quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

Sergio Moro e o uso político da justiça

Por Gaspard Estrada e William Bourdon, no site Vermelho:

O juiz que conduziu a operação Lava Jato e é hoje ministro da Justiça do governo de Jair Bolsonaro, apresentou seu plano de combate ao crime e corrupção ao Congresso Nacional na terça-feira (19). Foi uma coincidência que, no dia anterior, o presidente Bolsonaro demitiu Gustavo Bebianno, seu ministro da Secretaria-Geral da Presidência.

O novo governo tomou posse há nove semanas e um alto funcionário já caiu por envolvimento em um escândalo de corrupção. Não indica nada de bom para Bolsonaro, que chegou à presidência com uma campanha contra a corrupção

Previdência: Uma reforma iníqua

Por Ricardo Carneiro, no jornal Le Monde Diplomatique-Brasil:

Talvez fosse uma esperança vã imaginar que operadores do mercado financeiro do quilate dos que hoje comandam a economia brasileira seriam capazes de pensar políticas sociais que, de fato, contribuíssem para a redução da desigualdade, ou pelo menos, para não agravá-la. A reforma da Previdência, necessária por conta da transição demográfica e, por que não dizer, para suprimir alguns privilégios, seria um momento crucial para avançar nesta direção. Todavia, a julgar pela proposta encaminhada ao Congresso pela dupla Guedes-Bolsonaro, o sentido é o inverso. Mesmo que se reconheça que a proposta enfrenta alguns privilégios – os de parcela dos funcionários públicos, exclusive os militares –, é forçoso também concluir que a maior parte da conta será paga pelos setores mais vulneráveis da sociedade: idosos pobres, trabalhadores rurais, trabalhadores urbanos de baixa qualificação e renda e pensionistas de todos os gêneros.

O que esperar do STF no governo Bolsonaro?

Por Rafael Tatemoto, no jornal Brasil de Fato:

Durante a campanha eleitoral de 2018, o vídeo vazado de um dos filhos de Jair Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro, comentando a possibilidade de fechamento do Supremo Tribunal Federal (STF) com apenas “um soldado e um cabo”, causou desconforto entre os integrantes da Corte.

O atual presidente da mais alta instância do Judiciário, Dias Toffoli, tem falando em “pacto nacional em defesa das reformas”, como a da Previdência, e a retirada da Corte das discussões “políticas”. Ao mesmo tempo, pautou o julgamento, ainda em curso, sobre a criminalização da homofobia, tema que desagrada um dos pilares de sustentação político-ideológica de Bolsonaro: a bancada do fundamentalismo cristão.

O que os militares querem?

Por Rodrigo Perez Oliveira, no site Jornalistas Livres:

Não é de hoje que os militares representam uma força relevante no plano político nacional. Na história do Brasil , as Forças Armadas foram protagonistas nos momentos de crise institucional, sempre promovendo uma pacificação conservadora, violenta e autoritária.

Isso não quer dizer que nessas experiências históricas os militares tenham tido completo controle da situação, que não tenham negociado ou dividido poder com os políticos civis. Erram os que acreditam que os militares têm poder absoluto. Erram também aqueles que acham que quando atuam na política as Forças Armadas são simples marionetes manipuladas pelas elites políticas civis. Aqui, como acontece quase sempre, o ideal está no meio termo.

Por que te cálas, Luis Roberto Barroso

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

E, agora, Barroso? Caiu a ficha geral. Até o Estadão de hoje, em editorial, reconhece os retrocessos da economia brasileira. No bojo da bandeira anticorrupção, destruíram-se setores relevantes da economia brasileira, embalou-se a mais antissocial das políticas econômicas, iniciada por Michel Temer e aprofundada pelo governo Bolsonaro. E todo o processo foi defendido visceralmente por Luis Roberto Barroso, pegando carona no punitivismo para se mostrar simpático aos setores mais atrasados da economia.

Moro, Caixa 2 e corrupção

Por Daniel Zen, no site Mídia Ninja:

Na semana que passou, Sérgio Moro e Deltan Dallagnol, dois supostos ícones da Operação Lava Jato e do combate a corrupção no Brasil, dispenderam um hercúleo esforço retórico para defender que o Caixa 2 seria um delito “menos grave” do que o crime de corrupção, ao contrário de antes, quando afirmavam, no auge da malfadada operação, que o Caixa 2 seria um delito “mais grave”.

A tese que eles sustentam - correta, por sinal - é de que nem sempre o Caixa 2 poderia ser caracterizado como ilícito, posto que, se não houver prova de “contrapartida” dada por quem recebeu e utilizou recursos não declarados/contabilizados a quem doou os recursos, crime não haveria. Ou, ao menos, seria um crime “menos grave”.

