domingo, 31 de maio de 2020

TSE vai cassar a chapa Bolsonaro-Mourão?

Por Altamiro Borges

O maior temor do "capetão" é que o inquérito sobre fake news, liderado pelo ministro Alexandre de Moraes, acabe fortalecendo as ações que já tramitam no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e que pedem cassação da chapa Bolsonaro-Mourão na sinistra eleição presidencial de 2018.

Segundo vários juristas, o Supremo Tribunal Federal poderá compartilhar com o TSE as provas colhidas pela Polícia Federal nas diligências de quarta-feira (27). Alexandre de Moraes também quebrou os sigilos fiscal e bancário dos empresários que financiaram a fábrica de mentiras na campanha eleitoral  o que é ilegal.

Brasil supera a França. Bolsonaro assassino!

Por Altamiro Borges

Neste sábado (30), o Brasil ultrapassou a França e se tornou a quarta nação com maior número de mortos por coronavírus no mundo – com 28.834 óbitos. O país está atrás apenas dos EUA (103.685), Reino Unido (38.458) e Itália (33.340). No número de casos confirmados, o Brasil segue em segundo lugar com 498.440, segundo levantamento da Universidade Johns Hopkins.

Um alerta para os riscos da PL das fake news

Do site da Coalizão Direitos na Rede:

No presente documento, a Coalizão Direitos na Rede - que reúne 38 organizações de pesquisa e defesa de direitos digitais, da liberdade de expressão e direitos do consumidor - apresenta uma suas preocupações sobre o PL 2630/2020, em tramitação no Senado Federal, sugerindo alterações no texto para mitigá-los.

Conforme posicionamento divulgado anteriormente, a CDR entende que o tema merece um debate ampliado de modo a evitar erros inevitáveis em um processo açodado. Entretanto, diante da perspectiva de votação da matéria no Senado nos próximos dias, apresentamos nossa avaliação sobre o projeto e mudanças que consideramos necessárias para que a eventual lei não viole direitos fundamentais. Elas se concentram em quatro pontos do PL: 1) regime de responsabilização das plataformas, 2) definições, 3) devido processo e 4) mecanismos de transparência.


Brasil se torna refém dos EUA no 5G

Por Theófilo Rodrigues, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Nesta quarta-feira (27), uma surpresa pouco comentada pelos meios de comunicação abalou estudiosos das telecomunicações e da democratização da mídia no Brasil. Sem muitos avisos, o ministro Marcos Pontes do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicação (MCTIC), anunciou a parceria do governo federal com a empresa estadunidense CISCO para a implementação do 5G no Brasil.

Queda do PIB: tragédia bolsonarista anunciada

Editorial do site Vermelho:

Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (29), sobre o Produto Interno Bruto (PIB) são uma espécie de crônica anunciada. A queda de 1,5% no primeiro trimestre de 2020 na comparação com o último trimestre do ano anterior é uma amostra da orientação econômica adotada com a marcha golpista.

Epidemia perde o controle no Brasil

Por Fernando Brito, em seu blog:

Ontem se escreveu aqui sobre a imensa estupidez de o nosso país, ao mesmo tempo em que explodem os casos de contaminação do novo coronavírus, estarmos todos discutindo o que ontem chamei de “opendow” , em oposição o “lockdown” que, 15 dias atrás, era cogitado como providência para desacelerar a expansão da pandemia.

De guarda baixa com a pandemia em alta

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:

Sem muito disfarce, o governo Jair Bolsonaro inicia uma nova sequencia ao esforço para enfraquecer resistência de brasileiras e brasileiros ao coronavírus.

"Brasil reabre sem fazer a lição de casa", denuncia Italo Iamarino, doutor em Ciências pela USP (Folha, 28/5/2020), sintetizado um temor comum a vários estudiosos.

Combinando a pressão de Bolsonaro contra o isolamento e o noticiário de vários países europeus, a desmobilização das quarentenas começa a ser imposta de cima para baixo, em vários pontos do país, inclusive São Paulo, capital e arredores.

Num país onde falecimentos e contágios continuam em alta, o movimento aponta para mais mortes e mais doentes, num quadro terrível para uma nação que já é a primeira do mundo em óbitos/dia.

Dono da Havan agora é risco para Bolsonaro

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

A cidade catarinense de Brusque tem um morador ilustre entre seus 130 mil habitantes, Luciano Hang, 36o maior ricaço do país, fortuna de 8 bilhões de reais em 2019.

