terça-feira, 31 de janeiro de 2023

STF manda investigar Bolsonaro por genocídio

Ilustração: AbyaYalese
Por Altamiro Borges


O cerco contra o “fujão” Jair Bolsonaro, que já coleciona mais de 20 processos na Justiça, vai se fechando. Nesta segunda-feira (30), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, determinou que a Procuradoria-Geral da República investigue a prática de genocídio e de outros crimes do seu governo contra o povo Yanomami.

A decisão também foi enviada ao Ministério Público Militar, ao Ministério da Justiça e à Superintendência Regional da Polícia Federal de Roraima. Além de genocídio, ele ordenou que os órgãos apurem os crimes de desobediência, quebra de segredo de Justiça e delitos ambientais relacionados à vida e à saúde das comunidades indígenas.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

Agressor do advogado de Lula é indiciado

Charge: Junião
Por Altamiro Borges


Sem trégua para os agressores fascistas! Essa parece ser a orientação geral das forças políticas que derrotaram o “capetão” Jair Bolsonaro nas eleições de outubro passado e a tentativa de golpe em Brasília no fatídico 8 de janeiro. O próprio presidente Lula tem insistindo nesse rumo.

Conforme revelou em entrevista à Globonews, ele sugeriu ao seu advogado, Cristiano Zanin, que processasse um empresário metido a valentão que o ameaçou no Aeroporto Internacional de Brasília. A ação foi encaminhada e a Polícia Civil do Distrito Federal indiciou, na semana passada, o fascistoide Luiz Carlos Bassetto Júnior.

domingo, 29 de janeiro de 2023

Pistoleiro Roberto Jefferson segue na cadeia

Charge: Fraga
Por Altamiro Borges

Será que o “fujão” Jair Bolsonaro – que pode voltar ao Brasil “amanhã, daqui a seis meses ou nunca”, segundo seu filhote Flávio Rachadinha – terá um dia o mesmo justo destino do pistoleiro Roberto Jefferson? Na quinta-feira (26), a juíza Abby Ilharco, da 1ª Vara Federal de Três Rios (RJ), manteve a prisão preventiva do ex-chefão do falido PTB e ex-deputado federal. Até agora, o terrorista bolsonarista não teve perdão, não teve anistia!

“Não há novos elementos de convicção ou alteração fática capaz de modificar a conclusão pela necessidade de manutenção da prisão preventiva do réu com vistas à manutenção da garantia da ordem pública”, escreveu a juíza em sua decisão. Com isso, o pistoleiro bolsonarista, que lançou granadas e deu tiros contra agentes da Polícia Federal, segue na cadeia.

Janja vai à Justiça contra caluniadores

Por Altamiro Borges


Altiva e combativa, a primeira-dama Rosângela da Silva não está disposta a tolerar as mentiras e calúnias difundidas contra ela nas redes digitais ou na mídia tradicional. Na semana passada, Janja – como gosta de ser chamada – abriu um processo por danos morais contra a famosa difamadora Pietra Bertolazzi, âncora da Jovem Pan – ou Jovem Klan.

Ainda durante a campanha eleitoral, a raivosa bolsonarista acusou a esposa de Lula de usar drogas ilícitas e de apoiar “artistas maconhistas”, ao compará-la com a sinistra Michelle Bolsonaro – ou Micheque, como também é chamada. “Enquanto você tem ali a Janja abraçando o Pablo Vittar e fumando maconha, fazendo sei lá o que, você tem uma mulher impecável representando a direita, os valores, a bondade, a beleza”, vomitou a apresentadora na rádio.

Mineradoras e banho de sangue no Peru

Foto: Hudbay (mina de cobre)
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Há um banho de sangue em curso no Peru.

Artigo de Maurício Angelo, de 10 de junho de 2021, me chamou a atenção, por capaz talvez de explicar melhor, a partir de interesses muito concretos da mineração, o golpe contra Pedro Castillo e a efervescente e trágica situação atual daquele país.

Castillo assumiu contra todas as grandes mineradoras e multinacionais, cujos interesses se viram em risco, depois de derrotar Keiko Fujimori, filha de um ditador condenado por violações em série de direitos humanos, várias acusações de corrupção nas costas, conhecido quando presidente por políticas largamente favoráveis às mineradoras.

Na eleição de 2021, as ações das grandes mineradoras sempre reagiam bem quando Keiko Fujimori se aproximava de Castillo nas pesquisas.

Ainda há adeptos do nazismo bolsonarista

Charge: Luc Descheemaeker
Por Jair de Souza


Ontem à noite (26/01/2023), ao me apresentar no aeroporto de Luanda para tomar a conexão de voo que me traria de volta ao Brasil, um outro passageiro em semelhante situação bradou a todo pulmão: “É triste voltar para uma terra que elegeu um ladrão para a presidência".

