quinta-feira, 30 de abril de 2020
Bolsonaro e o vírus: contaminação cruzada
Por Fernando Brito, em seu blog:
Um dos apresentadores da Globonews, Otávio Guedes, vem batendo num ponto que é decisivo para que se entende o quanto têm a ver a explosão de casos do coronavírus e a explosão da crise política, com as sucessivas demissões de Luiz Mandetta, de Sérgio Moro e o impasse sobre a nomeação de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal.
Ele lembra que os números de hoje sobre a epidemia se referem às contaminações ocorridas, em geral, há 14 dias, quando recém se iniciava o torvelinho de loucura no governo da República.
Um dos apresentadores da Globonews, Otávio Guedes, vem batendo num ponto que é decisivo para que se entende o quanto têm a ver a explosão de casos do coronavírus e a explosão da crise política, com as sucessivas demissões de Luiz Mandetta, de Sérgio Moro e o impasse sobre a nomeação de Alexandre Ramagem para a Polícia Federal.
Ele lembra que os números de hoje sobre a epidemia se referem às contaminações ocorridas, em geral, há 14 dias, quando recém se iniciava o torvelinho de loucura no governo da República.
O ministro e a escolha de Sofia
Por Ronald Rocha, no site A terra é redonda:
Em “condições normais de temperatura e pressão” – ambiente com “atmosfera padrão” –, as substituições ministeriais são atos corriqueiros, embora nada possuam de natural e químico-físico. Até vão além do previsto constitucionalmente como prerrogativa legal do “chefe” em governos interiores ao regime democrático, inclusive aos restritivos e com fortes componentes autocráticos como acontece no Brasil. Frequentemente, impõem-se como ajustes nos detalhes administrativos e nos arranjos exigidos pela governabilidade na relação entre segmentos situacionistas ou aliados, especialmente na dança das necessidades pragmáticas e das correlações de forças.
Em “condições normais de temperatura e pressão” – ambiente com “atmosfera padrão” –, as substituições ministeriais são atos corriqueiros, embora nada possuam de natural e químico-físico. Até vão além do previsto constitucionalmente como prerrogativa legal do “chefe” em governos interiores ao regime democrático, inclusive aos restritivos e com fortes componentes autocráticos como acontece no Brasil. Frequentemente, impõem-se como ajustes nos detalhes administrativos e nos arranjos exigidos pela governabilidade na relação entre segmentos situacionistas ou aliados, especialmente na dança das necessidades pragmáticas e das correlações de forças.
A expulsão ilegal de diplomatas da Venezuela
Por Jeferson Miola, em seu blog:
O Governo da Venezuela denunciou à comunidade internacional a ilegalidade da pressão do governo brasileiro para forçar a saída do seu corpo diplomático e consular do Brasil.
A Venezuela desmente a alegação do Itamaraty de que o procedimento decorre de “supostas negociações prévias, que nunca foram celebradas”.
No comunicado, o governo venezuelano também denuncia “as graves consequências que graças a atitudes negacionistas” do governo Bolsonaro “sofre o povo o brasileiro ao ver trasladado ao Brasil o epicentro da pandemia do Covid-19 na América Latina”.
Cenas chocantes em Campina Grande
Comerciários foram obrigados a se ajoelhar em Campina Grande/PB Foto: Reprodução |
Os comerciantes de Campina Grande estão com medo. Eles e as torcidas do Corinthians e do Flamengo. Estão com medo de quê os comerciantes da Paraíba?
Assim como os traficantes de drogas têm medo da polícia, mas persistem em seu malfadado negócio os comerciantes paraibanos estão com medo do coronavírus, mas querem (que ilusão!) ouvir o tilintar das caixas registradoras que estão silenciosas.
Até aqui tudo é compreensível.
A ameaça da Covid no sistema penitenciário
Foto: Wilson Dias/Agência Brasil |
O Brasil tem o terceiro maior contingente populacional do mundo e, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, possui 726.354 pessoas encarceradas [1].
Temos um sistema penal falido, isso não é mistério pra ninguém, que não recupera, é superlotado, dominado por facções criminosas e com pouco investimento, a ponto de muitas unidades não terem o suficiente para dignificar a condição humana, e, consequentemente, não há valorização dos servidores e dos policiais penais.
A falta de condição estrutural, higiene, aliada a um ambiente com altos picos de estresse gerado pelo processo de emparedamento [2], que atinge tanto os apenados quanto os policiais penais e demais servidores, fazem do sistema penal um dos ambientes mais insalubres para se viver e trabalhar.
Os crimes de Bolsonaro contra a vida
Editorial do site Vermelho:
Passados dois meses do registro do primeiro caso oficial de coronavírus no Brasil, o saldo é uma tragédia em todos os sentidos. A começar pelos números de mortos que, oficialmente, chegaram a 474 nas últimas 24 horas, conforme o Ministério da Saúde, a maior taxa de letalidade desde o início da pandemia no país. O avanço célere da doença contrasta com a inação do governo Bolsonaro nos aspectos econômicos e sociais.
Passados dois meses do registro do primeiro caso oficial de coronavírus no Brasil, o saldo é uma tragédia em todos os sentidos. A começar pelos números de mortos que, oficialmente, chegaram a 474 nas últimas 24 horas, conforme o Ministério da Saúde, a maior taxa de letalidade desde o início da pandemia no país. O avanço célere da doença contrasta com a inação do governo Bolsonaro nos aspectos econômicos e sociais.
quarta-feira, 29 de abril de 2020
A demissão de Moro no Jornal Nacional
Por Juliana Gagliardi e João Feres Júnior, no site Manchetômetro:
No Jornal Nacional (JN) da última sexta-feira (24/4) os âncoras - William Bonner e Renata Vasconcellos - deram início à edição dizendo que em novembro de 2018 o presidente recém-eleito, Jair Bolsonaro, havia prometido carta branca ao homem que indicava para o Ministério da Justiça – Sergio Moro. Logo em seguida, mencionam que o presidente decidiu demitir o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, contra a vontade de Moro. Imediatamente após justaporem os dois momentos, fazendo alusão clara à falta de coerência e quiçá honestidade de Bolsonaro, Bonner anuncia o pedido de demissão do ex-juiz afirmando que Moro apresentava “denúncias graves” contra o presidente.
Obstrução da Justiça, o crime de Bolsonaro
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Michel Temer foi o primeiro presidente investigado no exercício do cargo.
Bolsonaro é o segundo. A primeira denúncia apresentada contra Temer, e que ele barrou na Câmara, foi por obstrução da Justiça. É muito provável que, ao final do inquérito aberto ontem pelo ministro do STF Celso de Mello, Bolsonaro seja alvo de uma denúncia pelo mesmo crime.
A dúvida é se o atual presidente, num escandaloso estelionato eleitoral, renegará completamente seu discurso contra a velha política e levará adiante as negociações com partidos fisiológicos, formando uma base parlamentar suficiente para barrar o pedido de licença à Câmara para que seja processado.
Não é difícil. Terá que comprar apenas 171 deputados.
A licença precisará de 342 votos para ser aprovada.
Michel Temer foi o primeiro presidente investigado no exercício do cargo.
Bolsonaro é o segundo. A primeira denúncia apresentada contra Temer, e que ele barrou na Câmara, foi por obstrução da Justiça. É muito provável que, ao final do inquérito aberto ontem pelo ministro do STF Celso de Mello, Bolsonaro seja alvo de uma denúncia pelo mesmo crime.
