domingo, 30 de abril de 2017

Doria, a greve geral e os “vagabundos”

Por Altamiro Borges

Animadinho com a decadência dos tucanos tradicionais – como Aécio Neves, Geraldo Alckmin e José Serra, que despencam a cada pesquisa de opinião –, o midiático prefeito João Doria não vacila mais em se comportar como o presidencial do PSDB para 2018. A cada dia que passa, ele abandona mais a cidade de São Paulo e sobe no palanque com seu discurso raivoso, fascistoide. Sua estratégia consiste em seduzir o eleitorado de direita e centro-direita, que ganhou projeção com a recente onda conservadora no país – que resultou no impeachment de Dilma Rousseff e na sua vitória para a prefeitura paulistana. Nos últimos dias, no clima da greve geral contra as “reformas” de Michel Temer, o aliado “João Dólar” exibiu plenamente seus dotes. Chamou os grevistas de “vagabundos” e “preguiçosos” e ameaçou bater e arrebentar, lembrando a postura truculenta dos generais durante a ditadura.

A origem e o significado do 1º de Maio

Por Altamiro Borges

“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

"Se tenho que ser enforcado por professar minhas idéias, por meu amor à liberdade, à igualdade e à fraternidade, então nada tenho a objetar. Se a morte é a pena correspondente à nossa ardente paixão pela redenção da espécie humana, então digo bem alto: minha vida está à disposição. Se acreditais que com esse bárbaro veredicto aniquilais nossas idéias, estais muito enganados, pois elas são imortais''. Adolf Fischer, 30 anos, jornalista.


O caso das APAEs e a esposa de Sérgio Moro

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Circula na Internet um vídeo editado de palestra que proferi no mês passado em um evento em São Paulo. O vídeo é fiel ao que eu disse. Mas o título e o texto podem induzir a conclusões taxativas que não fiz ou passar a ideia de que o vídeo faz parte dessas guerrilhas que ocorrem periodicamente em redes sociais. As informações foram divulgadas em 2014 e 2015. Estão sendo agitadas agora.

O trecho em questão faz parte de um seminário no mês passado, do qual participei com a colega Helena Chagas.

Limitei-me a apontar indícios, indícios fortes, sem dúvida, que merecem ser investigados, mas não acusações frontais.

O bom jornalismo aderiu à greve

Por Marcelo Auler, em seu blog:

Em uma postagem na sexta-feira, dia 28/04, anunciei “Temer perdeu! Com ele a Câmara e a mídia“. Mostrei que, independentemente do sucesso que a greve teve, só os preparativos davam outra dimensão à luta política que estamos vivenciando. Apontei ainda, junto com Temer, a Câmara dos Deputados, em especial os parlamentares que aprovaram a Reforma Trabalhista, assim como a chamada mídia tradicional, também perderam. Os primeiros por aprovarem um Projeto de Lei que vai contra os interesses dos brasileiros, o que certamente refletirá nas próximas eleições. Já jornais e televisão, por terem tentado esconder uma movimentação que deu certo e que, ao dar certo, desmoralizou ainda mais o papel deles na sociedade atual

Globo fez pior agora do que nas Diretas-Já

Por Luiz Carlos Azenha, no blog Viomundo:

Em 1983 eu era repórter da TV Bauru, afiliada da Globo no interior paulista. Porém, vivia “cedido” à emissora em São Paulo, cobrindo férias de colegas. Morava no Hotel Eldorado da rua Marquês de Itu, no Higienópolis, na capital paulista, como repórter do chão de fábrica.

Fui, como pessoa física, à primeira manifestação pelas Diretas Já em São Paulo, diante do estádio do Pacaembu, à qual compareceram cerca de 15 mil pessoas. Foi em 27 de novembro de 1983, poucos dias depois de meu aniversário.

Outros protestos já tinham acontecido antes, pedindo que a ditadura estabelecida em 1964 tivesse fim com eleições presidenciais diretas. Outras aconteceriam depois, com destaque para Curitiba, onde se reuniram cerca de 40 mil pessoas.

Greve geral e a centralidade do trabalho

Por Gilberto Maringoni, em seu blog:

1. A greve geral desta sexta (28) se constitui, em seu conjunto, em uma das mais expressivas manifestações populares da História do Brasil. A lembrança mais recorrente tem sido compará-la aos movimentos paredistas de 1983 e 1986.

2. É preciso ajustar a régua. Há uma grande diferença qualitativa. Em 1985, a economia brasileira vivia o ápice da participação da indústria na composição do PIB: 27,5%, porcentagem de país altamente industrializado. Hoje esse número está em torno de 10%.