Sem conseguir controlar meus impulsos, retruquei em voz ainda mais alta: “Mas, é muito bom regressar a um país que soube derrotar um miliciano nazista e genocida que está a serviço do diabo".

Como já é tradição entre os adeptos do nazismo bolsonarista quando são abertamente enfrentados, o cidadão anteriormente mencionado não deu mais um pio e fez de conta que não tinha nada a ver com aquele papo.

Jair Messias e o Rei Midas pelo avesso

Charge: Daniel Miguel
Por Eric Nepomuceno, no site Brasil-247:

Há décadas, e a se referir a um presidente dos Estados Unidos que já não lembro qual, o escritor uruguaio Eduardo Galeano escreveu algo que nunca saiu da minha memória.


Dizia ele, em relação ao tal presidente, que era um rei Midas pelo avesso. Enquanto a mitologia grega assegura que Midas, rei da Frígia, transformava em ouro tudo que tocava, o mandatário em questão transformava tudo que tocava em merda.

Galeano poderia ter usado a palavra “excremento”. Optou pelo sinônimo, me contou na época, para dizer a verdade de maneira mais contundente.

Pois a tal frase saltou da minha memória quando penso, uma vez mais, em Jair Messias.

A digital militar

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Jeferson Miola, em seu blog:


O 8 de janeiro condensa aspectos centrais da guerra fascista contra a democracia.

Não há paralelo na história brasileira de atentado assombrosamente ousado, violento e destrutivo contra os Poderes da República e o Estado de Direito.

A fúria da horda fascista tinha endereço certo: o coração do poder civil e a institucionalidade democrática.

Um ataque tão esperado quanto anunciado. Apesar de previsível, mesmo assim impressionantemente surpreendente, devido ao rastro deixado, de terror e destruição.

No 8 de janeiro não teve improviso ou desatenção. Tampouco houve falha involuntária da PM, perda de controle da situação, ou insuficiência “ocasional” de tropa do Batalhão da Guarda Presidencial do Exército para impedir a invasão do Palácio do Planalto.

Tudo foi metodicamente arquitetado para acontecer tal como aconteceu.

Fátima de Tubarão e o fascismo intacto

Charge: Gilmar
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Se Leonardo Rodrigues de Jesus, o Léo Índio, primo de Carluxo, for encarcerado na Papuda, será ele o preso mais famoso entre todos os golpistas.

Por enquanto, o nome mais conhecido é o de Fátima de Tubarão. A traficante e estelionatária Maria de Fátima Mendonça Jacinto Souza ficou famosa ao aparecer na invasão a Brasília em vídeos nas redes sociais e na TV.

A senhora de 67 anos é do Estado estigmatizado como o mais fascista e racista do país. Foi presa por se expor no terrorismo de 8 de janeiro e gritar que era a hora de “pegar o Xandão”.

Ela não é insignificante, nos quadros do golpismo, por ser uma idosa que mereça piedade ou por já ter sido condenada por tráfico e estelionato. É irrelevante como expressão da política do golpismo.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

PGR denuncia a deputada-pistoleira Zambelli

Charge: Iara Cardoso/Revista Badaró
Por Altamiro Borges


Até a Procuradoria-Geral da República, que nos quatro anos do “capetão” Jair Bolsonaro foi tão condescendente com seus milicianos, decidiu agora denunciar a deputada-pistoleira Carla Zambelli (PL-SP). Antes tarde do que mais tarde! Nesta quarta-feira (25), a PGR acusou a parlamentar de “porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma” pela perseguição a homem negro na véspera do segundo turno das eleições. A procuradoria ainda fixou uma multa de R$ 100 mil por danos morais coletivos. Uma merreca levando em conta a gravidade do crime!

Lula chama o golpista Temer de golpista

Charge: Latuff
Por Altamiro Borges


Em entrevista à imprensa do Uruguai nesta quarta-feira (25), o presidente Lula voltou a chamar o traíra Michel Temer de “golpista”. Ao explicar que seu governo herdou um país “semidestruído”, ele foi bem didático: “O Brasil não tinha mais fome quando deixei a presidência e hoje tem 33 milhões de pessoas passando fome. Isso significa que quase tudo que fizemos de benefício social no país, em 13 anos de governo, foi destruído em sete anos: três do golpista Michel Temer e quatro do governo Bolsonaro”.

Lula assume o comando das Forças Armadas

Foto: Ricardo Stuckert
Por Cristina Serra, em seu blog:


Lula tem feito apelos à pacificação do país e é um conciliador. Mas esse perfil não pode ser confundido com falta de autoridade. Foi o que o presidente deixou claro ao assumir seu papel de comandante supremo das Forças Armadas e determinar a exoneração do general Júlio César de Arruda da chefia do Exército.

Arruda dera seguidas mostras de insubordinação à autoridade presidencial, desde que impedira o desmonte do acampamento de terroristas em frente ao QG do Exército, na noite de 8 de janeiro, com a segurança do DF já sob intervenção federal. Arruda esticou a corda e peitou Lula, achando que ficaria por isso mesmo. Não ficou.