A dúvida é se o atual presidente, num escandaloso estelionato eleitoral, renegará completamente seu discurso contra a velha política e levará adiante as negociações com partidos fisiológicos, formando uma base parlamentar suficiente para barrar o pedido de licença à Câmara para que seja processado.
Não é difícil. Terá que comprar apenas 171 deputados.
A licença precisará de 342 votos para ser aprovada.
Isto se chama genocídio
Por Michael Löwy, no site A terra é redonda:
Um dos fenômenos mais inquietantes dos últimos anos é a espetacular ascensão, no mundo inteiro, de governos de extrema direita, autoritários e reacionários, em alguns casos com traços neofascistas: Shinzo Abe (Japão), Modi (Índia), Trump (USA), Orban (Hungria) e Bolsonaro (Brasil) são os exemplos mais conhecidos.
Não é surpreendente que vários deles reagiram à pandemia do coronavírus de forma absurda, negando ou subestimando dramaticamente o perigo.
Foi o caso de Donald Trump nas primeiras semanas, e de seu discípulo inglês, Boris Johnson, que chegou a propor que se deixasse o conjunto da população se infectar com o vírus, para assim “imunizar coletivamente” toda a nação – claro, com o custo de algumas centenas de milhares de mortes…
Um dos fenômenos mais inquietantes dos últimos anos é a espetacular ascensão, no mundo inteiro, de governos de extrema direita, autoritários e reacionários, em alguns casos com traços neofascistas: Shinzo Abe (Japão), Modi (Índia), Trump (USA), Orban (Hungria) e Bolsonaro (Brasil) são os exemplos mais conhecidos.
Não é surpreendente que vários deles reagiram à pandemia do coronavírus de forma absurda, negando ou subestimando dramaticamente o perigo.
Foi o caso de Donald Trump nas primeiras semanas, e de seu discípulo inglês, Boris Johnson, que chegou a propor que se deixasse o conjunto da população se infectar com o vírus, para assim “imunizar coletivamente” toda a nação – claro, com o custo de algumas centenas de milhares de mortes…
Há monstros no comando do país
Por Fernando Brito, em seu blog:
Não, eles não são imbecis. Nem incompetentes.
Eles são criminosos, frios e indiferentes, cúmplices e promotores da morte e do sofrimento humano.
“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse o presidente da República sobre os mais de 5 mil de seus concidadãos já mortos e aos mais de 70 mil infectados.
Berra ser cristão, mas é Pilatos.
Os três patetas postos à frente do Ministério da Saúde, numa “entrevista” sem perguntas, burocrática, pareciam cuidar de ser, como disse – na expressão feliz de Monica Waldwogel na Globonews – chefes de almoxarifado que sequer conseguem dizer o quanto de equipamentos teriam despachado, de forma vaga e imprecisa.
Eles são criminosos, frios e indiferentes, cúmplices e promotores da morte e do sofrimento humano.
“E daí? Lamento. Quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, disse o presidente da República sobre os mais de 5 mil de seus concidadãos já mortos e aos mais de 70 mil infectados.
Berra ser cristão, mas é Pilatos.
Os três patetas postos à frente do Ministério da Saúde, numa “entrevista” sem perguntas, burocrática, pareciam cuidar de ser, como disse – na expressão feliz de Monica Waldwogel na Globonews – chefes de almoxarifado que sequer conseguem dizer o quanto de equipamentos teriam despachado, de forma vaga e imprecisa.
Os homenzinhos da carreata bolsonarista
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:
Os trancos e barrancos do comportamento de Jair Bolsonaro despertam suposições as mais divergentes, quando não disparatadas, a respeito dos verdadeiros propósitos – ou falta deles – do ocupante da Presidência.
Peço licença ao caro leitor de CartaCapital para juntar meus trapos a essa farândola midiática de opiniões.
Talvez seja injusto, ademais imprudente, separar os times: os que pretextam loucura e os que imaginam uma estratégia.
Louco ou estrategista? A leitura obsessiva de alguns autores irreverentes instigou minha resistência a oposições binárias. Isto ou aquilo?
Peço licença ao caro leitor de CartaCapital para juntar meus trapos a essa farândola midiática de opiniões.
Talvez seja injusto, ademais imprudente, separar os times: os que pretextam loucura e os que imaginam uma estratégia.
Louco ou estrategista? A leitura obsessiva de alguns autores irreverentes instigou minha resistência a oposições binárias. Isto ou aquilo?
terça-feira, 28 de abril de 2020
Celso de Mello empareda Bolsonaro e Moro
Ministro Celso de Mello (STF) Foto: Valter Campanato/Agência Brasil |
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, autorizou nesta semana a abertura de inquérito para investigar as acusações feitas por Sergio Moro contra Jair Bolsonaro. Em seu parecer, o decano do STF afirma que o presidente "não se exonera da responsabilidade penal emergente de atos que tenha praticado".
Sergio Moro, ex-juizeco e ex-serviçal no laranjal, acusou o “capetão” de interferir nas investigações da PF. Ao autorizar o inquérito, Celso de Mello alega que "ninguém, nem mesmo o chefe do Poder Executivo da União, está acima da autoridade da Constituição e das leis da República".
Após a abertura do inquérito, a Polícia Federal tem agora 60 dias para concluir as investigações. De imediato, ela deve ouvir o ex-ministro Sergio Moro, que denunciou o "capetão". Caso ele apresente as provas, abre-se processo contra Bolsonaro. Caso contrário, o ex-juizeco é processado por "denunciação caluniosa".
Maioria do povo brasileiro apoia impeachment
Por Umberto Martins, no site da CTB:
54% dos brasileiros e brasileiras querem Jair Bolsonaro fora do Palácio do Planalto, segundo pesquisa realizada pela empresa de consultoria Atlas Político nos dias 24 a 26 de abril, divulgada nesta segunda (27). Entre as mulheres, o índice sobe a 58%. O levantamento indica ainda que 64,4% desaprovam o líder da extrema direita, apoiado agora por apenas 30%.
A popularidade de Bolsonaro já descrevia uma linha de queda nas pesquisas desde fevereiro, o que diferentes analistas atribuem ao seu comportamento errático e irresponsável diante da pandemia do coronavírus, em aberta oposição à ciência, à OMS e ao Ministério da Saúde, que resultou na demissão do ministro Mandetta.
A popularidade de Bolsonaro já descrevia uma linha de queda nas pesquisas desde fevereiro, o que diferentes analistas atribuem ao seu comportamento errático e irresponsável diante da pandemia do coronavírus, em aberta oposição à ciência, à OMS e ao Ministério da Saúde, que resultou na demissão do ministro Mandetta.
A investida para censurar o site Saiba Mais
Do site Saiba Mais:
O interventor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte Josué de Oliveira Moreira ajuizou uma ação na segunda-feira (27) pedindo a censura de uma entrevista publicada dia 20 de abril pela agência Saiba Mais com o reitor eleito do IFRN José Arnóbio Araújo Filho.
Na ação, ele cobra R$ 10 mil de Araújo e do editor da agência Saiba Mais Rafael Duarte, a título de Direito de Imagem, além da retirada do portal da matéria “Ocorreu um golpe dentro da eleição, diz reitor eleito e impedido de tomar posse no IFRN”. A pena para a não retirada do material é de multa diária de R$ 1 mil.
A ação tramita no 1º juizado especial cível da Comarca de Natal.
