quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Quem quer a terceira via em 2018?

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

As modas vêm e vão no debate político e agora é a vez da “terceira via”. Há algum tempo, políticos, jornalistas e entendidos dedicam-se a especular a respeito de quem poderia ser o candidato que encarnaria a tal terceira via nas próximas eleições presidenciais.

Como se o voto fosse determinado pela oferta do sistema político e não resultasse fundamentalmente da procura dos eleitores por aquele ou aquela que os represente. Essa moda não surgiu agora. Desde, pelo menos, 2002, todas as nossas eleições passaram por ela.

Trabalho infantil envergonha o Brasil

Editorial do site Vermelho:

Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do IBGE, divulgados nesta quarta-feira (29) revelam a face trágica da desigualdade social, que inverteu a tendência de queda (mesmo pequena) ocorrida nos últimos anos e volta a crescer sob o governo do usurpador Michel Temer.

Os dados divulgados recolocam o Brasil na mesma escala socialmente iníqua de sempre, com contrastes de renda imensos opondo as pessoas de renda alta e aquelas que ganham menos (os 10% de renda mais alta ficaram com 43,4% dos ganhos, muito acima dos 10% mais pobres, com apenas 0,8% do total). As diferenças são enormes entre homens e mulheres: elas ganham 23% menos do que eles - em média R$ 1.836, contra R$ 2.380.

PMDB-PSDB entregam o pré-sal e dão isenção


Não satisfeito em dilapidar o patrimônio público ao entregar a exploração do petróleo do pré-sal às multinacionais estrangeiras a preço de banana, o consórcio PMDB-PSDB conseguiu aprovar ontem à noite, na Câmara dos Deputados, que elas tenham isenção fiscal até 2040. Ou seja, o Brasil não vai ganhar nada com sua própria riqueza, pelo contrário. Estudos técnicos elaborados pela própria Câmara preveem perda de 40 bilhões de reais anuais com a MP 795, ou 1 trilhão em 25 anos.

O combate ao discurso de ódio na internet

Foto: Will Shutter/Câmara dos Deputados
Por Lara Haje, no site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Enquanto deputados defendem atualização da legislação para criminalizar esse tipo de discurso, entidades afirmam que criar novos tipos penais não resolve problema. Em 11 anos, 88 mil páginas foram removidas por incitarem o ódio e a violência na rede

Nesta terça-feira (28), participantes de comissão geral no Plenário da Câmara sobre a intolerância, o ódio, o preconceito e a violência por meio da internet discordaram sobre a melhor forma de coibir esse fenômeno.

Marcelo Bretas, o monstro da Lava-Jato

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Entrem no twitter de Marcelo Bretas, o responsável pela Lava Jato no Rio de Janeiro.

É estarrecedor.

O sujeito parece um empregado da Globo e do Antagonista. Retuita notícias desses veículos como se trabalhasse para eles.


Muito além do rechaço a Trump

Por David Brooks, no site Carta Maior:

Diante do cada vez mais obsceno e perigoso panorama político dos Estados Unidos, se escutam mensagens que vão muito além do simples rechaço ao presidente Donald Trump e à sua agenda, e começam a provocar algo que poderia gerar uma mudança progressista no país.

As recentes eleições estaduais e municipais, realizadas em muitas localidade no passado 7 de novembro, mostraram um cenário que algumas pessoas espera, desejam, rezam para que aconteça… que seja o primeiro aviso do que poderia ser uma onda de repúdio e até de mudanças progressistas pela via das urnas, que poderia se concretizar nas próximas eleições intermediárias (legislativas federais e várias outras estaduais), em 2018, através de novos ou renovados movimentos sociais descentralizados, porém aliados.

Odebrecht: Alckmin será investigado?

Por Helena Sthephanowitz, na Rede Brasil Atual:

O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), enviou na quarta-feira (22) um pedido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) de instauração de inquérito para dar início a investigação do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

O governador tucano é acusado de receber, por meio de um cunhado, Adhemar César Ribeiro, (irmão da primeira-dama do Estado, Lu Alckmin), R$ 10,3 milhões em propina, sendo R$ 2 milhões para a campanha de 2010 e R$ 8,3 milhões, para a campanha de reeleição, vencida pelo tucano em 2014. O montante teria sido pago pelo Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, conhecida como a divisão de propinas da empreiteira.