Conferir a defesa nacional

Por Manuel Domingos Neto

Comandar corporações pressupõe estabelecer-lhes diretrizes e escolher os responsáveis por sua implementação. A autonomia corporativa deve ser concedida no limite do cumprimento das missões recebidas.

Repiso o ensinamento universal e atemporal: chefias de Estado, ou enquadram aparelhos de força ou serão por eles enquadrados. Chefes de Estado não atendem as fileiras; as fileiras devem atendê-los.

Lula precisa assumir o comando das Forças. Neste ambiente de redefinição da hegemonia internacional, crescem os anúncios de guerra. O Brasil será afetado e Defesa Nacional não se improvisa.

Ademais, não há outra forma de conter o aberrante ativismo político das fileiras senão atribuindo-lhes missões desafiadoras. Atarefados com seus afazeres profissionais, os generais terão menos tempo para a militância política. Não se empenharão em doideiras, como a de usar um inqualificável para ascender ao mando e implementar suas proposições.

Defensor

Por João Guilherme Vargas Netto


Durante a ditadura alguns sindicatos usavam essa palavra e mesmo um ícone para definir seu compromisso com os associados.

Esta é a palavra que hoje deve sintetizar as preocupações de todos os dirigentes sindicais dos comerciários em sua vasta e diversificada rede de entidades frente às ameaças e aos perigos enfrentados pelos empregados da Americanas.

Defender os direitos dos trabalhadores, principalmente os empregos, articular de maneira inteligente e afirmativa a unidade de ação solidária do movimento sindical e sensibilizar o governo, a opinião pública e os meios de comunicação, eis as tarefas.

Uma primeira reunião de entidades com o representante da empresa aumentou as preocupações de todos devido ao não comprometimento dele em preservar os empregos e garantir os direitos.

Mídia abafa repressão e mortes no Peru

Dina Boluarte (dir.) com a embaixadora dos EUA Lisa Kenna
Por Altamiro Borges


A mídia hegemônica brasileira, que no seu complexo de vira-lata adora satanizar Cuba, Venezuela e outras experiências latino-americanas que se contrapõem ao império dos EUA, tem dado pouco destaque à onda de violência no Peru. Desde a deposição do presidente Pedro Castillo, em 7 de dezembro passado, mais de 50 pessoas já foram assassinadas e centenas foram feridas e presas pelo governo direitista de Dina Boluarte. A brutal repressão no sofrido país vizinho não é capa dos jornalões e pouco aparece nos telejornais do Brasil.

Democracia e soberania demandam coragem

Charge: Henfil
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Os terríveis acontecimentos do dia 8 de janeiro voltaram a colocar em discussão o papel das forças armadas na vida nacional, pois não há dúvida de que militares da reserva e da ativa tiveram algum grau de participação na pior agressão sofrida pela democracia brasileira desde a ditadura militar.

No esteio do choque nacional e mundial com a violenta e covarde tentativa de golpe de Estado, produziram-se muitos artigos com críticas severas às forças armadas.

Alguns chegaram a afirmar que essas forças, além de serem muito dispendiosas, não servem para nada e, por conseguinte, poderiam ser extintas.

Obviamente, isso seria um erro crasso. Os países que não têm realmente forças armadas constituídas são muito poucos.

As conexões tenebrosas do bolsonarismo

Charge: José Augusto Camargo
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Se Jair Bolsonaro já pensava em não voltar ao Brasil para responder à Justiça pelos muitos crimes que cometeu no exercício da Presidência, a revelação do genocídio programado dos índios Ianomami deve reforçar essa disposição de fuga.

O ministro do STF Gilmar Mendes está dizendo que "a apuração de responsabilidades é urgente".

Em seu plano de impunidade pela fuga, ele continuará contando com suas conexões internacionais tenebrosas, e especialmente com o apoio da extrema direita americana-cubana, que teve papel relevante na produção do ambiente político e na longa lista de ações golpistas que levaram ao 8 de janeiro no Brasil, em tudo semelhante ao ataque ao Capitólio americano em 6 de janeiro de 2021.

Na Europa, sobe a temperatura dos conflitos

Reprodução da internet
Por Flavio Aguiar

Um grande número de brasileiras e brasileiros ainda vê a Europa como um manso lago de tranquilidade em meio às convulsões mundiais.

É verdade que se há conflitos raciais, eles não são tão dramáticos como o dos Estados Unidos. Se há violência armada, ela não é tão comum como, de novo, a dos Estados Unidos. Se há tensões sociais, pobreza e desigualdades, não são tão gritantes como na América Latina e na África. Se há polarização política, ela não é tão grande como a que existe no Brasil, e assim por diante.

Mas o fato é que a temperatura das tensões e conflitos está subindo no continente europeu.

