quarta-feira, 31 de março de 2021

Bolsonaristas entram em crise com os milicos

Por Altamiro Borges

A aparente refrega entre o capitão e os generais – com as quedas do ministro da Defesa e dos comandantes do Exército, Marinha e Aeronáutica – está deixando os bolsominions ainda mais paranoicos, malucos. Segundo a revista Veja, "perfis bolsonaristas ‘entram em parafuso’ e temem ‘golpe’ contra governo".

Os grupelhos fascistas, que rosnavam por "intervenção militar" em deprimentes atos na frente dos quartéis, agora acham que isto pode se voltar contra o "mito". Para ele, os generais foram corrompidos pela oposição e podem até derrubar o “capetão”. Haja maluquice! Camisa-de-força urgente!

Os números do genocídio: 3950 mortes no dia!

Por Altamiro Borges

O consórcio de veículos de imprensa divulgou o número de mortos desta fatídica quarta-feira (31). É algo assustador, entristecedor, revoltante. O Brasil desgovernado pelo genocida Jair Bolsonaro voltou a bater recorde nessa conta macabra: foram registrados 3.950 óbitos nas últimas 24 horas.

Pela primeira vez desde o início da pandemia, o país anota mais de 20 mil mortes numa única semana. Março fecha como o pior mês da crise, com 66.868 óbitos. No total, o Brasil já contabiliza 12.753.258 casos e 321.886 óbitos por Covid-19 desde o início desta tragédia.

Nas cordas, Bolsonaro tenta fuga pra frente

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Isolado em seu labirinto, soterrado por 300 mil mortos e um estrondoso fracasso econômico e gerencial, Bolsonaro empreendeu uma “fuga para a frente” com o sacolejão ministerial desta segunda-feira.

Rendeu-se mais uma vez ao Centrão sem contentá-lo e semeou uma crise militar com a demissão do general Fernando Azevedo do Ministério da Defesa, que levará à trocas dos comandantes das três armas.

Agora há uma trincadura em sua relação com os militares, e isso só fará aumentar as tensões.

O safanão que ele deu no tabuleiro para mostrar-se dono da agenda e da iniciativa não trará qualquer alívio para a grande agrura da população, que anseia por vacina, emprego e renda.

Serviu, porém, para nos mostrar que ele não dispõe do conjunto das Forças Armadas para o autogolpe que continua desejando, embora elas também não tenham coesão para liderar ou somar-se a um movimento para encerrar o trágico experimento que é seu governo.

Bolsonaro esticou demais a corda

Por Luis Felipe Miguel

O único nome de algum peso nas nomeações de ontem é o novo ministro da Justiça, reforço à ala mais truculenta do governo.

Bolsonaro esticou demais a corda e gerou a crise que culminou na dança das cadeiras de ontem - e que prossegue hoje, com os comandantes das três armas colocando os cargos à disposição.

Foi incapaz de manter a fachada de civilidade e racionalidade, que é tudo que "as instituições" esperam dele e de seu governo.

Seria talvez difícil para Ernesto Araújo se "reinventar" como um sujeito equilibrado, mas Bolsonaro poderia tê-lo substituído antes, sem esperar que a situação se tornasse explosiva.

Mas para isso Bolsonaro também teria que se reinventar - e ele parece incapaz disso. Está preso à persona política que sempre cultivou.

Entre o mito e seus seguidores destacados há uma notável continuidade.

O Brasil que poderia ter sido, e será

Enviado por Silvio Tendler

O Brasil que poderia ser e será
Abaixo a morte. Viva a vida!

Jair Messias Bolsonaro, o genocida, defende o que de pior aconteceu durante a ditadura que teve início em 1964 e durou 21 anos: sequestros, prisões, tortura, estupros, assassinatos.

Sabotou as vacinas, não quis comprá-las, incentivou a população a não usar máscaras e a contaminar-se. Este genocida é o maior responsável por mais de 320 mil mortes, mais de 12 milhões de contaminados, unidades de saúde e UTIs abarrotadas, pessoas morrendo nas filas dos hospitais, profissionais de saúde esgotados, caos no sistema.

Hoje, 31 de março, 57 anos após o golpe de 64, o genocida orquestrou mais uma de suas provocações: convocou para comemoração nos quartéis. Generais apijamados, por falta do que fazer, fizeram coro. Na Ordem do Dia, o ministro da Defesa recém-empossado, celebrou o golpe que impediu as reformas agrária, urbana, tributária e política que modernizariam o Brasil.

A crise do cotovelo e a questão militar

Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Não fôssemos antes, somos obrigados agora a olhar com mais atenção às movimentações militares. Dito de outra maneira, às manobras do atual presidente, sobretudo com a demissão do general Fernando Azevedo do Ministério da Defesa, causadora de turbulência nas três forças só comparável à demissão de Ednardo D’Ávila Melo, em 1976, e Sylvio Frota por Ernesto Geisel, em 1977, anos de mortes e turbulências. Nas últimas horas, os comandantes das três forças decidiram pedir demissão em nítido protesto contra a demissão de Azevedo. Colocaram seus cargos à disposição do novo ministro da Defesa, general da reserva Walter Braga Neto, Edson Leal Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Bermudez (Aeronáutica).