O desembarque “pró-forma” do PSDB

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O iminente encontro entre Michel Temer e Geraldo Alckmin para tratar da encenação de um desembarque do PSDB do Governo – encenação porque, além de cargos, o comando do partido se mantém decidido a sustentar o único projeto deste governo, a reforma da previdência – lembra os versos de Gita, a inesquecível música de Raul Seixas e Paulo Coelho: “eu estou em você, mas você não está em mim”.

Lava-Jato faz chantagem contra a democracia

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A respeito da coletiva de imprensa concedida nesta segunda-feira, 28, por procuradores da Lava Jato, em que afirmaram que 2018 será a "batalha final" da investigação, eu queria lembrar que nós vivemos num país onde o voto é livre e cada um de nós tem direito de escolher sua prioridade numa eleição.

A minha prioridade, e creio que a da maioria dos brasileiros, é desmontar o pacote de reformas contra o País, contra os trabalhadores, contra a soberania e contra o desenvolvimento que foi aprovado pelo Congresso, com apoio e aplauso da maioria das forças que defende e se diz inspirada pela Lava Jato.

Milícia do MBL faz plágio do Estado Islâmico

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

O MBL desceu mais um degrau em sua estratégia de desvio de foco da cumplicidade com o governo corrupto que ajudou a chegar ao poder - e que lhe pagou as contas.

O grupo resolveu fazer um vídeo de propaganda em sua página no Facebook em que imita o Estado Islâmico.

Dois sujeitos mascarados, à frente de outros dois fantasiados de sabe deus o quê, fazem uma espécie de prestação de contas (não financeiras) e conclamam seus seguidores a continuar a luta.

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Os escassos sinais de recuperação econômica

Por Marcelo P.F. Manzano, no site da Fundação Perseu Abramo:

Diante da deliberada omissão das autoridades econômicas no sentido de acionar instrumentos capazes de reanimar os motores da economia brasileira, são ainda escassos os sinais a respeito da recuperação econômica. A cada setor ou segmento de atividade que registra um dado positivo, um outro surge apontando no sentido inverso.

Tem sido assim desde o início do ano, com pequena vantagem para os primeiros. Na presente semana, a 48ª do ano, não foi diferente. Como nos passos do tico-tico, sinaizinhos tênues em sentidos díspares ainda não autorizam vislumbrar voos mais altos de nossa economia.

Bolsonaro é filho da Lava-Jato e da Globo

Por Daniel Giovanaz, no jornal Brasil de Fato:

Lançamento de livro, palestra e curso sobre a formação da sociedade brasileira. Em pouco mais de 24 horas, o sociólogo Jessé Souza fez da chamada “República de Curitiba” um espaço de debates sobre o Poder Judiciário e a operação Lava Jato.

A passagem do intelectual potiguar pela capital paranaense, na semana passada, foi simbólica. Não só porque Curitiba é a cidade-sede da Lava Jato, mas porque a palestra aconteceu no campus Santos Andrade da Universidade Federal do Paraná (UFPR), onde o juiz Sérgio Moro trabalha há dez anos como professor de Direito.

O Brasil é refém de uma ideia perigosa

Por Pedro Rossi, no site Brasil Debate:

A editora Autonomia Literária marca um gol de placa ao lançar a edição brasileira do consagrado livro “Austeridade: a história de uma ideia perigosa”, de Mark Blyth. A austeridade é marca registrada da crise econômica brasileira e pré-requisito para se entender o sentido dos sacrifícios impostos à população brasileira; a precarização dos serviços públicos, a redução das transferências sociais, os milhões de novos desempregados etc. Com a leitura do livro se entende que a austeridade tem uma longa história de fracassos e que, no fundo, trata-se de programa de distribuição de renda e riqueza ao revés. Para além de perigosa, a austeridade é uma ideia falaciosa, repetida incessantemente pelo governo e pelos meios de comunicação no Brasil. Desconstruir essa ideia e a retórica que a sustenta é uma tarefa necessária.

A destruição do Brasil e o corno da rua

Por Mauro Santayana, em seu blog:

Se, como dizia Von Clausewitz, a guerra é a continuação da política por outros meios, na encarniçada guerra em que se transformou a política, nos dias de hoje, a missão do jornalismo deveria ser a de escrever a história enquanto ela ocorre e acontece, se a mídia não estivesse, na maioria das vezes, a serviço de seus próprios interesses e de projetos de poder mendazes, hipócritas e manipuladores.