Tragédia: 12,7 milhões de desempregados

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

Com a pauta única da reforma da Previdência e as crianças cantando o Hino Nacional nas escolas, ninguém mais fala neles, como se tivessem sido apagados do mapa.

São os brasileiros invisíveis e anônimos: 12,7 milhões de trabalhadores que acordam todos os dias sem ir para o serviço.

Além deles, temos hoje 4,7 milhões de desalentados, aqueles que desistiram de procurar emprego.

Nas propagandas oficiais, anunciam que o desemprego vem caindo, mas está acontecendo exatamente o contrário, sem nenhum sinal de melhoria à vista.

Bolsonaro não é causa; é sintoma da loucura

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Bolsonaro não é causa, mas sintoma da loucura que assomou o Brasil.

Uma loucura sintonizada com os mais tenebrosos ventos desse que parece ser um tempo de mudança de época. Desgraçadamente, mudança de época no Brasil e no mundo.

Os áudios estarrecedores de Jair Bolsonaro com o ministro demitido Gustavo Bebbiano mostram a dimensão profunda da desgraça desse Brasil de milícias e milicianos.

Todo e qualquer brasileiro que ouve os áudios – até mesmo os bolsonaristas incautos – não consegue evitar o sentimento de vergonha alheia por ter 1 figura tão torpe, tão leviana e tão estúpida na presidência do nosso país, que está entre as 10 maiores economias do planeta. Nosso vexame, portanto, é não menos que mundial!

Carlos Bolsonaro tuíta por Jair?

Por Alexandre de Santi, no site The Intercept-Brasil:

Às 20h de quarta-feira, Carlos Bolsonaro disparou um tuíte saudando a nova reforma da previdência. Vinte minutos depois, seu pai, Jair Bolsonaro, publicou uma mensagem idêntica sobre a proposta apresentada naquele dia. Palavra por palavra, emoji por emoji. Não era um retuíte: era o mesmíssimo texto, colado e publicado em outra conta.

O tuíte reforçou a minha desconfiança sobre quem de fato dá a letra em @jairbolsonaro. Carlos ou o pai?

Barão de Itararé bate meta e mantém sede

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Enfrentando graves dificuldades devido à conjuntura política, à criminalização e aos ataques contra o movimento social e sindical no Brasil, o Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé apostou na solidariedade para garantir, pelo menos, mais um ano de existência e de manutenção de sua sede física. Após três meses de campanha, já podemos comemorar: a meta de R$ 50 mil foi superada e o Barão segue na luta, com a casa aberta!

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Ataque à Previdência: farsa antecede tragédia

Por Henrique Júdice Magalhães, no site Correio da Cidadania:

Em de­zembro úl­timo, a So­ci­e­dade Ita­liana de Ge­ron­to­logia e Ge­ri­a­tria de­clarou que só a partir dos 75 anos (e não mais 65) al­guém deve ser con­si­de­rado idoso na­quele país. A prin­cipal razão é o au­mento da ex­pec­ta­tiva de vida, que, em 2016, chegou a 83,4 anos.

Um mês de­pois, a Itália re­duziu de 67 para 62 anos (ho­mens) ou 58 (mu­lheres) a idade mí­nima de apo­sen­ta­doria para quem não atingir o tempo de con­tri­buição que a dis­pensa, além de manter mais duas com­bi­na­ções com idade mais alta e menos tempo de tra­balho.

No Brasil, a ex­pec­ta­tiva de vida é bem menor (75 anos). Mas o go­verno quer acabar com a aposentadoria só por tempo de con­tri­buição e impor idades mí­nimas mai­ores: 65 (H) e 62 anos (M), que au­men­ta­riam cada vez que a ex­pec­ta­tiva de vida crescer, sem re­dução se ela cair.

Seis mitos sobre o “bom” capitalismo

Por Umair Haque, no site Outras Palavras:

Sempre que escrevo sobre capitalismo, coisas estranhas e engraçadas acontecem. “Isso não é nem capitalismo, cara. Cresce!” Não é? Aparentemente capitalismo significa o que qualquer um queira que signifique, e portanto, é qualquer coisa que alguém quer que seja. Assim como todo Deus, creio, capitalismo é tudo para todas as pessoas. Mas isso nos deixa ainda mais incapazes de realmente compreender muito — nos deixa cegos, confusos e andando para trás. Tempos sombrios espreitam, ao fim do caminho em que não se faz perguntas. É, mais ou menos, para onde os EUA, talvez o mundo, estão caminhando.

Vamos discutir alguns mitos do capitalismo, cada um baseado em uma definição diferente do termo – e ver se conseguimos entender um pouco mais sobre o que ele “realmente” é.