Propostas para democratizar a comunicação

Por Akemi Nitahara, na Agência Brasil:

Fortalecer a rede de comunicação pública e a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), ampliar o fomento da comunicação regional e popular e reformar o decreto 2.615 de 1998, que regulamenta o Serviço de Radiodifusão Comunitária no país, instituído pela Lei 9.612 de 1998. Estas foram algumas das reivindicações apresentadas por entidades ligadas à democratização das comunicações que participaram hoje (24) de uma roda de diálogo sobre o tema no Fórum Social Mundial, que começou ontem em Porto Alegre.

Relançamento da integração latino-americana

 Chefes de governo de 33 países assinam Declaração
de Buenos Aires (24/01/23). Foto: Ricardo Stuckert/ABr
Por Jeferson Miola, em seu blog:


“Nada deve nos separar” - Presidente Lula na VII Cúpula da Celac

“A República Federativa do Brasil buscará a integração econômica, política, social e cultural dos povos da América Latina, visando à formação de uma comunidade latino-americana de nações” - Constituição brasileira, artigo 4º

O retorno do Brasil à Celac marca o relançamento da integração latino-americana e a retomada de uma perspectiva decolonial e soberana de desenvolvimento no hemisfério.

A Celac, Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos, foi criada em fevereiro de 2010 como reflexo, sobretudo, da convergência geopolítica dos principais governos progressistas e antineoliberais da América do Sul.

Ao lado de Lula, outros governantes sul-americanos como Néstor e Cristina Kirchner, Hugo Chávez, Evo Morales, Fernando Lugo, Rafael Correa e Tabaré Vázquez tiveram papel relevante na concretização desta iniciativa de dimensão hemisférica.

Joaquim Barbosa detona o general Mourão

Charge: Fraga
Por Altamiro Borges


O general Hamilton Mourão, que foi humilhado no cargo decorativo de vice-presidente pelo “capetão” Jair Bolsonaro e depois se elegeu senador pegando carona oportunisticamente na cavalgada bolsonarista no Rio Grande do Sul, segue produzindo cenas deploráveis e vexaminosas na política. Em entrevista à Folha no sábado (21), o milico criticou o presidente Lula por ter demitido o insubordinado comandante do Exército, general Júlio Cesar de Arruda, afirmando que a medida seria “péssima para o país”.

Sua opinião desqualificada gerou fortes reações. A mais incisiva, porém, foi a do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa – que nem de longe pode ser identificado como um simpatizante de Lula. Pelas redes sociais, o ministro aposentado do STF detonou o milico-fascistoide:

Nova greve na TV do “apóstolo” Valdemiro

Por Altamiro Borges


Iniciada em 12 de janeiro, a nova greve dos funcionários da TV Mundial, pertencente a Valdemiro Santiago – o mercador da fé arrogante que se autodenomina “apóstolo” –, segue em curso sem perspectiva de solução. No sábado passado (21), os grevistas lançaram um manifesto reafirmando sua disposição de luta:

“Somos trabalhadores e trabalhadoras da Igreja/TV Mundial e há mais de três anos enfrentamos o descaso no que se refere aos atrasos recorrentes nos salários e benefícios. A gota d'água para que fosse decretada a greve, a partir da 0h do dia 12 de janeiro, é que, além dos atrasos recorrentes, nem o décimo terceiro salário nos foi pago”.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2023

Metade dos golpistas já saiu da cadeia

Reprodução da internet
Por Altamiro Borges

Os fanáticos bolsonaristas, que clamam por ditadura militar, amam a tortura e rosnam contra os direitos humanos, deram sorte de viver em uma democracia. O jornal Estadão, em matéria do repórter André Borges, informa que “dois domingos após os atos golpistas que destruíram os prédios dos Três Poderes, em Brasília, praticamente metade dos extremistas que foram detidos pelas forças policiais já não está detida na prisão”.

A democracia em risco

Charge: Alex Bannykh
Por Frei Betto, em seu site:


Não nos iludamos de novo: nossa frágil democracia continua em risco. Recordo do governo João Goulart e suas propostas de reformas de base, ao início da década de 1960. As Ligas Camponeses levantavam os nordestinos. Os sindicatos defendiam com ardor os direitos adquiridos no período Vargas. A UNE era temida por seu poder de mobilização da juventude.

Era óbvia a inquietação da elite brasileira. Passou a conspirar articulada no IBAD, no IPES e outras organizações, até eclodir nas Marchas da Família com Deus pela Liberdade. Contudo, o Partido Comunista Brasileiro tranquilizava os que sentiam cheiro de quartelada – acreditava-se que Jango se apoiava num esquema militar nacionalista. E, no entanto, em março de 1964 veio o golpe militar. Jango foi derrubado, a Constituição, rasgada; as instituições democráticas, silenciadas; e Castelo Branco empossado sem que os golpistas disparassem um único tiro. Onde andavam “as massas” comprometidas com a defesa da democracia?