Só os ingênuos acreditam em imprensa isenta em uma sociedade capitalista - na qual ela defende o interesse de seus donos e anunciantes - e mais ainda em um país como o Brasil, em que praticamente inexistem meios de comunicação públicos, quanto mais democráticos e de qualidade, como em outros lugares do mundo.

Sobre lucros, raposas e galinhas

Por José Álvaro de Lima Cardoso, no site Outras Palavras:

O país atravessa a mais grave recessão da história, com quase três anos de queda da produção industrial, diminuição da renda e elevação do desemprego. O lucro líquido dos quatro maiores bancos do Brasil cresceu 10,4% no 3º trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2016. Segundo estudo da empresa Economatica, a soma dos lucros do Itaú, Bradesco, Banco do Brasil e Santander no período entre julho e setembro, alcançou R$ 13,6 bilhões ante R$ 12,3 bilhões no mesmo período do ano passado. O maior lucro foi o do Itaú Unibanco, que chegou a R$ 6,077 bilhões. Dos três bancos, dois são privados, um inclusive, estrangeiro.

Por que Alckmin não fechou a TV Cultura?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Antes de mais nada devo dizer: eu apoio a campanha “Eu quero a Cultura viva”, que defende a preservação e a independência da TV Cultura de São Paulo, uma emissora com forte tradição e espírito público, apesar do desmantelamento e debilitação por que passou e vem passando nos governos tucanos. Viva sempre a TV Cultura. Isto posto, segundo matéria do jornal O Estado de S. Paulo, se for eleito presidente, o governador Geraldo Alckmin pretende privatizar estatais “petistas”, como se empresas públicas tivessem DNA partidário só por terem sido criados no governo de um partido. Entre elas, a EBC, a Hemobrás e a EPL. 

'Liga da Justiça' é uma ameaça à democracia

Por Jeferson Miola

Na segunda quinzena deste mês de novembro, estreou no Brasil o filme norte-americano Liga da Justiça, que lidera a venda de ingressos. Em menos de 15 dias, arrecadou mais de R$ 80 milhões.

A sinopse oficial do filme explora a épica do heroísmo:

“Impulsionado pela restauração de sua fé na humanidade e inspirado pelo ato altruísta do Superman, Bruce Wayne [Batman] convoca sua nova aliada Diana Prince [Mulher-Maravilha] para o combate contra um inimigo ainda maior, recém-despertado. Juntos, Batman e Mulher-Maravilha buscam e recrutam com agilidade um time de meta-humanos, mas mesmo com a formação da liga de heróis sem precedentes - Batman, Mulher-Maraviha, Aquaman, Cyborg e The Flash –, poderá ser tarde demais para salvar o planeta de um catastrófico ataque”.

A vida das mulheres como moeda de troca

Por Maria do Rosário, no site Mídia Ninja:

O Parlamento brasileiro segue nos surpreendendo negativamente. Nós que nos últimos anos vimos decisões sérias como o fim do financiamento empresarial de campanha mudarem da noite para o dia após serem votadas duas vezes; a aprovação de mais de cem alterações na Consolidação das Leis Trabalhistas; o afastamento de uma presidenta legítima do cargo que conquistou nas urnas; e um golpista ser duas vezes poupado de necessárias investigações mesmo diante de robustas evidências de seus delitos, agora nos deparamos com a deturpação de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que tem como o único objetivo penalizar ainda mais as mulheres, particularmente as vítimas de violência sexual.

Parlamentarismo é golpe baixo e perigoso

Por Guilherme Boulos, na revista CartaCapital:

A falência da velha Nova República tem deixado espaço para todo tipo de excrescência política. O primeiro a aproveitar-se do vácuo, o Judiciário resolveu assumir o comando. Ante um Congresso desmoralizado e um Executivo sem legitimidade, os procuradores e juízes da Lava Jato apresentaram-se como os salvadores da pátria.

Depois foi a vez de despontar uma legião de “outsiders”, surfando na onda da antipolítica, que tem hoje como sua principal expressão um deputado que faz carreira há seis mandatos e quer se apresentar como novidade. Agora, a cartada mais recente de “renovação” é o debate sobre o parlamentarismo.