Bolsonaro fecha o cerco

Por José Dirceu, no site Poder-360:


Sempre é arriscado escrever em cima dos fatos. Mas temos experiência suficiente e já conhecemos bem nosso personagem para dizer, a exemplo de outros analistas, que o presidente da República, na prática, saiu das cordas e reforçou seu controle sobre peças-chave do xadrez de seu governo. Braga Netto assume o Ministério da Defesa no lugar de Fernando Azevedo, que, pela sua nota e por fatos recentes como declarações do diretor de RH do Exército, general Paulo Sérgio, na linha oposta à do governo na mais importante questão hoje do país, a pandemia, caiu porque pretendeu manter as Forças Armadas fora da estratégia bolsonarista.

Bolsonarismo derrete e arma barricadas

Por Simão Zygband, no site Construir Resistência:

Anteriormente escrevi na minha coluna que o presidente em decomposição, Jair Bolsonaro, como todo bom psicopata, iria criar problemas maiores do que criou o seu amigo Donald Trump ao perder as eleições norte-americanas. O ex-presidente dos EUA demorou para reconhecer a derrota e quase teve que ser posto para fora da Casa Branca a pontapés.

Bolsonaro, um admirador do torturador Brilhante Ustra – e só por isso jamais deveria ter sido eleito e sim preso por apologia à tortura, crime previsto no Código Penal, – vendo que sua popularidade despenca a cada dia, que México, Argentina, Bolívia, entre outros colocaram fim à era de governos de direita, decidiu armar uma “barricada” para tentar se perpetuar no poder.

Bolsonaro e o Exército para chamar de seu

Por Fernando Brito, em seu blog:

Perdoem-me pela crueza os arrependidos, os que “não sabiam” que Jair Bolsonaro é um fascista, um autoritário e alguém que cuida do poder como de uma empresa familiar, se há algo que não se pode dizer do atual ocupante do Planalto é que ele deixa bem claro o que é e o que quer.

Pouca gente deu a devida importância quando, dias atrás, falando às suas falanges de fanáticos, referiu-se a “seu” Exército.

Pois é esta ideia de instrumento pessoal de poder que Bolsonaro tem das Forças Armadas, não a de serem “instituições de Estado”, como frisou ontem em seu “bilhete de despedida” o agora ex-ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva.

Cavalo de Troia pode deixar militares a pé

Arte: Gladson Targa
Por Maria Inês Nassif, no Jornal GGN:

É falsa a imagem construída de Jair Bolsonaro, de líder popular de extrema-direita que ganhou as eleições e escolheu militares para ocupar a avassaladora maioria das posições de comando de seu governo. Um raciocínio invertido pode tornar muito mais compreensível a crise militar que eclodiu dentro do gabinete do presidente-capitão, com a demissão do ministro da Defesa, o general Fernando Azevedo e Silva.

A perigosa cartada do desespero

Por Gilberto Maringoni, no site Outras Palavras:


1. A maior ameaça à democracia das últimas horas não partiu da Esplanada dos ministérios com sua frenética dança das cadeiras. O perigo morava nas imediações do Farol da Barra, em Salvador, e do uso que hordas bolsonaristas queriam fazer do delírio suicida do soldado Wesley Soares. Este abriu fogo de fuzil em praça pública na noite de domingo, depois de se paramentar como boina verde de filme da Marvel.

2. Qual era a ideia? A de Soares morreu com ele. A do bolsonarismo era previsível. A inacreditável Bia Kicis, com a habilidade de um capitão de mega cargueiro no canal de Suez, deu o tom. “Morreu porque se recusou a prender trabalhadores. Disse não às ordens ilegais do governador Rui Costa da Bahia. Esse soldado é um herói. Agora a PM da Bahia parou. Chega de cumprir ordem ilegal!”. Era a senha para um motim, logo engrossada pelo siderado Soldado Prisco, ex-PM e atual deputado estadual. Seriam imprevisíveis as repercussões nas forças policiais de outros estados, base fértil do bolsonarismo.

O Partido Militar e a mudança ministerial

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Não é nada trivial, para não dizer raríssimo, acontecer a súbita demissão de 6 ministros e, em pouco mais de 2 horas, todas as substituições serem velozmente processadas.

Igualmente raro é o clima geral de normalidade na imprensa e nos meios políticos com os novos titulares acomodados nas vagas abertas, sem maiores celeumas.

É custoso acreditar que haja improviso neste vertiginoso e, aparentemente, metódico processo. O contexto leva a crer que possa ter sido uma operação planejada previamente.

Afinal, só se tinha como certa e inevitável a demissão de um único ministro, o lunático Ernesto Araújo, e não se tinha a menor ideia de que o substituto seria o inerte diplomata Carlos França, que fará de boca fechada o mesmo que o bufão antecessor fazia com histrionismo.