3. Isso ensejou, ao longo dessas três décadas, o advento de inúmeras teorias dando conta da perda da centralidade do trabalho na sociedade e, logo, na organização social, em favor de outras pautas relevantes.

A greve e a senilidade de Temer e Serraglio

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Na última sexta-feira, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, criticou as manifestações realizadas pelas centrais sindicais contra as reformas trabalhistas e da previdência. Serraglio afirmou que as paralisações da greve geral “foram pífias” e que “não teve (sic) a expressão que se imaginava ter”.

E concluiu: “O povo brasileiro demonstrou que está conosco”.

Instado a se manifestar sobre a mobilização, o presidente Michel Temer fez uma declaração pública na qual reduziu a greve geral a “pequenos grupos que bloquearam rodovias e avenidas”.

Greve geral: Nada será como antes

São Paulo, Largo da Batata, 28/4/17; Foto: Ricardo Stuckert

Editorial do site Jornalistas Livres:

Cerca de 40 milhões de trabalhadores de braços cruzados; atos e manifestações em todos os estados do país e no Distrito Federal; transporte público, bancos e fábricas paradas; lojas fechadas; apoio das igrejas católica, evangélicas e de diversas entidades da sociedade civil. O Brasil viveu ontem a maior greve geral de sua história.

Num fato inédito, viram-se as principais centrais sindicais se unirem no chamamento à paralisação –unidade que foi uma das chaves a explicar o sucesso do movimento. Tão importante quanto isso foi a mobilização espontânea de coletivos formados em áreas onde o sindicalismo não alcança. Inúmeros relatos dão conta de atos e manifestações organizadas diretamente a partir da base, com destaque para regiões no Norte e Nordeste do país.

IBGE sob suspeita de favorecer PIB de Temer

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O IBGE, calculador oficial do PIB brasileiro, anunciou recentemente mudanças em algumas de suas pesquisas. Essas alterações são capazes de salvar o governo Michel Temer de uma recessão este ano, graças a um efeito estatístico. Uma história a alimentar suspeitas indesejáveis para um órgão que depende da credibilidade para sobreviver.

Na quinta-feira, 27, o Conselho Federal de Economia mandou uma carta ao presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, a cobrar explicações públicas sobre as mudanças metodológicas e a data da decisão a respeito delas. Até agora, só houve explicações a portas fechadas em um seminário de duas horas realizado no dia 18, na sede do instituto no Rio, com consultorias e bancos.

Datafolha: Lula não só sobrevive; cresce

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Devastadora.

Não há nenhuma outra qualificação adequada, do ponto de vista da direita, para a pesquisa Datafolha publicada hoje sobre as intenções de voto presidencial em 2018.

Tanto que seu mais sincero e grosseiro porta-voz, o site de Diogo Mainardi, diz com todas as letras: “É preciso impedir a candidatura de Lula em 2018.”

Porque, mesmo depois de todo o carnaval de delações, o que surge, cristalino, é o aumento das preferências pelo voto no ex-presidente.

Imprensa mundial humilha a mídia nativa

Montagem: Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

A exemplo do que ocorreu no processo do impeachment de Dilma Rousseff, deflagrado em abril do ano passado por uma “assembleia de bandidos chefiada por um bandido” [Eduardo Cunha] – segundo a síntese de um jornal português –, a imprensa mundial voltou a dar um baile na mídia brasileira na cobertura da greve geral desta sexta-feira (28). Enquanto o noticiário local insistia em afirmar que a paralisação “foi um fracasso” e exibia apenas cenas de violência, visando criminalizar o movimento, os veículos estrangeiros não vacilaram em reconhecer que a greve geral foi um sucesso e poderá atrapalhar os planos regressivos do Judas Michel Temer. Como nos tempos da ditadura militar, para entender o que ocorre no Brasil hoje é melhor acompanhar a imprensa internacional.

sábado, 29 de abril de 2017

João Doria, a mortadela e o caviar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Esta aberração marqueteira que ocupa o cargo de prefeito de São Paulo anda precisando de quem lhe enfrente e certamente não merece que seja Lula, porque isso é tudo o que ele quer, já que sua ação política e administrativa, como tudo o que fez na vida, é marketing.

Agora está nos jornais dizendo que as pessoas que protestaram, ontem, contra a reforma da previdência, foram lá para ganhar R$ 100, um sanduíche e uma lata de refrigerante.

Globo faz jornalismo ruim e culpa a greve

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Passei a tarde de 28 de abril hoje ouvindo – na TV – depoimentos de cidadãos comuns a repórteres da Globo que ficaram sem transporte em função da greve geral. O tom da cobertura era previsível: pobres cidadãos indefesos que tiveram seu dia arruinado pela paralisação de trabalhadores, a maior de nossa história.