O general Etchegoyen e a covardia

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Por Cristina Serra, em seu blog:


Setores das Forças Armadas, certamente frustrados com o fracasso do atentado no domingo infame, encontraram um porta-voz para mandar recados em tom de ameaça ao presidente Lula. Trata-se do general da reserva Sérgio Etchegoyen, ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do golpista Michel Temer.

Etchegoyen emergiu das sombras, onde atua com desenvoltura, e reapareceu num programa de entrevistas para afrontar Lula. Disse que o presidente praticou “ato de profunda covardia” ao manifestar a desconfiança de que militares tenham sido coniventes com a invasão e depredação do Palácio do Planalto.

Ação contra golpistas é a maior da história

Charge: Toni
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Os números da megaoperação impressionam: 943 prisões preventivas decretadas e 454 pessoas liberadas, mas usando tornozeleiras, sem acesso às redes sociais e com passaportes confiscados, enquanto seguem sendo investigadas.

E, ao que tudo indica, os que participaram da destruição golpista das sedes dos Três Poderes passarão uma longa temporada na cadeia, pois responderão pelos seguintes crimes:

1) Crime contra o estado democrático: tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o estado democrático de direito. Pena: prisão de quatro a oito anos.

2) Golpe de estado: tentar depor, com emprego de violência ou grave ameaça, o governo legitimamente constituído. Pena: de quatro a 12 anos.

Sai dessa, Mourão

Charge: Bira Dantas
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Até pouco antes da meia-noite, o general Hamilton Mourão não havia oferecido resposta ao ex-ministro Joaquim Barbosa, que definiu como “hipocrisia” a sua crítica à demissão do chefe do Exército por Lula.

Fica complicada a situação de Mourão. Primeiro, porque sua ala no Exército foi derrotada com o expurgo de um omisso diante da tentativa de golpe.

Segundo porque Barbosa tem reputação junto à esquerda e à direita e não pode ser acusado de ser aliado do PT ou de Lula, ou estaremos desconhecendo a História e o caso do mensalão.

Mourão também se complica porque sua situação não se restringe à questão do golpe, mas também à situação do povo yanomami, condenado à fome e à morte pelo governo do qual ele foi vice-presidente.

Lula, agora, pode ser 100% o presidente

Foto: Ricardo Stuckert
Por Fernando Brito, em seu blog:


Nas três primeiras semanas do seu governo, Lula talvez não tinha podido dedicar nem 30% do seu tempo àquilo que é essencial: governar o Brasil.

Além da natural absorção do tempo pela montagem do governo – intrincada, sobretudo, quando se tem minoria parlamentar, como agora – vieram a tentativa de golpe do dia 8 e a incerteza quanto à disciplina do Exército, o que, afinal, exigiu-lhe a decisão de ontem, substituindo o comando do Exército.

É evidente que um novo comandante não significa que o desvario do bolsonarismo deixou as Forças Armadas, mas teve o mérito – sobretudo pelo discurso do general Tomás Ribeiro Paiva que ganhou a redes sociais e a mídia – de recriar o referencial legalista que havia desaparecido na questão militar no Brasil.

domingo, 22 de janeiro de 2023

Sobrinho terrorista de Bolsonaro segue livre

Reprodução da internet
Por Altamiro Borges

Na semana passada, a presidenta do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, enviou para a Procuradoria-Geral da República (PGR) uma ação contra Leonardo Rodrigues de Jesus, vulgo Léo Índio. O motivo foi a participação do sinistro sobrinho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nos atos golpistas de 8 de janeiro que vandalizaram as sedes do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do próprio STF.

O pedido de investigação e prisão preventiva do terrorista foi protocolado pelo Coletivo de Direito Popular. “O criminalista Paulo Henrique Lima, principal responsável pela ação, sugere que há indícios da atuação do sobrinho de Bolsonaro na mobilização que levou os extremistas de direita à Esplanada dos Ministérios. Há registros em redes sociais da participação de Leonardo nos atos”, descreve o site Metrópoles.

O genocídio Yanomami

Lula com os Yanomami, Roraima, 21/01/23
Foto: Ricardo Stuckert
Por Luiz Fernando Emediato

O ex-presidente Bolsonaro pode não ser condenado pelos muitos crimes cometidos, mas pelo menos por um precisa ser punido: o genocídio dos índios ianomâmi. Esse crime está caracterizado: genocídio é o morticínio deliberado de uma etnia, um povo.

O desprezo desse monstro degenerado por indígenas, negros, mulheres, gays e quilombolas vêm de longe. Sempre foi um discípulo de Hitler.

Em 1998, o então deputado disse o seguinte, em sessão da Câmara dos Deputados: “A cavalaria brasileira foi muito incompetente. Competente, sim, foi a cavalaria norte-americana, que dizimou seus índios no passado e hoje em dia não tem esse problema em seu país”.