O interventor do Instituto Federal do Rio Grande do Norte Josué de Oliveira Moreira ajuizou uma ação na segunda-feira (27) pedindo a censura de uma entrevista publicada dia 20 de abril pela agência Saiba Mais com o reitor eleito do IFRN José Arnóbio Araújo Filho.
Na ação, ele cobra R$ 10 mil de Araújo e do editor da agência Saiba Mais Rafael Duarte, a título de Direito de Imagem, além da retirada do portal da matéria “Ocorreu um golpe dentro da eleição, diz reitor eleito e impedido de tomar posse no IFRN”. A pena para a não retirada do material é de multa diária de R$ 1 mil.
A ação tramita no 1º juizado especial cível da Comarca de Natal.
segunda-feira, 27 de abril de 2020
Cresce o apoio ao impeachment de Bolsonaro
Por Altamiro Borges
Do jornal El País: "Apoio ao impeachment de Bolsonaro alcança 54% e aprovação de Moro vai a 57% após sair do governo". Matéria tem como base a nova pesquisa do Atlas Político. Pela primeira vez, maioria dos brasileiros é favorável à degola do "capetão". O laranjal apodreceu de vez!
Segundo a reportagem, "a guerra pública travada entre Jair Bolsonaro e o agora ex-ministro Sergio Moro em meio às acusações de interferência política no comando da Polícia Federal empurrou o presidente para um patamar inédito no derretimento de sua imagem pública".
Do jornal El País: "Apoio ao impeachment de Bolsonaro alcança 54% e aprovação de Moro vai a 57% após sair do governo". Matéria tem como base a nova pesquisa do Atlas Político. Pela primeira vez, maioria dos brasileiros é favorável à degola do "capetão". O laranjal apodreceu de vez!
Segundo a reportagem, "a guerra pública travada entre Jair Bolsonaro e o agora ex-ministro Sergio Moro em meio às acusações de interferência política no comando da Polícia Federal empurrou o presidente para um patamar inédito no derretimento de sua imagem pública".
Saída de Moro marca nova fase em Brasília
Por Kiko Nogueira, no Diário do Centro do Mundo:
O governo Bolsonaro está começando agora.
Calma, que eu explico.
A demissão de Sergio Moro após um longo processo de fritura sinaliza um novo tempo no Planalto.
Chega de “critérios técnicos”.
Chega do verniz civilizatório do ex-juiz da Lava Jato ou de Mandetta e os protocolos da OMS.
É hora do comprometimento com o ideário bolso-olavista, com o projeto.
A palavra chave é lealdade. Não há espaço para relativização, dúvidas ou bom senso.
O governo Bolsonaro está começando agora.
Calma, que eu explico.
A demissão de Sergio Moro após um longo processo de fritura sinaliza um novo tempo no Planalto.
Chega de “critérios técnicos”.
Chega do verniz civilizatório do ex-juiz da Lava Jato ou de Mandetta e os protocolos da OMS.
É hora do comprometimento com o ideário bolso-olavista, com o projeto.
A palavra chave é lealdade. Não há espaço para relativização, dúvidas ou bom senso.
Biografia do Moro é extensa ficha criminal
Por Jeferson Miola, em seu blog:
Durante todo período da Lava Jato em que Sérgio Moro atropelou direitos, cometeu abusos, perpetrou ilegalidades, interferiu e coordenou indevidamente a atuação do Ministério Público Federal [MPF] e da Polícia Federal, atuou como acusador e juiz, corrompeu o sistema de justiça para tirar Lula do jogo político e favorecer a eleição da extrema-direita fascista, ele estava protegido pela imunidade do cargo, pela proteção corporativa e pela mídia capitaneada pela Globo.
Não foram poucos os questionamentos a estes abusos e ilegalidades barrados no CNJ, no STJ ou no STF.
Durante todo período da Lava Jato em que Sérgio Moro atropelou direitos, cometeu abusos, perpetrou ilegalidades, interferiu e coordenou indevidamente a atuação do Ministério Público Federal [MPF] e da Polícia Federal, atuou como acusador e juiz, corrompeu o sistema de justiça para tirar Lula do jogo político e favorecer a eleição da extrema-direita fascista, ele estava protegido pela imunidade do cargo, pela proteção corporativa e pela mídia capitaneada pela Globo.
Não foram poucos os questionamentos a estes abusos e ilegalidades barrados no CNJ, no STJ ou no STF.
Guedes é meio-ministro, mas ortodoxia reina
Por Carlos Drummond, na revista CartaCapital:
Aquilo que parecia ser a melhor chance, sob o governo atual, de o País dar algum impulso à economia, até agora acorrentada à ortodoxia radical, corre risco, entretanto, de nem chegar a decolar, ou de ser mais um voo de galinha.
O plano Pró-Brasil, de investimentos em infraestrutura, anunciado sem números nem projeções pelo ministro-chefe da Casa Civil Walter Souza Braga Netto na quinta-feira 23 e que tem pontos de contato com propostas defendidas há décadas por economistas e empresários comprometidos com o desenvolvimento, conta com a iniciativa privada, mas esta defende que o primeiro passo deve ser dado pelo governo, que hesita.
Aquilo que parecia ser a melhor chance, sob o governo atual, de o País dar algum impulso à economia, até agora acorrentada à ortodoxia radical, corre risco, entretanto, de nem chegar a decolar, ou de ser mais um voo de galinha.
O plano Pró-Brasil, de investimentos em infraestrutura, anunciado sem números nem projeções pelo ministro-chefe da Casa Civil Walter Souza Braga Netto na quinta-feira 23 e que tem pontos de contato com propostas defendidas há décadas por economistas e empresários comprometidos com o desenvolvimento, conta com a iniciativa privada, mas esta defende que o primeiro passo deve ser dado pelo governo, que hesita.
Globo, o partido dos ricos e seu candidato
Por Ângela Carrato, no blog Viomundo:
A pompa e a circunstância com que o Jornal Nacional, na edição da sexta-feira (24/04) noticiou a demissão do agora ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, não deixam dúvidas.
O maior partido brasileiro, a TV Globo, da família Marinho, já tem candidato para as eleições de 2022.
A TV Globo, claro, não é um partido político no sentido estrito do termo.
Mas como já deixava patente em seus escritos o filósofo italiano Antônio Gramsci (1891-1937), ela funciona como tal.
Gramsci, um teórico e também um militante político, viveu em uma época em que a mídia restringia-se aos jornais. O rádio estava começando e a televisão só entraria em cena para valer depois do fim da Segunda Guerra Mundial.
Celso de Mello e as acusações de Moro
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
A semana começa como a continuação da sexta-feira passada, o 24 de março que talvez fique na história como o dia que marcou o início do fim do governo Bolsonaro.
No final de semana Moro começou a ser chamado de “traidor da pátria” e até de comunista pelos bolsonaristas. Um grupelho fez uma manifestação pró-Bolsonaro na Esplanada, em Brasília, mas as redes sociais mostraram que a extrema direita rachou.
Quanto Bolsonaro perderá, é cedo para saber. Só com as novas pesquisas.
Moro, que chocou o ovo da serpente de muitas cabeças que envenenou o Brasil – neofascismo, antipetismo, negacionismos e fobias de toda ordem - reclamou dos ataques e fake-news.
A semana começa como a continuação da sexta-feira passada, o 24 de março que talvez fique na história como o dia que marcou o início do fim do governo Bolsonaro.