PSDB quer mais mercado e privatização

Por Joana Rozowykwiat, no site Vermelho:

O PSDB apresentou nesta terça (28) as diretrizes do programa partidário, que deve pautar sua candidatura ao Planalto. O texto, além de exaltar os governos FHC, propõe um "choque de capitalismo" e ações como ampliar privatizações e rever o acesso dos mais ricos a serviços públicos gratuitos. Para o economista Guilherme Mello, após 15 anos, a sigla voltou a ter coragem de defender o impopular “legado” da década de 1990. Resta saber se também reconhecerá como seu o saldo negativo da gestão Temer.

O deputado preso e o queijo na cueca

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Quando li a notícia, confesso que ri. O deputado federal Celso Jacob (PMDB-RJ), preso em regime semiaberto, foi mandado para a solitária após ter sido flagrado na volta do final de semana com um saquinho de queijo provolone torrado e dois pacotes de biscoitos na cueca. Vai ficar sete dias no isolamento por causa das guloseimas.

À primeira vista, parecia mais uma notícia da série “não é manchete do Sensacionalista”. Tudo afinal em torno de Jacob é bizarro, a começar do fato de que ele é parlamentar durante o dia e presidiário durante a noite. Nem Dias Gomes seria capaz de criar algo tão surreal nesta Sucupira em que se transformou o Brasil. 

PSDB tenta se vender como partido de centro

Por Pedro Breier, no blog Cafezinho:

Abro este post com algumas falas do grande José Saramago:

A democracia que vivemos é sequestrada, amputada. O poder do cidadão se limita a tirar um governo que não gosta e colocar um que não sabe se vai gostar.

Os governos que elegemos, no fundo, são correias de transmissão das decisões e das necessidades do poder econômico (representado pelo FMI, OMC e pelo Banco Mundial), e os governos não só funcionam como correias de transmissão, mas também como os agentes que preparam as leis, como as que levam ao emprego precário.

A impotência diante dos paraísos fiscais

Por Victor Prieto, no site Carta Maior:

Para não perder o sentido da realidade – um bom amigo me deu este conselho outro dia – o melhor que podemos fazer é pensar com perspectiva até onde as nossas demandas de justiça social são viáveis, a cada certo momento. Assim chegamos a uma racional conclusão de uma conversa sobre o escândalo batizado como “Paradise Papers”, depois de corroborar nossa absoluta ineficácia discursiva para enfrentar as lógicas do capitalismo global atual. Sua hegemonia é tão evidente que torna perigoso contradizer os erros perversos do sistema redistributivo do Estado Social, pensando em melhorá-lo. De uns tempos para cá, este se tornou o último espaço de resistência contra essa revolução, aparentemente desterritorializada, impulsada pelo 1% da população mundial – verdadeiro sujeito nômade – contra os demais 99%, cada vez mais dependentes desse Estado.

A nova república dos coronéis

Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:

As palavras têm estranhos destinos. Por exemplo: a palavra “capitão”, no Brasil, tem ressonâncias libertárias, revolucionárias. Sepé Tiaraju, o corregedor da Missão de São Miguel, no noroeste gaúcho do século 18, líder da resistência dos guaranis contra Espanha e Portugal, ficou na História como o “Capitão Sepé”. Luís Carlos Prestes, da imortal coluna que levou seu nome, era capitão. Ao escolher o nome para seu romance sobre a gurizada rebelde de Salvador, Jorge Amado batizou-o de “Capitães da Areia”. Lamarca era capitão.

Alckmin é o prato insosso da direita em 2018

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A saída de Luciano Huck da disputa presidencial, formalizada hoje, gerou, como era previsível, uma “freada de arrumação” no campo da direita para a eleição de 2018.

A renúncia dupla de Tasso Jereissati e Marconi Perillo à briga pela presidência do PSDB foi quase imediata e consolidou, de uma vez por todas, que Geraldo Alckmin é , ao menos com valor declaratório, o candidato presidencial das alas tucanas. Uma, porque ficou sem plano “B”; outra, porque Michel Temer não tem nem é uma alternativa minimamente viável, neste momento.

Surto racista se deve à total impunidade

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Não se consegue mais parar de falar em racismo no Brasil. Como que em uma resposta irônica do destino aos CRIMINOSOS que negam essa que é a pior perversão social em nosso país, os casos de racismo estão chovendo. Você mal parou de denunciar um caso e já surge outro pior.