Parece que a culpa pelos transtornos enfrentados pelas pessoas nas rodoviárias e nas estações de trem e do metrô deve ser atribuída ao movimento sindical. Bobagem.

Com um mês de antecedência, as centrais sindicais informaram ao país inteiro que os trabalhadores iriam cruzar os braços no 28 de março. Incluía-se aí, evidentemente, a paralisação dos transportes, ação tradicional em toda paralisação desse porte – na Grécia, na França, ou no Brasil.

A greve geral e o jabá no Ratinho

Temer no Ratinho
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Faz sentido o ministro da Justiça Osmar Serraglio, indicação de Eduardo Cunha, se fazer de desentendido diante da greve geral.

Para Serraglio, que chamou líder de esquema descoberto na operação Carne Fraca de “grande chefe”, as manifestações foram “pífias” e não tiram “a expressão que se imaginava ter”.

Diz ele que “forçou-se até a situação quando se percebeu que os resultados não eram os imaginados”.

“Vimos provocações em alguns lugares, interdições em outros locais, mas aqueles movimentos que nós fizemos de milhões não aconteceu. Logo, nós iremos prosseguir com as reformas que estamos introduzindo”, falou.

A greve geral e o passo seguinte

Do site Carta Maior:

O passo seguinte da greve geral de 28 de abril aponta inevitavelmente para um fórum unificado, que aprofunde a discussão de uma plataforma de emergência capaz de superar a grave encruzilhada política e econômica na qual o golpe de 2016 aprisionou a nação brasileira.

A tarefa de repactuar a sociedade com uma democracia revigorada, um crescimento justo e uma soberania feita de autonomia nas decisões do interesse popular não será urdida em gabinetes.

Ela só reunirá força transformadora se for sedimentada nas ruas, na mudança de correlação de força que sucederá às seguidas mobilizações de massa, como a deste histórico 28 de abril de 2017.

"Vagabundo" não é quem faz greve...

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Direitos que você tem hoje, como aposentadoria, férias, 13º salário, limite de jornada de trabalho, descanso aos finais de semana, piso de remuneração, proibição do trabalho infantil, licença maternidade não foram concessões vindas do céu. Mas custaram o suor e o sangue de muita gente através de diálogos e debates, demandas e reivindicações, paralisações e greves, não só no Brasil, mas em todo o mundo.

É função de empregadores e políticos fazerem parecer que foram eles que, generosamente, ofereceram direitos. E função da História contada pelos vencedores registrar isso como fato inquestionável, retirando do povo, a massa muitas vezes amorfa e sem rosto, o registro dessas vitórias.

'Veja' toma a maior chinelada na greve geral

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Coitada da Veja. Depois de só falar mal da greve geral, resolveu fazer enquete com a pergunta: você é a favor da greve geral? O resultado está na imagem acima.

Tomou a maior chinelada de sua vida.

Menos de 4% de um total de 700 mil pessoas que responderam à enquete disseram não, ou seja, se posicionaram contra a greve.

É mais ou menos o mesmo percentual de apoio a Michel Temer, hoje em 4%, segundo a pesquisa Ipsos, a última realizada.

Greve geral fortalece a luta democrática

Salvador, 28/4/17. Foto: Cadu Cando/Mídia NINJA
Editorial do site Vermelho:

Com a adesão de 35 milhões de trabalhadores, segundo alguns líderes sindicais, a greve geral que aconteceu hoje (28) já pode ser considerada a maior já vista no Brasil.

Sua importância não é apenas numérica. A extensão da greve (tanto geográfica, envolvendo todo o país, quanto social, mobilizando quase todos os setores da sociedade) é revelada por alguns indicadores que mostram que o povo sente seu futuro ameaçado ante a perda de direitos que o governo golpista tenta impor.

Alguns destes fatores precisam ser arrolados na avaliação da greve.

Greve geral aponta nova perspectiva de luta

Florianópolis, 28/4/17. Foto: Mídia Ninja
Por Renato Rovai, em seu blog:

A greve geral de hoje é uma demonstração clara e evidente de que não vai ser nada fácil para o golpismo enfiar goela baixo dos trabalhadores suas reformas.

Mas não é só isso. É muito mais.

O movimento social está dando um baile de inteligência e estratégia nos protestos, que estão sendo realizados numa lógica de guerrilha e de redes.