Direto de Caracas: Maduro não cai tão cedo

Por Renato Rovai, em seu blog:

Desde domingo (24) estou na Venezuela. Ou seja, é pouco tempo para fazer uma leitura mais qualificada do país, a despeito de ser esta a quarta vez que estou aqui. As outras três se deram entre 2002 e 2007, quando Chávez era presidente. Em tempos de Maduro, esta é a primeira.

Faz quase 12 anos que não botava o pé em Caracas e por isso seria leviano em tão pouco tempo sair fazendo muitas afirmações. Mas vida de jornalista é assim. Se observa, conversa com especialistas, ouve quem está vivendo a realidade, estuda um pouco a história e às vezes, quando acha conveniente, emite opiniões.

Pois bem, os relatos jornalísticos vou fazer depois com mais calma, inclusive para sustentar essa opinião que corre o risco de ser derrotada pelos fatos subsequentes. Esse risco sempre existe.

Crise na Venezuela pode derrubar Bolsonaro

Por José Carlos de Assis, no blog Cafezinho:

O auto-proclamado presidente da Venezuela, Juan Guaidó, que conseguiu arrastar em sua patética aventura política outros vassalos do Departamento de Estado norte-americano, inclusive o aloprado ocupante do Itamaraty, tem interessante paralelo histórico. Numa dessas coincidências de programação que contrapõe ao noticiário manipulado a vida real, a Globo anunciou que ir passar ontem o filme “O último Rei da Escócia”, sobre a vida do sanguinário ditador de Uganda, Idi Amin Dada. Num de seus momentos de loucura, Idi Amin se proclamou Rei da Escócia. Como Guaidó em relação à Venezuela, e com idêntica legitimidade!

Arapuca da reforma corrói aposentadoria

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A Folha abre manchete hoje para algo extremamente perigoso, que pouca gente havia reparado no texto da reforma previdenciária: o fim do reajuste obrigatório dos proventos de aposentadoria, retirando da Constituição o que diz o parágrafo 2° do seu artigo 201:

Art. 201. Os planos de previdência social, mediante contribuição, atenderão, nos termos da lei, a:
(…)


§ 2º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei.

Monsanto no banco dos réus. Já no Brasil...


Um julgamento que começou nesta segunda-feira nos EUA coloca mais uma vez a multinacional do veneno Monsanto no banco dos réus. O fazendeiro norte-americano Edwin Hardeman, de 70 anos, acusa o pesticida Roundup (nome comercial do glifosato) de ser o responsável pelo câncer que lhe afeta, diagnosticado em 2015. Em 2015, a Agência Internacional Para Pesquisa do Câncer da Organização Mundial de Saúde já associou o uso de glifosato à doença, mas a empresa continua negando que o produto seja cancerígeno.

Lula enviou provas à ONU e será inocentado

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Dezoito juízes do Comitê de Direitos Humanos da ONU se reúnem três vezes ao ano para deliberarem sobre denúncias de cidadãos dos Estados-parte do Organismo contra seus governos por violação de direitos humanos. Essas 18 pessoas vão impor ao Brasil uma derrota política gigantesca no caso do ex-presidente Lula.

Nos últimos anos, a Organização das Nações Unidas recebeu toneladas de provas enviadas pela defesa do ex-presidente Lula que corroboram suas denúncias de que vem sendo alvo de perseguição política pelo Estado brasileiro; agora, a hora de “a onça beber água” está extremamente próxima.

No mês de março, após três anos de seguidas denúncias, finalmente a ONU vai tomar uma decisão definitiva sobre a queixa do ex-presidente.




Bolsonaro afina com Boeing e entrega Embraer

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Em sua primeira semana no Planalto, Jair Bolsonaro comentou sobre a venda da Embraer à Boeing, tratativa que irá desfalcar o país da última empresa brasileira presente no mercado mundial de tecnologias. Mesmo empregando o termo "fusão", inadequado para um acordo que implicará na compra de uma parte pela outra, o presidente deixou escapar uma crítica à transação.

"Seria muito boa essa fusão, mas é uma preocupação nossa daqui cinco anos tudo ser repassado para o outro lado. É um patrimônio nosso", disse Bolsonaro.

Previdência e trabalho: perspectiva negativa

Por Marcio Pochmann, na Rede Brasil Atual:

A motivação principal das lutas em defesa da aposentadoria e pensão se encontra na perspectiva de não depender a sobrevivência do recebido de rendimento exclusivo da contraprestação do exercício do trabalho à vontade de outro (trabalho heterônomo). De um lado porque o sistema capitalista não garante demanda de trabalho para todos e, de outro, devido a incapacidade de oferecer trabalho ao longo do tempo de vida (doença, deficiência, envelhecimento)

Por conta disso que, há mais de 200 anos foram constituídos, em diversos países, esquemas de aposentadoria e pensão que viabilizassem a inatividade no trabalho heterônomo para os trabalhadores para situações previstas antecipadamente. O financiamento a esses esquemas requereu, com o tempo, fontes diversas e crescentes, não apenas oriundas de quem exerce o trabalho heterônomo.