Vendo o que disse Dayane Alcantara Couto De Andrade – que se apresenta nas redes sociais como “Day McCarthy – sobre Titi, filha adotiva do ator Bruno Gagliasso e da atriz Giovanna Ewbank, algum gozador diria que William Waack já começa a deixar saudade, porque a fala da tal Day McCarthy faz a gente duvidar que tenha sido dita por um ser humano.

O balão de ensaio do egocêntrico Huck

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao se transformar em mais um ex-candidato de 2018, Luciano Huck pediu ajuda à mitologia grega, comparando-se ao Ulysses da Odisseia, mas fez marketing político escancarado.

Fingindo desconhecer as responsabilidades de seu amigo Aécio Neves - e de si próprio - no golpe de abril de 2016, que está na origem do descalabro atual, no artigo no qual anuncia a decisão de sair da campanha Huck defende, como ideia central, a tese de que o Brasil "é um país à deriva".

Lava-Jato declara guerra às eleições de 2018

Por Kiko Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Procuradores da Lava Jato no Rio de Janeiro, em São Paulo e em Curitiba se reuniram na segunda-feira (27) na capital fluminense e anunciaram “ações conjuntas” em 2018.

Durante o evento, Deltan Dallagnol afirmou que nenhum dos investigadores tem pretensão eleitoral e que o ano que vem é decisivo.

Dallagnol e amigos não precisam se arriscar na urnas ou na democracia. Fazem política em cargos que não deveriam estar sendo usados para proselitismo vagabundo.

Golpe da Previdência penaliza mais a mulher

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Estudiosos têm apontado que as mudanças propostas pela reforma da previdência não resolvem os verdadeiros problemas que afligem os brasileiros, tais com a falta de cobertura de grande parte da população, que atinge mais acentuadamente as mulheres.

Marilane Teixeira defende, em texto publicado pela Fundação Friedrich Ebert no Brasil (“O desmonte trabalhista e previdenciário: reinventando novas formas de desigualdades entre os sexos”), que em 2015 havia 23,8 milhões de pessoas sem proteção social. Desses desprotegidos, aponta a autora que as mulheres são especialmente penalizadas. Por exemplo, entre as pessoas com mais de 55 anos no Brasil, em 2017 há 3,5 milhões de homens sem proteção social e 5,6 milhões de mulheres na mesma situação.

O governo lesa-pátria de Michel Temer

Por Mário Augusto Jakobskind, no jornal Brasil de Fato:

O governo do lesa-pátria entreguista Michel Temer está promovendo mudanças no seu gabinete. E quando se imaginava que pior do que os golpistas atuais que ocupam o governo não poderia ser, eis que se anunciam novos integrantes nos Ministérios.

Para se ter uma ideia da mediocridade reinante, se anuncia a nomeação para chefiar a articulação política como Ministro Secretário de Governo nada mais nada menos do que o deputado federal Carlos Marun, um político vinculado ao ex-deputado Eduardo Cunha, que por sinal o defendeu com a máxima veemência e fez o possível para livrá-lo dos rigores da lei.

segunda-feira, 27 de novembro de 2017

Doria será humilhado também pelo Serra?

Por Altamiro Borges

O “prefake” João Doria, que abandonou a capital paulista e “acumulava milhas” em viagens pelo Brasil e pelo mundo, mostrou-se um político amador. Paparicado pela mídia venal, ele achou que emplacaria a sua candidatura presidencial detonando os tucanos de “pijama” do PSDB – como qualificou o ex-governador e vice-presidente da sigla, Alberto Goldman. Aliado aos fascistas mirins do sinistro Movimento Brasil Livre (MBL), o direitista avaliou que surfaria na onda conservadora em curso no país. Não deu certo. Ele virou alvo do fogo amigo no ninho e empacou nas pesquisas eleitorais. Acabou como a farinata da sua “ração para os pobres”.

Sem candidato, direita vai melar a eleição

Por Altamiro Borges

As forças golpistas estão em uma encruzilhada. Elas patrocinaram uma aventura perigosa ao abortar a jovem democracia brasileira, depondo uma presidenta legitimamente eleita e alçando ao poder a quadrilha de Michel Temer. Com uma velocidade alucinante, elas impuseram uma pauta regressiva sem precedentes na história – que inclui, entre outras maldades, a PEC da Morte que congela por 20 anos os investimentos em saúde e educação; a “reforma” trabalhista que extingue a CLT; e o projeto de “reforma” da Previdência que elimina com a aposentadoria dos trabalhadores. Este plano, batizado de “Ponte para o futuro” – mas que na verdade é uma “pinguela para inferno” –, está sendo execrado pela sociedade em todas as pesquisas de opinião. O covil golpista tem apenas 3% de aprovação – dentro da chamada margem de erro.