Soldado de Bolsonaro tem show cancelado em SE

Charge: Nando Motta
Por Altamiro Borges

Na semana passada, o Iate Clube Aracaju, de Sergipe, cancelou a participação do cantor baiano Netinho no seu tradicional bloco carnavalesco. A decisão foi tomada após pressão dos próprios associados, que questionaram o apoio dado pelo músico aos atos golpistas em Brasília no dia 8 de janeiro.

Como registrou a Folha, “apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, o cantor incentivou as manifestações que resultaram na invasão e depredação do Congresso Nacional, do Palácio do Planalto e do Superior Tribunal Federal”. Pelas suas redes sociais, Netinho convocou seus seguidores: “Infelizmente não há outro jeito. Precisamos parar o Brasil, invadir pacificamente Brasília e retirar os malignos de lá”.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2023

Advogado pró-arma é baleado pela própria arma

Por Altamiro Borges

A vida é irônica e cruel. Na segunda-feira passada (16), o advogado Leandro Mathias Novaes, militante ativo do movimento pró-armas, foi atingido por um disparo de sua própria arma de fogo ao acompanhar a sua mãe num exame de ressonância magnética em um laboratório na região dos Jardins, bairro nobre de São Paulo. Quando a máquina foi acionada, seu magnetismo fez o revólver disparar. O tiro perfurou a região abdominal do belicista, que foi socorrido no próprio Laboratório Cura e levado para o Hospital São Luiz em estado grave.

Parlamento Europeu repudia Bolsonaro

Charge: Aroeira
Por Altamiro Borges


O cerco mundial contra o fascista Jair Bolsonaro – que já era considerado um pária internacional – vai se fechando. Nesta quinta-feira (19), o Parlamento Europeu aprovou, por ampla maioria, uma resolução condenando os ataques golpistas contra a democracia brasileira e culpando o ex-presidente pelo clima de instabilidade e violência no país.

“Chancelado por 319 deputados, o texto não tem o poder de lei, mas amplia o isolamento de Bolsonaro e cria um constrangimento político sobre qualquer membro da Europa que possa avaliar acolhê-lo. Foram 46 votos contrários e 74 abstenções. Para observadores estrangeiros, a decisão ainda é uma primeira iniciativa para lidar com o que muitos chamam de ‘internacionalização’ da extrema direita e sua capacidade de minar a democracia”, relata Jamil Chade.

O fujão Bolsonaro adia retorno dos EUA

Charge: Desenholadino
Por Altamiro Borges


O site Metrópoles informa que “o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu estender sua permanência em Orlando, nos Estados Unidos, pelo menos até o fim de fevereiro de 2023... Inicialmente, ele planejava voltar ao Brasil no fim de janeiro. Após os atos terroristas de 8 de janeiro, porém, foi aconselhado a ficar mais tempos nos EUA”. A notícia confirma que o “fujão” e “cagão” – como já é chamado nas redes sociais – está com medo de ser preso!

Ainda segundo a notinha, “o temor dos auxiliares do ex-presidente é de que ele seja alvo de alguma medida cautelar no âmbito das acusações de ter incitado as invasões golpistas em Brasília. Na semana passada, o ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido da PGR e incluiu Bolsonaro no rol de investigados pelos atos terroristas”. O fascista deve seguir hospedado na mansão do ex-lutador José Aldo, seu antigo cupincha.

O nazi-fascismo bolsonarista da atualidade

Charge: DiMartine
Por Jair de Souza

É impossível conter a indignação ao assistir ao vídeo (https://youtu.be/RWnsghTTz34) com as cenas do vandalismo terrorista praticado em Brasília por grupos de nazistas bolsonaristas quando da tentativa de golpe contra o novo governo de Lula em 08 de janeiro passado. As terríveis imagens que nos vêm aos olhos mostram uma furibunda matilha de bolsonaristas disputando entre si quem seria capaz de cometer as atrocidades mais estarrecedoras.

Como entender que possa haver seres humanos tão violentos e abusados como aqueles vistos no citado vídeo? O que explica a existência de pessoas dispostas a agir daquela maneira, inteiramente tomadas por uma ira incontrolada? Dar as respostas iniciais a estas indagações é nosso principal objetivo nas seguintes linhas deste texto.

Normalização da relação com o sindicalismo

Detalhe de mural do artista Mike Alewitz
Por João Guilherme Vargas Netto


Derrotados os arreganhos golpistas do 8 de janeiro e com o andamento das apurações das responsabilidades pelos crimes, o Brasil inteiro anseia pela normalização.

Normalização para o governo é governar, fazendo aquilo que jocosamente Delfim Netto estipula: abrir a quitanda, ter berinjelas para vender e troco na gaveta.

Organizar a administração, cumprir as promessas, implementar os projetos, remover os entulhos e garantir a democracia.

Para o movimento sindical normalização é fazer o que deve ser feito.

Para o sindicato dos comerciários de São Paulo visitar os empregados da Americanas assustados com as consequências dos descalabros na empresa, dando-lhes a garantia de que contarão com o sindicato e não ficarão sozinhos. 

Lula come pelas beiradas a questão militar

Charge: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Só nos últimos três dias, foram afastados 13 militares do GSI e 40 da coordenação administrativa do Palácio Alvorada. Ao todo, já são 140 militares demitidos em menos de 20 dias de governo. Na Comissão de Anistia, militares foram substituídos por perseguidos políticos e ativistas dos direitos humanos.

Mas essa limpa ainda demora um pouco para ser concluída, dada a presença de milhares de militares na estrutura de governo.

Fiel ao seu estilo cauteloso, Lula dá sinais de que resolveu comer pelas beiradas a questão militar. Ao enfatizar, na entrevista à Natuza Nery, na GloboNews, que a inteligência do governo falhou e que a entrada dos terroristas no Palácio do Planalto foi facilitada fica claro, para bom entendedor, que os dias de Múcio Monteiro, no Ministério da Defesa, e do general Gonçalves Dias, no comando da GSI, estão contados. Mas isso só vai acontecer quando a atmosfera estiver menos carregada.

Nardes, a testemunha que faltava

Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:


Com currículo antidemocrático que inclui o voto de relator pelo impeachment de Dilma Rousseff, que teve início em 2014 no Tribunal de Contas da União onde é ministro, a partir de agora Augusto Nardes também pode ser descrito como testemunha-chave do fracassado golpe bolsonarista da semana passada.

Em novembro de 2022, quatro semanas depois da vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas, empresários do agro-negócio receberam um audio de 7 minutos com a voz de Augusto Nardes.

Ali, o ministro do TCU descreve as cenas terríveis da baderna civil-militar que seria vista, ao vivo, no centro de Brasília, um mês e meio mais tarde.

Na gravação de novembro, divulgada em primeira mão pelo Brasil-247 em 22/11, Nardes mostra seus conhecimentos sobre a trama que iria ocorrer em Brasília.

Fascismo será enfrentado na política e na lei

Charge: Clay Jones
Por Clara Assunção e Paulo Donizetti, na Rede Brasil Atual:


A Polícia Federal poderia ter sido acionada para ajudar a conter o atentado terrorista do dia 8 contra a democracia brasileira? “Não”, responde o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. “E a Polícia Rodoviária Federal? “Não poderia”, prossegue Dino. Ambas as respostas pelas mesmas razões: seriam medidas que não se enquadram nas missões constitucionais dessas corporações. “E as Forças Armadas?” Não deveriam. Flávio Dino respondeu a perguntas espinhosas em live realizada nesta terça-feira (17), em que avaliou a tensão das últimas semanas, previu outras pela frente e apresentou a ideia de um “Pacote da Democracia” para conter a desinformação convertida em crimes digitais.

Fascistas vão continuar com ações terroristas

Charge: Jika
Por André Cintra, no site Vermelho:

Nove dias após os ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, o ministro da Justiça, Flávio Dino, diz que o governo federal e o conjunto das instituições brasileiras estão mais preparados para enfrentar ameaças de golpe de Estado. Para Dino, já não há mais margem para atentados similares aos de 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e depredaram o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o STF (Supremo Tribunal Federal).

Nesta terça-feira (17), o ministro participou de uma entrevista coletiva por videoconferência com jornalistas da mídia alternativa e convidados. A conversa – que durou pouco mais de uma hora – foi promovida pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé.

Golpe ainda lateja e passa a ser permanente

Reprodução da ilustração do site La Iguana
Por Moisés Mendes, em seu blog:


O Brasil, como caso especial, e o Peru sempre em convulsão são apenas na aparência dois cenários à parte nesse momento na América do Sul.

Nos demais países, parece não existir ameaça visível de golpe. Parece. Mas há um golpe permanente em quase toda a região, muitas vezes invisível para os países vizinhos.

É bem provável que o Brasil esteja sendo contagiado, pós-8 de janeiro, por esse modelo de golpe latejante e incessante.

Nicolás Maduro só agora começa a se livrar do golpe permanente de Juan Guaidó, porque o golpista está fragilizado, mas não a sua base.

Há na Bolívia o golpe permanente do fascista Luis Fernando Camacho, preso no mês passado, depois de conspirar sem parar nos últimos cinco anos.

No Peru, Pedro Castillo foi golpeado permanentemente desde que assumiu e tentou reagir com outro golpe, até ser golpeado, e agora sua vice no poder também pode cair.

Lula e a questão militar

Charge: Quinho
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Os atentados terroristas de 8 de janeiro afetaram irremediavelmente a confiança do presidente Lula nas Forças Armadas. E sedimentaram nele a convicção sobre o protagonismo central das cúpulas militares na guerra fascista de destruição da democracia e da República.