No final de semana Moro começou a ser chamado de “traidor da pátria” e até de comunista pelos bolsonaristas. Um grupelho fez uma manifestação pró-Bolsonaro na Esplanada, em Brasília, mas as redes sociais mostraram que a extrema direita rachou.
Quanto Bolsonaro perderá, é cedo para saber. Só com as novas pesquisas.
Moro, que chocou o ovo da serpente de muitas cabeças que envenenou o Brasil – neofascismo, antipetismo, negacionismos e fobias de toda ordem - reclamou dos ataques e fake-news.
Bolsonaro cai? Não parece provável agora
Por Fernando Brito, em seu blog:
Haverá, é certo, alguma perda de apoio na classe média, mas não é de crer que a demissão de Sérgio Moro vá reduzir de forma significativa o apoio remanescente a Jair Bolsonaro.
Perde, é verdade. na classe média, mas neste grupo o seu prestígio já estava bastante abalado e os danos, pode-se assim dizer, foram perda sobre perda. Menores, portanto.
Mas que não se subestime o efeito que a distribuição da renda emergencial que o choque da pandemia do novo coronavírus obrigou o governo a fazer não vá provocar efeitos positivos sobre a popularidade do presidente, o que é natural dado o estado de miséria em que se encontra boa parte do país.
Haverá, é certo, alguma perda de apoio na classe média, mas não é de crer que a demissão de Sérgio Moro vá reduzir de forma significativa o apoio remanescente a Jair Bolsonaro.
Perde, é verdade. na classe média, mas neste grupo o seu prestígio já estava bastante abalado e os danos, pode-se assim dizer, foram perda sobre perda. Menores, portanto.
Mas que não se subestime o efeito que a distribuição da renda emergencial que o choque da pandemia do novo coronavírus obrigou o governo a fazer não vá provocar efeitos positivos sobre a popularidade do presidente, o que é natural dado o estado de miséria em que se encontra boa parte do país.
Saúde, emprego, renda e democracia
Copiado do banner da Confederación Intersindical Galega (CIG) |
Amanhã, dia 28 de abril, o mundo prestará atenção às vítimas de acidentes de trabalho e de doenças profissionais, como faz todo ano. Neste, o foco será a solidariedade aos trabalhadores da saúde que enfrentam o coronavírus e são atingidos pela doença.
O sindicato dos metalúrgicos de Curitiba organizou um evento virtual – com filmes, entrevistas e frases de efeito – para marcar a data, chamando também a atenção para a situação dos trabalhadores que devem exercer suas funções e exigem cuidados sanitários redobrados nas empresas e em suas atividades.
O pedido dos empresários do ensino
Por Carlos Pompe
As entidades dos empresários do ensino enviaram ao ministro da Economia, Paulo Guedes, ofício pedindo “medidas estruturais que minimizam o impacto na educação” da pandemia do Covid-19, no que consideram a “maior crise que o país já enfrentou em sua história”. Com essa atitude, negaram o que vinham dizendo à Contee e ao Ministério Público do Trabalho nas conversações sobre busca da saída da crise. “Eles disseram que não queriam ajuda do governo e, na verdade, estão excluindo os trabalhadores e estudantes das tratativas e negociando os nossos direitos, buscando vantagens exclusivamente para eles. Revelam, mais uma vez, que têm interesse apenas no lucro, e nenhum na educação”, denuncia o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.
As entidades dos empresários do ensino enviaram ao ministro da Economia, Paulo Guedes, ofício pedindo “medidas estruturais que minimizam o impacto na educação” da pandemia do Covid-19, no que consideram a “maior crise que o país já enfrentou em sua história”. Com essa atitude, negaram o que vinham dizendo à Contee e ao Ministério Público do Trabalho nas conversações sobre busca da saída da crise. “Eles disseram que não queriam ajuda do governo e, na verdade, estão excluindo os trabalhadores e estudantes das tratativas e negociando os nossos direitos, buscando vantagens exclusivamente para eles. Revelam, mais uma vez, que têm interesse apenas no lucro, e nenhum na educação”, denuncia o coordenador-geral da Contee, Gilson Reis.
domingo, 26 de abril de 2020
Queda de Moro agita hospício bolsonarista
Por Altamiro Borges
A queda de Sergio Moro atiçou Joice Hasselmann, que hoje é uma antibolsonarista militante. A deputada está decidida a conseguir o impeachment do "capetão". Nesta sexta-feira (24), a líder do PSL na Câmara Federal protocolou o pedido, acusando o presidente de crime de responsabilidade.
A ex-bolsonarista alega que houve crime de falsidade ideológica na informação publicada no Diário Oficial da União sobre a exoneração 'a pedido' do ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. A deputada também acusa o presidente de "notória tentativa de intervenção na PF" em várias investigações.
A queda de Sergio Moro atiçou Joice Hasselmann, que hoje é uma antibolsonarista militante. A deputada está decidida a conseguir o impeachment do "capetão". Nesta sexta-feira (24), a líder do PSL na Câmara Federal protocolou o pedido, acusando o presidente de crime de responsabilidade.
A ex-bolsonarista alega que houve crime de falsidade ideológica na informação publicada no Diário Oficial da União sobre a exoneração 'a pedido' do ex-diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo. A deputada também acusa o presidente de "notória tentativa de intervenção na PF" em várias investigações.
A macroeconomia na crise de 2020
Por Paulo Nogueira Batista Jr.
O debate econômico no Brasil mudou muito nos meses recentes, mas ainda está engatinhando em face da dimensão avassaladora da crise. Logo nos primeiros momentos, estabeleceu-se virtual unanimidade quanto à urgência de uma rápida e substancial ampliação do gasto público. “Somos todos keynesianos agora”, repetiu-se urbi et orbi. Ora, como dizia Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra – e esta não escapa à regra rodrigueana.
O debate econômico no Brasil mudou muito nos meses recentes, mas ainda está engatinhando em face da dimensão avassaladora da crise. Logo nos primeiros momentos, estabeleceu-se virtual unanimidade quanto à urgência de uma rápida e substancial ampliação do gasto público. “Somos todos keynesianos agora”, repetiu-se urbi et orbi. Ora, como dizia Nelson Rodrigues, toda unanimidade é burra – e esta não escapa à regra rodrigueana.
Bolsonaro, duro na queda!
Foto: Carolina Antunes/PR |
Eduardo Costa Pinto logo intuiu que o apoio a Bolsonaro poderia não ser afetado imediatamente pela demissão espetaculosa de Moro.
A pesquisa da XP realizada entre os dias 23 e 24, divulgada neste sábado, dia 25, confirmou sua hipótese. Os que alimentam expectativa boa, ótima e regular sobre o governo somam 44% dos entrevistados. Os que têm expectativa ruim e péssima chegam a 49%. Tendo em vista o desemprego, a penúria reinante e os descalabros governamentais, é um desempenho extraordinário.
A pesquisa registra que 77% dos entrevistados disseram ter conhecimento da saída de Moro. Ou seja, pode não ter decorrido ainda o tempo necessário para que a exploração do episódio mostre seus desdobramentos.
O power point de Bolsonaro/Moro
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:
Sergio Moro começou a provar a volta do cipó de aroeira.
Gaguejou em seu pronunciamento quando reconheceu que nem Lula nem Dilma interferiam politicamente nas investigações da Polícia Federal.
Dela, disse o nome completo.
A Lula, que condenou num processo que ainda pode ser anulado por conta de tantos vícios e da inconsistência das provas, referiu-se gaguejando ao "ex-presidente Luiz...".
