrante.
Tentou desmentir. Mas quando viu que o flagrante havia deixado rastros, recuou.
Temer acaba de se encontrar na calada da noite com Eduardo Cunha. Calada da noite não é força de expressão. Temer recebeu o presidente afastado da Câmara na sua residência oficial, no domingo à noite e sem registrar o fato na sua agenda pública.
Ou seja, tentou dar um drible da vaca na imprensa e na opinião pública, mas foi pego em flagrante.
Tentou desmentir. Mas quando viu que o flagrante havia deixado rastros, recuou.
Aliados de Alckmin dominam CPI da merenda
Marcada por um clima de conflito entre a base do governo estadual paulista e a oposição, parlamentares e manifestantes - em sua maioria estudantes secundaristas que mobilizaram ocupações em escolas - participaram da sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Merenda, nesta terça-feira (28), no auditório Paulo Kobayashi na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp).
Abaixo a ditadura midiática-judicial!
1) Pretenso combate à corrupção que serve como mero pretexto para perseguir e criminalizar um partido com compromissos populares, e ao mesmo tempo proteger setores conservadores, é coisa típica de ditadura.
2) A banalização de prisões preventivas e temporárias por tempo indeterminado, sem condenação definitiva e com base em ilações e conjecturas, é marca registrada dos estados autoritários.
3) A tortura psicológica a qual suspeitos presos são submetidos, mofando na cadeia até que resolvam delatar militantes de determinado partido, é um conhecido sintoma de violação do sistema de garantias individuais, pedra angular dos regimes democráticos.
A desintegração neoliberal: o piloto sumiu
Por Saul Leblon, no site Carta Maior:
É o segundo espasmo de morte do neoliberalismo; o primeiro atingiu sua jugular econômica com a crise financeira sistêmica de 2008, da qual o organismo nunca mais se recuperou.
Agora foi a carótida política.
O sangue venoso e o arterial se misturaram espalhando a morte para dentro e para fora dos trilhos do livre mercado até descarrilar seu trem político.
É esse o filme que estreou em circuito mundial neste fim de semana.
É o segundo espasmo de morte do neoliberalismo; o primeiro atingiu sua jugular econômica com a crise financeira sistêmica de 2008, da qual o organismo nunca mais se recuperou.
Agora foi a carótida política.
O sangue venoso e o arterial se misturaram espalhando a morte para dentro e para fora dos trilhos do livre mercado até descarrilar seu trem político.
É esse o filme que estreou em circuito mundial neste fim de semana.
Até Elio Gaspari admite que é golpe
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Quando até Elio Gaspari admite que é golpe, é porque não há mais como defender qualquer outra coisa.
Elio é colunista da Folha e do Globo, e dos mais influentes. É também cioso em cuidar de seus empregos. Nas suas colunas sobre a crise, jamais falou do papel da imprensa no trabalho crucial de desestabilização de Dilma, ao contrário, para ficar num caso, de Jânio de Freitas.
Em seus vários livros sobre a ditadura, da mesma forma, Roberto Marinho virtualmente não aparece. É como se a voz da ditadura - Marinho e sua Globo - fosse coadjuvante e não, como foi, protagonista da trama.
Pressão sobre o Congresso é decisiva
Por Antônio Augusto de Queiroz, na revista Teoria e Debate:
Poucas vezes o acompanhamento, a fiscalização e a pressão sobre o Congresso Nacional terão sido tão imprescindíveis para evitar retrocessos nas conquistas sociais e na proteção do interesse nacional como neste período do governo interino de Michel Temer.
Nem mesmo na Assembleia Nacional Constituinte, quando se enfrentou o “Centrão”; na revisão constitucional, quando se resistiu ao desmonte da Constituição por quórum de maioria absoluta; e nos governos FHC, quando houve a entrega de parcela importante do patrimônio nacional ao setor privado e a supressão de mais de cinquenta direitos, a ofensiva foi tão ampla e intensa quanto a atual.
Nem mesmo na Assembleia Nacional Constituinte, quando se enfrentou o “Centrão”; na revisão constitucional, quando se resistiu ao desmonte da Constituição por quórum de maioria absoluta; e nos governos FHC, quando houve a entrega de parcela importante do patrimônio nacional ao setor privado e a supressão de mais de cinquenta direitos, a ofensiva foi tão ampla e intensa quanto a atual.