Acuado, Bolsonaro entra em pânico

Por Renato Rovai, em seu blog:


O governo Bolsonaro é hoje um espectro daquele que assumiu em janeiro de 2019 com forte apoio do setor financeiro, da classe média, da mídia, do alto empresariado, das Forças Armadas, do Judiciário, da Lava Jato, dos EUA, de Trump e também do povão.

Em janeiro de 2019, Bolsonaro já tinha oposição aguerrida, mas ao mesmo tempo sufocada. À mercê do que pudessem vir a ser os erros e acertos do governo que chegava. Mais disso do que da sua capacidade de operar uma resistência organizada e forte a uma agenda que prometia intervenções pesadas na economia e nos direitos humanos.

Bolsonaro chegava como um imperador num cavalo branco. Algo meio um Napoleão com uma agenda ultraneoliberal e fascista.

Brasília vive terremoto de especulações

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

Jair Bolsonaro finalmente cedeu e “aceitou” o pedido de demissão do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. Se a queda do “chanceler” já era esperada desde a semana passada, a súbita saída do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, surpreendeu Brasília e provocou um terremoto de especulações. Horas depois, foram anunciadas oficialmente mudanças em seis ministérios. O general Braga Netto deixa a Casa Civil para substituir Azevedo e Silva e o general Luiz Eduardo Ramos (da Secretaria de Governo) assume a Casa Civil. A Justiça passa a ser chefiada pelo delegado da Polícia Federal Anderson Gustavo Torres. O embaixador Carlos Alberto Franco França assume o Itamaraty. E André Luiz de Almeida Mendonça – que já chamou Bolsonaro de “profeta” – ocupa o lugar de José Levi na Advocacia-Geral da União (AGU). E a Secretaria de Governo fica com o Centrão: a deputada federal Flávia Arruda (PL-DF) assume o posto.

A diplomacia desastrosa de Bolsonaro

Editorial do site Vermelho:

A crise política que resultou na queda do ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo – no bojo da mudança de seis integrantes do ministério – é mais um sintoma do desastre representado pelo governo Bolsonaro. Não é possível dissociar as irresponsabilidades do ex-comandante do Itamaraty da política global bolsonarista. Ernesto Araújo apenas seguiu à risca o fanatismo da extrema direita que governa o Brasil, negando os mais elementares princípios da ciência e do bom senso para enfrentar a grave crise econômica e sanitária que castiga o país.

segunda-feira, 29 de março de 2021

Bia Kicis, a fascista da CCJ, incita motim da PM

Por Altamiro Borges


A deputada Bia Kicis (PSL-DF), a fascista indicada para presidir a Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, incitou na madrugada desta segunda-feira (29) o motim da PM na Bahia após confronto que resultou na morte do policial Wesley Soares Góes. A atitude da provocadora exige uma resposta imediata das forças democráticas. Ela será destituída da estratégica CCJ? A Comissão de Ética analisará a cassação do seu mandato? Ou todos serão cúmplices da fascistoide?

Segundo o noticiário, em um aparente surto psicótico, o soldado fardado e armado com fuzil e pistola foi no domingo ao Farol da Barra, um dos principais pontos turísticos de Salvador, e disparou tiros para o alto. Após quase quatro horas de negociação, ele abriu fogo contra o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), que reagiu – conforme mostram os vídeos. Socorrido, o policial morreu no Hospital Geral do Estado.

General Azevedo e Silva abandona o laranjal

Por Altamiro Borges

O laranjal de Jair Bolsonaro parece que está se desintegrando. Na semana retrasada, caiu o Eduardo "Pesadelo", o incompetente general da Saúde. Já nesta fatídica segunda-feira (29), mais dois ministros anunciaram suas saídas. Um já era esperado – o patético chanceler "Beato Araújo". O outro é uma surpresa: o general Fernando Azevedo e Silva.

O influente militar deixa o cargo de Ministro da Defesa sem explicar os motivos. Em uma nota lacônica, ele apenas agradeceu ao capitão-presidente, "a quem dediquei total lealdade ao longo desses mais de dois anos", e afirmou que "preservei as Forças Armadas como instituições de Estado". Será mesmo?

domingo, 28 de março de 2021

STF já remarcou o depoimento de Bolsonaro?

Por Altamiro Borges


No final de fevereiro, o Supremo Tribunal Federal adiou o depoimento que estava agendado de Jair Bolsonaro no inquérito que apura se houve interferência indevida do governo na Polícia Federal – conforme denúncia feita pelo ex-ministro Sergio Moro, que foi defecado do laranjal bolsonariano. O STF já remarcou o explosivo depoimento?

Na ocasião, o jornal Estadão avaliou que o adiamento objetivou evitar maiores tensões políticas entre os poderes Executivo e Judiciário. O STF acabara de mandar prender o deputado bolsonarista Daniel Silveira (PSL-RJ) e o clima estava carregado. “Nos bastidores do Supremo, a avaliação é que o ideal é esperar a poeira baixar e o ambiente político distensionar”, relatou o jornal.