A nova vida de Moro na planície começa prestando esclarecimentos ao STF sobre as acusações que fez a Bolsonaro.
E em breve o STF vai julgar a ação de Lula arguindo sua parcialidade.
Sergio Moro começou a provar a volta do cipó de aroeira.
Gaguejou em seu pronunciamento quando reconheceu que nem Lula nem Dilma interferiam politicamente nas investigações da Polícia Federal.
Dela, disse o nome completo.
A Lula, que condenou num processo que ainda pode ser anulado por conta de tantos vícios e da inconsistência das provas, referiu-se gaguejando ao "ex-presidente Luiz...".
A nova vida de Moro na planície começa prestando esclarecimentos ao STF sobre as acusações que fez a Bolsonaro.
E em breve o STF vai julgar a ação de Lula arguindo sua parcialidade.
Bolsonaro recoloca Moro no centro da política
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Ao longo de seus 16 meses, Sérgio Moro foi o Ministro da Justiça mais subserviente da história moderna do país.
Atendeu Bolsonaro várias vezes, abrindo inquéritos contra críticos baseado na Lei de Segurança Nacional.
Invocando a mesma LSN, colocou a Polícia Federal em cima de um caseiro para obrigá-lo a mudar seu depoimento. Não incluiu o miliciano Adriano da Nóbrega – procurado pela polícia de dois estados – na lista dos maiores criminosos brasileiros.
Mais do que isso, suportou toda espécie de humilhações quando Bolsonaro estava no auge. Ontem mesmo – segundo ele próprio admitiu – estaria disposto a aceitar a demissão de Marcelo Valeixo, se pudesse opinar sobre seu substituto.
Ao longo de seus 16 meses, Sérgio Moro foi o Ministro da Justiça mais subserviente da história moderna do país.
Atendeu Bolsonaro várias vezes, abrindo inquéritos contra críticos baseado na Lei de Segurança Nacional.
Invocando a mesma LSN, colocou a Polícia Federal em cima de um caseiro para obrigá-lo a mudar seu depoimento. Não incluiu o miliciano Adriano da Nóbrega – procurado pela polícia de dois estados – na lista dos maiores criminosos brasileiros.
Mais do que isso, suportou toda espécie de humilhações quando Bolsonaro estava no auge. Ontem mesmo – segundo ele próprio admitiu – estaria disposto a aceitar a demissão de Marcelo Valeixo, se pudesse opinar sobre seu substituto.
Moro liquida Jair Messias
Por Eric Nepomuceno
Sergio Moro mostrou ao país um Sergio Moro em estado puro.
Agindo exatamente como agiu quando era juiz de primeira instância, despediu-se do cargo conquistado como prêmio por ter impedido Lula da Silva de ser eleito em 2018 manipulando e distorcendo a verdade.
A cachoeira de autoelogios que despejou sobre a própria cabeça carece de verdade.
De tudo que ele disse sobre sua atuação, talvez uns trinta por cento sejam reais.
O resto apenas reforça o seu lado pulha.
Seja como for, o fato é que com o que se ouviu de Moro não resta dúvida de que Jair Messias está liquidado.
Sergio Moro mostrou ao país um Sergio Moro em estado puro.
Agindo exatamente como agiu quando era juiz de primeira instância, despediu-se do cargo conquistado como prêmio por ter impedido Lula da Silva de ser eleito em 2018 manipulando e distorcendo a verdade.
A cachoeira de autoelogios que despejou sobre a própria cabeça carece de verdade.
De tudo que ele disse sobre sua atuação, talvez uns trinta por cento sejam reais.
O resto apenas reforça o seu lado pulha.
Seja como for, o fato é que com o que se ouviu de Moro não resta dúvida de que Jair Messias está liquidado.
Rachadinha do 01 bancou prédios da milícia
Por Sérgio Ramalho, no site The Intercept-Brasil:
Flávio Bolsonaro financiou e lucrou com a construção ilegal de prédios erguidos pela milícia usando dinheiro público. É o que mostram documentos sigilosos e dados levantados pelo Ministério Público do Rio de Janeiro aos quais o Intercept teve acesso. A investigação preocupa a família Bolsonaro – os advogados do senador já pediram por nove vezes que o procedimento seja suspenso.
O investimento para as edificações levantadas por três construtoras foi feito com dinheiro de “rachadinha”, coletado no antigo gabinete de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio, como afirmam promotores e investigadores sob a condição de anonimato. O andamento das investigações que fecham o cerco contra o filho de Jair Bolsonaro é um dos motivos para que o presidente tenha pressionado o ex-ministro Sergio Moro pela troca do comando da Polícia Federal no Rio, que também investiga o caso, e em Brasília.
Moro queria tornar PF um anexo da Lava-Jato
Por Gilberto Maringoni
Tudo bem, há que se combater Bolsonaro. É a questão central.
Mas que história é essa de autonomia para a Polícia Federal?
Moro não queria autonomia alguma. Seu objetivo era tornar a PF um anexo da Lava Jato. Em termos gerais, é errado qualquer órgão de Estado ter “autonomia”.
O que significa, por exemplo, “autonomia” do Banco Central? Significa que a política monetária não se subordinará ao poder democraticamente eleito, mas ao mercado financeiro. Significa entregar o BC aos banqueiros. Objetivamente, privatizá-lo.
Vale o mesmo para a “autonomia” do Ministério Público e de outros órgãos estatais.
Em uma sociedade de classes, na qual a classe dominante exerce sua hegemonia, “autonomias” desse tipo são pura hipocrisia. Cortinas de fumaça para lá de interessadas.
Tudo bem, há que se combater Bolsonaro. É a questão central.
Mas que história é essa de autonomia para a Polícia Federal?
Moro não queria autonomia alguma. Seu objetivo era tornar a PF um anexo da Lava Jato. Em termos gerais, é errado qualquer órgão de Estado ter “autonomia”.
O que significa, por exemplo, “autonomia” do Banco Central? Significa que a política monetária não se subordinará ao poder democraticamente eleito, mas ao mercado financeiro. Significa entregar o BC aos banqueiros. Objetivamente, privatizá-lo.
Vale o mesmo para a “autonomia” do Ministério Público e de outros órgãos estatais.
Em uma sociedade de classes, na qual a classe dominante exerce sua hegemonia, “autonomias” desse tipo são pura hipocrisia. Cortinas de fumaça para lá de interessadas.
Quem sai a Bolsonaro, já sai degenerado
Por Fernando Brito, em seu blog:
A Folha dá manchete para o que seria a identificação, pela Polícia Federal, de que é Carlos Bolsonaro o coordenador da rede de fake news.
Não é uma notícia, propriamente, mas a confirmação de algo já sabido por todos.
E faz tempo.
Jair Bolsonaro fez da política uma empresa familiar.
Não bastou a ele transformar em parlamentares os filhos, todos carregando o brasão familiar da “arminha” fascistóide.
Mas isso, que era sabido, foi deixado de lado até que, agora, passou a ser a melhor arma – não uma arminha – contra ele.
Não é uma notícia, propriamente, mas a confirmação de algo já sabido por todos.
E faz tempo.
Jair Bolsonaro fez da política uma empresa familiar.
Não bastou a ele transformar em parlamentares os filhos, todos carregando o brasão familiar da “arminha” fascistóide.
Mas isso, que era sabido, foi deixado de lado até que, agora, passou a ser a melhor arma – não uma arminha – contra ele.
sábado, 25 de abril de 2020
sexta-feira, 24 de abril de 2020
Só vão sobrar os milicos no laranjal?