Brasileiros rejeitam agenda de Temer/Cunha
Por Iberê Lopes, no site Vermelho:
Desconfiança quanto ao futuro do país chega a 89%, e reprovação de Temer atinge 70%, de acordo com levantamento feito pelo Ipsos Public Affairs. Para o líder da Bancada Comunista na Câmara, Daniel Almeida (PCdoB-BA), “até quem foi aos protestos contra Dilma sabe que este governo está comprometido com a corrupção”
A reprovação do presidente interino, Michel Temer (PMDB), está subindo desde o golpe parlamentar que levou ao afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto. É o que aponta a pesquisa do Ipsos Public Affairs, que destaca a nomeação de nomes investigados na Lava Jato para a Esplanada dos Ministérios e as propostas de arrocho aos trabalhadores como fatores de desgaste da gestão do peemedebista.
A reprovação do presidente interino, Michel Temer (PMDB), está subindo desde o golpe parlamentar que levou ao afastamento de Dilma Rousseff do Palácio do Planalto. É o que aponta a pesquisa do Ipsos Public Affairs, que destaca a nomeação de nomes investigados na Lava Jato para a Esplanada dos Ministérios e as propostas de arrocho aos trabalhadores como fatores de desgaste da gestão do peemedebista.
A popularidade de Janot, Moro e Barbosa
A presença de Rodrigo Janot, Sérgio Moro & Joaquim Barbosa em listas de presidenciáveis tem sido tratada com naturalidade exagerada. O caso merece uma reflexão um pouco mais demorada.
Pouca gente se recorda mas em 1945, após o golpe militar que derrubou Getúlio Vargas, a UDN, partido da oligarquia paulista, ocupou a cena política para exigir "todo poder ao Judiciário." Foi assim que, durante três meses, o país foi governado por José Linhares, presidente do Supremo Tribunal Federal, que entregou a presidência a Eurico Dutra, escolhido pelo voto direto. Em seu governo trimestral, Linhares ficou famoso pelo empenho em empregar parentes e por uma ação política definida. Aproveitou os poderes presidenciais para afastar a maioria dos interventores nomeados por Vargas para os governos estaduais, medida que interessava a oposição que pretendia ir a forra contra Getúlio Vamas não trouxe o resultado esperado.
Onde está o “rombo” da Previdência
Por Guilherme Boulos, no site Outras Palavras:
O governo interino de Michel Temer anunciou para as próximas semanas o envio de um projeto de Reforma da Previdência ao Congresso Nacional. A proposta capitaneada por Henrique Meirelles deve incluir idade mínima para aposentadoria e aplicação das novas regras já aos trabalhadores na ativa.
A missão, diga-se, foi preparada pela presidenta Dilma, que defendeu a reforma na abertura do ano legislativo como parte das fracassadas tentativas de angariar apoio no mercado. Agora, o interino e seu ministro-banqueiro querem impô-la goela abaixo dos trabalhadores.
O governo interino de Michel Temer anunciou para as próximas semanas o envio de um projeto de Reforma da Previdência ao Congresso Nacional. A proposta capitaneada por Henrique Meirelles deve incluir idade mínima para aposentadoria e aplicação das novas regras já aos trabalhadores na ativa.
A missão, diga-se, foi preparada pela presidenta Dilma, que defendeu a reforma na abertura do ano legislativo como parte das fracassadas tentativas de angariar apoio no mercado. Agora, o interino e seu ministro-banqueiro querem impô-la goela abaixo dos trabalhadores.
Os ataques à comunicação pública
Por Felipe Bianchi, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
Os ataques da mídia monopolista e de setores conservadores à comunicação pública não param. A razão para gritaria diz respeito a supostos ‘altos salários’ pagos a jornalistas pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A polêmica, entretanto, não se justifica, conforme argumentam o jornalistas Luis Nassif, Paulo Moreira Leite e Sidney Rezende.
Alvos de matérias de grandes jornais sobre o assunto, os renomados profissionais rebateram a tese de que seus vencimentos estariam acima da realidade do mercado da comunicação e criticaram a 'caça às bruxas' que vem sendo empreendida contra qualquer jornalista e meio de comunicação que não endosse o pensamento único dos grandes veículos.
Os ataques da mídia monopolista e de setores conservadores à comunicação pública não param. A razão para gritaria diz respeito a supostos ‘altos salários’ pagos a jornalistas pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC). A polêmica, entretanto, não se justifica, conforme argumentam o jornalistas Luis Nassif, Paulo Moreira Leite e Sidney Rezende.