Greve geral afetará novas votações

Macapá, 28/4/17. Foto: Azyara
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Temer e seu governo não passam recibo mas sabem que a greve geral desta sexta-feira terá conseqüências. O recado foi claro: é ampla e geral a insatisfação dos brasileiros com as reformas que tiram direitos e com os rumos do governo. E sabendo ler um recado social tão claro, muitos deputados não votarão a favor da reforma previdenciária. Ainda mais se governo cumprir a ameaça de demitir os apadrinhados dos que votaram contra a reforma trabalhista ou dela se ausentaram, substituindo-os por indicados de governistas leais.

Greve geral e a aula de (não) jornalismo

Foto: Mídia Ninja
Por Roberto Bitencourt da Silva, no Jornal GGN:

Observando o desespero demonstrado nas expressões faciais dos repórteres de campo, assim como o desconforto manifestado por analistas nos estúdios televisivos dos grandes meios de comunicação, sobretudo das Organizações Globo, pode-se afirmar que a greve geral alcançou extraordinário êxito.

Teve a feliz capacidade de repercutir e expressar as reivindicações, os protestos, as angústias e os pontos de vista de milhões de trabalhadores brasileiros. Mesmo que demasiadamente a contragosto, a grande mídia se vê forçada a noticiar a força mobilizatória do mundo do trabalho.

As narrativas e abordagens, como habitualmente ocorre naquilo que importa aos interesses populares, tenderam a demonizar os manifestantes e os grevistas. As suas vozes, praticamente silenciadas, significativamente desconsideradas pelo noticiário. Aos trabalhadores grevistas e manifestantes não é conferida qualquer legitimidade para falar.

sexta-feira, 28 de abril de 2017

A greve e o monstro midiático da mentira

Por Rodrigo Vianna, no blog Escrevinhador:

Logo pela manhã, cruzei a região de Pinheiros e Perdizes, na zona oeste de São Paulo, e tive o primeiro impacto: a cidade estava vazia, parecia manhã de domingo. Com um agravante: não vi sequer um ônibus circulando num trajeto de cerca de oito quilômetros.

Pelas redes sociais, saltavam imagens idênticas Brasil afora: ruas vazias, terminais de ônibus desertos. Esse era o mundo real. Mas do rádio do carro brotava a voz do collorido comentarista Claudio Humberto, que apresentava outra realidade: “o país segue vida normal”, dizia o ex porta-voz de Collor, hoje travestido de jornalista temerário. A imagem acima mostra a estação Sé do Metrô em São Paulo: vida normal?

Doria e o cárcere privado na greve geral

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Matéria da jornalista Monica Bergamo publicada na Folha de São Paulo online na tarde da última quinta-feira (27) revelou que o prefeito regional de Pinheiros (São Paulo), Paulo Mathias, afirmou em vídeo que parte de seus funcionários dormiria no prédio da prefeitura regional para não ter que enfrentar a paralisação dos transportes marcada para esta sexta-feira (28) em várias cidades, inclusive São Paulo.

O vídeo mostra Mathias acompanhado de seis funcionários da área de manutenção e dizendo que foi surpreendido e ficou “arrepiado, emocionado” com a decisão dos funcionários de passar a noite no local de trabalho:


Greve geral: “Esperança e resistência”

Foto: Tiago Macambira/Jornalistas Livres
Por Dilma Rousseff, em seu site:

Os trabalhadores brasileiros estão de parabéns. Também os militantes políticos, os ativistas sociais, sindicatos e movimentos sociais. Assim como os estudantes e a juventude.

Hoje é um dia histórico.

Nesses dias difíceis, a luta pela democracia e a defesa das conquistas sociais são dever de todos nós. O povo brasileiro foi às ruas para dizer que não aceita a perda de seus direitos.

Foi às ruas contra um governo golpista que promove o mais brutal ataque aos direitos dos trabalhadores. E que compromete o futuro dos nossos filhos e netos, com um retrocesso na previdência que é perverso e sombrio.

A "operação-mídia" contra a greve

Por Igor Felippe Santos

As “informações de bastidores” divulgadas na grande mídia sobre as avaliações do Palácio do Planalto em relação à greve geral dão o tom de como o governo vai tratar a maior paralisação das últimas décadas no país.

O que os chamados “jornalistas influentes”, que na verdade são porta-vozes oficiais, dizem é que o governo avaliava que a mobilização seria muito maior e que não existiu uma greve geral.

A cobertura da mídia tenta transformar a paralisação das atividades nas grandes cidades em atos isolados de uma minoria, de caráter político, de constrangimento e imposição do medo à maioria da população.