Moacyr Franco e o fim de festa no SBT

Por Altamiro Borges

O facão segue degolando os profissionais do SBT. Até veteranos da emissora, como Moacyr Franco, foram dispensados sem dó nem piedade. Com 81 anos de idade e 58 anos de atuação na tevê brasileira, ele foi cortado após 20 anos na empresa do prepotente e arrogante Silvio Santos. Em entrevista ao jornalista Mauricio Stycer, da Folha, ele se disse surpreso com a demissão. “Estranhei um pouquinho porque meu salário era tão insignificante. Tive o salário reduzido há uns cinco, seis anos. Fiquei só com 30%. Concordei porque a gente tem que jogar junto o jogo. Embora haja boatos de apresentadores ganhando milhões e milhões… Isso é problema deles e eu tenho que cuidar da minha vida e tentar melhorar o meu salário”.

O STF e a bandidagem política

Por Aldo Fornazieri, no Jornal GGN:

O atual Supremo Tribunal Federal é o mais indigno da história do país. Durante o regime militar, o STF teve ministros cassados e houve uma alteração imposta pela força militar para torná-lo um órgão subserviente ao poder armado. O atual STF não sofre nenhum constrangimento armado, mas resolveu galgar os pináculos da indignidade por vontade própria. Certamente existem alguns ministros sérios, honestos e responsáveis. Contudo, seja por decisões coletivas ou seja por decisões individuais, a fisionomia que o STF foi adquirindo não é a do tabernáculo das leis, a do guardião da Constituição, mas a de casamata de corruptos, de golpistas e de criminosos do colarinho branco.

O que a mídia alternativa faz pelo Brasil?

Por Pedro Zambarda, no site do FNDC:

Impeachment ou golpe? Bolivarianismo ou projeto de país? A notícia que está na mídia de massa está correta? Por que questionar?

A mídia alternativa brasileira que se propaga hoje é muito diferente dos anos 70 e 80, fruto de censores que invadiram as redações dos maiores jornais e revistas do país para impôr a ideologia e as pautas da ditadura militar. No entanto, há semelhanças.

O Pasquim durou entre 1969 e 1991 publicando palavrões, deboche e entrevistas com tons sarcásticos, além de reunir os melhores nomes da imprensa daquele tempo, como Henfil, Paulo Francis, Ivan Lessa, Ruy Castro e muitos outros.

Tratado Mercosul-UE é pior que a ALCA

Por Jeferson Miola

Os governos da Argentina, Brasil, Paraguai e [inclusive o] do Uruguai anunciam a assinatura do Tratado de livre-comércio do Mercosul com a União Européia [UE] no marco da 11ª Reunião Ministerial da OMC, que acontecerá na semana de 10 a 14 de dezembro, em Buenos Aires.

Se for assinado, este Tratado será equivalente à sentença de morte do Mercosul, e trará comprometimentos graves às economias dos países do bloco, porque interdita a perspectiva de desenvolvimento econômico autônomo e soberano e elimina as políticas tecnológicas e industriais de cada país e deste importante bloco regional:

É importante derrotar as elites do atraso

Por Leonardo Boff, em seu blog:

Por mais críticas que se façam e se tenha que fazer ao PT, com ele ocorreu algo inédito na história política do país. Alguém do andar de baixo conseguiu furar a blindagem que as classes do poder, da comunicação e do dinheiro, por séculos, montaram, para minimizer ao máximo políticas públicas em benefício de milhões de empobrecidos. O mote era: políticas ricas para os ricos e políticas pobres para os pobres. Assim estes não se rebelariam.

A verdade é que as elites endinheiradas nunca aceitaram um operário, eleito por voto popular e chegar ao poder central. É fato que elas também se beneficiaram, pois a natureza de sua acumulação, uma das mais altas do mundo, sequer foi tocada.

