sábado, 31 de outubro de 2020
sexta-feira, 30 de outubro de 2020
Bolsonaro tenta salvar o bispo no RJ
O resultado preocupa o candidato do DEM, já que Martha tem baixa rejeição e, segundo o último Datafolha, é a única que derrotaria Paes num eventual segundo turno.
Mas o sinal vermelho mesmo foi aceso na campanha do protegido de Edir Macedo. O atual prefeito, Marcelo Crivella, pode ser humilhado pelos eleitores, ficando fora do segundo turno - mesmo com a máquina da Prefeitura nas mãos e com o apoio ostensivo de Bolsonaro.
Democratizar a comunicação nos municípios
Assim como candidaturas às Prefeituras e Câmaras de Vereadores são indagadas sobre propostas para educação, saúde, transporte, habitação, limpeza urbana, segurança, precisamos cobrar delas planos para a comunicação pública. Esse é um tema também de âmbito municipal.
O Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) lançou dias atrás o documento “Eleições 2020: a comunicação que queremos para os municípios”, contendo uma série de propostas de iniciativas possíveis de serem promovidas por prefeitos e vereadores. Principalmente pelas candidaturas do campo progressista, que por natureza são (ou deveriam ser) imbricadas a causas populares, o documento do FNDC precisa de ser lido com atenção. Mais que isso: carecemos de compromissos com aquelas propostas.
Não é fácil envelhecer no Brasil
O Sesc-SP em parceria com o Núcleo de Estudos e Opinião Pública (Neop) da Fundação Perseu Abramo em meados de 2018 iniciaram uma série de conversas sobre a necessidade de uma segunda edição da pesquisa “Idosos no Brasil – Vivências, desafios e expectativas na 3ª idade”. Passados 13 anos de sua primeira edição, em 2005, ambas as instituições atentavam para a intensificação do aumento do envelhecimento da população, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo.
No Brasil, em quase uma década e meia que separa as duas edições do estudo, o Brasil viu o índice de pessoas com mais de 60 anos crescer de 9,2% da população brasileira, em 2005, para atuais 34 milhões de cidadãos, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do IBGE, o que representa 16,2% da população brasileira.
Home-office e o servidor público precarizado
A necessidade de isolamento social imposta pela pandemia provocada pela Covid-19 levou milhões de trabalhadores brasileiros de diversos segmentos econômicos e ramos de atividade a aderirem provisoriamente ao trabalho remoto (home-office).
Nota técnica recentemente publicada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA, elaborada com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Covid-19, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, aponta que a adesão ao trabalho remoto foi maior no setor público do que no setor privado. Em junho de 2020, 24,7% dos trabalhadores do setor público estavam trabalhando de forma remota, enquanto no setor privado, a porcentagem era de apenas 8,0% de trabalhadores realizando as atividades remotamente no mesmo mês [1].
A militarização das escolas no Brasil
Coincidentemente, no mesmo dia deste anúncio, dia 26 de outubro, fazem quatro anos que falei na tribuna da Assembleia Legislativa do Paraná. Há quatro anos estávamos ocupando as escolas porque os estudantes não estavam sendo ouvidos e respeitados, nem tendo suas opiniões consideradas na reforma do ensino médio.
Doria usa a TV Cultura como palanque
Bolsonaro reafirma intentos autoritários
A segunda onda de Covid-19 na Europa e a aceleração da pandemia nos Estados Unidos são sinais de que o Brasil caminha para um cenário ainda mais trágico. As crises sanitária e econômica tendem a se agravar, com graves e previsíveis consequências para o povo. Sem uma ação efetiva contra os efeitos da pandemia, a sua propagação seguirá descontrolada. E os efeitos sobre a economia, castigada por uma severa recessão, serão inevitáveis.
Pária, órfão e passando vergonha
Emerso de brumas medievais, nosso ponderado chanceler declarou, na recente formatura do Rio Branco, que o Brasil é pária mundial e que deve ostentar essa honrosa condição como uma medalha.
Ficamos um tanto surpresos.
Ignorantes que somos dos tortuosos silogismos do tomismo diplomático, que hoje domina corações e mentes da alta cúpula do Itamaraty, pensávamos que o objetivo maior da política externa, de qualquer política externa, era o de manter boas relações com todos os países e fortalecer o prestígio e o protagonismo de um Estado no cenário mundial.
Estávamos redondamente enganados. Ou melhor, estávamos “planamente” equivocados.