O dono das lojas Havan abriu a porta de casa às 6h da manhã em 27 de maio e deu com a Polícia Federal (PF).

Os agentes tinham ido recolher seu celular e computador, por ordem do juiz Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Graças ao inquérito sobre milícias digitais e fake news conduzido por Moraes, motivo da ida da PF a Brusque, o empresário bolsonarista tornou-se um risco ao mandato de Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

'300' de Sara Winter fazem marcha até o STF

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

Membros do acampamento de Sara Winter em Brasília, o famosos “300″, fizeram uma performance macabra em frente ao Supremo Tribunal Federal na noite deste sábado.

Carregando tochas, mascarados, eles marcharam até a Corte.

Chegando lá, uma música tirada de um filme de terror B soou.

Gritavam: “Viemos cobrar, o STF não vai nos calar” e “Careca togado, Alexandre descarado”(!?!)

É uma cópia vagabunda da marcha neonazista de Charlottesville, nos EUA, ocorrida em agosto de 2017.

A marcha autoritária de Bolsonaro

Por André Singer, no site A terra é redonda:

A decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes de pedir busca e apreensão em endereços de dezessete envolvidos na investigação sobre fake news, resultando em vinte e nove ações de busca e apreensão representa uma aceleração importante na conjuntura político-institucional. Os mandados, emitidos no dia 27 de maio, vêm na esteira de uma sequência de acontecimentos graves.

O primeiro fato preocupante é o conteúdo da reunião ministerial do dia 22 de abril, divulgado por ordem do ministro Celso de Mello exatamente um mês depois, no dia 22 de maio. O vídeo tornou pública uma série de fatos inquietantes que indicam uma marcha autoritária. Entre outras, há uma fala do Presidente da República na qual ele se diz favorável a armar a população para resistir à orientação de isolamento social que governadores e prefeitos estão implantando por conta da disseminação do coronavírus, seguindo as recomendações da Organização Mundial da Saúde.

O 'chiqueirinho' do Alvorada e o jornalismo

Por Vitor Nuzzi, na Rede Brasil Atual:

Localizado em uma península à beira do lago Paranoá, o Palácio do Alvorada foi inaugurado dois anos antes de Brasília, em 1958, como residência oficial do presidente da República, que percorre um trajeto de quatro quilômetros até o “escritório”, no Palácio do Planalto. 

Desde o ano passado, o que deveria ser um espaço de encontro com jornalistas tornou-se palco de hostilidades por parte de “populares” contra os profissionais da imprensa, em um espaço batizado de “chiqueirinho”. A situação se agravou a ponto de vários veículos tomarem, na última segunda-feira (25), a decisão – inédita – de não mandar mais ninguém para o Alvorada.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Bolsonaro cede ao Centrão para sobreviver

Por Altamiro Borges

Enquanto Jair Bolsonaro – o ex-deputado do baixíssimo clero que se travestiu de paladino da "nova política" e enganou tantos otários – tenta escapar do isolamento, o famoso Centrão vai engolindo cargos no governo. É o toma-lá-dá-cá do "capetão" para evitar a abertura de um processo de impeachment. Levantamento parcial realizado pela Folha revela alguns dos indicados do Centrão que já garfaram uma boquinha do laranjal:

Rechaçar arreganho golpista de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

Enquanto o país convive com a tragédia da pandemia do coronavírus, que ceifa mais de mil vidas por dia, o presidente da República, Jair Bolsonaro, se ocupa em radicalizar seu ataque a democracia. Diante da decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes de desencadear a operação que envolve três dezenas de arrolados no inquérito das fake news, Bolsonaro reagiu num tom de verdadeiro ultimato às instituições do Estado Democrático de Direito.

Reação ou golpe: evitar as ilusões de 64

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

No final de 1963 e começo de 1964, a conspiração contra a democracia era febril, envolvendo as Forças Armadas, as elites nacionais e poder norte-americano, mas liberais e progressistas se iludiam com a resistência que viria do suposto "dispositivo militar" anti-golpe do presidente João Goulart.

Deu no que deu.

Agora há um golpe anunciado e novas ilusões: diz-se que as instituições vão funcionar e que os militares da ativa não embarcarão em uma aventura com Bolsonaro.

Não é possível que repitamos o erro de 64.

O STF não pode fraquejar, não pode ser deixado só, e o Congresso precisa ir além dos panos quentes.