Alvos de matérias de grandes jornais sobre o assunto, os renomados profissionais rebateram a tese de que seus vencimentos estariam acima da realidade do mercado da comunicação e criticaram a 'caça às bruxas' que vem sendo empreendida contra qualquer jornalista e meio de comunicação que não endosse o pensamento único dos grandes veículos.
terça-feira, 28 de junho de 2016
Lei Rouanet e os segredos da Globo
Por Altamiro Borges
Em mais uma operação cinematográfica, batizada de “Boca Livre”, a Polícia Federal prendeu 14 pessoas na manhã desta terça-feira (28) acusadas de desvio de recursos públicos através das isenções fiscais previstas na Lei Rouanet. Segundo as investigações, o grupo mafioso atuou por quase 20 anos no Ministério da Cultura e conseguiu aprovar R$ 180 milhões em projetos “culturais”. O desvio ocorria por meio de diversas fraudes, como superfaturamento, apresentação de notas fiscais relativas a serviços e produtos fictícios, projetos duplicados e contrapartidas ilícitas feitas às incentivadoras. Entre os presos na Superintendência da PF em São Paulo, estão os donos da produtora Bellini Cultural e o agente cultural Fábio Ralston.
Em mais uma operação cinematográfica, batizada de “Boca Livre”, a Polícia Federal prendeu 14 pessoas na manhã desta terça-feira (28) acusadas de desvio de recursos públicos através das isenções fiscais previstas na Lei Rouanet. Segundo as investigações, o grupo mafioso atuou por quase 20 anos no Ministério da Cultura e conseguiu aprovar R$ 180 milhões em projetos “culturais”. O desvio ocorria por meio de diversas fraudes, como superfaturamento, apresentação de notas fiscais relativas a serviços e produtos fictícios, projetos duplicados e contrapartidas ilícitas feitas às incentivadoras. Entre os presos na Superintendência da PF em São Paulo, estão os donos da produtora Bellini Cultural e o agente cultural Fábio Ralston.
Falências e cortes. Crise na mídia é grave
Em artigo publicado neste domingo (26), a ombudsman da Folha, Paula Cesarino Costa, até fez um baita esforço para relativizar a crise vivida pelo jornal que a emprega. Mas, com base nos próprios dados apresentados no texto, fica evidente que a situação é dramática. Ao tratar dos correspondentes do diário no exterior, ela relata que "a rede murchou. Sucumbiu ante os altos custos em moeda forte e a evolução tecnológica que trouxe acesso instantâneo à notícia em qualquer lugar do mundo". Quase não há mais jornalistas em outros países. O mesmo quadro de cortes e até de falências é vivido pelo restante da imprensa tradicional – e não apenas da mídia impressa. A agonia do setor é crescente.
Denúncia perde força e Dilma reúne aliados
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
A conclusão da perícia do Senado, de que a presidente suspensa Dilma Rousseff não foi responsável pelas pedaladas fiscais, explicita a natureza golpista do impeachment e enfraquece muito a denúncia de crime de responsabilidade, avaliam o PT e a defesa de Dilma. Restará a acusação de que três decretos violaram a meta fiscal, o que não se sustenta, pois a meta foi reajustada no final de 2015, diz o deputado petista Paulo Pimenta. Com este ganho para a defesa técnica, Dilma tentará, em reunião amanhã, aparar diferenças com a Executiva do PT sobre a proposta de um compromisso público dela com a realização de um plebiscito sobre nova eleição, tão logo seja absolvida e reconduzida ao cargo. A reunião com os movimentos sociais ocorrerá depois do acerto com o partido.
A conclusão da perícia do Senado, de que a presidente suspensa Dilma Rousseff não foi responsável pelas pedaladas fiscais, explicita a natureza golpista do impeachment e enfraquece muito a denúncia de crime de responsabilidade, avaliam o PT e a defesa de Dilma. Restará a acusação de que três decretos violaram a meta fiscal, o que não se sustenta, pois a meta foi reajustada no final de 2015, diz o deputado petista Paulo Pimenta. Com este ganho para a defesa técnica, Dilma tentará, em reunião amanhã, aparar diferenças com a Executiva do PT sobre a proposta de um compromisso público dela com a realização de um plebiscito sobre nova eleição, tão logo seja absolvida e reconduzida ao cargo. A reunião com os movimentos sociais ocorrerá depois do acerto com o partido.
Um debate sobre o neoliberalismo e o FMI
Por Luiz Gonzaga Belluzzo e Gabriel Galípolo, na revista CartaCapital:
No último dia 10 fomos informados por um amigo que um economista chamado Márcio Garcia dedicou todo seu espaço na coluna do Valor para comentar o nosso artigo “Foi o patrão quem falou”, zeloso da condição que nos arvorou em formadores de opinião.
Não vamos levar a sério a sugestão de que distorcemos as palavras do FMI para que soassem como críticas ao neoliberalismo. O título do estudo do FMI é Neoliberalism: Oversold? O próprio Valor já havia publicado matéria em 30 de maio com o título: “Desigualdade leva o FMI a rever agenda neoliberal”.