Da escravidão à reforma trabalhista

Por Pedro Paulo Zahluth Bastos, na revista CartaCapital:

A reforma trabalhista que autoriza o vale-tudo nos contratos de trabalho foi aprovada na Câmara de Deputados com o recurso previsível a argumentos neoliberais. Vários deputados alegaram ser preciso reinstituir o livre-mercado nas relações trabalhistas, pois as leis existentes protegeriam em excesso o vendedor da jornada de trabalho e diminuiriam o incentivo aos compradores de mão-de-obra. No fim, o aumento da demanda favoreceria os trabalhadores: a reforma trabalhista seria para o próprio bem deles.

No louvor às virtudes do livre-mercado, este discurso é muito semelhante àquele dos traficantes e proprietários de escravos brasileiros no século XIX. Os primeiros reclamavam das pressões inglesas para fechar um mercado como outro qualquer: o do corpo negro. Os segundos exigiram até indenização do Império por intervir na esfera da livre propriedade privada em 1888, embora talvez soubessem que o tipo de greve geral da época, a fuga massiva de escravos, exigia a abolição para preservar a mão-de-obra no campo. Em 1887, o Clube Militar anunciara a recusa do Exército a caçar e capturar os escravos que fugiam em massa.

O golpismo brinca com fogo

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil (12/5/16)
Por Gilberto Maringoni, em seu blog:

Michel Temer, João Doria e outros meliantes estão indo com muita sede ao pote para esmagar o povo brasileiro. Podem se dar mal.

Desde a República Velha, nenhum governo rompeu laços com o movimento sindical. Nem mesmo as ditaduras ou os governos neoliberais anteriores.

As duas gestões de Getúlio Vargas – que criou a CLT – tiveram no movimento dos trabalhadores – mesmo buscando mantê-lo sob controle – importante base de articulação e apoio. A criação do PTB, em 1945, teve o papel de se contrapor ao PCB nas disputas sindicais.

O desemprego e a "retomada" do Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:


O IBGE divulgou hoje os números do desemprego.

E, para variar, subiu.

F foi a maior taxa de desocupação da série histórica da pesquisa, iniciada no primeiro trimestre de em 2012.

Segundo o Instituto, o número de pessoas desocupadas chegou a 14,2 milhões, recorde da série histórica. O aumento desta legião de desempregados foi de 14,9% (mais 1,8 milhão de pessoas) frente ao trimestre anterior e 27,8% (mais 3,1 milhões de pessoas em busca de trabalho) em relação ao mesmo trimestre de 2016.

A greve geral bate à porta da História

Hoje em Belo Horizonte. Foto: Fotos: Isis Medeiros/Jornalistas Livres
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A julgar por todas as informações disponíveis, inclusive no Planalto, no final do dia será possível ter uma dimensão exata dos efeitos da greve geral na evolução política do país.

Na madrugada de 28 de abril, quando publico estas linhas, já é possível reconhecer sinais importantes sobre a jornada de hoje, que anunciam o mais amplo esforço até aqui dos brasileiros e brasileiras para enfrentar o retrocesso político iniciado pela encenação parlamentar - a expressão é de Joaquim Barbosa - que afastou Dilma Rousseff e abriu as portas para o mais violento ataque violento e a seus direitos desde a unificação da Previdência Social e da CLT, há mais de 70 anos.

Cantanhêde e o nome do marido na Lava-Jato

Eliane e Gilnei Rampazzo (à dir.), da GW Comunicação, em lançamento de livro
Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A não ser que jornalistas estejam acima da lei, Eliane Cantanhêde, colunista da GloboNews e do Estadão, deve explicações a seu público.

A empresa do marido Gilnei Rampazzo, a GW Comunicação, é citada na Lava Jato pelo delator Benedicto Júnior, o BJ, o mesmo que falou do esquema de Aécio Neves na Cidade Administrativa de Minas Gerais.

Benedicto entregou aos investigadores uma planilha na qual listou as obras no Estado de São Paulo em que houve propina.

Na mídia oficial, a verdade entrou em greve

Foto: Katia Passos e Cecília Bacha/Jornalistas Livres
Por Leandro Pedrosa, no site Jornalistas Livres:

10h45, na TV. Fala o apresentador: “Aos poucos, tudo vai se normalizando em São Paulo. O transporte já está funcionando. Vamos saber ao vivo como está a situação nas estações de trem”.

Repórter: “Vamos falar com um passageiro”.

Passageiro: “Poxa, vi na televisão e ouvi no rádio que já tinha trem e vim prá cá. Cheguei há meia hora e tá tudo parado.”