O financiamento externo dos fascistas nativos

Por Altamiro Borges

Em 21 de fevereiro último, em entrevista ao Canal Livre, da TV Band, o ministro Dias Toffoli garantiu que já existem provas suficientes sobre o financiamento internacional para os atos fascistas realizados no Brasil. Até agora, porém, o Supremo Tribunal Federal (STF) não deu os nomes dos bandidos – dos financiadores externos e dos financiados. Perguntar não ofende: cadê as identidades dos criminosos?

"Esse inquérito que combate as fake news e os atos antidemocráticos identificou financiamento estrangeiro a atores que usam as redes sociais para fazer campanhas contra as instituições, em especial o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional", afirmou o sempre tão acovardado ex-presidente do STF. Ele ainda enfatizou que o dinheiro do exterior mostra que “não é um grupo de malucos” que ataca a democracia brasileira. “Há uma organização por trás disso, que ataca inclusive a imprensa tradicional e séria... Temos que estar atentos e o inquérito está em excelentes mãos”.

Carta de 300 diplomatas detona 'Beato Araújo'


Por Altamiro Borges

O chanceler Ernesto Araújo – batizado jocosamente de "Beato Araújo" nas rodas diplomáticas – parece que está para cair. Ninguém mais aguenta o olavete que só obra besteiras e ajudou a transformar o Brasil num pária internacional. Agora é uma carta assinada por mais de 300 diplomatas que detona o ministro aloprado.

Neste sábado (27), o texto foi divulgado acusando a atual política externa do laranjal bolsonariano de causar “graves prejuízos para as relações internacionais e a imagem do Brasil” e pedindo a saída imediata do fanático seguidor do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho do comando do estratégico Ministério das Relações Exteriores.

A criminosa estupidez de um boçal

Por Lygia Jobim, no site Carta Maior:


O tenente Bolsonaro, dando vazão a mais uma de suas obsessões, ampliou de quatro para seis o número de armas que cada pessoa pode ter. Algumas categorias, como agentes das Forças Armadas, policiais, magistrados e membros do Ministério Público, entre outras, podem ter até oito armas.

Com a inclusão destas duas últimas categoria o aumento do número de armamento em poder dos civis aumentou 65% em apenas dois anos. Segundo informação do jornal O Globo, civis agora podem comprar fuzis cujo uso era restrito às forças de segurança. O derrame entre a população nesse período foi de cerca de um milhão de armas e estas podem ser compradas pela internet para uso, teoricamente, em tiro esportivo e caça.

No ritmo atual, 400 mil mortes no fim de abril

Por Fernando Brito, em seu blog:


Não é “alarmismo”. É só aritmética e encarar os fatos sem a tentação da “esperança imotivada” que a todos nos faz “torcer” por soluções espontâneas.

Tivemos mais 3.500 mortes de ontem para hoje, o que levou a média semanal para 2.543 por dia.

Ainda que não suba mais – e vai subir, ao menos nos próximos dias – basta “manter isso aí” e teremos 397 mil mortes no último dia de abril.

400 mil mortes, portanto.

Se é alarmismo, alarmista em boa companhia, a do médico Dráuzio Varella, que escreve na Folha:

Não ao camarote empresarial da vacina

Por Alexandre Padilha, no jornal Brasil de Fato:

O camarote privado de vacinas contra a covid-19, seja clandestino ou legalizado, vai escancarar e aprofundar a desigualdade do país e irá piorar as ações de controle da pandemia.

No Brasil, existe um movimento feito por empresários que parece terem perdido a paciência com os obstáculos e a irresponsabilidade do presidente em relação ao programa de vacinação. Interessante notar que são empresários, na sua ampla maioria, apoiadores de Bolsonaro e deste governo

Ao invés de pressionarem o governo para comprar mais vacinas e acelerar o programa de vacinação, passaram a fazer aquilo que eles fazem sempre ao longo da vida: usar o dinheiro como força econômica para obter privilégios e para furar a fila.

O que faltou dizer na Carta dos Ricos

Por Maria Regina Paiva Duarte, no site Outras Palavras:


Em carta aberta à sociedade, ao governo (e ao mercado), um grupo de mais de 1.500 pessoas, entre empresários, economistas, acadêmicos, ex-ministros, ex-presidentes do Banco Central e banqueiros, exigem respeito. Intitulado “O país exige respeito; a vida necessita da ciência e do bom governo – carta aberta à sociedade referente a medidas de combate à pandemia”, o documento faz uma série de considerações sobre a situação sanitária e econômica no Brasil, e aponta medidas urgentes e necessárias para combater a pandemia. “Não é razoável esperar a recuperação da atividade econômica em uma epidemia descontrolada”, diz acertadamente o manifesto emitido no fim de semana.