Não vamos levar a sério a sugestão de que distorcemos as palavras do FMI para que soassem como críticas ao neoliberalismo. O título do estudo do FMI é Neoliberalism: Oversold? O próprio Valor já havia publicado matéria em 30 de maio com o título: “Desigualdade leva o FMI a rever agenda neoliberal”.
Pelas mãos de Temer, a volta ao passado
Por Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:
Logo da sua pouco eufórica instalação, o governo golpista passou a mostrar ao que veio: desconstrução de tudo o que foi construído desde 2003, tanto do ponto de vista de direitos sociais como de distribuição de renda, de fortalecimento do Estado e do patrimônio das empresas públicas. Ao mesmo tempo que vai revelando os executores dessa agenda.
Além da malta peemedebista, louca para se reapropriar do botim e fazer as nomeações correspondentes nos cargos essenciais, Temer apela para neoliberais de carteirinha e trajetória. Não apenas Meirelles e toda sua equipe, mas tucanos na educação, no Itamaraty, na Petrobras, no BNDES e em outros postos-chave no governo golpista.
Além da malta peemedebista, louca para se reapropriar do botim e fazer as nomeações correspondentes nos cargos essenciais, Temer apela para neoliberais de carteirinha e trajetória. Não apenas Meirelles e toda sua equipe, mas tucanos na educação, no Itamaraty, na Petrobras, no BNDES e em outros postos-chave no governo golpista.
Reino (des)Unido e a complexidade do Brexit
Por Thiago Cassis, no site da UJS:
Na última quinta-feira (23) foi realizado no Reino Unido um plebiscito para que os britânicos decidissem entre permanecer (remain) ou deixar (leave) a União Europeia.
O resultado do Brexit (trocadilho em inglês com as palavras british e exit) demonstrou que 51,9% dos eleitores preferem que a ilha não faça mais parte do bloco europeu, enquanto 48,1% prefeririam que o Reino Unido permanecesse na União Europeia. Porém os motivos que levaram os eleitores a decidirem seus votos são diversos, e isso só reforça a complexidade e as “rachaduras” que podem ser notadas na sociedade britânica através dos resultados.
O Funk e a cultura do preconceito
Por Theo Rodrigues, no blog O Cafezinho:
“Diversão hoje em dia não podemos nem pensar
Pois até lá nos bailes, eles vêm nos humilhar”
“Uma ameaça devastadora”. Com essas palavras o deputado estadual Milton Rangel definiu a cultura do Funk em assustador artigo publicado no jornal O Globo.
Intitulado “Cultura da futilidade” o artigo do líder do DEM na ALERJ argumenta - se é que podemos chamar de argumento – que “seria o cúmulo da vergonha considerar um tipo de música tão vulgar e ridícula como forma de manifestação cultural”.
“Diversão hoje em dia não podemos nem pensar
Pois até lá nos bailes, eles vêm nos humilhar”
“Uma ameaça devastadora”. Com essas palavras o deputado estadual Milton Rangel definiu a cultura do Funk em assustador artigo publicado no jornal O Globo.
Intitulado “Cultura da futilidade” o artigo do líder do DEM na ALERJ argumenta - se é que podemos chamar de argumento – que “seria o cúmulo da vergonha considerar um tipo de música tão vulgar e ridícula como forma de manifestação cultural”.
Perícia do Senado expõe o golpe
Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:
Um dos princípios universais do Direito nas sociedades civilizadas requer ao menos três premissas para alguém ser condenado por algum crime, mesmo sendo um crime político:
Os brasileiros de boa-fé que só se dispõem a aceitar o impeachment de Dilma Rousseff em caso de ser possível provar cabalmente que ela cometeu um crime de responsabilidade como o que é exigido pela a Constituição e pela chamada “lei do impeachment”, de 1950, para um presidente regularmente eleito perder o mandato, por certo já se deram conta de que a denúncia alegada para tirar a presidente do poder é absolutamente inepta.
Um dos princípios universais do Direito nas sociedades civilizadas requer ao menos três premissas para alguém ser condenado por algum crime, mesmo sendo um crime político:
PF investiga fraudes na Lei Rouanet
Da revista Fórum:
Em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (28), a Operação Boca Livre, que investiga fraudes na Lei Rouanet. A ação cumpre 14 mandados de prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal em São Paulo.
Em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), a Polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (28), a Operação Boca Livre, que investiga fraudes na Lei Rouanet. A ação cumpre 14 mandados de prisão temporária e 37 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal, expedidos pela 3ª Vara Federal Criminal em São Paulo.