PIB em queda. Guedes propõe mais do mesmo

Por Umberto Martins

Estatísticas divulgadas nesta sexta-feira (19) pelo IBGE revelam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 1,4% no primeiro trimestre do ano (janeiro a março). Em abril a situação se agravou, como sugerem os dados do instituto sobre a taxa de desemprego, que subiu para 12,6%, e a população ocupada, que recuou 5,4% (menos 4,9 milhões de pessoas), na maior queda da história.

Na opinião da coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a retração foi causada, principalmente, pelo recuo de 1,6% nos serviços, setor que representa 74% do produto. A indústria declinou 1,4%, enquanto a agropecuária cresceu (0,6%). O consumo das famílias registrou recuo de 2%, o maior desde a crise de energia elétrica em 2001, segundo Rebeca.


Brasil na encruzilhada

Por Marjorie Marona e Fábio Kerche, no site A terra é redonda:

Chegamos a um ponto em que a sustentação do governo Bolsonaro tornou-se muito difícil, embora a saída também não seja simples.

A crise sanitária, de proporções mundiais, ganha ares de genocídio diante da completa falta de capacidade do governo para enfrentá-la: mortos são empilhados em valas comuns.

E Bolsonaro fez da pandemia de Covid-19 seu campo de batalha: em guerra declarada com atores políticos fundamentais, atira contra governadores, prefeitos, ministros do STF e congressistas.

Os crimes de responsabilidade do presidente se acumulam quase no mesmo ritmo que as suspeitas de crimes comuns.

Um país à deriva e um governo que compromete as possibilidades de manutenção do próprio regime democrático. Diante deste cenário, a grande questão que se coloca hoje é a de como encerrar o mandato de Bolsonaro, salvando o que restou da democracia.

Contra a barbárie do receituário neoliberal

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

A parada econômica que resultou da correta opção de combater a onda de coronavírus pelo isolamento social derrubou a arrecadação fiscal. Na mesma medida em que o conjunto das despesas se manteve, ou até se elevou, por decorrência da calamidade pública, o déficit nas contas públicas cresceu.

Neste sentido, o argumento dos neoliberais em defesa do programa de ajuste fiscal permanente, até certo ponto suavizado pela excepcionalidade da pandemia, volta-se para o seu aprofundamento tão logo superado o quadro de isolamento social.

Ou seja, o retorno mais acentuado da situação de fracasso econômico e social vigente no Brasil antes da pandemia.

Boa notícia cheia de simbolismo

Por João Guilherme Vargas Netto

Passados dois, três ou quatro meses de pandemia (quem não perdeu ainda o senso estrito dos números e do tempo?) os mortos já se contam por dezenas de milhares, os adoecidos por centenas de milhares e os desempregados por milhões.

É o rastro mortal deixado pela doença, pela imprevidência, pela desorientação, pelo egoísmo e que assombra o caminho de um presidente da República genocida e de seus acólitos criminosos.

Os trabalhadores e o movimento sindical, agredidos como todos, procuram se defender como podem e sabem, da doença, do desemprego, do desalento e da falta de renda.

Instigar ódio não é liberdade de expressão

Por Eugênio Aragão, no site Congresso em Foco:

Era só o que faltava! Fico a imaginar Julius Streicher, o raivoso editor do tabloide nazista antissemita “Der Stürmer”, se levantar no Tribunal de Nuremberg e protestar: “O que nós queremos é falar a verdade. Às vezes tem um fato e várias versões, eu sempre coloco a minha versão sobre aquele fato.” E aí conclui: “A mídia é importante neste país para levar boas notícias, notícias verdadeiras. Todas as coisas que eu faço, eu coloco [nos meus tabloides], ou seja, eu fabrico notícia e coloco elas [nos meus jornais] para que todo mundo tenha a minha posição sobre qualquer assunto. Isso se chama liberdade de expressão. Este país é um país democrático. Nós temos que temos que ter a liberdade de expressão, a liberdade de pensamento".

Estamos entre loucos, nazistas e genocidas

Por Roberto Tardelli, na revista CartaCapital:

A reunião presidencial, tantos já disseram, tantos já falaram, me deu a impressão de ser um filme ou uma peça de teatro, de roteiro horrível, de atores canastrões e de um protagonista que estaria a fazer para sempre na carreira de ator o mesmo papel: um déspota, bronco, paranóico e de baixíssima amplitude vernacular.

A seu lado, dois generais, dois.

Na falta de um, havia três, porque ao fundo sentava-se um terceiro general.