Bolsonaro já procura substituto no Itamaraty

Por Eduardo Maretti, na Rede Brasil Atual:

O presidente Jair Bolsonaro resistiu, durante a semana, a demitir o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, apesar das pressões no Senado – a começar do próprio presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) – e também de governadores. Em seu papel na conduta desastrosa durante a pandemia pelo governo Bolsonaro o “chanceler” protagonizou, por exemplo, hostilidades contra a China, um dos principais parceiros comerciais do Brasil, além de fornecedora de vacina e de matéria prima para a fabricação de imunizantes contra a covid-19. Mas, em evento virtual de 30 anos do Mercosul nesta sexta (26), Bolsonaro discursou ao lado de Paulo Guedes (Economia) e do próprio Araújo, num claro sinal de apoio.

Vacina Butanvac vence o bolsonarismo

Editorial do site Vermelho:


O anúncio pelo governo paulista de que o Instituto Butantan está produzindo a vacina Butanvac contra a Covid-19, em parceria com o Hospital Mount Sinai, dos Estados Unidos, é uma grande notícia. Em meio à indiferença do governo Bolsonaro, sabidamente irresponsável quanto a medidas de combate à pandemia e a seus efeitos, essa vacina ganha ainda mais importância.

O Brasil possui todas as possibilidades para a produção de vacinas, comprovadamente um meio eficiente contra a disseminação do coronavírus. Países que adotaram a imunização em massa mostram resultados até surpreendentes na redução de mortes e contaminações, como os Estados Unidos. É a comprovação da ciência como caminho para enfrentar a situação, um alerta que ecoou pelo mundo tão logo a pandemia foi detectada.

sexta-feira, 26 de março de 2021

3.650 mortes e o avanço entre os mais jovens

Por Altamiro Borges

Jair Bolsonaro – e seus milicianos, como a deputada federal Bia Kicis (PSL-DF), a fascista que agora preside a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara Federal – não gosta quando é chamado de genocida. Mas nesta sexta-feira (26), o Brasil bateu novo recorde e registrou 3.650 mortes por Covid-19. Não há outro adjetivo: genocida, genocida, genocida!

Um dado ainda mais assustador neste avanço da pandemia no país é que a doença dispara entre os mais jovens. Em boletim divulgado na quinta-feira, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) confirmou o explosivo aumento de casos nas faixas etárias de 30 a 59 anos.

Ernesto Araújo é unanimidade: ninguém confia


O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, está pressionado no cargo e pode ser demitido nos próximos dias. Extremista e negacionista, o chanceler rompeu elos internacionais, o que isolou o país e inviabilizou a compra de vacinas contra covid-19.

O diplomata Celso Amorim, ex-ministro de Relações Exteriores e da Defesa, afirma que Ernesto Araújo se tornou uma “unanimidade negativa” no Brasil e no mundo.

“É o mínimo de dignidade ele sair. O chanceler está sendo criticado por todos, ele é uma unanimidade negativa. Todos desconfiam dele, sejam pela ideologia ou por sua incompetência intelectual”, afirmou em entrevista à jornalista Marilu Cabañas, da Rádio Brasil Atual.

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), criticou a política externa brasileira em sessão da Casa, nessa última quarta-feira (24).

Tudo o que Moro roubou

Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


Não foi apenas uma vitória de Lula e de seus valorosos advogados contra a mentira e a injustiça.

Não foi apenas o desmascaramento de quem o caluniou, espezinhou, humilhou e estigmatizou como corrupto, para bani-lo do coração do povo e da vida política.

Com o reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sergio Moro a Segunda Turma do STF fez história, homenageou a democracia e o direito de todos a um julgamento justo e a um juiz natural e imparcial, restaurando a crença na Justiça, mesmo que ela tarde.

Com seus votos, os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Carmem Lúcia estabeleceram como intolerável o atropelo dos ritos e regras, a torção da lei e o uso do poder da toga para saciar apetites, sejam eles ideológicos ou materiais.

Como inadmissível a subtração de direitos e garantias individuais, inscritos na Constituição. Que assim seja, para todos, para sempre.

Águia faz guerra, o dragão joga xadrez

Por Marcelo Zero

Debaixo da plumagem por vezes branca e columbina de “negociações” e de “formação de alianças”, Biden esconde um feroz “falcão” unilateralista e militarista.

Em sua gestão, a águia norte-americana parece querer continuar a tradição de fazer guerra e promover conflitos.

Mal assumiu o governo e Biden já chamou Putin de assassino, acusou chineses de genocidas, bombardeou a Síria, aumentou pressões sobre o Irã e promete intensificar as sanções contra a Venezuela, entre outras coisas.

Nada de novo, é claro.

Quando assumiu, Obama também prometeu uma reviravolta na política externa dos EUA.

Prometeu negociações diplomáticas, políticas de formação de alianças, multilateralismo, etc., mas foi um dos mais belicosos e intervencionistas dos presidentes recentes.

Filipe Martins, o assessor do genocida

Por Luis Felipe Miguel


Filipe Martins, o assessor do genocida que fez sinal supremacista ontem no Senado, está ameaçando processar todos que o chamarem de supremacista.