Os encontros suspeitos de Temer
Por Jeferson Miola
O presidente usurpador Michel Temer tem a estranha prática de reunir nas noites de sábados e domingos com os personagens mais controvertidos – para não dizer de outra forma – da política nacional.
No 28 de maio de 2016, um sábado, Temer antecipou o regresso a Brasília para se reunir às pressas com o ex-Advogado-Geral da União do FHC e atual presidente do TSE, o tucano Gilmar Mendes.
O presidente usurpador Michel Temer tem a estranha prática de reunir nas noites de sábados e domingos com os personagens mais controvertidos – para não dizer de outra forma – da política nacional.
No 28 de maio de 2016, um sábado, Temer antecipou o regresso a Brasília para se reunir às pressas com o ex-Advogado-Geral da União do FHC e atual presidente do TSE, o tucano Gilmar Mendes.
segunda-feira, 27 de junho de 2016
Globo e Temer querem “privatizar tudo”
Por Altamiro Borges
A bilionária famiglia Marinho, que até hoje não esclareceu as várias denúncias sobre sonegação fiscal e outros crimes praticados pelo Grupo Globo, está excitada com o covil do Judas Michel Temer. Após protagonizar o "golpe dos corruptos", ela agora aposta as fichas em um radical programa de desmonte do Estado e de privatizações imposto pelo governo interino de bandidos. Em editorial publicado neste domingo (26), intitulado "Existência de estatais é causa básica da corrupção", O Globo escancara sua visão privatista e explicita os reais motivos da sua cavalgada golpista pelo impeachment de Dilma.
A bilionária famiglia Marinho, que até hoje não esclareceu as várias denúncias sobre sonegação fiscal e outros crimes praticados pelo Grupo Globo, está excitada com o covil do Judas Michel Temer. Após protagonizar o "golpe dos corruptos", ela agora aposta as fichas em um radical programa de desmonte do Estado e de privatizações imposto pelo governo interino de bandidos. Em editorial publicado neste domingo (26), intitulado "Existência de estatais é causa básica da corrupção", O Globo escancara sua visão privatista e explicita os reais motivos da sua cavalgada golpista pelo impeachment de Dilma.
Os golpes vêm para ficar
Por Flavio Aguiar, de Berlim, no site Carta Maior:
“Perde-se a vida, ganha-se a batalha!” ou “Ganha-se a vida, perde-se a batalha!”. Do Capítulo LV, de “D. Casmurro”, de Machado de Assis.
No referido capítulo do romance de Machado, o protagonista e narrador Bentinho hestia entre os dois finais di soneto que pretende escrever. E que, no final, não o faz. Em suma, o soneto, quando menos, perdeu ambos, a vida e a batalha.
Mutatis mutandis, é uma situação hoje enfrentada pelas esquerdas brasileiras, sobretudo, as extremas. Que não gostam do PT. Que nunca gostaram do PT. Que se desiludiram com o PT. Enfim, tudo.
“Perde-se a vida, ganha-se a batalha!” ou “Ganha-se a vida, perde-se a batalha!”. Do Capítulo LV, de “D. Casmurro”, de Machado de Assis.
No referido capítulo do romance de Machado, o protagonista e narrador Bentinho hestia entre os dois finais di soneto que pretende escrever. E que, no final, não o faz. Em suma, o soneto, quando menos, perdeu ambos, a vida e a batalha.
Mutatis mutandis, é uma situação hoje enfrentada pelas esquerdas brasileiras, sobretudo, as extremas. Que não gostam do PT. Que nunca gostaram do PT. Que se desiludiram com o PT. Enfim, tudo.
Pesquisa confirma a alta rejeição de Temer
Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:
Temer é um fenômeno. Essa é a boa notícia para ele. A má é que ele é um fenômeno de impopularidade.
Uma pesquisa Ipsos revelada nesta segunda pelo Estadão mostra que em menos de dois meses a desaprovação de Temer já bate em 70%.
Seria, em qualquer circunstância, um número devastador, dado que começos de governo contam com uma clássica tolerância da sociedade. Mas é ainda mais trágico para Temer quando se considera o maciço apoio que a mídia vem lhe dando. Um editorial do Estadão sobre ele, nesta segunda, leva o seguinte título: “Competência e habilidade”.
Temer é um fenômeno. Essa é a boa notícia para ele. A má é que ele é um fenômeno de impopularidade.
Uma pesquisa Ipsos revelada nesta segunda pelo Estadão mostra que em menos de dois meses a desaprovação de Temer já bate em 70%.
Seria, em qualquer circunstância, um número devastador, dado que começos de governo contam com uma clássica tolerância da sociedade. Mas é ainda mais trágico para Temer quando se considera o maciço apoio que a mídia vem lhe dando. Um editorial do Estadão sobre ele, nesta segunda, leva o seguinte título: “Competência e habilidade”.