Dos celerados reunidos, cada qual puxou para si um fato típico penal para chamar de seu.

Sinistro, o cara da Educação deixa clara sua missão de vida: destruir Brasília.

A insuportável leveza da liberdade

Por Flávio Aguiar, no site Carta Maior:

O mais espantoso mistério da reunião ministerial de 22 de abril no Planalto não é a reunião em si.

Afinal, o que esperar daquele bando de depravados, que não fosse depravação?

A reunião em si, os palavrões, a desfaçatez, a sem-vergonhice, a falta de pudor, o oportunismo, a falta de vergonha na cara, a estupidez de todas as propostas na mesa, o descaso e o desprezo para com as aflições do povo e do país, nada disto surpreende ou choca. O que surpreende e choca, o mistério dos mistérios, o espanto dos espantos, é o fato dela ter sido gravada.

O fato dela ter sido imortalizada, preservada para a posteridade.

Chile taxa fortunas no combate ao Covid-19

Karol Cariola/Reprodução Facebook
Por Leonardo Wexell Severo

A Câmara dos Deputados do Chile aprovou nesta terça-feira (26) um projeto de taxação das grandes fortunas - que atinge em cheio banqueiros, especuladores e a casta empresarial - para financiar uma nova renda mínima de emergência durante a pandemia da Covid-19. A proposta é cobrar de uma única vez 2,5% da nata dos recursos de 1% que concentra 22,6% da riqueza nacional.

“Por uma grande maioria, foi aprovado na Câmara de Deputados e Deputadas um projeto de acordo que solicita ao presidente Sebastián Piñera um Imposto aos Super Ricos de 2,5% para uma Renda Familiar de Emergência. A proposta é viável, agora o presidente deve responder”, tuitou Karol Cariola, do Partido Comunista do Chile, autora da iniciativa. Enquanto isso, a enfermidade já causou oficialmente mais de 800 mortes e 80 mil contagiados, números considerados expressivos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para uma população de 17,9 milhões de habitantes.

O capitão e seus generais

Por Gilson Reis

A frágil democracia brasileira caminha a passos largos para o precipício do imponderável e do inimaginável regresso ao estreito leito do país das botas e fuzis. Os últimos acontecimentos, envolvendo altas patentes das Forças Armadas, da reserva e da ativa, contra o Estado democrático de direito, indicam que a tropa armada de balas e ideologias conservadoras/liberais está de volta. Os mesmos que ao longo da história amam brincar de governos e “foder” o país. Isso desde a proclamação da República até meados dos anos 1980, um século de ditaduras civis/militares.

Quando será o golpe?

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Em fevereiro de 1962, no premonitório ensaio Quem dará o golpe no Brasil?, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos antecipou com pouco mais de 2 anos o desfecho da conspiração que culminaria no golpe civil-militar de 31 de março de 1964.

No Brasil de hoje não cabe repetir a pergunta formulada por Wanderley Guilherme há 58 anos, porque os autores do golpe desfilam a olhos vistos. Com retóricas, armas e ataques violentos, deixam muito claros seus propósitos antidemocráticos e inconstitucionais.

A pergunta que se coloca hoje, portanto, é outra. A essas alturas, é de se perguntar quando será o golpe? Aliás, Eduardo Bolsonaro afirmou que nas reuniões da sua facção criminosa não se discute “se” terá ruptura da ordem, “mas, sim, quando vai ocorrer” a ruptura.

Apurar e punir a propagação de fake news

Editorial do site Vermelho:

O combate às falsas notícias, popularizadas como fake news, faz parte da defesa da democracia. Nesse sentido, merecem apoio duas iniciativas que estão em andamento: o inquérito sob a responsabilidade do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPI) em curso no Congresso Nacional.

Essa prática deletéria ganhou escala no Brasil desde a campanha eleitoral de 2018, quando as redes bolsonaristas atuaram no submundo da internet distribuindo mentiras e acatando reputações. Um esquema vil que produz, propagandeia e dissemina uma onda de ódio, intolerância, racismo e preconceitos, de ataques à honra de pessoas e de investidas contra o regime democrático e as instituições que o sustentam. Com o seu crescimento, as instituições do estado de direito também passaram a ser alvos, em especial o Congresso Nacional e o STF.