Pacote de Moro pode criminalizar sindicatos

Por Camila Marins

Anunciado, no início de fevereiro, o pacote anticorrupção e de combate ao crime organizado, proposto pelo Ministro Sérgio Moro, entrou em tramitação no dia 19/2, no Congresso Nacional. A proposta pretende a alteração de 14 pontos do Código Penal, Código de Processo Penal, Lei de Execução Penal, Lei de Crimes Hediondos e Código Eleitoral. No entanto, alguns pontos do pacote atravessam a objetividade da legislação e afirmam uma subjetividade que pode aprofundar a seletividade da justiça, o encarceramento em massa, a letalidade policial e ferir a presunção de inocência. Algumas das polêmicas versam sobre a subjetividade imputada ao conceito de “organização criminosa”, que pode atingir movimentos social e sindical. 

Reforma e crise política no Brasil

Do site da Fundação Maurício Grabois:

Acontece no dia 28 de fevereiro, a partir das 14 horas, no Centro de Documentação e Memória (CEDEM), da Unesp, o lançamento do livro Reforma e crise política no Brasil: Os conflitos de classe nos governos do PT, escrito pelo cientista político Armando Boito Jr., Professor Titular da Unicamp. Além da presença do autor, evento reúne os professores João Quartim de Moraes e Augusto Buonicore.

Lançada em conjunto pela Editora Unicamp e Editora Unesp, a obra é resultado de um projeto temático coordenado pelo autor e patrocinado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). O lançamento é precedido de um debate sobre o livro, no qual estarão presentes, além do autor, os professores João Quartim de Moraes e Augusto Buonicore.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2019

União de sindicatos é tendência global

Do site Mundo Sindical:

A Força Sindical, que reúne quase 1,3 mil sindicatos representantes de 1,6 milhão de trabalhadores, colocou à venda a sede da entidade, um prédio de 12 andares no bairro da Liberdade, em São Paulo, por R$ 15 milhões. Sem a parte do imposto sindical que recebia – que em 2017 somou R$ 45 milhões –, a central perdeu mais de 80% de sua receita.

O secretário-geral João Carlos Gonçalves, o Juruna, diz que provavelmente a Força vai ocupar algumas salas do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo, onde esteve até os anos 90, antes de adquirir sua sede própria.

Adianta derrubar Maduro na Venezuela?

Por Marcelo Zero

O 23 de fevereiro fracassou, para a oposição e os EUA, na Venezuela.

Maduro resistiu e decidiu romper relações com a Colômbia de Iván Duque, sabujo dedicado do Império.

Nossa imprensa oligárquica, que não conseguiu esconder sua torcida pela morte de Chávez, no golpe de 2002, agora não consegue ocultar sua decepção. Achava que o golpe deste ano já estava consumado.

Mas o fracasso do dia 23 não significa o fracasso do golpe. Os EUA e seus miquinhos amestrados continuarão a forçar a derrubada de Maduro por todos os meios.

Só bancos ganham com PEC da Previdência

Por Juca Guimarães, no jornal Brasil de Fato:

A coordenadora de pesquisas do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Patrícia Pelatieri, analisou todos os pontos da Proposta de Emenda Constitucional nº 6/2019, do governo Jair Bolsonaro (PSL), que altera o sistema previdenciário brasileiro. A elaboração da proposta foi supervisionada pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, defensor da política neoliberal e favorável à atuação dos bancos e empresas privadas com a menor regulamentação estatal possível.

Desocupação atinge recordes históricos

Por Ana Luíza Matos de Oliveira, no site da Fundação Perseu Abramo:

Apesar da queda da taxa nos últimos meses, a desocupação tem atingido fortemente os grandes núcleos urbanos brasileiros. É o que mostram os dados regionalizados do Instituto Brasileiro de geografia e Estatística (IBGE). No gráfico abaixo, montado com dados da instituição, percebe-se a taxa de desocupação média anual nas capitais para o ano de 2018. Destacam-se as capitais (em laranja) em que a taxa de desocupação atingiu o maior valor dos últimos sete anos, mostrando que, apesar da queda nos últimos meses, a situação do mercado de trabalho em algumas capitais está dramática.