EBC e o pensamento único do 'Estadão'
Por Renata Mielli, no site do FNDC:
O jornal O Estado de São Paulo tem uma obsessão contra a democracia. Está no seu DNA. É um veículo de comunicação que historicamente defendeu os interesses da elite econômica e lhe causa profunda repulsa iniciativas, movimentos e posições que buscam ampliar direitos sociais, distribuir renda e aprofundar os instrumentos de participação social em qualquer que seja o espaço político.
Não vejo nenhum problema nisso, a priori. Afinal, defendo a liberdade de expressão. A sociedade brasileira é complexa e convivemos no Brasil com as mais diferentes matizes políticas que se antagonizam historicamente. O problema está no fato de que este amplo arco de posições – a diversidade cultural, social e a pluralidade política e de opiniões sobre os mais diferentes temas que interessam à sociedade brasileira – não estão presentes nos meios de comunicação brasileiros.
Não vejo nenhum problema nisso, a priori. Afinal, defendo a liberdade de expressão. A sociedade brasileira é complexa e convivemos no Brasil com as mais diferentes matizes políticas que se antagonizam historicamente. O problema está no fato de que este amplo arco de posições – a diversidade cultural, social e a pluralidade política e de opiniões sobre os mais diferentes temas que interessam à sociedade brasileira – não estão presentes nos meios de comunicação brasileiros.
Dilma: "Eles não me tiraram, não"
Por Andrea Dip, Marina Amaral, Natalia Viana e Vera Durão, na Agência Pública:
Uma van nos conduz do portão ao imponente Palácio da Alvorada, fincado no cerrado de Brasília. Subimos alguns lances de escada, entramos em uma sala de enorme pé-direito, colorida por uma tapeçaria do chileno Kennedy Bahia, ao lado do quadro “Colhendo Café”, de Djanira, sobre a parede de madeira. É ali, no ambiente mais acolhedor da sala, em um sofá branco ladeado de poltronas, que a presidente, afastada do cargo em 12 de maio passado até que o processo de impeachment seja julgado pelo Senado, tem dado entrevistas, a maioria delas para a imprensa internacional. A entrevista para a Agência Pública é a primeira concedida a um grupo de jornalistas mulheres.
Luta pela EBC é tema de debate em SP
Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:
A luta em defesa da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e da Comunicação Pública será tema de debate no dia 11 de julho, a partir das 19 horas, na sede do Barão de Itararé, em São Paulo (Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83 - República). A EBC está sob ataque desde que Michel Temer assumiu a presidência interina. A ingerência começou com a demissão ilegal do diretor-presidente Ricardo Mello e, agora, o próprio caráter público da EBC está em xeque. Confira o time que compõe a mesa de debate:
A luta em defesa da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e da Comunicação Pública será tema de debate no dia 11 de julho, a partir das 19 horas, na sede do Barão de Itararé, em São Paulo (Rua Rego Freitas, 454, conjunto 83 - República). A EBC está sob ataque desde que Michel Temer assumiu a presidência interina. A ingerência começou com a demissão ilegal do diretor-presidente Ricardo Mello e, agora, o próprio caráter público da EBC está em xeque. Confira o time que compõe a mesa de debate:
Descartado, Cunha ameaça seus comparsas
Por Altamiro Borges
A cena de Eduardo Cunha, solitário e cabisbaixo, na mesa de um hotel em Brasília durante entrevista coletiva na semana passada revela o quadro de isolamento do ex-todo-poderoso presidente da Câmara Federal. Na ocasião, ele até tentou esbanjar valentia, garantido que não renunciará ao seu mandato e nem participará da "delação premiada" da Lava-Jato. Mas seus comparsas no "golpe dos corruptos", que deflagrou o impeachment da presidenta Dilma, não estão tão seguros destas bravatas. Crescem os boatos de que o correntista suíço, temendo a sua cassação e prisão - e, principalmente, às represálias à sua esposa, Cláudia Cruz, ex-apresentadora da TV Globo -, ligará em breve o ventilador no esgoto!
A cena de Eduardo Cunha, solitário e cabisbaixo, na mesa de um hotel em Brasília durante entrevista coletiva na semana passada revela o quadro de isolamento do ex-todo-poderoso presidente da Câmara Federal. Na ocasião, ele até tentou esbanjar valentia, garantido que não renunciará ao seu mandato e nem participará da "delação premiada" da Lava-Jato. Mas seus comparsas no "golpe dos corruptos", que deflagrou o impeachment da presidenta Dilma, não estão tão seguros destas bravatas. Crescem os boatos de que o correntista suíço, temendo a sua cassação e prisão - e, principalmente, às represálias à sua esposa, Cláudia Cruz, ex-apresentadora da TV Globo -, ligará em breve o ventilador no esgoto!