Desastre anunciado: o golpe dentro do golpe

Por Mino Carta, na revista CartaCapital:

Com as quadrilhas no poder é impossível negociar, e peço perdão pela obviedade. Outra é a seguinte: não há saída afora um protesto popular maciço e destemido, como, em situações similares, se deu em outros países. Dói-me pronunciar a terceira obviedade: não há como esperar pela revolta do povo espezinhado no país da casa-grande e da senzala.

Creio firmemente que, de volta à Presidência, Lula saberia recolocar o País na rota certa. Está muito além de claro, contudo, que o objetivo principal do golpe de 2016 é alijar o ex-presidente da próxima etapa eleitoral.

Greve nacional contra o ataque à Previdência

Editorial do site Vermelho:

Seguindo sua tradição de luta, que se confirma cotidianamente, os trabalhadores brasileiros realizarão uma greve nacional em 5 de dezembro, em defesa de seus direitos e contra a reforma da Previdência, que piora em muito as restrições já existentes (como o fator previdenciário, por exemplo) e impede, na prática, que os trabalhadores se aposentem tamanhas são as restrições aos direitos previdenciários que Michel Temer tenta impor.

Temer será candidato com três stents?

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

A eleição presidencial do ano que vem continua incerta quanto aos concorrentes e não sabemos sequer se vai mesmo acontecer. Mas esta semana trará algumas definições, embora esteja longe, muito longe, o clareamento do quadro.

Para começar, devemos ter hoje a desistência de Luciano Huck, num aviso para o bloco anti-Lula de que não é muito simples fabricar um candidato “outsider”, dotado de popularidade e amparado por alguma máquina, no caso a da Globo. Como Dória queimou a largada, vai restando apenas Jair Bolsonaro , um anti-Lula que as elites consideram temerário. Sua rusticidade política sugere que seu teto de crescimento é baixo e que num segundo turno com Lula produziria uma torrente de voto útil favorável ao petista.

Antes do Huck, outros foram capa da IstoÉ

Por Renato Rovai, em seu blog:

A ex-revista IstoÉ dá a capa desta semana ao apresentador Luciano Huck, aquele que escreveu um texto indignado na Folha por ter tido seu Rolex roubado. Aquele que estava ao lado de Aécio Neves na fatídica foto da apuração de 2014.

Isto É de hoje vale o quanto pagam. Ou seja, manda pra capa quem lhe oferecer mais possibilidades de negócios futuros. Ou presentes. Foi assim com Aécio, Temer, Doria e agora Huck.



A EBC e o grito parado no ar

Por Ricardo Melo, no blog Cafezinho:

Foi preciso um ator de renome, num momento de rara altivez nos dias de hoje, para que o drama brasileiro viesse a público sem disfarces. Convidado para um programa na TV Brasil, da Empresa Brasil de Comunicação, Pedro Cardoso rasgou o verbo literalmente. A empresa está em greve, e ele não fora avisado. Ao vivo, disse desconhecer a fundo as reivindicações dos funcionários, mas soube que o movimento era contra um governo golpista, o que, para ele, já dizia o suficiente.

Torcedor é a maior vítima da sujeira na Fifa

Por Felipe Mascari, na Rede Brasil Atual:

O cenário internacional do futebol vive seu momento de maior turbulência. Cercado de denúncias, como a compra de votos do Catar para sediar a Copa do Mundo de 2022, ou de propinas pagas por emissoras de televisão, incluindo a Rede Globo, para transmissões do evento da Fifa, o torcedor é a principal vítima dessa estrutura corrompida do esporte. É o que aponta o jornalista especializado na cobertura internacional e autor do livro Política, Propina e Futebol (Cia das Letras, 2015), Jamil Chade.

domingo, 26 de novembro de 2017

Marun, o jagunço de Cunha e Temer, dançou?

Por Altamiro Borges

No show de horrores que castiga o país, com golpes e retrocessos inimagináveis no passado, algumas figuras grotescas se projetam no lodaçal político e ganham os holofotes da mídia. Um deles é o deputado Carlos Marun, do PMDB do Mato Grosso do Sul. Antes inexpressivo e medíocre, ele agora virou um astro em Brasília. Na votação da segunda denúncia contra Michel Temer por formação de quadrilha e obstrução da Justiça, ele até ensaiou uma dancinha em frente às câmeras de tevê. Devido aos serviços prestados, na semana passada o parlamentar foi cotado para assumir o cargo de ministro da Articulação Política – no lugar do desgastado tucano Antonio Imbassahy. O anúncio só não se confirmou porque gerou ainda maiores atritos no covil golpista. A máfia não se entende!