Bolsonaro sucumbirá frente à mídia tradicional

Por Marco Aurélio Cabral Pinto, no site Brasil Debate:

1. Ultraliberalismo neopentecostal

Enquanto os detalhes para a compreensão da macroeconomia encontram-se nas finanças, para a microeconomia interessam as tecnologias e suas transformações estruturais, de longo termo. De um lado, banqueiros, de outro, grupos industriais.

No Brasil, a hegemonia financeira sobre o Estado se impôs desde o fim dos anos oitenta, quando se estabeleceram as condições para renegociação da então impagável dívida externa. Tomadas conjuntamente, a liberalização, o programa de privatizações e a sobrevalorização cambial permitiram a reinserção do Brasil no sistema financeiro internacional.

O carnaval dos generais e dos 'olavetes'

Por Ricardo Kotscho, em seu blog:

No grande picadeiro federal, os ministros olavetes endoidaram de vez.

Ficam batendo palmas para ver louco dançar, enquanto os generais do Planalto não se entendem sobre o que fazer com a Venezuela.

A porta-bandeira Dalmares e o mestre-sala colombiano evoluem com garbo pela avenida da insensatez, trocando o samba pelo Hino Nacional ao pé da goiabeira.

O chanceler aloprado quer guerra a qualquer preço e, sem saber o que fazer, o capitão sumiu até das redes sociais.

O fracasso de Trump na batalha de Cúcuta

Por Jeferson Miola, em seu blog:                           

Washington concebeu a batalha de Cúcuta, na Colômbia [23/2], para ser o momento apoteótico da derrubada do presidente constitucional da Venezuela, Nicolás Maduro.

A maior reserva de petróleo do mundo existente no país caribenho é o motivo para os EUA se auto-conceder o direito de provocar, agredir, invadir e tentar mudar o regime de uma nação livre, independente e soberana, em notória ofensa à Carta de Princípios da ONU [aqui].

De Cúcuta, cidade colombiana fronteiriça com a Venezuela, o autodeclarado“presidente encarregado” [sic] Juan Guaidó, num gesto épico, atravessaria a ponte que liga os 2 países com caminhões carregados de alimentos e remédios – e, suspeita-se, carregado também de armas para serem distribuídas a sicários e contrarrevolucionários – doados pelos EUA como “ajuda humanitária”.

Juíza censura em 'segredo' e imprensa se cala

Por Marcelo Auler, em seu blog:

“Pois é definitiva a lição da História que, em matéria de imprensa, não há espaço para o meio-termo ou a contemporização. Ou ela é inteiramente livre, ou dela já não se pode cogitar senão como jogo de aparência jurídica”.

(…) “Não há liberdade de imprensa pela metade ou sob as tenazes da censura prévia, inclusive a procedente do Poder Judiciário”. (Ministro Carlos Aires Brito , no histórico voto na ADPF 130, em 30/04/2009)



A liberdade de imprensa – que Carlos Aires Brito, ministro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), já classificou como “irmã siamesa da democracia” – costuma ser um dos primeiros direitos constitucionais combatidos e renegados em ditaduras e/ou governos autoritários.

Milicianos e laranjas no PSL de Bolsonaro

Por João Filho, no site The Intercept-Brasil:

“Estão nomeando corruptos e gente de esquerda no segundo escalão. Não foi esse o combinado e o prometido durante a campanha. Falei para o ministro que, agindo assim, o governo está ‘dando pano para manga’ e aí vão bater mesmo”, disse a senadora do PSL Soraya Thronicke, como se o grande problema do governo estivesse no segundo escalão, e não no Planalto.

Não, senadora. Não estão batendo no governo por causa dos corruptos e “esquerdistas” do segundo escalão, mas pelos vários esquemas de desvios de verbas públicas em esquemas de candidatos laranja comandados por líderes do PSL. Também pelo envolvimento da família presidencial com o crime organizado do Rio de Janeiro. O noticiário desta semana mostra inclusive que há conexão entre os dois assuntos.

A 'narrativa política' do golpe da Previdência

Editorial do site Vermelho:

O Brasil não é para amadores. A frase atribuída a Tom Jobim é um bom ponto de partida para se desvendar a complexidade de uma proposta tão cruel, do ponto de vista social, como essa da “reforma” da Previdência Social, que tem elementos de “reforma” trabalhista para beneficiar unicamente o patronato; no caso, a inclusão da extinção do FGTS para os aposentados, que nada tem a ver com Previdência Social. Outra maldade, também fora da “reforma” propriamente dita, foi a inclusão do mecanismo que autoriza a aprovação de futuras mudanças nas regras de aposentadoria por meio de projetos de lei, que exigem menos votos no Congresso.