Garante que estava apenas ajeitando a lapela do terno. Quem viu o vídeo do que aconteceu sabe que essa desculpa é um novo deboche.

Depois postou fotos de Lula e Felipe Neto fazendo gestos semelhantes.
 
Mas mesmo um despreparado como ele sabe que o significado depende do contexto.

Os supremacistas brancos dos Estados Unidos fazem uso deliberado de símbolos ambíguos exatamente para depois dizer que era tudo inocente.

A direita (ainda) não tem alternativa

Por Fernando Brito, em seu blog:

Jair Bolsonaro está no corner, encostado nas cordas e, pela primeira vez desde que tomou posse, tendo de aguentar apanhar sem devolver com mais forças os golpes.

A questão é que quem o encurrala não é a oposição de esquerda, mas a direita não-bolsonarista e o grupo do Centrão do qual o próprio Bolsonaro achou que se adonara ao patrocinar a eleição dos presidentes da Câmara e do Senado.

O primeiro quer tomar as rédeas da orientação político-econômica do governo. O segundo, quer devorar a própria máquina do governo.

Bolsonaro, ao menos temporariamente, perdeu seu pé de apoio nos militares (o grupo palaciano de generais enfraqueceu-se) e na maioria conservadora do Congresso, que não está disposta a acompanha-lo no desastre do (não)debate à pandemia.

O ocaso de Moro, o ‘juiz ladrão’

Por Roberto Amaral, em seu blog:


Não há nada de novo no front, pois simplesmente foi exposto o chorume que vinha sendo mantido debaixo dos altos e peludos tapetes vermelhos do poder judiciário. Tudo o que vem sendo posto a nu pelos dois últimos julgamentos da 2ª turma do STF (a parcialidade mórbida do ex-juiz Sergio Moro) e reconhecido pelo anterior despacho do lerdo ministro Edson Fachin (a incompetência da 17ª Vara de Curitiba para julgar o ex-presidente Lula) era segredo de polichinelo. As decisões não alteram o status político de Lula, que já havia recuperado a liberdade e a cidadania. Vale para o registro histórico o duplo reconhecimento, pelo STF, de que o ex-presidente havia sido submetido a um julgamento político, como de há muito vinha denunciando a comunidade jurídica internacional.
 

Bolsonaro e o genocídio de 300 mil brasileiros

Editorial do site Vermelho:

A pandemia do novo coronavírus – que avança sob a guarida do bolsonarismo – acaba de alcançar uma nova e deplorável marca no Brasil. De acordo com o consórcio de imprensa que compila e atualiza diariamente as estatísticas da doença, o país ultrapassou, nesta quarta-feira (24), o patamar de 300 mil mortos por Covid-19.

Deve-se frisar que esse dado, já extremamente alarmante, não dá conta de toda a extensão da tragédia. É notória a subnotificação de casos e óbitos, a ponto de especialistas – como os pesquisadores do Observatório Covid-19 – cogitarem que mais de 415 mil brasileiros podem já ter morrido em decorrência direta da pandemia.

Filipe Martins e o gesto nazista do olavete

Por Altamiro Borges

Filipe Martins, assessor para assuntos internacionais do "capetão", é um dos seguidores mais raivosos do filósofo de orifícios Olavo de Carvalho, guru da famiglia Bolsonaro. O gesto dos supremacistas brancos, feito durante sessão no Senado na quarta-feira (24), foi pura provocação. Sua impunidade será um incentivo aos neonazistas nativos, ao ódio racista.

Exibido em vídeo, o sinal feito com a mão pelo olavete forma as letras "W" e "P", significando "white power", "poder branco" em inglês. O gesto é utilizado em atos provocativos e violentos pelos neonazistas da Europa e pelos racistas assassinos da seita Ku Klux Klan dos EUA. Vários destes aloprados inclusive já foram presos em seus países.

Abertura das escolas alastrará a Covid-19?

Por Gilson Reis, na revista CartaCapital:

Informações divulgadas na imprensa há cerca de duas semanas apontam que uma análise dos dados móveis de celulares, a partir de rastreamento feito pelo Google, evidenciou uma alta movimentação de pessoas em áreas públicas simultaneamente aos períodos que antecederam o aumento do número de casos de Covid-19 no Brasil.

Em outras palavras, o crescimento alarmante de contaminações, internações e mortes por Covid-19 está atrelado à exposição a que os brasileiros se submeteram e ainda têm se submetido. Isso teve relação com as compras de Natal, com as festas de Ano Novo, com as viagens em janeiro, com os blocos clandestinos de Carnaval, com a flexibilização das medidas de distanciamento em diversas cidades e estados do país e, por que não dizer, pode também ter a ver com o retorno precipitado e irresponsável às aulas presenciais, onde essas voltaram, sem que houvesse a segurança sanitária para tanto.