Inquérito contra fake news abala Carluxo

Por Altamiro Borges

Batizado de pitbull pelo “paizão” presidente, Carlos Bolsonaro – ou Carluxo para os mais íntimos – deve estar miando. Por decisão do ministro Alexandre de Moraes, a Polícia Federal realizou na quarta-feira (27) várias operações no âmbito do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que apura os crimes das fake news.

Ao todo, foram 29 mandados de busca e apreensão que podem revelar como funciona e quem financia a fábrica de mentiras e o chamado "gabinete do ódio", que é liderado pelo vereador Carluxo Bolsonaro.

Manifesto contra a censura e as fake news


Um dos temas que têm mobilizado setores importantes da sociedade brasileira é como enfrentar a pandemia de mentiras e desinformação que tomou conta do debate público, principalmente em razão da escala e velocidade que as novas formas de circulação da informação conferiram à este fenômeno. O problema colocado é bastante delicado: como enfrentar as "fake news" sem gerar censura e violar a liberdade de expressão. Além disso, caberá a quem, a qual instituição definir o que é verdade ou não? A partir de quais critérios? Está claro que é preciso envolver a sociedade nessa discussão, para evitar que soluções aparentemente fáceis e rápidas produzam um estrago ainda maior.

Censura no SBT viola direito à comunicação

Do site do Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC):

A informação de que o principal telejornal do SBT, o SBT Brasil, teve sua exibição vetada na edição deste sábado (23), é extremamente grave. De acordo com informações do jornalista Maurício Stycer, colunista do portal UOL, também confirmada por outras fontes, a ordem para cancelar a exibição noticiário teria partido do dono do SBT, o empresário Silvio Santos, após reclamações do governo federal sobre a cobertura que o jornalismo da emissora vinha fazendo da repercussão do vídeo da reunião ministerial de 22 de abril, reunião esta que evidenciou a tentativa do presidente Jair Bolsonaro de intervir nos órgãos de segurança, em especial na Polícia Federal (PF), para atender seus interesses privados.

O militar surtou!

Por Manuel Domingos Neto

Não dá para falar em desenvolvimento científico e tecnológico no Brasil omitindo o militar. O militar ensinou engenharia, topografia e desenho. Construiu estradas, obras de arte, edifícios públicos monumentais e igrejas antes de o Brasil ter faculdades especializadas. Deu emprego a matemáticos quando não havia função remunerada para tal tipo de cientista. Desenhou mapas com traçados exatos de rios, montanhas e correntes marítimas quando ninguém sabia nada de geografia, cartografia, oceanografia e correntes aéreas.

STF contra-ataca: Hang e Jefferson são alvos

Por Fernando Brito, em seu blog:

Vamos ver se a turma da direita, que adora usar o “quem não deve não teme” para justificar ações policiais, vai dizer o mesmo sobre os 29 mandados de busca e apreensão determinado pelo ministro Alexandre de Moraes no inquérito sobre as fake news bolsonarista.

Um dos alvos é o tal Allan dos Santos, um agitador que, ainda esta madrugada, puxava uma corrente no Twitter repetindo a frase de Abraham Weintraub sugerindo “botar na cadeia” os ministros do STF.

Câmara aprova lei 'Aldir Blanc' para cultura

Jandira Feghali
Da Rede Brasil Atual:

O plenário da Câmara aprovou na tarde desta terça-feira (26) o Projeto de Lei 1.075, que destina recursos emergenciais para o setor de cultura. Também conhecido como lei de emergência cultural, o PL, de Benedita da Silva (PT-RJ) e vários outros autores, que apensou (anexou) outros projetos, teve como relatora a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ), que sugeriu o nome do compositor Aldir Blanc para a lei.

Segundo o relatório, serão destinados R$ 3 bilhões a estados e municípios. “Um esforço coletivo”, disse Benedita, afirmando que atualmente “muitos artistas sofrem de fome”.

Quem quer as hemorroidas do povo?

Por Marcelo Zero

Em sua característica linguagem castiça, o presidente Bolsonaro afirmou, na latrina de caserna em que se transformou o Palácio do Planalto, que “eles querem nossas hemorroidas”.

O, por assim dizer, pensamento do presidente é tortuoso e de difícil exegese.

Porém, no contexto das miasmas externadas na surreal reunião tornada pública, é razoável supor que por “eles” o supremo capitão estivesse se referindo aos “comunistas”, que, após mais de três décadas da queda do Muro de Berlin e mais de seis décadas depois do macartismo, ainda teimam em conspirar para implantar uma ditadura nestas paragens tropicais.