Por Altamiro Borges
Em meio aos enterros do coronavírus, Jair Bolsonaro também cava sua sepultura. Na semana passada, ele chutou o popular Mandetta; agora, demitiu o diretor-geral da PF e forçou a queda do "herói" Sergio Moro. Já há boatos de que o abutre Paulo Guedes também vai dançar. Só vão sobrar os milicos no laranjal?
Mas já há tensão nos quarteis. Ouvidos pelo jornal Estadão, "oficiais-generais avaliam que o governo de Jair Bolsonaro terá dificuldades de se levantar após a despedida de Sergio Moro... Eles se disseram 'perplexos' e 'chocados' com as declarações acusando o presidente de interferência na PF e fraude".
Ainda segundo o jornalão, "um dos militares disse que Bolsonaro virou, no mínimo, um 'zumbi' no Palácio do Planalto... 'Tudo tem limite', afirmou um dos generais à reportagem. Outro disse que o presidente cometeu 'suicídio' e não recupera mais seu capital político".
Em meio aos enterros do coronavírus, Jair Bolsonaro também cava sua sepultura. Na semana passada, ele chutou o popular Mandetta; agora, demitiu o diretor-geral da PF e forçou a queda do "herói" Sergio Moro. Já há boatos de que o abutre Paulo Guedes também vai dançar. Só vão sobrar os milicos no laranjal?
Mas já há tensão nos quarteis. Ouvidos pelo jornal Estadão, "oficiais-generais avaliam que o governo de Jair Bolsonaro terá dificuldades de se levantar após a despedida de Sergio Moro... Eles se disseram 'perplexos' e 'chocados' com as declarações acusando o presidente de interferência na PF e fraude".
Ainda segundo o jornalão, "um dos militares disse que Bolsonaro virou, no mínimo, um 'zumbi' no Palácio do Planalto... 'Tudo tem limite', afirmou um dos generais à reportagem. Outro disse que o presidente cometeu 'suicídio' e não recupera mais seu capital político".
Moro aposta em ser 'herói do impeachment'
Por Fernando Brito, em seu blog:
As declarações de Sergio Moro no anúncio de sua demissão são, de fato, mais que suficientes para a abertura de um processo por crime de responsabilidade.
Não apenas porque disse que Bolsonaro, como todos sabiam, queria trocar o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro e que “tinha preocupação com os inquéritos no STF”.
Mas porque Moro revelou que foi forjado um documento oficial, com o “a pedido” falso no pedido de exoneração do diretor da PF e a aposição de sua assinatura no ato de demissão.
Pior: foi explícito na afirmação de que Bolsonaro queria dirigentes da Polícia Federal que lhe passassem, até por telefone, “relatórios de inteligência”.
As declarações de Sergio Moro no anúncio de sua demissão são, de fato, mais que suficientes para a abertura de um processo por crime de responsabilidade.
Não apenas porque disse que Bolsonaro, como todos sabiam, queria trocar o superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro e que “tinha preocupação com os inquéritos no STF”.
Mas porque Moro revelou que foi forjado um documento oficial, com o “a pedido” falso no pedido de exoneração do diretor da PF e a aposição de sua assinatura no ato de demissão.
Pior: foi explícito na afirmação de que Bolsonaro queria dirigentes da Polícia Federal que lhe passassem, até por telefone, “relatórios de inteligência”.
Comunismo tira o sono do ministro Araújo
O fantasma do comunismo, que parecia amuado e abatido desde a queda do Muro de Berlin, em 1989, complementada pela dissolução da União Soviética em 1991, reapareceu com força em meio a nuvens obscuras que esvoaçam sobre este Brasil desgovernado pelo Clã Bolsonaro. O pavoroso espectro não para de perturbar o sono do enigmático chefe do Itamaraty, Ernesto Araújo, personagem responsável pelas relações do país com a chamada comunidade internacional, fonte de piadas inacreditáveis e vexaminosas para a sofrida pátria.
quinta-feira, 23 de abril de 2020
O coveiro e o carniceiro
Cemitério Nossa Senhora Aparecida em Manaus Foto: Edmar Barros/AP |
Depois de uma semana de recolhimento desde que assumiu o cargo, o novo ministro da saúde finalmente reapareceu e mostrou a que veio.
Na reaparição, Nelson Teich confirmou que tem todas as credenciais para ser um ministro sob medida para o necro-governo do genocida Bolsonaro [aqui].
Continua difícil, por enquanto, entender quais foram as motivações pessoais e profissionais – ou os interesses negociais – que levaram Nelson Teich a aceitar ficar encaixotado dentro do pacote fechado que Bolsonaro lhe impôs.
Ele ganhou o cargo assumindo de antemão o compromisso de implementar a estratégia genocida previamente definida, e de ser tutelado por um general como seu vice-ministro – ou o general como o ministro real, enquanto ele, como “médico” [ou empresário da saúde privada], empresta um verniz técnico à operação.
Bolsonaro barganha com a velha política
Editorial do site Vermelho:
Diante do perda de apoio crescente do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e na sociedade, ele se movimenta para tentar enfraquecer o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vem defendendo as prerrogativas constitucionais do Poder Legislativo e apoiando a orientação de isolamento social.
Bolsonaro ataca o Congresso, mas pratica ao surrado toma lá dá cá para tentar obter apoio de setores do parlamento. Negocia abertamente com Roberto Jeferson, símbolo da chamada “velha política” que Bolsonaro demagogicamente amaldiçoa.
Diante do perda de apoio crescente do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional e na sociedade, ele se movimenta para tentar enfraquecer o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que vem defendendo as prerrogativas constitucionais do Poder Legislativo e apoiando a orientação de isolamento social.
Bolsonaro ataca o Congresso, mas pratica ao surrado toma lá dá cá para tentar obter apoio de setores do parlamento. Negocia abertamente com Roberto Jeferson, símbolo da chamada “velha política” que Bolsonaro demagogicamente amaldiçoa.
Uma grande iniciativa para o 1º de Maio
Por João Guilherme Vargas Netto
Quando todas as centrais sindicais resolveram comemorar o 1º de Maio sem ajuntamento físico de pessoas, mas com suporte eletrônico, demonstraram sua capacidade de usar as novas tecnologias em benefício dos trabalhadores e de sua liderança, dando vazão ao sentimento unitário de luta que as anima.
Acresce-se a este procedimento elogiável a dupla correção do conteúdo afirmado das manifestações (Saúde, Emprego, Renda e Democracia) e a ampliação do leque de personalidades políticas convidadas a participarem do evento, além dos artistas que ao longo dos anos abrilhantaram as comemorações.
Quando todas as centrais sindicais resolveram comemorar o 1º de Maio sem ajuntamento físico de pessoas, mas com suporte eletrônico, demonstraram sua capacidade de usar as novas tecnologias em benefício dos trabalhadores e de sua liderança, dando vazão ao sentimento unitário de luta que as anima.
Acresce-se a este procedimento elogiável a dupla correção do conteúdo afirmado das manifestações (Saúde, Emprego, Renda e Democracia) e a ampliação do leque de personalidades políticas convidadas a participarem do evento, além dos artistas que ao longo dos anos abrilhantaram as comemorações.