Bolsonaro asfixia o Cine Belas Artes

Por Altamiro Borges

Seguindo celeremente os passos do fascismo, que queimou livros, fechou teatros e cinemas e perseguiu artistas e intelectuais, o presidente-capetão Jair Bolsonaro tem reforçado o cerco à cultura no país. Desde sua posse, várias iniciativas já foram tomadas para estrangular o setor – inclusive com a extinção do ministério responsável por seu fortalecimento. A principal medida até agora, porém, tem sido a da asfixia do financiamento da criação artística. Nesta segunda-feira (25), em mais uma emblemática ação contra a cultura, a Caixa Econômica Federal anunciou o corte do patrocínio ao Cine Belas Artes, um dos cinemas mais famosos de São Paulo e do Brasil.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2019

Bolsonaro e Globo babam contra a Venezuela

Por Altamiro Borges

Após as facadas da semana passada, o “capetão” Jair Bolsonaro e a TV Globo – rotulada de “inimiga” pelo presidente nas mensagens de WhatsApp trocadas com o defecado ministro Gustavo Bebianno – voltaram a se unir por uma causa nada patriótica. Agora sob o comando do terrorista Donald Trump, a paz entre essas duas facções da cloaca burguesa nativa foi selada contra a Venezuela. O presidente, seus “pimpolhos” hidrófobos e seu chanceler aloprado se colocaram como capachos dos EUA na tentativa de iniciar uma guerra na fronteira com a desculpa esfarrapada da “ajuda humanitária”. As provocações ganharam a cobertura favorável, falaciosa e abjeta da Rede Globo com seu crônico complexo de vira-lata.

“Amigo particular” de Bolsonaro é reprovado

Por Altamiro Borges

São tantas sacanagens no bordel de Jair Bolsonaro que está difícil dar atenção a cada uma delas. Logo após tomar posse, o presidente do laranjal indicou o “amigo particular” Carlos Victor Guerra Nagem para ocupar o cobiçado cargo de gerente-executivo de Inteligência e Segurança Corporativa da Petrobras. Agora, a imprensa revela, sem maior alarde, que a estatal reprovou a indicação do cupincha por “falta de experiência para a função”. Como diria um âncora de televisão que concorre ao Oscar de maior puxa-saco do presidente-capetão, “é uma vergonha!”

Donald Trump: conspiração e estratégia

Por José Luís Fiori, no site Carta Maior:

“COUNTER FOREIGN CORRUPTION: Using our economic and diplomatic tools, the United States will continue to target corrupt foreign officials and work with countries to improve their ability to fight corruption so U.S. companies can compete fairly in transparent business climates.” Presidence of the United States, “National Security Strategy of the United States of America”, December 2017, Washington, p 22

Depois da eleição de Donald Trump, ficou muito mais difícil de prever o futuro do sistema mundial e as mudanças súbitas da política externa norte-americana, em particular com relação às Grandes Potências. Mas num aspecto, tudo ficou mais claro e transparente: o comportamento dos Estados Unidos frente aos países da “periferia” do sistema.

A guerra midiática contra a Venezuela

Por John Pilger, no blog Viomundo:

Viajando com Hugo Chávez, logo entendi a ameaça representada pela Venezuela. Em uma cooperativa agrícola no estado de Lara, as pessoas esperavam pacientemente e com bom humor no calor. Jarros de água e suco de melão foram servidos.

Uma guitarra foi tocada; uma mulher, Katarina, levantou-se e cantou com um contralto rouco.

“O que suas palavras disseram?”, Perguntei.

“Que estamos orgulhosos”, foi a resposta.

Os aplausos por ela se fundiram com a chegada de Chávez. Sob um braço carregava uma mochila cheia de livros. Usava sua grande camisa vermelha e cumprimentava as pessoas pelo nome, parando para ouvir. O que me impressionou foi sua capacidade de ouvir.

Trabalhar e contribuir mais, receber menos

Do site da Agência Sindical:

Institutos e especialistas convergem. A proposta de reforma previdenciária (PEC 6/2019) que o presidente Bolsonaro levou ao Congresso na quarta (20) mostra que a pessoa vai trabalhar mais, contribuir por mais tempo e receber menos.

A Agência Sindical teve acesso a vários textos. Um deles é da Queiroz Assessoria, de Brasília, dirigida pelo jornalista Antônio Augusto de Queiroz, que também é diretor do Diap.

Outro estudo (circulação interna, em fase de debates) foi produzido pelo Dieese e a CUT. O título é direto: “Os mais pobres pagam a conta”.

Encontro de Lima testará retórica de Mourão

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Ao participar de uma reunião do grupo de Lima, na qual uma bancada latino-americana de governos submissos a Washington irá discutir os próximos passos para derrubar Nicolas Maduro, o general Hamilton Mourão será submetido a um teste de grande interesse para o país - e também para seu futuro político.