Afinal, no mundo delirante e submerso em fake news do fascismo bolsonarista tudo é possível.

Espetáculo de porta de xadrez

Por Roberto Amaral, em seu blog:

A melhor síntese do que nos foi dado conhecer da inqualificável reunião do capitão e seus comparsas me foi oferecida pelo meu amigo Álvaro Ribeiro da Costa, ex-advogado geral da União: um só flagrante delito. Boa peça para qualquer aula prática de direito penal, pois ali se amontoam crimes cometidos, delitos em planejamento, intenções criminosas reveladas por autores, co-autores e cúmplices. Espetáculo de porta de xadrez. Algo mais abjeto é impensável, pela forma e pelo conteúdo, pelo seu caráter fático, pelo seu caráter simbólico e pela sua dramaticidade política. O eviceramento moral de um governo torpe em pleno domínio da ilegalidade, eis o que foi oferecido pela revelação de uma, apenas uma (imaginemos as outras) reunião do presidente da república com seus ministros e principais assessores. Linguagem de bordel de ponta de cais. Tudo à espera de um procurador geral da república que não seja devedor do cargo nem disciplinado candidato ao STF. Do que se ressente a república, enferma.

Operação contra Witzel também visa Moro

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

A corrupção deitou raízes profundas no Estado do Rio e precisa naturalmente ser combatida.

Mas a operação Placebo, que fulminou nesta terça-feira o governador do Estado, Wilson Witzel, levanta suspeitas por um conjunto de fatores: acontece sob a nova direção, federal e estadual, imposta por Bolsonaro, e foi precedida de vazamento para a deputada Carla Zambelli, que dela falou na véspera.

E veio também dois dias depois de Sérgio Moro ter declarado que o combate a corrupção nunca foi uma prioridade de Bolsonaro.

A aposta eleitoral macabra do bispo no RJ

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Bolsonaro alertou Marcelo Crivella, dublê de bispo da Igreja Universal do Reino de Deus e prefeito do Rio, que se quiser ter seu apoio na eleição deste ano terá que decretar o fim do isolamento social no Rio de Janeiro.

Abre parênteses: a benção bolsonarista não se sabe se mais ajuda ou atrapalha, pois o Rio é a capital do país onde o capitão nazista apresenta as taxas mais altas de rejeição, dizem as pesquisas. Mas, desesperado pela repulsa que seu governo desperta na maioria esmagadora dos cariocas, Crivella vê a parceria como uma boia de salvação capaz de ao menos levá-lo ao segundo turno. Fecha parênteses.

Amigo dos bancos e inimigo do Brasil

Editorial do site Vermelho:

O desprezo do governo Bolsonaro em relação à economia nacional é mais um aspecto da forma irresponsável e criminosa com que ele trata o país. O presidente da República repete sempre que nada entende do assunto e dá carta branca ao ministro da Economia, Paulo Guedes, para fazer o que bem entende.

Guedes, ao contrário da alcunha de “Posto Ipiranga” que ganhou de Bolsonaro em alusão à propaganda da rede varejista de combustível que oferece produtos e serviços aos clientes numa profusão impressionante, tem revelado que da sua fonte não sai nada para o povo. Em sua fala na fatídica reunião ministerial de 22 de abril, registrada no vídeo que incrimina Bolsonaro, ele deixou isso absolutamente claro.

Pestilencial quadrilha de insolentes

Charge: Milton César
Por João Guilherme Vargas Netto

Passados alguns dias da estarrecedora apresentação do vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril fica cada vez mais claro o desprezo de seus participantes para a situação catastrófica pela qual passava (e ainda passa) o povo brasileiro.

Durante duas horas o que seria uma apresentação e discussão do plano pró Brasil transformou-se em uma “pestilencial quadrilha de insolentes” (na frase de Cícero, garimpada por João Franzin) comandada pelo presidente da República com seus arroubos e maus modos e secundada por bajuladores raivosos; às favas o Brasil!

O declínio dos EUA e a ascensão chinesa

Por Paulo Nogueira Batista Jr.

“Quando a China despertar o mundo inteiro tremerá”. Profecia atribuída a Napoleão Bonaparte.

Que consequências a crise do coronavírus terá para o quadro geopolítico, em especial para as posições dos Estados Unidos e da China? Eis aí uma questão obscura e repleta de incertezas, mas isso não é motivo para ignorá-la. Afinal, questões essenciais são mesmo obscuras e incertas. Os temas claros e previsíveis são os secundários ou aqueles já de alguma forma equacionados.