O legado de Lenin
Por Umberto Martins
Há 150 anos, no dia 22 de abril de 1870, nascia Vladimir Ilitch Lenin, o grande teórico e comandante da revolução soviética. Lenin revolucionou a ideologia marxista, promovendo ao mesmo tempo uma ruptura com o marxismo oficial ou hegemônico da época, liderado pelo alemão Karl Kaustky, e o resgate e a continuidade do espírito revolucionário da doutrina formulada por Marx e Engels.
Enaltecendo a originalidade e ousadia do pensamento leninista, o filósofo italiano Antonio Gramsci escreveu, em 1917, um artigo sugestivamente intitulado “A revolução contra O capital”. As previsões usuais entre os marxistas era de que um acontecimento do gênero (revolução socialista) só seria possível nos países capitalistas mais avançados, o que não era o caso da Rússia.
Há 150 anos, no dia 22 de abril de 1870, nascia Vladimir Ilitch Lenin, o grande teórico e comandante da revolução soviética. Lenin revolucionou a ideologia marxista, promovendo ao mesmo tempo uma ruptura com o marxismo oficial ou hegemônico da época, liderado pelo alemão Karl Kaustky, e o resgate e a continuidade do espírito revolucionário da doutrina formulada por Marx e Engels.
Enaltecendo a originalidade e ousadia do pensamento leninista, o filósofo italiano Antonio Gramsci escreveu, em 1917, um artigo sugestivamente intitulado “A revolução contra O capital”. As previsões usuais entre os marxistas era de que um acontecimento do gênero (revolução socialista) só seria possível nos países capitalistas mais avançados, o que não era o caso da Rússia.
quarta-feira, 22 de abril de 2020
Mortes em alta, isolamento em baixa
Por Fernando Brito, em seu blog:
Passaram hoje de 45 mil as mortes de norte-americanos por conta do novo coronavírus.
Rapidamente, o “grande irmão do Norte” aproxima-se das perdas de 58 mil cidadãos que se foram na insana Guerra do Vietnã, em seis anos de envolvimento total, desde Lyndon Johnson até Richard Nixon.
Em dois meses, não em cinco anos, como então.
Apenas nas últimas 24 horas, 2805 mortes, um recorde.
No entanto, no auge de uma guerra contra uma maré infecciosa, tudo o que se ouve é se pedir que as pessoas saiam de suas trincheiras domésticas, levantem-se e vão morrer no contágio.
Passaram hoje de 45 mil as mortes de norte-americanos por conta do novo coronavírus.
Rapidamente, o “grande irmão do Norte” aproxima-se das perdas de 58 mil cidadãos que se foram na insana Guerra do Vietnã, em seis anos de envolvimento total, desde Lyndon Johnson até Richard Nixon.
Em dois meses, não em cinco anos, como então.
Apenas nas últimas 24 horas, 2805 mortes, um recorde.
No entanto, no auge de uma guerra contra uma maré infecciosa, tudo o que se ouve é se pedir que as pessoas saiam de suas trincheiras domésticas, levantem-se e vão morrer no contágio.
Um caminho perigoso e sem volta
Por Eric Nepomuceno
Dizem que Luiz XIV, o monarca do absolutismo francês, disse o que ninguém conseguiu provar que disse: “O Estado sou eu”. Anos depois, morreu de gangrena.
Jair Messias diz que não disse o que disse e foi gravado e mostrado para quem quisesse ver.
Na manhã seguinte, se desdisse.
Até aí, nada de novo: em sua versão tão peculiar de integridade, já chegou a desmentir o que havia dito não no dia anterior, mas horas antes.
Agora, uma inovação: ao dizer que não tinha ido apoiar a manifestação de extrema-direita que pedia um golpe militar com ele no poder, Jair Messias lançou sua versão pessoal da tal frase.
Dizem que Luiz XIV, o monarca do absolutismo francês, disse o que ninguém conseguiu provar que disse: “O Estado sou eu”. Anos depois, morreu de gangrena.
Jair Messias diz que não disse o que disse e foi gravado e mostrado para quem quisesse ver.
Na manhã seguinte, se desdisse.
Até aí, nada de novo: em sua versão tão peculiar de integridade, já chegou a desmentir o que havia dito não no dia anterior, mas horas antes.
Agora, uma inovação: ao dizer que não tinha ido apoiar a manifestação de extrema-direita que pedia um golpe militar com ele no poder, Jair Messias lançou sua versão pessoal da tal frase.
Bolsonaro, militares e a escalada ditatorial
Por Jeferson Miola, em seu blog:
A ofensiva de Bolsonaro contra as instituições domingo, 19 de abril, foi o mais acintoso, mais grave e mais afrontoso ataque contra o pouco que resta do Estado de Direito no Brasil.
A pauta bolsonarista e as circunstâncias da participação do Bolsonaro não poderiam ser mais impactantes: [1] o protesto aconteceu no dia do Exército brasileiro; [2] o ato com a presença presidencial foi realizado no portão do Quartel-General do Exército do qual ele é o Comandante Supremo; e [3] a matilha bolsonarista reunida, em quem Bolsonaro disse “acreditar”, pedia “intervenção militar com Bolsonaro no poder”, o fechamento do Congresso e o fechamento do STF.
A ofensiva de Bolsonaro contra as instituições domingo, 19 de abril, foi o mais acintoso, mais grave e mais afrontoso ataque contra o pouco que resta do Estado de Direito no Brasil.
A pauta bolsonarista e as circunstâncias da participação do Bolsonaro não poderiam ser mais impactantes: [1] o protesto aconteceu no dia do Exército brasileiro; [2] o ato com a presença presidencial foi realizado no portão do Quartel-General do Exército do qual ele é o Comandante Supremo; e [3] a matilha bolsonarista reunida, em quem Bolsonaro disse “acreditar”, pedia “intervenção militar com Bolsonaro no poder”, o fechamento do Congresso e o fechamento do STF.
Abaixo o moralismo financeiro
Por Luiz Gonzaga Belluzzo, na revista CartaCapital:
O sistema financeiro é a instância dominante nas relações econômicas do capitalismo de todos os tempos e em todos os tempos.
Um sábio atilado chamou o dinheiro e suas instituições capitalistas de comunidade.
Na posteridade da Segunda Guerra, os sistemas financeiros foram severamente disciplinados.
Salvo pequenos incidentes, a economia deslizou nos trilhos do crédito dirigido, dos controles de capitais entre os países, do gasto público amparado em sistemas fiscais progressivos.
A coisa andou tão bem que, nos anos 1970, o sistema regulado de relações monetárias e financeiras sucumbiu ao seu próprio sucesso.
Um sábio atilado chamou o dinheiro e suas instituições capitalistas de comunidade.
Na posteridade da Segunda Guerra, os sistemas financeiros foram severamente disciplinados.
Salvo pequenos incidentes, a economia deslizou nos trilhos do crédito dirigido, dos controles de capitais entre os países, do gasto público amparado em sistemas fiscais progressivos.
A coisa andou tão bem que, nos anos 1970, o sistema regulado de relações monetárias e financeiras sucumbiu ao seu próprio sucesso.
Cai a blindagem dos Bolsonaro na Justiça
Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
A opinião pública, na mídia, mas especialmente nas corporações públicas são extremamente suscetíveis aos movimentos de manada.
Cria-se o movimento em uma direção. A manada vai atrás, endossando.
Não sei a terminologia das boiadas autênticas.
No caso da boiada da opinião pública, há um conjunto de personagens padrão.
Na frente, vai o boi condutor, liderando o estouro.
Até que vai se aproximando de um precipício.