Greve geral e a explosão do desemprego

Foto: Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

Neste 28 de abril, dia da histórica greve geral que parou o Brasil, o IBGE divulgou os dados oficiais sobre a taxa de desemprego no país. Eles confirmam a justeza da paralisação nacional. Segundo o instituto, a política econômica genocida praticada pela quadrilha de Michel Temer resultou em um novo recorde de desocupação: 14,2 milhões de brasileiros estão sem trabalho. Nos três primeiros meses deste ano, a taxa de desemprego ficou em 13,7% da População Economicamente Ativa (PEA). É a maior da série histórica do IBGE. Na comparação com o último trimestre de 2016, o contingente de pessoas sem emprego pulou de 12,3 milhões para 14,2 milhões. Esta desgraceira, agravada pelo "golpe dos corruptos" que depôs a presidenta Dilma Rousseff, explica o clima de revolta e indignação na sociedade. Ela dá plena razão aos trabalhadores que aderiram à greve geral.

Globo, marchas golpistas e a greve geral

Montagem das fotos: Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

Como ensinou o mestre Perseu Abramo, a manipulação informativa não consiste apenas em mentir. A mídia mente, também. Mas ela utiliza técnicas mais refinadas. Ela realça o que lhe interessa e omite o que não lhe interessa. Nas marchas golpistas pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2015 e 2016, a TV Globo garantiu todos os holofotes aos manifestantes "coxinhas" que foram às ruas convocados por organizações fascistas e sinistras. Na prática, o império midiático da famiglia Marinho foi o grande líder e organizador dos protestos, manipulando e seduzindo milhares de "midiotas". Já agora, na greve geral convocada pelas centrais sindicais, a TV Globo fez de tudo para ofuscar a preparação do protesto dos trabalhadores por seus direitos. Como não dá para esconder totalmente a realidade, na manhã desta histórica sexta-feira, 28 de abril, a emissora procurou criminalizar os grevistas.


A amplitude do "Projeto Brasil Nação"

Por Altamiro Borges

Diante da acelerada devastação do país promovida pela quadrilha que assaltou o Palácio do Planalto, um grupo de intelectuais, liderado pelo economista Luiz Carlos Bresser-Pereira, produziu o manifesto “Projeto Brasil Nação”, que será lançado nesta quinta-feira (27), na Faculdade de Direito do Largo São Francisco. O texto é resultado de sete reuniões e de várias conversas bilaterais que aprofundaram o diagnóstico sobre a grave crise nacional e que visaram produzir uma plataforma para a superação das atuais dificuldades. O manifesto é uma importante contribuição para a criação urgente de uma ampla frente, que reúna os setores democráticos e patrióticos, em defesa da nação brasileira – hoje ameaçada pela regressão patrocinada pelo Judas Michel Temer.

Datena e Junho de 2013, Veja e Greve Geral

Por Renato Rovai, em seu blog:

Um dos marcos de que as manifestações de junho de 2013 não eram algo de grupelhos, mas que tinham apelo popular foi uma enquete realizada pelo apresentador Datena, na TV Bandeirantes.

Ele perguntou se as pessoas eram favor ou contra os atos contra o aumento da passagem de ônibus, os famosos 20 centavos. E sua audiência começou a votar que sim.

Do alto de sua arrogância, Datena xingou todo mundo e mandou a produção modificar a questão pois, no seu entendimento, o público não havia entendido a pergunta.

MPF foi vítima da caça às bruxas da Lava-Jato

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O Ministério Público Federal sentiu na própria pele os resultados das libidinagens da Lava Jato com a mídia, a irresponsabilidade dos ataques generalizantes e dos assassinatos de reputação.

Esta semana a vítima foi o Ministério Público Federal; o algoz, o Procurador Geral da República.

Cena 1 – a defesa cega da Lava Jato

O Estadão foi definitivo: "Sabotagem contra a Lava Jato" (https://goo.gl/7LhRCO). E um subtítulo tão radical quanto uma sentença do Juiz Sérgio Moro: "Quem quiser identificar um foco de sabotagem contra a Lava Jato basta olhar para o Ministério Público Federal".

Os lobistas da "reforma" trabalhista

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Por Alline Magalhães, Breno Costa, Lúcio Lambranho e Reinaldo Chaves, no site The Intercept-Brasil:

Lobistas de associações empresariais são os verdadeiros autores de uma em cada três propostas de mudanças apresentadas por parlamentares na discussão da Reforma Trabalhista. Os textos defendem interesses patronais, sem consenso com trabalhadores, e foram protocolados por 20 deputados como se tivessem sido elaborados por seus gabinetes. Mais da metade dessas propostas foi incorporada ao texto apoiado pelo Palácio do Planalto e que será votado a partir de hoje pelo plenário da Câmara.

The Intercept Brasil examinou as 850 emendas apresentadas por 82 deputados durante a discussão do projeto na comissão especial da Reforma Trabalhista. Dessas propostas de “aperfeiçoamento”, 292 (34,3%) foram integralmente redigidas em computadores de representantes da Confederação Nacional do Transporte (CNT), da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF), da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Associação Nacional do Transporte de Cargas e Logística (NTC&Logística).

Começa a destruição da universidade pública

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Enquanto no Chile o ensino superior voltou a ser público e nos Estados Unidos os cidadãos lutam pela educação superior gratuita, já que o ensino pago resultou na elitização das universidades e no profundo endividamento dos jovens ao começar a carreira, o Brasil dá marcha a ré: o Supremo Tribunal Federal decidiu nesta quarta-feira, 26 de abril, que as universidades públicas poderão cobrar dos alunos para fazer pós-graduação. É o primeiro passo rumo à privatização do ensino superior e uma comprovação de que os ministros do STF estão atuando sob a influência da mídia e das ideias neoliberais do governo Temer e do PSDB.

A vitória que mostrou a fraqueza de Temer

Ilustração: Marcio Baraldi
Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A força que o governo Temer demonstrou ontem ao aprovar a reforma trabalhista no plenário da Câmara foi a revelação de sua fraqueza: se estivesse em pauta a reforma previdenciária, que é uma PEC (proposta de emenda constitucional), o governo não teria tido os 308 votos necessários para aprová-la. Para a trabalhista, que é um projeto de lei, foram 296 votos favoráveis. Mais que a maioria absoluta de 257, mas 12 votos abaixo dos 3/5 que serão necessários para aprovar a PEC 287, a da Previdência. Diante da operação de guerra montada para a votação de ontem, o placar mostrou que Temer não tem votos garantidos para aprovar a reforma previdenciária. Se queria impressionar bem as tais forças do mercado com uma exibição de força, não funcionou.

Sim, outro Brasil é possível

Por Paulo Kliass, no site Carta Maior:

Um dos principais recursos utilizados pelo financismo para esmagar toda e qualquer alternativa ao seu projeto de desmonte do Estado brasileiro reside na manipulação teórica e na falsificação de informações relativas à realidade econômica do País. Esse, aliás, foi exatamente o procedimento adotado pelos artífices do modelo neoliberal ao longo de décadas pelo mundo afora. Eles contavam com uma suposta chancela das instituições multilaterais em torno do chamado Consenso de Washington para o apoio ao modelo de liberalização geral e privatização desenfreada. E essa estratégia de esmagamento recorria uma suposta sofisticação globalizada, apresentando a sigla TINA, do inglês “There Is No Alternative”, para justificar a inexistência de alternativa ao que propunham os papas do neoliberalismo.

Trabalhadores unidos em defesa dos direitos

Editorial do site Vermelho:

A rejeição e resistência contra as “reformas” trabalhista e da Previdência e a lei que permite a terceirização irrestrita dos contratos de trabalho é o mote do grande protesto desta sexta-feira (dia 28). A Greve Geral foi convocada unitariamente pelas centrais sindicais (CTB, CUT, UGT, Força Sindical, Nova Central, CSP-Conlutas e Intersindical) e tem o apoio da Frente Brasil Popular e Frente Povo Sem Medo, do movimento social e dos partidos de esquerda. A mobilização dos trabalhadores também tem o apoio da igreja católica, através da CNBB, e das igrejas evangélicas históricas.

Quem vai aderir à greve geral?

Da revista CartaCapital:

As principais centrais sindicais do Brasil convocaram uma greve geral para a sexta-feira, 28, na tentativa de demonstrar força e mobilização contra a reforma trabalhista e a reforma da Previdência propostas pelo governo de Michel Temer e a lei de terceirização, sancionada pelo presidente.

A expectativa é que categorias como petroleiros, metalúrgicos, bancários, metroviários, motoristas de transporte público, professores das redes pública e particular, funcionários dos Correios, trabalhadores da construção civil e o Tribunal Regional do Trabalho da Bahia engrossem a paralisação, em várias cidades, contra as reformas, consideradas prioritárias para o governo, mas rechaçadas pela população. A reforma da Previdência, por exemplo, é rejeitada por 93% dos brasileiros, segundo pesquisa do instituto Vox Populi encomendada pela CUT e publicada no último dia 13.

Lava-Jato já destruiu 4 milhões de empregos

Por Wadih Damous, no blog Cafezinho:

Do alto de seus supersalários e privilégios, os integrantes da chamada força-tarefa da Lava Jato contam com a cumplicidade da mídia para esconder um dado aterrador: dos 13 milhões de desempregados brasileiros, nada menos do que 4 milhões são resultado direto da dizimação do setor de óleo e gás e da destruição das empreiteiras do país.