Senado vai triturar Weintraub, o vagabundo?

Por Altamiro Borges

Nesta segunda-feira (25), o Senado aprovou a convocação do "vagabundo" Abraham Weintraub, ministro da Educação, para prestar esclarecimento sobre suas declarações fascistas na esbórnia ministerial de 22 de abril – que teve o vídeo divulgado por decisão do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Naquela reunião-pornô, em que sobraram palavrões e pouco se tratou da pandemia que mata milhares de brasileiros, Abraham Weintraub, puxa-saco asqueroso do "capetão", afirmou que gostaria de colocar "esses vagabundos todos na cadeia, começando pelo STF". Agora, ele terá que explicar o seu furor fascista.

Bolsonaro será julgado pelo Tribunal de Haia?

Por Altamiro Borges

Perguntar não ofende-1: Em meados de abril, a Associação Brasileira de Juristas pela Democracia (ABJD) ingressou com uma denúncia contra Jair Bolsonaro no Tribunal Penal Internacional (TPI), sediado em Haia. O “capetão” foi acusado de crimes contra a humanidade. O TPI já tomou alguma atitude?

A ABJD acusou Bolsonaro da "prática de crime contra a humanidade que vitima a população brasileira diante da pandemia do coronavírus". Foi a segunda representação contra o presidente brasileiro junto ao TPI. Em novembro de 2019, a Comissão Arns o denunciou por "incitação ao genocídio de povos indígenas".

Os militares e a destruição nacional

Por Jorge Eduardo Saavedra Durão, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

A combinação da tragédia humanitária da Covid-19 com a escalada autoritária do presidente Bolsonaro, no seu intento de alcançar o poder absoluto, coloca na ordem do dia o debate sobre o papel dos militares e aponta para a necessidade de a sociedade civil organizada enfrentar publicamente o debate acerca do papel constitucional das forças armadas, no atual contexto de pandemia, crise econômica e iminente crise institucional.

Evangélicos pedem que TSE julgue Bolsonaro

Pastor Ariovaldo Ramos
Por Marcelo Santos, na Rede Brasil Atual:

Apesar de ainda possuir uma base de apoio importante entre os evangélicos, o governo Bolsonaro vem perdendo cada vez mais sustentação neste segmento. Aos poucos, num movimento considerado ainda tímido e incipiente, algumas lideranças que apoiavam o governo com fervor até alguns meses atrás estão saindo desse barco que, como disse o próprio presidente, parece fazer água.

Um dos sinais é o surgimento de coletivos e organizações evangélicas na defesa da democracia e na denúncia contra o que se cunhou chamar de ‘cristofascismo’. Na última semana, um grupo de 37 destas organizações publicou um documento no qual condena a “forma antiética com que o presidente da República tem se comportado” diante da grave crise sanitária e política que o país atravessa.

Guedes citou ministro da Economia de Hitler

Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:

Paulo Guedes foi um dos destaques na reunião coprológica de Bolsonaro.

“Nós vamos ganhar dinheiro usando recursos públicos pra salvar grandes companhias. Agora, nós vamos perder dinheiro salvando empresas pequenininhas”, disse, a alturas tantas.

“Tem que vender logo essa porra”, pontificou sobre o Banco do Brasil.

A ladainha liberal seguiu ao longo daquele sabá de bruxas boca de esgoto, até que Guedes resolveu mostrar sua cultura.

“Nós vamos continuar aprofundando as reformas, nós vamos seguir. Eu conheço todas as histórias de reconstrução por ser obrigado a estudar isso”, discursou.

Cada vez menos gente; cada vez mais monstros

Por Fernando Brito, em seu blog:

Mais um domingo, mais uma manifestação de fanáticos à frente do Palácio do Planalto.

Cada vez, é visível, são menos pessoas e, cada vez mais, o clima é de agressão total à ordem democrática.

O bolsonarismo está reduzido a seu estado puro, o desta parcela da população embriagada de ódio e de estupidez, inaugurados pela ação dos que apontavam o dedo contra tudo e contra todos e que tem no desvario atual seu o corolário fétido.

Ao lado do presidente psicopata, o nanogeneral Augusto Heleno usurpando o papel de representante das Forças Armadas, emprestando força bruta à brutalidade mental e verbal do chefe.

Fascismo escancarado, cantemos a Bella Ciao!

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:

O que houve de mais horripilante naquela reunião ministerial tenebrosa do dia 22 foi a explicitação da marcha de Bolsonaro para a fascistização do país.