Temer e os escravos do final de semana

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O anúncio está aí, no jornal, bem nítido, incontestável.

Falta mostrar a conta da reforma trabalhista de Michel Temer.

Cinco horas, aos sábados e domingos – em geral, 9 dias por mês- a R$ 4,45 a hora, cinco horas por dia.

Salário mensal de R$ 200,25.

Menos de um quarto do salário mínimo que se ganha com 22,5 dias úteis do mês corrido.

O antipetismo não paga as contas

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Desde que começaram os eventos que levaram ao impeachment de Dilma Rousseff, os que pretendiam ocupar o lugar dos políticos petistas então caídos em desgraça adotaram uma fórmula única para “justificar” de atos de corrupção a fracassos administrativos, bem como medidas antipopulares e, portanto, impopulares: discursos contra o PT.

O mais curioso é que, ao mesmo tempo em que sabem que medidas como reforma trabalhista, terceirização e redução drástica de programas sociais são medidas que se tornaram altamente impopulares, os políticos tucanos e peemedebistas – a começar por Michel Temer – desencadeiam campanhas publicitárias para tentar fazer a população aceitar aquilo que não quer.

Direita perdeu Huck e teme Lula

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Procurando, a todo custo, evitar que a campanha de 2018 se transforme num plebiscito sobre as reformas que jogaram os direitos do povo no lixo e colocaram a soberania do país num abismo, com a desistência de Luciano Huck as forças que organizam o continuísmo camuflado de Michel Temer ficaram privadas de uma candidatura sem as mãos sujas pelo golpe que afastou Dilma e abriu as portas para uma etapa especialmente nefasta da história brasileira.

Raquel Dodge não vai investigar a Globo

Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

A decisão da procuradora geral Raquel Dodge de encaminhar a denúncia contra a Globo por corrupção tem tudo para não dar em nada. Lembra o que aconteceu em 2014, quando um grupo de blogueiros, com o Centro de Estudos de Mídia Alternativa Barão de Itararé e o Mega Cidadania à frente, foi ao Ministério Público Federal no Rio de Janeiro e entregou uma representação com 25 páginas do processo da Receita Federal em que os donos da TV Globo são responsabilizados pela prática de crime contra a ordem tributária.

O procurador recebeu os documentos e encaminhou para a Polícia Federal, que abriu inquérito. “Tinha grande esperança de que o crime fosse, finalmente, apurado, em razão da independência do Ministério Público”, diz Alexandre César Costa Teixeira, autor do blog Mega Cidadania.

Reforma trabalhista: 'uberização' do trabalho

Por Rute Pina, no jornal Brasil de Fato:

As recentes mudanças na legislação trabalhista vão ampliar um processo de "uberização" do mercado de trabalho, ou seja, um novo estágio de exploração, focado no enaltecimento do trabalho autônomo e com pouca cobertura de direitos sociais. Esta é a avaliação da pesquisadora Ludmila Costhek Abílio, do Centro de Estudos Sindicais e Economia do Trabalho (Cesit) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

Segundo ela, o processo de precarização tomou visibilidade com a empresa estadunidense Uber, que divulgou recentemente ter 500 mil motoristas no Brasil. No entanto, ela pontua que o processo de precarização não é recente e nem começa com as plataformas digitais.

Direita segue em busca do seu candidato

Por Matheus Tancredo Toledo, no site da Fundação Perseu Abramo:

De olho em 2018, os grupos que se posicionam à direita no espectro político seguem em busca de um candidato que seja capaz de vencer as eleições e derrotar, desta vez nas urnas, o PT, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o campo democrático-popular. Com o naufrágio da candidatura do prefeito de São Paulo João Dória (PSDB-SP), e o esfacelamento do senador Aécio Neves (PSDB-MG) perante a opinião pública, os nomes que disputam o posto de escolhido pelo centro e a direita nesse cenário de fragmentação são o governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB-SP), o deputado de extrema-direita Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e a ex-ministra Marina Silva (Rede-AC). Correm por fora as possíveis candidaturas do ministro da Fazenda Henrique Meirelles (PSD-SP), do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (Sem partido) e do apresentador da Rede Globo Luciano Huck (Sem partido) .