Surgem os radares, sinalizando o perigo, mas não sendo ouvidos de cara.
A opinião pública, na mídia, mas especialmente nas corporações públicas são extremamente suscetíveis aos movimentos de manada.
Cria-se o movimento em uma direção. A manada vai atrás, endossando.
Não sei a terminologia das boiadas autênticas.
No caso da boiada da opinião pública, há um conjunto de personagens padrão.
Na frente, vai o boi condutor, liderando o estouro.
Até que vai se aproximando de um precipício.
Surgem os radares, sinalizando o perigo, mas não sendo ouvidos de cara.
Bolsonaro é perigoso para a democracia
Por Paulo Moreira Leite, no site Brasil-247:
Está lá, no artigo 78 da Constituição, que sintetiza o dever inaugural de um presidente da República, um juramento obrigatório, no dia da posse: "Manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil".
Parte do ritual obrigatório da República, sem esse juramento um presidente eleito nem toma posse.
Por isso, desde ontem, a questão é saber como as forças comprometidas pela defesa da democracia irão reagir a um presidente que, em vez de "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis", insistiu em fazer o contrário, na frente de todos.
Está lá, no artigo 78 da Constituição, que sintetiza o dever inaugural de um presidente da República, um juramento obrigatório, no dia da posse: "Manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil".
Parte do ritual obrigatório da República, sem esse juramento um presidente eleito nem toma posse.
Por isso, desde ontem, a questão é saber como as forças comprometidas pela defesa da democracia irão reagir a um presidente que, em vez de "manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis", insistiu em fazer o contrário, na frente de todos.
terça-feira, 21 de abril de 2020
O “mensageiro da morte” ataca o Maranhão
Por Altamiro Borges
Mensageiro da morte, Jair Bolsonaro ainda dificulta as ações de quem procura salvar vidas. Em mais uma ação macabra, a Receita Federal, ligada ao presidente-coveiro e ao abutre Paulo Guedes, "afirma que a operação do governo do Maranhão para trazer 107 respiradores da China foi ilegal", informa a Folha nesta segunda-feira (20).
O jornal relata que a Receita "tomará medidas legais cabíveis contra as pessoas envolvidas" na arrojada operação do governo do Maranhão. "Ela envolveu o envio dos respiradores à Etiópia, para escapar dos radares dos EUA e Europa, e o fretamento de avião de Guarulhos para São Luís" para escapar da sabotagem do miliciano Bolsonaro.
"O desembaraço na Receita foi feito no Maranhão, e não em São Paulo, para evitar risco de que os equipamentos fossem retidos. A estratégia foi montada depois que o governador Flávio Dino (PCdoB) reservou respiradores três vezes e foi atravessado pelo governo federal, pela Alemanha e pelos EUA".
Mensageiro da morte, Jair Bolsonaro ainda dificulta as ações de quem procura salvar vidas. Em mais uma ação macabra, a Receita Federal, ligada ao presidente-coveiro e ao abutre Paulo Guedes, "afirma que a operação do governo do Maranhão para trazer 107 respiradores da China foi ilegal", informa a Folha nesta segunda-feira (20).
O jornal relata que a Receita "tomará medidas legais cabíveis contra as pessoas envolvidas" na arrojada operação do governo do Maranhão. "Ela envolveu o envio dos respiradores à Etiópia, para escapar dos radares dos EUA e Europa, e o fretamento de avião de Guarulhos para São Luís" para escapar da sabotagem do miliciano Bolsonaro.
"O desembaraço na Receita foi feito no Maranhão, e não em São Paulo, para evitar risco de que os equipamentos fossem retidos. A estratégia foi montada depois que o governador Flávio Dino (PCdoB) reservou respiradores três vezes e foi atravessado pelo governo federal, pela Alemanha e pelos EUA".
O mito morreu de Covid-19
Por Luís Fernando Vitagliano, no site Brasil Debate:
Mais uma vítima fatal do Covid-19 foi confirmada: o mito de Bolsonaro. Não, o governo ainda não morreu; embora sua sustentação se torne cada vez mais crítica daqui em diante. Tampouco e muito menos o próprio presidente tenha morrido. Este, pelo contrário, aparenta desfrutar de boa saúde. O que morreu, de fato, foi a subjetividade construída em torno da figura do presidente. Subjetividade tão cara que o tornou popular nas urnas e nas redes e que o fez sustentar medidas bastante impopulares de governo.
Mais uma vítima fatal do Covid-19 foi confirmada: o mito de Bolsonaro. Não, o governo ainda não morreu; embora sua sustentação se torne cada vez mais crítica daqui em diante. Tampouco e muito menos o próprio presidente tenha morrido. Este, pelo contrário, aparenta desfrutar de boa saúde. O que morreu, de fato, foi a subjetividade construída em torno da figura do presidente. Subjetividade tão cara que o tornou popular nas urnas e nas redes e que o fez sustentar medidas bastante impopulares de governo.
Bolsonaro promove ‘desordem e regresso’
Da Rede Brasil Atual:
Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o presidente Jair Bolsonaro estimula o desrespeito à hierarquia militar ao participar de manifestação, em frente ao quartel-general do Exército, neste domingo (19), na capital federal. “Em vez de ordem e progresso, temos desordem e regresso”, afirmou, em alusão ao lema da bandeira nacional.
Segundo Belluzzo, o presidente pretende manter o “controle absoluto” do Estado brasileiro, para subjugá-lo aos interesses particulares da sua família. “É uma desordem total. Tem muito a ver com o seu espírito destruidor. Ele não está aí para construir nada. Está para destruir, assim como fazem, sem saber, os seus adeptos”, disse a Glauco Faria e Marilu Cabañas, para o Jornal Brasil Atual, nesta segunda-feira (20).
Para o economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o presidente Jair Bolsonaro estimula o desrespeito à hierarquia militar ao participar de manifestação, em frente ao quartel-general do Exército, neste domingo (19), na capital federal. “Em vez de ordem e progresso, temos desordem e regresso”, afirmou, em alusão ao lema da bandeira nacional.
Segundo Belluzzo, o presidente pretende manter o “controle absoluto” do Estado brasileiro, para subjugá-lo aos interesses particulares da sua família. “É uma desordem total. Tem muito a ver com o seu espírito destruidor. Ele não está aí para construir nada. Está para destruir, assim como fazem, sem saber, os seus adeptos”, disse a Glauco Faria e Marilu Cabañas, para o Jornal Brasil Atual, nesta segunda-feira (20).
Bolsonaro não é a Constituição, é o golpismo
Editorial do site Vermelho:
A participação do presidente da República Jair Bolsonaro no ato em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no domingo (19), é a prova cabal de que ele, como militante do golpismo, desrespeita a institucionalidade democrática do país. Ao confrontar a Constituição e se perfilar num ato que defendia a intervenção militar, e criminalizar a política com o pretexto de defender a “nova política” contra a “velha política”, Bolsonaro escancara seus intentos golpistas. Ao confrontar a Constituição e se perfilar num ato que pregava a intervenção militar.
A participação do presidente da República Jair Bolsonaro no ato em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, no domingo (19), é a prova cabal de que ele, como militante do golpismo, desrespeita a institucionalidade democrática do país. Ao confrontar a Constituição e se perfilar num ato que defendia a intervenção militar, e criminalizar a política com o pretexto de defender a “nova política” contra a “velha política”, Bolsonaro escancara seus intentos golpistas. Ao confrontar a Constituição e se perfilar num ato que pregava a intervenção militar.