Até agora, Mourão tem cumprido um papel particular nos debates sobre o assunto. Enquanto o próprio Bolsonaro deixa claro seu alinhamento com Donald Trump - até bateu continência para John Bolton, um dos mais radicais assessores do presidente dos Estados Unidos, com um papel relevante na guerra do Iraque -, o general vice-presidente tem feito o contraponto interno num momento crucial na política externa brasileira.

E depois de Bolsonaro?

Por Roberto Amaral, em seu blog:

O óbvio está escancarado.

O capitão não tem condições de presidir o país: carece de atributos éticos, intelectuais e cognitivos. Pensa com dificuldade, incapaz de uma abstração; cinge-se ao bê-á-bá do fascismo primário, já de si de poucas palavras, claudica na leitura dos discursos. Seus assessores parecem orientados a utilizar, nos textos que lhe preparam, um repertório de aluno do ensino médio.

De tudo isso já se sabia desde que o capitão-paraquedista foi intimado a abandonar a carreira no Exército que não honrou, pois sempre foi um mau oficial, na sentença do insuspeito general Ernesto Geisel.

Polícia nunca matou tanto no Rio de Janeiro

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

A nota publicada no site do Instituto de Segurança Pública (ISP) do governo do Rio, sobre a queda de 18% na taxa de homicídio doloso no estado, em janeiro deste ano, é um tanto ridícula, porque a comparação é feita com o mesmo mês de 2018.

Um índice desse tipo tem de ser feito, por razões óbvias, com o mês anterior, e aí notamos um forte aumento de 26% no número de mortes violentas no estado.

Em janeiro de 2019, 563 pessoas foram assassinadas no estado do Rio. Definitivamente, isso não é motivo de comemoração. É uma taxa de países em guerra.

Moro atira em pobres, negros e periféricos

Do site da Fundação Maurício Grabois:

O pacote anticrime do ministro Sérgio Moro “carece de embasamento teórico suficiente, de análise de impacto social e de uma efetiva construção democrática, configurando-se ineficaz”. É assim que as Defensorias Públicas do RJ e SP, IDDD (Instituto de Defesa do Direito à Defesa) e o Ibccrim (Instituto Brasileiro de Ciências Criminais) definem as propostas do governo de Jair Bolsonaro para a segurança pública, incluindo os decretos de posse de armas e de indulto de presos. As críticas estão em um documento desenvolvido e aprovado nesta sexta-feira (15/2), durante o seminário “Recrudescimento Penal e a Política Criminal no Brasil” realizado em São Paulo. Pelo menos outras 29 entidades assinam o manifesto.

Alcolumbre: Voto aberto, patrimônio oculto

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

A parelha Rodrigo Maia-Davi Alcolumbre, na qual o governo Bolsonaro aposta para puxar a pesada reforma previdenciária no Congresso, pode ter ficado manca, hoje, com a revelação da Folha de que o presidente do Senado, reiteradamente, ocultou seu patrimônio nas declarações de bens apresentadas à Justiça Eleitoral ao longo de seis eleições, desde 2002.

A vitória de Maduro foi espetacular

Por Gilberto Maringoni

É preciso dizer COM todas as letras: Nicolás Maduro obteve uma vitória incontestável e espetacular contra a tentativa de derrubá-lo através da entrada forçada de uma torta "ajuda humanitária", articulada pelo Departamento de Estado, com auxílio da Colômbia e do Brasil. Inquestionável e espetacular, não menos que isso.

Os Estados Unidos demoraram a encontrar uma tática para retirar Maduro do poder que fosse palatável à opinião pública global. Quando Donald Trump declarou, na ONU em 26 de setembro do ano passado, que "Todas as opções estão na mesa, todas. As mais e menos fortes. E já sabem o que quero dizer com forte", estava se referindo a uma intervenção militar direta. Mariners e boinas verdes marchariam sobre Caracas.

Mídia abafa alta do desemprego nas capitais

Por Altamiro Borges

Na quinta-feira (21), o IBGE divulgou um dado alarmante sobre o índice de desemprego nas capitais brasileiras. Segundo o instituto, o número de desocupados registrou em 2018 a maior alta dos últimos sete anos em 14 das 27 capitais do país. Na cidade de São Paulo, que concentra o maior número de trabalhadores do Brasil, o percentual subiu de 13,5% para 14,2%. Além da capital paulista, as outras que registraram aumento do desemprego foram Porto Alegre, Rio de Janeiro, Vitória, Salvador, Aracaju, Maceió, Recife, João Pessoa, Teresina, Macapá, Belém, Boa Vista e Porto Velho.