O marco significativo desta inflexão foi a decisão de decretar intervenção na segurança do DF ao invés de convocar os militares para a operação de Garantia da Lei e da Ordem [GLO] proposta a Lula pelo ministro da Defesa José Múcio Monteiro.

A decisão pegou de surpresa o Alto Comando do Exército. Mesmo sem requisição prévia do presidente da República, o Exército já tinha colocado de prontidão uma impressionante tropa de 2.500 soldados para intervir no caos e na desordem que eles próprios arquitetaram. A presteza para “governarem” o país via GLO contrasta com a lentidão na desmontagem dos acampamentos ilegais e antidemocráticos nas áreas dos quartéis.

Conversa com o ministro Flávio Dino

Foto: Amanda Perobelli/Reuters
Por Luiz Carlos Azenha


O ministro da Justiça Flávio Dino conversou hoje cedo com integrantes do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé. Participei do encontro e faço um relato:

Para Dino, houve um claro encadeamento entre os 4 anos de bolsonarismo no poder e "o que vimos no 8 de janeiro". Não foi por "geração espontânea". Elencou os seguintes fatos: fechamento de estradas, instigação política contra a diplomação da chapa Lula/Alckmin no dia 12/12, planejamento do estado de defesa no TSE, tentativa de atentado a bomba no dia 24/12, ameaças à posse e, finalmente, o 8 de janeiro.

Segundo o ministro, cinco pontos chamam atenção na articulação: a ofensiva de comunicação através das redes sociais, a dimensão internacional do golpismo de direita, a "visão idílica de uma segurança perdida" que levou a apelos junto aos pilares da segurança, dentre os quais se inclui o Exército; a crise política desatada em 2013/2014, que fortaleceu instâncias judiciárias e os militares; o fato de que parte substantiva da elite brasileira não é "fã dos procedimentos democráticos".

O golpe se concretizou e foi revertido

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por César Locatelli

O Ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino, dirigindo-se a quase oitenta jornalistas das mídias independentes brasileiras, afirmou que houve um golpe, não apenas uma tentativa de golpe. “Faticamente chegamos a ter um golpe de Estado. Porque um golpe de Estado se materializa, desde sempre, pela tomada do palácio de inverno e isto aconteceu. Entre 4 e 5 da tarde, nós não tínhamos o controle físico da sede dos três poderes da República”.

Jovem Pan demite jagunços para se salvar

Charge: Geuvar
Por Altamiro Borges


A Jovem Pan – também apelidada de Jovem Klan por suas posições de extrema-direita e por difundir fake news e estimular o ódio e a violência na sociedade – está desesperada. Neste final de semana, a emissora de rádio e televisão demitiu mais alguns dos seus famosos jagunços midiáticos. Entre eles, o pateta Rodrigo Constantino, o neto de ditador Paulo Figueiredo e a gusana anticubana Zoe Martinez.

Os três já tinham sido “afastados” na semana retrasada, conforme revelou o site NaTelinha. A medida diversionista foi tomada “por conta do processo que o Ministério Público Federal está movendo contra o canal. A instituição instaurou inquérito para apurar a má conduta da emissora”. O quadro se agravou com o apoio de seus jagunços aos atos de terrorismo bolsonarista em Brasília no fatídico 8 de janeiro.

O lugar de Bolsonaro é na cadeia

Charge: Ednagyz
Por Cristina Serra, em seu blog:


A minuta de decreto encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres é prova mais do que contundente de uma conspiração golpista. Alguém pensou, buscou fundamentação jurídica (inexistente), escreveu e entregou o decreto de golpe nas mãos de Torres. Quem é o autor da proposta de estupro da Constituição, sempre desejado por Bolsonaro? Quem a encomendou? Se Torres era ministro e não denunciou a conspiração, dela fazia parte.

O presidente Lula conseguiu erguer uma muralha institucional contra o golpismo, imediatamente após o domingo infame na Esplanada, juntando até mesmo governadores bolsonaristas (pelo menos para o registro da História). Também recebeu maciço apoio e solidariedade internacional.

Lula e Flávio Dino evitam a tutela militar

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Luiz Carlos Bresser-Pereira, no site Brasil-247:


Os atos criminosos de vandalismo praticados por bolsonaristas fascistas e idiotas contra os palácios do governo em Brasília no último dia 8 de janeiro ficarão marcados como um momento sombrio da história brasileira.

Sobre o tema, a Folha de S. Paulo publicou hoje (15) um notável artigo do historiador Francisco Carlos Teixeira da Silva cujo título é significativo: “Com intervenção civil, Lula adota política que tenta superar tutela militar”.

As Forças Armadas esperavam o recurso à GLO (garantia da lei e da ordem), mas apoiado no seu notável ministro da Justiça, Flávio Dino, o presidente optou por algo inédito – a Intervenção Civil.