Ficar vivo e agir corretamente

Por João Guilherme Vargas Netto

A velocidade dos acontecimentos faz quem insista em suas exigências passar por repetitivo. O agravamento da pandemia e seu cortejo de mortes e de desespero contido, ao mesmo tempo em que exige pressa em seu enfrentamento, alimenta uma interminável confusão de propósitos em que o essencial se perde como pormenor de pouca relevância.

É preciso persistir e continuar insistindo em que a VIA é o caminho: vacina para todos e vacinação organizada, isolamento social com regras suscetíveis de angariar apoio da população e auxílios emergenciais capazes de garantir um nível mínimo de sobrevivência nas difíceis situações por que todos passam.

General Pazuello tomba atirando. E os nomes?

Por Altamiro Borges

Talvez temendo ser largado no campo de batalha, o general Eduardo Pazuello – já apelidado de Eduardo Pesadelo – chutou o pau da barraca. "Vídeo interno da cerimônia de posse do novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, evidenciou o grau de descontentamento do agora ex-ministro", relata o site da CNN-Brasil, que obteve a gravação.

A reportagem descreve a cena patética e constrangedora: "Em conversa com Queiroga, Pazuello diz ter sido alvo de uma 'ação orquestrada' e afirma que desde o mês passado sabia que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) estudava trocá-lo e inclusive que o nome do cardiologista era cogitado".

Lira ameaça com “remédios amargos, fatais”

Por Altamiro Borges

No noticiário das tevês, rádios, jornais e sites crescem os relatos dramáticos e tristes de pessoas morrendo no chão dos hospitais à espera de maca e de doentes que acordam durante a intubação por falta de sedativo. O clima é de terror! Profissionais da saúde, pacientes e familiares estão apavorados com a escassez de leitos nas UTIs.

Apesar desse cenário de guerra, o genocida Jair Bolsonaro – que tratou a Covid como "gripezinha" e fez de tudo para sabotar o enfrentamento à pandemia – segue fazendo seu teatrinho. Agora, um ano após o início da tragédia e mais de 300 mil mortos, o “capetão” anuncia a criação de "comitê nacional" para tratar do coronavírus. É um farsante!

quarta-feira, 24 de março de 2021

Fim do foro privilegiado do general Pazuello

Por Altamiro Borges

Após ser defecado do laranjal dos genocidas, o general Eduardo Pazuello – já apelidado de Eduardo Pesadelo – perdeu o "foro privilegiado" e agora poderá ser alvo de investigações. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (24) que seja enviado à primeira instância o inquérito sobre as suas omissões no enfrentamento à pandemia da Covid-19.

A investigação tem como foco principal o colapso da saúde em Manaus (AM), no início deste ano, com as cenas dramáticas das mortes por falta de oxigênio nos hospitais. Já há inúmeros indícios de que o tal "craque em logística" sabia da falta do produto e não fez nada para resolver o problema.

Mulheres debatem a batalha para salvar vidas

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

No mês do Dia Internacional de Luta das Mulheres e no marco de quase 300 mil mortes por coronavírus no Brasil, três mulheres do campo da saúde discutem, no dia 25 de março, a batalha para salvar vidas em meio ao pandemônio bolsonarista. A live, promovida pelo Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, vai ao ar às 19h, nas redes da entidade. Confira quem são as debatedoras que participam da conversa:

Deu bug no Datafolha ou foi algo pior?

Por Renato Rovai, na revista Fórum:


Na terça-feira, dia 16, à noite fomos surpreendidos com o anúncio de que o Datafolha tinha nova pesquisa para divulgar.

A gente ajustava os gráficos da 8ª Pesquisa Fórum e não pensávamos em soltar de cara a pergunta sobre intenção de votos.

Primeiro íamos dar uma esquentada nas expectativas dos leitores. Sim, amigos, esse recurso também faz parte do jogo jornalístico.

A ideia era divulgar primeiro a popularidade de Bolsonaro, seu índice de ótimo e bom, e como a população avalia sua gestão da pandemia.

Pulamos essa parte e na quarta, dia 17, às 7h31, Fórum divulgava o resultado do cenário eleitoral da pesquisa feita em parceria com a Offerwise, um dos maiores institutos do mundo com mais de 15 anos de experiência no setor de pesquisa de mercado e atuação em 22 países.

Profissionais de saúde no limite da exaustão

Da Rede Brasil Atual:


Há mais de um ano atuando na linha de frente contra a covid-19, os profissionais da saúde do país estão no limite da exaustão. É o que revela um amplo levantamento realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) sobre as Condições de Trabalho dos Profissionais de Saúde no Contexto da Covid-19. De acordo com a pesquisa, divulgada neste domingo (21), 95% desses trabalhadores tiveram suas vidas bastante alteradas de modo significativo pela pandemia do novo coronavírus.

STF decide: Moro é um juiz parcial

Por Fernando Brito, em seu blog:

Foi como capítulo final de novela, com uma reviravolta no final, com a mudança do voto da ministra Cármem Lúcia que acabou a novela Lula.