domingo, 24 de fevereiro de 2019

Papa expulsa padre-tarado e bolsonarista

Por Altamiro Borges

Desconfie sempre das “otoridades” que rosnam contra a corrupção e se dizem seguidoras do “ético” Jair Bolsonaro – inclusive dos padres, bispos e pastores. Na quarta-feira (20), por ordem direta do Papa Francisco, o goiano Jean Rogers Rodrigo de Sousa, mais conhecido como padre Rodrigo Maria, perdeu o status clerical. Ordenado sacerdote há 19 anos, ele foi acusado por ex-freiras e ex-noviças de ter cometido crimes de abuso sexual e agora é expulso da Igreja Católica. A punição, a mais dura que o Vaticano pode impor a um clérigo, é o desfecho de uma longa investigação canônica e atinge o religioso que, após ser transferido para inúmeras dioceses, atualmente respondia aos bispos da cidade paraguaia de Ciudad del Este.

A “laranja” generosa de Bolsonaro no RS

Por Altamiro Borges

O PSL, o partido de aluguel que garantiu a eleição de Jair Bolsonaro, está com jeito de organização criminosa e ainda pode dar muitas dores de cabeça ao presidente-capetão. Já batizado de Partido Só de Laranjas, a sigla direitista e fisiológica aproveitou a onda fascistizante no país e deu carona para centenas de oportunistas. As primeiras descobertas da sujeirada já resultaram na degola do ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gustavo Bebianno, que presidiu a legenda durante as eleições – e sabe de todas as sacanagens obradas na campanha. Aos poucos, outros bandidos serão descobertos – mesmo sem a ajuda do “juiz” Sergio Moro, o agora superministro do laranjal. Um caso hilário é o da candidata ao Senado que ludibriou 1,5 milhão de gaúchos.

Guerra! Na Venezuela e no Brasil

Por Marcelo Zero

Na Venezuela, montou-se o cenário ideal para uma operação “false flag”.

Operação false flag ou operação de falsa bandeira são operações conduzidas por governos ou grupos que visam culpar “inimigos” pela violência cometida, criando-se, assim, condições propícias para a derrubada de regimes ou para a deflagração de conflitos.

A história está cheia de exemplos de operações desse tipo.

Um exemplo clássico é o Incidente de Mundken ou Incidente da Manchúria.

Em 1931, o Japão que ocupava a Manchúria e estava interessado em ocupar o resto da China, explodiu um setor de uma ferrovia japonesa e culpou ativistas chineses pelo crime.

Bolsonaro e a necessidade do estado policial

Por Paulo Pimenta, no site Sul-21:

Chegam ao Congresso nesta terceira semana de fevereiro, os dois projetos que sustentam a permanência do capitão no mais alto posto do país: o pacote anticrime do ministro da justiça – prudentemente expurga o capítulo que tratava de Caixa 2, para evitar contaminações que poderiam leva-lo à derrota no plenário – e a Reforma que pretende liquidar com a Previdência Pública no Brasil, expurga o capítulo sobre a aposentadoria dos militares, por razões óbvias, considerando o perfil de um governo que mostra à sua frente os rostos caricatos de quatro generais. Aliás, o Brasil arrasta consigo historicamente uma queda irreprimível pela caricatura: um dos quatro generais é o Floriano Peixoto, ressuscitado…

Ricardo Salles e a mentira sobre Yale

Por Leandro Demori, no site The Intercept-Brasil:

Em 11 de setembro de 2012, um quase desconhecido Ricardo Salles publicou um artigo na Folha de S. Paulo intitulado “Privatização, ainda que tardia”. Ao fim de uma defesa apaixonada da venda dos aeroportos brasileiros, o texto do atual ministro do Meio Ambiente termina com sua biografia resumida em apenas uma linha. “Ricardo Salles, 36, mestre em direito público pela Universidade Yale, é advogado e presidente do Movimento Endireita Brasil”. Yale. Uau. Ali estava alguém que sabia do que estava falando.

A farsa da 'ajuda humanitária' à Venezuela

Do site Vermelho:

O governo Donald Trump - apoiado pelos presidentes do Paraguai, Colômbia, Chile e do Brasil - desencadeou neste sábado (23) uma pretensa ofensiva final para tentar derrubar o presidente eleito da Venezuela, Nicolas Maduro. Com ampla cobertura midiática internacional, montou-se uma farsa de ajuda humanitária nas fronteiras da Venezuela com a Colômbia e, também, com o Brasil.

Caminhões de comida e remédio foram transformados, literalmente, em palanque, para Juan Guaidó, fantoche dos Estados Unidos, autoproclamado “presidente interino da Venezuela, pregar a deposição de Maduro.