'Escola sem Partido' e a falsa neutralidade
Por Ivanilda Figueiredo, no jornal Brasil de Fato:
Brasileiras e brasileiros querem um país melhor, onde possam viver em segurança, terem uma vida produtiva, divertida, saudável, exercer suas crenças e viver de acordo com suas convicções. Esses sentimentos em si unem grande parte da nação. No entanto, o debate sobre como conquistar tais objetivos divide a sociedade. Para uns, é preciso maiores garantias de direitos. Para outros, maior rigor penal. Para uns, é preciso se falar sobre cidadania, gênero, raça, orientação sexual, identidade de gênero e discriminação em sala de aula. Para outros, tais assuntos devem ser debatidos apenas no seio familiar sem qualquer interferência do Estado. Para uns, retomar o respeito a valores religiosos em todas as esferas da vida seria a solução para a pacificação social. Para outros, o respeito à Constituição é o único modo de viver numa sociedade plural, com inúmeras crenças e convicções diferentes, todas elas igualmente válidas.
Lava-Jato e as delações selecionadas
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:
O sistema político acabou, constata FHC. O país não pode ficar dez anos nessa situação, reclama Temer, referindo-se à Lava Jato. Mas pelo andar da carruagem, ainda há muita obra de demolição nacional pela frente. Agora a Lava Jato entra na sua fase de reprodução, com o surgimento de operações-filhote em outros estados e uma novidade: depois dos vazamentos seletivos, agora surgem as delações selecionadas. Quando a autoridade judicial pode escolher quem será denunciado, está escolhendo quem será punido. Logo estará escolhendo as bruxas que irá caçar. Neste quadro, não há espaço para o mais moderado otimismo.
O sistema político acabou, constata FHC. O país não pode ficar dez anos nessa situação, reclama Temer, referindo-se à Lava Jato. Mas pelo andar da carruagem, ainda há muita obra de demolição nacional pela frente. Agora a Lava Jato entra na sua fase de reprodução, com o surgimento de operações-filhote em outros estados e uma novidade: depois dos vazamentos seletivos, agora surgem as delações selecionadas. Quando a autoridade judicial pode escolher quem será denunciado, está escolhendo quem será punido. Logo estará escolhendo as bruxas que irá caçar. Neste quadro, não há espaço para o mais moderado otimismo.
CPI da Merenda depende da pressão popular
Por Ingrid Matuoka, na revista CartaCapital:
Em 25 de maio, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou a instalação da CPI da Merenda, que vai apurar a suspeita de fraudes no fornecimento de alimentos para escolas estaduais.
Entre os investigados estão o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), presidente da Alesp, e Luiz Roberto dos Santos, ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin.
Os integrantes da Comissão foram nomeados em 17 deste mês: oito dos nove deputados fazem parte da base de apoio de Alckmin, à exceção de Alencar Santana (PT).
Em 25 de maio, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou a instalação da CPI da Merenda, que vai apurar a suspeita de fraudes no fornecimento de alimentos para escolas estaduais.
Entre os investigados estão o deputado estadual Fernando Capez (PSDB), presidente da Alesp, e Luiz Roberto dos Santos, ex-chefe de gabinete da Casa Civil do governo Geraldo Alckmin.
Os integrantes da Comissão foram nomeados em 17 deste mês: oito dos nove deputados fazem parte da base de apoio de Alckmin, à exceção de Alencar Santana (PT).
O drama de Temer com a Lava-Jato
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:
Talvez agora muitos estejam se dando conta da razão de Michel Temer ter, antes de tudo, escolhido alguns ministros-chave.
O dos negócios, Moreira Franco; o das barganhas, Eliseu Padilha, e o da Polícia Federal, Alexandre de Moraes.
Não é preciso falar dos dois primeiros, um que anda como disse hoje o Nassif, andando a mil por hora na venda do patrimônio público e o segundo, que anda pesquisando filhos e netos de senadores para nomear e garantir o resultado do impeachment.
Talvez agora muitos estejam se dando conta da razão de Michel Temer ter, antes de tudo, escolhido alguns ministros-chave.
O dos negócios, Moreira Franco; o das barganhas, Eliseu Padilha, e o da Polícia Federal, Alexandre de Moraes.
Não é preciso falar dos dois primeiros, um que anda como disse hoje o Nassif, andando a mil por hora na venda do patrimônio público e o segundo, que anda pesquisando filhos e netos de senadores para nomear e garantir o resultado do impeachment.
domingo, 26 de junho de 2016
As crueldades de Temer, o antipovo!