Moro é, agora, por decisão da 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal, um juiz parcial em relação a Lula e, portanto, não só suas sentenças são mulas como também são nulas as decisões e providências determinadas ao longo do processo que ficou conhecido como o do triplex do Guarujá.

Fachin segue ainda no seu chororô, porque Fachin é, tanto quanto o ex-juiz de Curitiba, um magistrado de um nota só: condenar Lula.

Ele joga no terrorismo de uma completa anulação da Lava Jato para, assim, conseguir simpatia a Moro, mesmo quando fala que os diálogos revelados pela Operação Spoofing “são graves e precisam ser apurados”.

É urgente conter autoritarismo bolsonarista

Charge: Rodrigo Yakota
Editorial do site Vermelho:


Nos últimos tempos tem aumentado a quantidade de ações da Polícia Federal (PF) para perseguir pessoas que se manifestam contra Bolsonaro, tendo por base a Lei de Segurança Nacional, entulho autoritário da ditadura militar. São ações em sintonia com manifestações de bolsonaristas que pedem intervenção militar e defendem o fechamento de instituições como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.

O desmascaramento de um juiz parcial

Por Juca Kfouri

Antipática a prática do "eu já sabia". Mas, às vezes, necessária.

Tenho, no entanto, a felicidade de, na primeira foto que vi de Sergio Moro, de paletó, camisa e gravata pretas, ter escrito na "Folha de S.Paulo", que desconfiava do estilo mais para justiceiro do que para juiz.

Nem os de futebol se vestem mais de preto, escrevi.

Um amigo até pediu que eu fosse mais cauteloso, porque a sociedade toda estava entusiasmada com o então juiz — que virou ministro da Justiça e hoje advoga para empresas que levou à quebradeira.

O andamento de sua atuação com investigador, julgador, sentenciador e carcereiro demonstrou claramente quem é.

E a frase de Jair Bolsonaro, em 8 de novembro de 2019, comprova:

O atraso na posse do novo capacho da Saúde

Por Altamiro Borges

A revista Veja garante que dois fatores atrasam a posse do novo capacho da Saúde, o médico bolsonarista Marcelo Queiroga. A nomeação do ministro deveria ter sido publicada no Diário Oficial da União nesta segunda-feira (22), mas foi novamente adiada – frustrando quem espera pelo desfecho de mais essa crise no laranjal que acelera o colapso no sistema e as mortes no Brasil.

Uma das razões é que ainda não foi definido o destino do general Eduardo Pazuello. "O presidente Bolsonaro quer protegê-lo das investigações que apuram a responsabilidade dele na crise do desabastecimento de oxigênio em Manaus e cogita colocá-lo num posto no Palácio do Planalto. Como ministro da Saúde, Pazuello tem direito ao foro privilegiado”.

Arthur Lira, Pacheco e os aliados do genocida

Por Altamiro Borges

Os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal – Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (DEM-MG), respectivamente – seguem inertes diante do avanço da Covid-19. Eles parecem aliados do genocida Jair Bolsonaro. Até as pesquisas já apontam o desespero da sociedade. Quantas mortes serão necessárias para despertá-los?

Pesquisa Datafolha divulgada na semana passada mostra que 79% dos brasileiros acham que a pandemia está fora do controle, ante 62% que manifestavam essa opinião em janeiro. O medo toma conta da população, assustada com um governo que sequer tem ministro da Saúde. Teme que o Brasil vire o cemitério do mundo, como já afirmam no exterior.

segunda-feira, 22 de março de 2021

A Carta dos 500 e sua força política

Por Gilberto Maringoni, no site Brasil Debate:


A carta aberta sobre o combate à pandemia, lançada por cerca de 500 economistas e empresários (em sua maioria do setor financeiro) é evento da maior importância. Estão lá representantes do Itaú e do Bradesco, ex-ministros e ex-presidentes de bancos públicos, além de acadêmicos de relevo. Genericamente, pode-se dizer que subscrevem o documento setores ligados à direita liberal que um dia se identificaram com o governo FHC e com think tanks como a Casa das Garças e o Instituto Millenium. Ou a “frente ampla sem PT”.

Candidatura de Lula em 2022 está em risco

Por Daniel Giovanaz, no jornal Brasil de Fato:

A candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência da República em 2022 está em risco. Essa é a avaliação do jurista Pedro Serrano, doutor em Direito do Estado pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), com Pós-Doutoramento pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.

Em entrevista ao Brasil de Fato, o especialista lembra que a decisão do ministro Luiz Edson Fachin, que anulou as ações penais contra Lula no último dia 8, será analisada em breve pelo plenário do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A meta olímpica do Fachin é evitar a candidatura de Lula novamente, em 2022. A segunda finalidade dele, caso não consiga a primeira, é pelo menos salvar a narrativa da Lava Jato. Ou seja, não haver o reconhecimento do sistema de justiça de que o que houve com o ex-presidente foi uma fraude, e não um processo penal”, afirma.