Por obra e graça da Lava Jato, centenas de milhares de famílias não só sofrem as graves privações causadas pela falta de trabalho e renda, como não enxergam perspectivas no horizonte, pois os golpistas atiraram o Brasil na mais profunda recessão de sua história.

Greve geral e reforma política

Por Antonio Martins, no site Outras Palavras:

Crescem os sinais de que a greve geral desta sexta-feira será um protesto vasto e múltiplo. A iniciativa foi do movimento sindical, mas a chama da revolta se alastrou. Ela é visível, por exemplo, nas ações do MTST – que convida para marcha até a casa de Temer, em São Paulo; no apoio explícito oferecido ao movimento por parte da igreja católica; nos comunicados que os professores das escolas mais tradicionais enviam aos pais de seus alunos; nas convocações espontâneas que inundam as redes sociais; em uma multidão de gestos semelhantes.

Desespero da direita mostra força da greve

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Michel Temer anunciou corte de ponto.

Geraldo Alckmin foi à Justiça para impedir que metroviários e ferroviários nem mesmo parcialmente possam paralisar suas atividades – e a Justiça paulista, docemente, produziu uma decisão que abole o direito de greve.

João Dória, o “gestor Angélica” contratou táxis – taxis? eu sou um antiquado, foi Uber! – para levar os funcionários da Prefeitura paulistana ao trabalho.

Cassar Lula é cassar a democracia

Por Marcelo Zero

A Quinta República francesa dissolveu-se no ar das urnas. Pela primeira vez desde sua criação, em 1968, por De Gaulle, os dois principais partidos, o Socialista e dos Republicanos, não irão para o segundo turno. Em seu lugar estarão a ultradireitista Le Pen e o aventureiro da “nova política”, o direitista Macron, que fará mais do mesmo, se eleito.

A “nova política” é sempre a mesma coisa em qualquer lugar. Afirma ser “nova” e não ser “nem de direita e nem de esquerda”. Na realidade, a “nova política” é apenas a velha direita com novo marketing. Entretanto, amealha incautos em muitos países, inclusive na França.

quarta-feira, 26 de abril de 2017

Câmara aprova o retorno à escravidão

Por Altamiro Borges

O rolo compressor do demo Rodrigo Maia, que atua como capacho do golpista Michel Temer e jagunço dos patrões, deu resultado. Por 296 votos favoráveis e 177 contra, a Câmara Federal aprovou na noite desta quarta-feira (26) o texto-base da contrarreforma trabalhista. Após a votação das emendas, o relatório do deputado Rogério Marinho (PSDB-RN), acusado de fraudar contratos de terceirização, segue para a apreciação no Senado. Apesar da vitória, o governo ilegítimo não atingiu os votos necessários para tranquilizar o “deus-mercado” sobre a votação do próximo golpe – o da Previdência. Por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), essa contrarreforma precisa do apoio de pelo menos 60% dos congressistas (308 de 513 deputados).

Evangélicos também apoiam a greve geral

Por Altamiro Borges

As contrarreformas trabalhista e previdenciária do Judas Michel Temer conseguiram acordar as comunidades religiosas. A Igreja Católica, que conta com mais de 10 mil paróquias espalhadas por todo o país, tomou a dianteira nas críticas às graves regressões sociais e anunciou o seu apoio à greve geral marcada para esta sexta-feira (28). Bispos e padres têm convocado os fiéis a participarem do protesto organizado pelas nove centrais sindicais brasileiras. Logo na sequência, várias Igrejas Evangélicas também divulgaram um duro manifesto condenando as maldades do covil golpista. O clima que cresce na sociedade é de um protesto de grande vulto, que pode infernizar de vez a vida do Judas.

Gilmar Mendes protege o cambaleante

Por Altamiro Borges

Se depender do ministro Gilmar Mendes, líder da bancada do PSDB no Supremo Tribunal Federal (STF), nenhum grão-tucano será investigado, julgado, condenado e - muito menos - preso no Brasil. Nesta quarta-feira (26), ele decidiu suspender o depoimento do cambaleante Aécio Neves à Polícia Federal no inquérito que apura o escandaloso esquema de corrupção na estatal mineira Furnas. Com mais esta sinistra decisão, o senador e presidente nacional do PSDB - que também é o mais citado nas "delações premiadas" dos executivos da Odebrecht - poderá continuar curtindo a sua vida de luxo e prazeres nas belas praias do Rio de Janeiro.