De resto, ela acabou com a esperança de que ele pudesse ser afastado pelo STF, com licença da Câmara, por crime comum.

Ninguém agora poderá dizer que desconhecia o plano fascista, apresentado sem meias palavras por Bolsonaro.

- É escancarar a questão do armamento aqui. Eu quero todo mundo armado! Que povo armado jamais será escravizado. E que cada um faça, exerça o teu papel. Se exponha.

E em outros dois trechos:

Contra a volta imediata das aulas!

Do site da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee):

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee) se manifesta contrária à precipitação na volta às aulas, como pretendem o Governo Federal e vários proprietários de escolas particulares, e defende que o retorno das atividades escolas seja realizado com critérios científicos e garantindo condições seguras e saudáveis de aprendizado e trabalho.

Pressão criminosa


domingo, 24 de maio de 2020

Secom recua na fake news sobre cloroquina

Por Altamiro Borges

A Folha informa que a "Secretaria de Comunicação (Secom) do governo Jair Bolsonaro apagou tuíte publicado na quinta-feira (21) em que dizia que a "cloroquina/hidroxicloroquina é o tratamento mais eficaz contra o coronavírus atualmente disponível". Fábio Wajngarten, o olavete que chefia a Secom e já está todo enrolado na Justiça, pelo jeito ficou com medo de ser processado também criminalmente.

Apesar dos riscos de efeitos colaterais, a mensagem agora apagada pela Secom afirmava: "O Brasil ganhou mais uma esperança no tratamento do coronavírus. O Ministério da Saúde adotou novo protocolo para receita da cloroquina/hidroxicloroquina. O medicamento é considerado o mais promissor no combate à Covid-19". Mais uma fake news irresponsável de Fábio Wajngarten.

Vídeo comprova crime de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

O vídeo da reunião entre o presidente da República Jair Bolsonaro e seus ministros, ocorrida no Palácio do Planalto em 22 de abril, liberado por determinação do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), revela as entranhas e a essência desse governo. É uma prova robusta do que dissera o ex-ministro Sergio Moro sobre a interferência de Bolsonaro na Polícia Federal (PF) por interesses pessoais, para proteger seus filhos, amigos e deputados aliados.

Bolsonaro e a indústria de fake news

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

O secretário de Comunicação Social da Presidência, Fabio Wajngarten, está convocado pela CPI das das Fake News desde outubro. O vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente, é outro que alguns membros da comissão gostariam de chamar. Se faltavam motivos para marcar o depoimento de Wajngarten e convocar Carlos, não faltam mais.

O motivo é a chegada ao Brasil de uma tentativa de sufocar pelo bolso quem dissemina mentiras na web, um tiro nas milícias digitais bolsonaristas. A iniciativa surgiu nos Estados Unidos e é levada adiante através de uma conta no Twitter chamada Sleeping Giants, que acaba de ganhar uma versão brasileira.

Os responsáveis caçam anúncios de empresas em sites que propagam notícias falsas.

O que realmente importa no vídeo pornô?

Por Bepe Damasco, em seu blog:

Deixei para escrever na manhã seguinte à divulgação do vídeo da reunião ministerial de Bolsonaro justamente para entrar no debate sobre sua repercussão, especialmente no campo democrático.

Um pouco surpreso, deparo com opiniões de pessoas respeitáveis segundo as quais a exibição da peça acabou favorecendo a Bolsonaro, seja porque ele aproveitou a oportunidade para, mais uma vez, insuflar seus apoiadores, ou devido à falta de novidade na polêmica com Moro, ou mesmo ainda por conta do uso de palavrões, o que o aproximaria do povão.

Vídeo mostra facção criminosa do Planalto

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Seria impróprio, além de ofensivo à memória dos construtores de Brasília, chamar de reunião ministerial o evento grotesco de 22 de abril protagonizado pela facção que ocupa o Palácio do Planalto. A pauta, a atmosfera mafiosa e a abundância de crimes planejados pelos presentes transformam aquele evento numa espécie de “assembléia” da “sociedade do crime”.

O vídeo da “assembléia” mostra como a facção do Planalto planeja e combina em privado os crimes que pratica com impressionante destemor em público, à plena luz do dia – aos olhos da imprensa e ao escrutínio da população e de todas instituições ameaçadas, como o Congresso e o STF que, aliás, reagem com notável tibieza e covardia: