terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Aliado de Bolsonaro foge de cerco policial

Por Altamiro Borges

A situação do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ), pré-candidato da extrema-direita para as eleições presidenciais de 2018, pode se complicar nos próximos dias. Uma rede de seguidores do fascista manipulou o protesto de 21 dias da Polícia Militar do Espírito Santo por melhores salários e contra o arrocho do governador Paulo Hartung. Segundo as investigações, ela teria estimulado atos de violência, com chacinas e saques. Agora, porém, os principais líderes desta suposta conspiração, que causou pânico e terror na população capixaba, estão sendo investigados e presos. Um deles, o ex-deputado federal Capitão Assumção – muito ligado a Jair Bolsonaro – conseguiu escapar de um cerco policial neste final de semana.

Abutres financeiros temem volta de Lula

Por Altamiro Borges

Na semana passada, a revista estadunidense Forbes, dedicada à chamada elite empresarial – ou seria cloaca burguesa? – publicou um longo artigo sobre a economia brasileira e as perspectivas do futuro. Trechos da matéria foram traduzidos e reproduzidos pelo Jornal do Brasil sob o título: “Forbes: Investidores analisam possibilidade de Lula vencer em 2018”. A publicação ouviu apenas os agentes do mercado financeiro, os famosos abutres. Eles se dizem animados com o fim da recessão no país e – muito excitados – com as contrarreformas neoliberais orquestradas pelo covil golpista. O temor, afirmam, é com o retorno de Lula em 2018.

Temer aciona um exército no Carnaval

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Michel Temer foi passar o Carnaval com os seus na Base Naval de Aratu, na Bahia, perto de Salvador, onde toda noite uma multidão pede sua saída.

Foi escalada uma equipe gigantesca de seguranças para fazer o reconhecimento e a proteção do local. Um morro próximo foi isolado.

A casa fica num terreno escondido pelo que restou de Mata Atlântica. A Marinha colocou navios para evitar que embarcações se aproximem. A área cercada é impenetrável.

É mais reservado que Mangaratiba, no Rio de Janeiro, onde os Temer passaram o réveillon. Numa caminhada com a patroa, ele topou com um “Fora Temer” escrito na areia.

Capitalismo, dinheiro e excrementos

Por Mauro Lopes, no site Outras Palavras:

O filósofo italiano Giorgio Agamben, um dos relevantes protagonistas do pensamento crítico na virada do século XX para o XXI disse numa entrevista em 2012 que “Deus não morreu, ele se tornou Dinheiro” (aqui). A afirmação de Agamben inspirou-se em outro filósofo, este um protagonista da primeira metade do século XX, um pensador fora da curva, Walter Benjamin. Em seu curto e denso “O Capitalismo como Religião”, de 1921 (aqui), Benjamin escreveu que o capitalismo é em si mesmo a religião mais implacável que já existiu, e promove um culto ininterrupto ao Dinheiro, “sem trégua nem piedade”, uma religião que não visa a reforma da pessoa, “mas seu o seu esfacelamento” [1].

CPI da Previdência já pode ser instalada

Da Rede Brasil Atual:

Um pedido de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado para investigar a real situação da Previdência Social no país já conta com 29 assinaturas – duas a mais que o mínimo necessário –, coletadas pelo mandato do senador Paulo Paim (PT)-RS). "O governo diz que a Previdência é deficitária, mas nós dizemos que é superavitária. Queremos, então, tirar a prova e saber quem são os maiores devedores, além de entender como é a história das fraudes, sonegações e anistias", argumenta Paim,

Temer e a pouca vergonha de nossos tempos

Por Eugênio Aragão

As frações de informação tornadas públicas na entrevista do advogado José Yunes, insistentemente apresentado pelos esbulhadores do Palácio do Planalto como desconhecido de Michel Temer, embrulham o estômago, causam ânsia de vômito em qualquer pessoa normal, medianamente decente.

Conclui-se que Temer e sua cambada prepararam a traição à presidenta Dilma Vana Rousseff bem antes das eleições de 2014. A aliança entre o hoje sedizente presidente e o correntista suíço Eduardo Cunha existia já em maio daquele ano, quando o primeiro recebeu no Palácio do Jaburu, na companhia cúmplice de Eliseu Padilha, o Sr. Marcelo Odebrecht, para solicitar-lhe a módica quantia de 10 milhões de reais. Não para financiar as eleições presidenciais, mas, ao menos em parte, para garantir o voto de 140 parlamentares, que dariam a Eduardo Cunha a presidência da Câmara dos Deputados, passo imprescindível na rota da conspiração para derrubar Dilma.

Empresas devem R$ 426 bilhões ao INSS

Por Ana Magalhães, no site Repórter Brasil:

Enquanto propõe que o brasileiro trabalhe por mais tempo para se aposentar, a reforma da Previdência Social ignora os R$ 426 bilhões que não são repassados pelas empresas ao INSS. O valor da dívida equivale a três vezes o chamado déficit da Previdência em 2016. Esses números, levantados pela Procuradoria Geral da Fazenda Nacional (PGFN), não são levados em conta na reforma do governo Michel Temer.

“O governo fala muito de déficit na Previdência, mas não leva em conta que o problema da inadimplência e do não repasse das contribuições previdenciárias ajudam a aumentá-lo. As contribuições não pagas ou questionadas na Justiça deveriam ser consideradas [na reforma]”, afirma Achilles Frias, presidente do Sindicado dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz).

Tabapuã Papers: a suruba Temer e Globo

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não é fácil entender a papelada divulgada pelo grupo anonymous na semana passada, chamada de Tabapuã Papers. Mas como o trabalho do jornalismo deve ser simplificar, em vez de complicar, este Blog vai tentar trocar em miúdos do que se trata.

Em 31 de dezembro do ano passado, duas pessoas – um homem chamado Joel Assis e uma mulher chamada Larissa Monteiro – colocaram no ar o blog Tabapuã Papers. Esse nome remete a empresa criada pelo presidente Michel Temer e sua filha Luciana em 2010, a Tabapuã Investimentos e Participações.

As empresas suspeitas de José Yunes

Por Renato Rovai, em seu blog:

José Yunes que delatou sem a necessidade de acordo com o MP o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, é um empresário de sucesso. De muito sucesso. E de muitas empresas, muitas delas difíceis de entender para quem está acostumando com negócios de formato tradicional. Há muitas formas de colocar uma lupa sobre elas, uma é atentar para o nome de Arlito Caires Santos, morador de Barueri, que o blogue procurou para conversar antes desta publicação. Arlito, ou alguém que tem sua senha do Facebook, visualizou a mensagem e preferiu não responder.

As novas ofensivas do golpe no Brasil

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Eu gostaria de comentar duas notícias, relacionadas ao mesmo tema: a nova ofensiva do golpe.

No Estadão

O ministro Herman Benjamin, relator da ação que investiga a chapa presidencial de 2014 formada pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e pelo presidente Michel Temer (PMDB) no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu incluir a delação da Odebrecht no processo e ouvir executivos da empreiteira que firmaram o acordo de colaboração com o Ministério Público Federal (MPF), segundo fontes informaram ao Estado. A ação que tramita no TSE foi proposta pelo PSDB e pode gerar a cassação do mandato de Temer e a inelegibilidade de Dilma. Benjamin pretende ouvir delatores da empresa a partir do mês de março.


segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Noblat angustiado: ‘Temer subiu no telhado’

Por Altamiro Borges

O jornalista Ricardo Noblat, blogueiro de estimação da famiglia Marinho, até que se entusiasmou com o Judas Michel Temer e, principalmente, com Marcela Temer – a “primeira-dama recatada e do lar”. Na patética entrevista coletiva com o golpista, realizada em novembro passado, a pergunta mais crítica e incisiva que ele conseguiu fazer foi: “Temer, como você conheceu Marcela?”. Haja subserviência e chapa-branquismo! Agora, porém, ele parece angustiado. Em artigo postado nesta sexta-feira (24) em seu blog, hospedado no site do jornal O Globo, ele lamentou: “O governo Temer subiu no telhado”.

Desemprego em alta e Temer em queda

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Nesta sexta-feira (24), o IBGE divulgou a taxa de desemprego no país, que segue crescendo em ritmo acelerado. No trimestre concluído em janeiro, ela atingiu 12,6% da População Economicamente Ativa (PEA), o que representa uma alta de 0,8% na comparação com o trimestre encerrado em outubro. É a maior taxa já verificada desde o início desta série histórica, em 2012. Ela aumentou também na comparação anual do indicador. No trimestre encerrado em janeiro de 2016, durante o governo de Dilma Rousseff, ela estava em 9,5%. Ou seja: houve uma alta de 3,1 pontos percentuais no intervalo de um ano – o que deve ser debitado na conta dos golpistas que desestabilizaram a economia do país para assaltar o poder com o Judas Michel Temer.

O pacote de Yunes virou bomba para Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os jornais mostram que o pacote de Yunes é coisa que o Palácio do Planalto está muito longe de desembrulhar.

Funaro é um bandido que trabalha no grito e na chantagem explícitas e o pacote de Eliseu Padilha o levou direto para dentro da Presidência.

A mídia passou a exigir a “execução sumária” de Padilha que, na prática, já não existe mais como peça útil a Michel Temer.

Só as ruas podem frear destruição de Temer

Por Dayane Santos, no site Vermelho:

Somente a mobilização popular será capaz de frear a ofensiva da direita ultraliberal que ameaça os direito. é o que afirma a líder do PCdoB na Câmara, a deputada Alice Portugal (BA), em entrevista ao Portal Vermelho.

Com uma trajetória política forjada nas lutas, a deputada assumiu a liderança do PCdoB na Câmara, sucedendo o deputado Daniel Almeida (BA). Aos 57 anos, com quatro mandatos federais, Alice Portugal é farmacêutica, funcionária do Hospital das Clínicas, ex-sindicalista e duas vezes deputada estadual.

Segundo a parlamentar, o golpe contra o mandato da presidenta Dilma Rousseff ainda está em curso, tendo como objetivo a aplicação de uma agenda conservadora.

O Itamaraty na bacia do fisiologismo

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

O Brasil já teve ministros das Relações Exteriores com filiação partidária, tais como Afonso Arinos ou Oswaldo Aranha, para ficar em dois exemplos notáveis. O que nunca aconteceu, seja no Império ou na República, foi a captura do Itamaraty por um partido político, com o rebaixamento do cargo de chanceler e da própria política externa à condição de mercadoria no jogo de barganhas fisiológicas, como faz Temer ao tornar a pasta um feudo do PSDB.

Por que o governo Temer ainda segue vivo?

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Todos os presidentes após a redemocratização poderiam ter sofrido impeachment. Haveria razões para tanto – ou elas nasceriam pelas mãos da inventividade política. Isso não aconteceu porque contaram com o apoio político do Congresso Nacional e o respeito do Supremo Tribunal Federal.

Um impeachment de Temer é, ainda hoje, algo impensável. Uma parte considerável dos deputados federais, senadores e da classe política deposita nele a esperança de que poderá frear, de alguma forma, a operação Lava Jato, impedindo-os de ir para o xilindró ou devolver milhões roubados. Menos impensável, mas ainda assim remota, é a chance de cassação da chapa Dilma-Temer durante a gestão Gilmar Mendes como presidente do Tribunal Superior Eleitoral. Até aí, nada de novo.

O elo desconhecido entre Temer e Yunes

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Qual a razão do primeiro amigo de Michel Temer, José Yunes, ter entrado em pânico, quando seu nome apareceu em delação de executivo da Odebrecht, a ponto de procurar o Ministério Público Federal para uma delação sem sentido.

A jornalistas, Yunes disse que lhe foi solicitado por Elizeu Padilha – Ministro-Chefe licenciado da Casa Civil – que recebesse “documentos” em seu escritório. Os tais “documentos”, na verdade, eram propinas pagas pela Odebrecht e levadas até ele pelo notório doleiro Lúcio Funaro.

Aos jornalistas, Yunes declarou ter sido apanhado de surpresa. E, assim que se deu conta do ocorrido, procurou o amigo Temer, que o acalmou.

Lava-Jato rompe a aliança golpista

Foto: Ricardo Stuckert / Instituto lula
Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Uma pesquisa CNT-MDA informa que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva ganha as eleições presidenciais de 2018 com maioria relativa no primeiro turno e absoluta no segundo. Não há tucanos ou peemedebistas entre seus adversários mais cotados. No rol figuram Jair Bolsonaro, como fruto do discurso do ódio, e Marina Silva, a resultar da ilusão. Os números são trágicos para os golpistas no poder.

Pergunto aos meus intrigados botões que efeito haverá de ter a pesquisa sobre o comportamento da República de Curitiba em relação ao destino de Lula. No mês passado, dois graúdos delegados divergiam. Um dizia ter-se esgotado o timing para a prisão do ex-presidente, o outro não concordava. Em que medida a pesquisa divulgada na quarta-feira 15 atiça os propósitos de Sergio Moro e da sua turba de promotores milenaristas?

Lula vem aí – e isso é muito bom

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

No Brasil que transformou o Carnaval de 2017 num protesto inesquecível contra Michel Temer, o esforço para construir a candidatura presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva ganhará novo fôlego após a Quarta-Feira de Cinzas.

Estimulado por personalidades ligadas à resistência democrática, a começar por Chico Buarque e Leonardo Boff, em conversas reservadas ocorridas nos últimos dias, Lula tem deixado claro que está inteiramente convencido de que deve assumir de uma vez por todas a candidatura a presidente da República na sucessão de Michel Temer.

Quando os interlocutores perguntam se estaria disposto a voltar à presidência do Partido dos Trabalhadores, que em 2017 enfrenta a mais grave crise em quase 40 anos de história, a resposta de Lula tem sido um não categórico. Ele deixa claro que compreende a necessidade de ocupar cargos na direção do partido e participar dos debates essenciais que irão ocorrer antes e depois do próximo Congresso, a realizar-se em junho.

Doria não tira Lula da mente e da boca

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O destempero e a falta de inteligência emocional na reação de Doria diante da hostilidade de foliões em Pinheiros tinha um elemento barbudo a mais.

A alturas tantas, no final de seu tour desastroso, um rapaz o xingou. Estavam perto do bar Pirajá, na Rua Pedroso de Morais. Doria ficou irritado. Enquanto entrava no carro, visivelmente transtornado, fez menção de partir para a briga.

E então chamou o outro de “Lula”. Antes de um vexame maior, os assessores o colocaram no veículo e todos partiram rumo ao desconhecido.

Doria tem uma fixação com Lula que é parte estratégia, parte patologia.

Reforma da Previdência: Minuto da verdade

Por Jandira Feghali, no Blog do Renato:

O governo Temer vem alardeando de forma manipulada dados do orçamento brasileiro e também da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) para justificar a reforma da previdência. A OCDE usa dados da realidade dos 34 países, entre eles os mais industrializados e desenvolvidos do mundo, para a formulação de políticas públicas. Aqui, com realidade tão diversa, só com muita má fé ou desconhecimento do Brasil é que se justifica a perda de direitos para a maioria pobre do povo e a entrega ao mercado de parcela importante dos e das nossas trabalhadoras. É possível imaginar que podemos reformar a previdência de forma a igualar as regras de países como Canadá, Austrália, Suécia, Noruega, entre outros?

O ocaso deles já está em curso

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

No fascismo os dissidentes eram colocados em ilhas distantes e nas cadeias fétidas, no “stalinismo” nos “gulags” ou nos porões da Lubianca, nas ditaduras latino-americanas nas cadeias e na tortura, ou perante os pelotões informais de fuzilamento. No golpismo “suave”, a palavra blindada pela mídia, as repressões contra quem protesta contra as “reformas”: as saídas suaves e programadas do Governo, como se fossem atos de heroísmo para proteger o bem comum.

Quando nas “jornadas de junho” de 2013 a cobertura partidária e altamente politizada da Rede Globo e da maioria dos órgãos de comunicação do país desfecharam uma forte campanha contra a corrupção, uma boa parte da sociedade acreditou que o gigante iria “acordar”. E ninguém pensava que os propósitos políticos daquele amplo movimento, que uniu vastos setores da classe média “neutra”, grupos espontaneístas de várias origens, frações anticomunistas radicais, devedores do Tesouro Público, sonegadores de todas as ordens, conservadores e reacionários de todos os quadrantes, bem como pessoas sinceras que queriam passar o “país à limpo” - aqueles propósitos políticos - seriam tão claramente espúrios como estes que estamos assistindo hoje.

Equador, a “Stalingrado” dos Andes

Lenin Moreno
Por Igor Fuser, no site da UJS:

O defunto ainda está vivo, apesar de certas notícias exageradas que circulam por aí. Mas com sérios problemas de saúde, isso é verdade. O futuro da esquerda sul-americana retornou ao topo da agenda política regional com as eleições presidenciais do Equador, que decidirão sobre a continuidade ou o encerramento do projeto político iniciado há dez anos com a posse do presidente Rafael Correa – uma das faces mais visíveis do ciclo progressista nesta parte do mundo.

Eleito três vezes seguidas à presidência, sempre por ampla maioria, Correa está constitucionalmente impedido de concorrer a um novo mandato. Indicou como candidato pela legenda governista Aliança País seu vice, Lenin Moreno, que liderou as apurações no primeiro turno, encerrado nesta quinta-feira (23), onde obteve 39,3% dos votos.

Saídas de Serra e Padilha abalam Planalto

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

As notícias da demissão do ministro das Relações Exteriores, o senador José Serra (PSDB-SP), por problemas na coluna, na noite de quarta-feira (22), e da licença do ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, hoje (24), para fazer uma cirurgia na próstata, repercutiram amplamente nos três poderes. Principalmente, pelas versões desencontradas que envolvem estas informações e mostram mais uma grave crise no Executivo federal.

Padilha, que já teve problemas anteriores de pressão e estafa, anunciou a cirurgia na noite de ontem, pouco depois de ter tido seu nome envolvido em denúncias feitas pelo advogado José Yunes. A acusação de Yunes na Procuradoria-Geral da República (PGR) é que Padilha teria lhe pedido, em 2014, que recebesse um pacote de documentos no seu escritório, em São Paulo. Esse pacote, suspeito de ter dinheiro para pagamento de propinas, teria sido entregue pelo doleiro Lúcio Funaro, que, conforme o advogado, “teria sido usado como mula” pelo atual ministro da Casa Civil.

A bolinha de papel do Serra

Por Wadih Damous, no blog de Marcelo Auler:

Faz parte do consenso civilizatório o respeito ao sofrimento alheio. Ainda que a turba raivosa, que tomou conta das ruas, vomitou indignação e exigiu a deposição da Presidenta Dilma Rousseff, não tenha seguido essa regra e as redes sociais tenham virado parques de diversões de ensandecidos a desancarem sobre o luto de Lula, devemos nos compadecer da suposta indisposição de José Serra, que, pelo que contam as colunas entendidas da imprensa comercial, fartou-se de ser chanceler.

domingo, 26 de fevereiro de 2017

"Musa golpista" derruba chefão da RedeTV!

Por Altamiro Borges

Nas marchas golpistas pelo "Fora Dilma", em 2015, uma figura excitou os falsos moralistas que se dizem defensores da família, da moral e dos bons costumes. Na época rotulada de "empresária", Ju Isen desfilou pela Avenida Paulista sempre com poucos trajes ou simplesmente nua. Entusiasmada com a fama, a "musa do impeachment" até sonhou em ser vereadora, o que não deu certo. Frustrada, ela sumiu dos holofotes da mídia privada. Nesta semana, porém, ela voltou a brilhar e, novamente, ajudou a produzir um impeachment: o do superintendente artístico da RedeTV!, Elias Abrão, que pediu demissão da emissora neste sábado (25).

Bolsonaro incentivou motim da PM do ES?

Por Altamiro Borges

Reportagem do Estadão deste sábado (25) reforça a tese de que o protesto da PM do Espírito Santo por melhores salários e contra o arrocho fiscal do governador golpista Paulo Hartung foi manipulado por seguidores do deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). O extremista de direita, que já anunciou sua candidatura presidencial para 2018, é famoso por defender torturas e chacinas policiais. No clima de caos na sociedade, ele tenta alavancar suas ambições políticas. O jornal chegou a esta preocupante conclusão após realizar uma pesquisa nas redes sociais. Confira a bombástica reportagem:

O castelo na Espanha do "operador do PMDB"

Por Hildegard Angel, em seu blog:

Jorge Luz, o maior operador da corrupção do país, permanece na ativa desde os militares. Conforme o noticiário, na Petrobras ele age desde 1986, em conluio com o PMDB. Contudo, perto do tamanho de seu próprio enriquecimento, parecem irrisórios os 40 milhões de dólares que ele teria distribuído em propinas ao partido nas negociatas.

Só mesmo o detentor de imensa fortuna poderia ter adquirido, como ele fez, um dos castelos da duquesa de Alba, em Sevilha, após a morte, em 2014, da mulher mais rica da Espanha e maior colecionadora de títulos de nobreza do mundo – e por isso não precisava se ajoelhar nem para o Papa. Naquela ocasião, Luz interessou-se em obter a cidadania espanhola, empenhando-se para isso junto um amigo português, lobista com bom trânsito na realeza de Espanha.

O futebol não será televisionado

Por Rafael Duarte Oliveira Venancio, no site Jornalistas Livres:

Wilson Simonal eternizou de maneira célebre, na música Aqui é o País do Futebol, os versos que pautam, normalmente, as discussões políticas sobre o esporte:

“Brasil está vazio na tarde de domingo, né?

Olha o sambão, aqui é o país do futebol

No fundo desse país

Ao longo das avenidas

Nos campos de terra e grama

Brasil só é futebol

Nesses noventa minutos

De emoção e alegria

Esqueço a casa e o trabalho

A vida fica lá fora

Dinheiro fica lá fora

A cama fica lá fora

Família fica lá fora

A vida fica lá fora

E tudo fica lá fora”


Por mais que as Diretas Já tenham tido influência da Democracia Corinthiana, que o futebol tenha sido uma das principais portas da luta contra o preconceito racial com times como a Ponte Preta e o Vasco da Gama, o futebol é visto como um esporte de manutenção do status quo ou de reacionarismo. Muitas vezes nem é o esporte que faz isso, mas sim pessoas que utilizam a camisa esportiva para motivos extracampo.

Cinco falas polêmicas de Sergio Moro

Por Helena Borges, no site The Intercept-Brasil:

Em um evento na Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, o juiz Sérgio Moro respondeu a acusações de uso político da Operação Lava Jato e mandou indiretas para seus críticos. A fala de Moro foi atrasada por protestos contra sua presença no evento. Cerca de dez estudantes e professores se manifestaram contra a forma como Moro conduz a Operação Lava Jato, que chamaram de “enviesada”. Manifestantes interromperam a fala do juiz no início do discurso, mas foram vaiados pelos presentes no auditório.

Confira aqui uma lista das falas de Moro e o contexto por trás das bordoadas.

No rastro da soja, o deserto verde

Por Mauricio Torres e Sue Branford, no site Outras Palavras:

Em apenas 40 anos, o norte do estado de Mato Grosso sofreu uma transformação profunda: o avanço do agronegócio substituiu o cerrado e a floresta amazônica por extensas monoculturas agrícolas, protagonizadas pela soja.

A soja entrou no estado a uma velocidade assustadora: a área sob cultivo pulou de 1,2 milhões de hectares em 1991 para 6,2 milhões de hectares em 2010 e para 9,4 milhões de hectares em 2016. Segundo o geógrafo Antônio Ioris, professor da Universidade de Cardiff, que pesquisa o avanço do agronegócio em Mato Grosso, um fator-chave neste processo foi a participação do órgão de pesquisa agrícola do governo federal: “As novas tecnologias desenvolvidas pela Embrapa para os solos ácidos e outros problemas permitem que a soja entre após uma crise do setor na década de 1980, dando novo fôlego à fronteira agrícola”. Entretanto, a grande expansão da soja aconteceria no final dos anos 1990, “beneficiada pelo boom das commodities e pela liberalização da economia”, completa Ioris.

A tempestade se aproxima de Temer

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Todos diziam que a revelação das delações da Odebrecht seriam um vendaval sobre o governo.

Ela (ainda) não veio, mas os ventos que a antecedem fizeram estragos evidentes no acampamento golpista, mesmo com a safra de notícias empurrando um “tout va bien, Madame La Marquise” da recuperação econômica, com um superavit das contas públicas visivelmente inflado e um desemprego que infla a cada mês.

O campo da política, porém, vai despencando com acontecimentos que surpreendem, não por incoerentes, mas por formarem um conjunto de “coincidências” , ainda que inesperadas.

Filho de Muhammad Ali e a ditadura nos EUA

Muhammad Ali Jr.
Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Filho do mais famoso boxeador de todos os tempos, Muhammad Ali Jr. ficou retido durante horas em um aeroporto na Flórida, nos Estados Unidos, no início de fevereiro, “acusado” de ser muçulmano, apenas por causa da aparência e do nome que carrega. Os policiais interrogaram o rapaz por duas horas perguntando: “Onde você arranjou este nome?” “Você é muçulmano?” A história foi revelada pelo jornal USA Today, na última sexta-feira.

Nascido Cassius Marcellus Clay Jr. em Louisville, Kentucky, o lutador de boxe Muhammad Ali trocou de nome em 1964, ao se converter ao islamismo. Até então, lutava como Cassius Clay. Seu filho Muhammad Ali Jr. nasceu na Filadélfia em 1972, ou seja, como o pai, é cidadão norte-americano. Quando respondeu aos oficiais do aeroporto que sim, é muçulmano, os policiais continuaram perguntando sobre sua religião e onde ele tinha nascido, como se Muhammad Jr. tivesse acabado de chegar do Oriente Médio.

Yunes e Marinho: a misteriosa sociedade

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

O Cafezinho teve acesso a um documento interessante, seguindo a trilha de reportagem iniciada pelo blog do Rovai, que por sua vez se baseou em post e documentos divulgados pelo blog Tabapuã Papers.

É o documento [aqui] oficial de criação da empresa Marau Administração de Bens, que integra um conjunto de documentos divulgados pelo Tabapuã Papers.

Nela, figuram como sócios, entre outros, José Roberto Marinho, um dos donos da Globo, Marcos Yunes – filho do “amigo de Temer” e ex-assessor presidencial, José Yunes -, e a offshore Shadowscape Corporation, que aparece no Panama Papers, um dos maiores vazamentos do mundo de contas em paraísos fiscais.

Nova crise põe Temer na berlinda

Por Afonso Benites, no site Carta Maior:

A sexta-feira de Carnaval foi um dia atípico no centro do poder brasileiro. Enquanto o Congresso Nacional estava às moscas, auxiliares do presidente Michel Temer (PMDB) praticamente sambavam em busca de explicações sobre o relato que atingiu em cheio o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), e ameaça chegar ao chefe do Executivo. As justificativas iam do formal “por enquanto, nada a declarar” ao “isso não tem nenhuma relação com o presidente”. Só no fim da tarde, apareceu uma nota de defesa.

'Fora Temer' vira o hit do Carnaval

Do site Vermelho:

Durante apresentação na noite dessa sexta-feira (24), o cantor Russo Passapusso, vocalista da banda Baiana System, decidiu trazer o debate político para o desfile de seu trio na Barra-Ondina.

Arrastando uma multidão em torno do trio elétrico, Russo entoou gritos de ordem como "machistas, fascistas, não passarão", devidamente acompanhados pelo público.

Também nesta sesta, durante show em homenagem aos 50 anos do Tropicalismo, Caetano Veloso encerrou o show com um "Fora, Temer!", acompanhado pela plateia.

Problema de Serra é a (quinta) coluna

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

A notícia foi divulgada lá pelo final da noite da última quarta-feira (22): José Serra largara o osso, pedira demissão de cargo que, para ele, a mídia tucana passou a chamar de “chanceler” – para outros, era meramente ministro das Relações Exteriores, mas chanceler é mais pomposo e passou a ser usado para o eterno candidato a presidência dos barões da mídia.

A carta de demissão falava em “problemas de saúde”; a expressão foi repercutida pela mídia sem maiores detalhes, gerando especulações de que o tucano poderia estar sofrendo de algum mal sério, alguns falaram em câncer.

Temer, Yunes e o encontro dos bilionários

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

O dossiê distribuído pelo Anonymous, com informações sobre supostos negócios entre o presidente Michel Temer e o primeiro amigo José Yunes é composto por 30 documentos, entre PDFs e Words, basicamente registros na Junta Comercial e em paraísos fiscais.

Versam sobre uma infinidade de holdings e off-shores, algumas delas com os mesmos sócios, outras entrelaçando-se nas relações societárias, algumas soltas sem que, de cara, se possa montar alguma ligação maior.

Como é um quebra-cabeça extremamente complexo, vamos desbastando pelas bordas para ver onde chega. Pode não chegar a nenhum lugar, mas pode chegar a paragens interessantes.

As holdings que surgem da papelada são as seguintes:


Lula e a zebra Bolsonaro. Zebra?

Por Maurício Dias, na revista CartaCapital:

Embora seja cedo demais para afirmações irrevogáveis, principalmente quanto às apostas eleitorais, talvez não seja inteiramente descartável, pela distância do tempo, acreditar nos números apresentados pelas pesquisas sobre a disputa presidencial no próximo ano.

O crescimento da intenção de voto espontânea em Lula, à esquerda, pulou de 11,4%, em outubro de 2016, para 16,6% agora. Magnífico para ele. Este salto não se previa. Mais surpreendente, no entanto, foi o avanço, à direita, de Jair Bolsonaro, deputado federal com domicílio eleitoral no Rio de Janeiro. Dobrou a intenção de voto nele. De 3,3% escalou para 6,5%. Bolsonaro será mesmo a “zebra” em 2018?

Doria veste fantasia definitiva no Carnaval

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Depois do gari, do jardineiro, do cadeirante e do camelô, João Doria inaugurou o que promete ser sua fantasia definitiva: o populista bobo vaiado.

Chegou ao limite a paciência do paulistano com a marquetolagem irrefreável do prefeito de São Paulo, uma attention whore sem limite.

No Sambódromo, quando foi assistir os desfiles do primeiro dia das escolas do Grupo Especial, Doria fingiu que sambava - o que ele não finge fazer? - e pegou, para variar, uma vassoura para executar seu número preferido, que é varrer o chão que já está limpo.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

Carnaval da Globo não tem "Fora Temer"

Belo Horizonte. Foto: Jornalistas Livres
Por Altamiro Borges

O Jornal Nacional deste sábado (25) fez uma ampla cobertura sobre o carnaval de rua em todo o país e conseguiu esconder os inúmeros protestos contra o covil golpista. Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Recife e Salvador foram destaques em três blocos do telejornal de maior audiência da tevê brasileira. Mas a TV Globo simplesmente omitiu o "Fora Temer" gritado por centenas de milhares de foliões. Na Praça Campo Grande, por exemplo, a banda System puxou um gigantesco coro contra o usurpador diante do camarote do prefeito de Salvador, o demo ACM Neto. Não saiu nada no JN. Já no tradicional Pelourinho, o cantor Caetano Veloso apareceu de surpresa, cantou a música "Alegria, alegria" e foi acompanhado de um alegre refrão contra o Judas. Também nada no JN.

Eliseu Padilha e o “mula” do Temer

Por Altamiro Borges

O cerco ao usurpador Michel Temer vai se fechando. Aparentemente, ele ainda demonstra força – aprovando a toque de caixa seus projetos ultraliberais no Congresso Nacional, bancando o nome de Alexandre de Moraes para a função de guarda-costas no Supremo Tribunal Federal e escolhendo um aliado de Eduardo Cunha para o Ministério da Justiça. Mas no subterrâneo do poder a situação é bem mais complicada, com o agravamento da crise econômica, as primeiras fissuras no bloco golpista da burguesia e as brigas sangrentas no covil. Se aparência fosse igual a essência, não seria necessária a ciência – dizia Karl Marx.

Cunha emplaca Serraglio na Justiça

Por Altamiro Borges

Quem melhor definiu a escolha do deputado Osmar Serraglio (PMDB-SC) para o Ministério da Justiça do covil golpista foi o jornalista Xico Sá. “Cunha emplacou o novo ministro da Justiça. O recado da prisão deu resultado”, disparou no seu Twitter. De fato, o correntista suíço, que sempre ameaça revelar os pobres de Michel Temer caso não deixe a cadeia, deve estar feliz da vida. Entre outras atribuições, Osmar Serraglio chefiará a Polícia Federal, o que pode aliviar a barra do amigo presidiário. A operação para “estancar a sangria” segue em ritmo acelerado. Um dia após a aprovação do “guarda-costas” Alexandre de Moraes para o Supremo Tribunal Federal, agora o governo ilegítimo emplaca um nome sinistro para o Ministério da Justiça.

A luta para manter as rádios comunitárias

Do site do FNDC:

A Associação Brasileira de Radiodifusão Comunitária (Abraço), entidade filiada ao FNDC, está mobilizada para garantir que a emenda que incluiu as emissoras comunitárias no texto final da Medida Provisória 747/16 seja mantida no Senado. Aprovada na Câmara dos Deputados na noite desta terça (21/2), a MP amplia os prazos de solicitação de renovação das concessões e anistia as emissoras que perderam o prazo para renovação da concessão. O texto original beneficiava apenas as emissoras comerciais.

Wagner Souto, membro da Coordenação de Comunicação da Abraço Nacional e da Abraço Pernambuco, informa que cerca de 1.288 emissoras comunitárias correm risco de extinção no país por não estarem com sua situação regular perante o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC). "Não é justo que essas novas regras alcancem apenas as emissoras comerciais e nós fiquemos relegados à extinção", pondera.

Saída de Serra: depressão e esperança

Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

O recente afastamento de José Serra do governo não eleito por motivos de saúde foi interpretado por alguns analistas como um episódio que carregava também motivações políticas e emocionais. No que diz respeito à saúde pessoal, os votos são de melhoras e de um acompanhamento médico ético e respeitoso. Fora do governo, Serra tem condições de melhorar a saúde, o que é bom. Sem Serra nas relações exteriores, a saúde diplomática do país só tem a ganhar, o que é promissor.

As relações sombrias entre Yunes e Temer

Por Renato Rovai, em seu blog:

No dia 31 de dezembro do ano passado, numa data pouco provável para este tipo de matéria, surgiu o blogue Tabapuã Papers, com um texto assinado por Joel Assis e Larissa Monteiro. A reportagem, até o momento a única do blogue, tinha como ponto central as “relações sombrias” entre José Yunes e Michel Temer. Ou seja, o blogue parece ter sido criado para divulgar este material.

Há aproximadamente um mês o blogueiro foi apresentado ao blogue por uma colega jornalista. Vasculhou-o, fez relatórios, checou dados, mas não conseguiu avançar muito nos emaranhados de suas ramificações. De qualquer forma, não encontrou incoerências ou formulações inverídicas.

Temer, Maia e a 'revogação da Lei Áurea'

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

Enquanto os brasileiros se distraem com o carnaval, a partir desta sexta-feira (24), Michel Temer (PMDB-SP) estará articulando a abertura de mais um saco de maldades. O presidente cobrou agilidade e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), prometeu colocar em votação no plenário, tão logo acabe a folia popular, o projeto de lei – que tramita há quase 20 anos na Casa – que libera a terceirização irrestrita de trabalhadores pelas empresas. Visto pelas centrais sindicais como uma ofensa brutal aos direitos dos trabalhadores, o projeto tem como relator o deputado Laércio Oliveira (SD-SE) e chegou ao Congresso em 1998, ainda na gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

Padilha inaugura puxadinho dos afastados

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Eliseu Padilha deve inaugurar o ministério paralelo dos afastados por envolvimento com a Lava Jato, um puxadinho protetor anunciado por Temer na semana passada: ministros citados ou investigados serão afastados temporariamente. Demissão, só para os que se tornarem réus, algo que dificilmente acontecerá durante seu mandato. Padilha pediu licença do cargo de ministro-chefe da Casa Civil para fazer uma cirurgia que estaria mesmo programada. Ele jura que volta mas, no curso da licença médica, devem ser divulgadas, pelo menos parcialmente, as delações da Odebrecht.

Yunes compromete Padilha, Temer e... Moro

Por Jeferson Miola

O depoimento que José Yunes prestou ao MP assumindo-se como simples “mula” para transportar os R$ 4 milhões da propina da Odebrecht destinada a Eliseu Padilha, é demolidor para o governo golpista.

A denúncia do amigo de mais de meio século do Michel Temer põe luz sobre acontecimentos relevantes da história do golpe, e pode indicar que os componentes do plano golpista foram estruturados em pleno curso da eleição presidencial de 2014:

1. a Odebrecht atendeu o pedido do Temer, dos R$ 10 milhões [os R$ 4 milhões ao Padilha são parte deste montante] operados através de Lucio Funaro, ainda durante o período eleitoral de 2014;

Temer, a 'mula', vai 'entregar o pacote'?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Como se sabe, o papel para o qual a elite dominante escalou Michel Temer foi o de “mula”.

Pegar o poder com o golpe e entregar, depois, ao PSDB, já devidamente higienizado dos direitos dos pobres e com as medidas de depenamento do Estado brasileiro.

A mula, porém, está escandalosamente manca.

A tropa que ela liderava perde um integrante por semana, e cada um que sai se torna um fardo a mais: é mais um para livrar das encrencas ma Justiça.