Por Altamiro Borges
Como vice-presidente "decorativo", Michel Temer conspirou nos bastidores contra a democracia. Já como presidente golpista, o Judas conspira contra os tímidos avanços sociais dos últimos anos. Ele é um típico Robin Hood às avessas: tira dos pobres para dar aos ricos. Em pouco tempo no Palácio do Planalto, o usurpador suspendeu o reajuste do "Bolsa Família", cortou o subsídio às camadas de baixa renda no "Minha Casa Minha Vida" e aprovou um plano de ajuste que corta drasticamente os recursos para a educação. Ele também aguarda o melhor momento, possivelmente depois da votação definitiva do impeachment de Dilma, para anunciar as suas reformas trabalhista e previdenciária, que retirarão direitos histórico dos trabalhadores e penalizarão ainda mais os aposentados e pensionistas.
Como vice-presidente "decorativo", Michel Temer conspirou nos bastidores contra a democracia. Já como presidente golpista, o Judas conspira contra os tímidos avanços sociais dos últimos anos. Ele é um típico Robin Hood às avessas: tira dos pobres para dar aos ricos. Em pouco tempo no Palácio do Planalto, o usurpador suspendeu o reajuste do "Bolsa Família", cortou o subsídio às camadas de baixa renda no "Minha Casa Minha Vida" e aprovou um plano de ajuste que corta drasticamente os recursos para a educação. Ele também aguarda o melhor momento, possivelmente depois da votação definitiva do impeachment de Dilma, para anunciar as suas reformas trabalhista e previdenciária, que retirarão direitos histórico dos trabalhadores e penalizarão ainda mais os aposentados e pensionistas.
Desmoralizar a política contra a democracia
Por Emir Sader, na Rede Brasil Atual:
Temer como presidente do Brasil é para acabar de desmoralizar a política. Um político corrupto, golpista, traidor, medíocre, sem nenhuma ideia na cabeça para dirigir o pais é o objetivo maior dos que querem acabar com o que há de democracia no Brasil e entregar de vez o poder nas mãos dos mercados e das corporações midiáticas.
Do que se trata é de desmoralizar definitivamente a política. O Brasil pode ser governado pelo Lula ou pelo Temer. Igualar tudo por baixo. Se trata de tentar envolver o maior líder político que o Brasil já teve na mesma lista de suspeitos de corrupção. Não importa que não exista prova alguma contra o Lula. Não importa que os outros sejam acusados de corrupção direta de milhões, enquanto Lula é acusado de ter um sítio e um apartamento que não são seus. O que interessa é jogar todos na mesma fogueira. Ou para buscar um salvador da pátria de fora da política, na mídia, ou de ter sempre governos fracos, que tenham que se render aos mercados e às campanhas da mídia.
Do que se trata é de desmoralizar definitivamente a política. O Brasil pode ser governado pelo Lula ou pelo Temer. Igualar tudo por baixo. Se trata de tentar envolver o maior líder político que o Brasil já teve na mesma lista de suspeitos de corrupção. Não importa que não exista prova alguma contra o Lula. Não importa que os outros sejam acusados de corrupção direta de milhões, enquanto Lula é acusado de ter um sítio e um apartamento que não são seus. O que interessa é jogar todos na mesma fogueira. Ou para buscar um salvador da pátria de fora da política, na mídia, ou de ter sempre governos fracos, que tenham que se render aos mercados e às campanhas da mídia.
Fantasmas de Temer e as eleições indiretas
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Definição 1 – os novos inquilinos do poder
Há dois grupos nítidos dentre os novos inquilinos do poder.
Um, o PMDB de Michel Temer, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira de Lima e Romero Jucá, grupo notório. O outro, um agrupamento em que se somam grupos de mídia, Judiciário, Ministério Público Federal e mercadistas do PSDB. Vamos chama-los de PSDB cover, pois inclui as alas paulistas e os mercadistas cariocas do PSDB. A banda de Aécio Neves é carta fora do baralho.
Definição 1 – os novos inquilinos do poder
Há dois grupos nítidos dentre os novos inquilinos do poder.
Um, o PMDB de Michel Temer, Eliseu Padilha, Moreira Franco, Geddel Vieira de Lima e Romero Jucá, grupo notório. O outro, um agrupamento em que se somam grupos de mídia, Judiciário, Ministério Público Federal e mercadistas do PSDB. Vamos chama-los de PSDB cover, pois inclui as alas paulistas e os mercadistas cariocas do PSDB. A banda de Aécio Neves é carta fora do baralho.