Ensina-nos o chanceler pré-iluminista que a finalidade principal da política externa brasileira é o isolamento. Assim, a boa política externa seria uma antipolítica externa.
quinta-feira, 29 de outubro de 2020
O prefeito tucano de Porto Alegre e o SUS
Por meio do Decreto 10.530 publicado nesta 3ª feira [27/10], o governo Bolsonaro criou o programa que fomenta estudos sobre a transferência, à iniciativa privada, da gestão e da operação da atenção primária em saúde do SUS – Sistema Único de Saúde.
Este programa de privatização da atenção primária do SUS – disfarçado com o nome de “Programa de Parcerias de Investimentos da Presidência da República – PPI” – sequer é executado pelo ministério da Saúde do “general cloroquina”, aquele subserviente que apenas obedece ao que o capitão manda.
O programa, sugestivamente, é coordenado pela Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos do Ministério da Economia do agente das finanças Paulo Guedes.
2020: uma eleição mal aproveitada
Quando, daqui a algum tempo, formos discutir a eleição de 2020, é provável que dela só reste uma coisa a dizer: que houve a eleição.
É pouco.
Eleições são processos complexos e cheios de consequências, seja pelo que representam na vida política, seja pelo que suscitam no imaginário.
São também caras, exigindo recursos públicos e privados nada pequenos.
Fazê-las apenas por fazê-las tem cara de desperdício.
Bolsonarismo: um projeto lesa-pátria
Nossa principal parceira comercial, milhões de dólares à frente dos EUA, da Europa e do Mercosul, a China é o maior comprador mundial de soja, a cereja do agronegócio brasileiro, a “salvação da lavoura” de nossa raquítica balança comercial, onde, com o recesso industrial, pesam as exportações de matérias primas in natura, como alimentos não processados, ou minério de ferro que exportamos para importar trilhos e lingotes de aço. A China comprou do Brasil nada menos que 7,25 milhões de toneladas de soja no último setembro, contra 4,79 toneladas no mesmo mês do ano passado, donde um aumento de 51%.
A tempestade que se avizinha
Com certeza, caminhamos em direção a um agravamento geral politico-institucional, social e econômico. Nada de crescimento nos próximos anos. Recessão neste ano, com o fim do auxilio emergencial e o crescente desemprego, que é desigual e atinge mais os jovens, as mulheres e os negros. A pandemia continua a ser tratada, na prática, como inexistente pelo governo, embora, como nos indica o que acontece na Europa e nos Estados Unidos, poderá se agravar levando de roldão a economia. Suas consequências, que não podemos prever hoje, certamente levarão a uma maior crise social com repercussões imediatas no ambiente político-institucional.
quarta-feira, 28 de outubro de 2020
Quem é Daniela Reinehr, a ‘neonazista’ de SC
Ao tomar posse como governadora interina de Santa Catarina nesta terça-feira (27), a bolsonarista Daniela Reinehr se recusou a dizer se concorda com as opiniões neonazistas e negacionistas de seu pai. Questionada por jornalistas durante a sua primeira coletiva, ela fugiu de forma canhestra e patética.
Daniela Reinehr assumiu o cargo temporariamente após o afastamento do governador Carlos Moisés (PSL), que é alvo de um processo de impeachment. Segundo o site alemão Deutsche Welle (DW), "ela se esquivou de responder se compactua com pensamentos neonazistas e negacionistas do Holocausto".
Espanha taxa os mais ricos; Brasil ataca o SUS
Enquanto a dupla macabra Bolsonaro-Guedes decide acabar com o auxílio-emergencial e impõe um decreto para privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS), o governo de centro-esquerda da Espanha anuncia que vai taxar os mais ricos e as grandes empresas para superar a crise econômica agravada pela pandemia da Covid-19.
Segundo o jornal El País, "os partidos PSOE [Socialista] e Unidas Podemos, sócios na coalizão de esquerda que governa a Espanha, pactuaram finalmente o aumento de impostos para os mais ricos e grandes empresas, como forma de fechar a conta da crise provocada pelo coronavírus".
O genocida Bolsonaro quer privatizar o SUS
O genocida Jair Bolsonaro – que tratou a Covid-19 como uma "gripezinha", estimulou aglomerações, sabotou o uso das máscaras, espalhou perdigotos e faz terrorismo contra a "vacina chinesa" – agora quer privatizar o Sistema Único de Saúde (SUS), que salvou milhares de vidas na pandemia.
Segundo informa o site Congresso em Foco, "decreto assinado por Jair Bolsonaro e pelo ministro Paulo Guedes autoriza a equipe econômica a preparar um modelo de privatizações para unidades básicas de saúde. A norma foi publicada nesta terça-feira (27) no Diário Oficial da União".
Bolsonaro, a vacina e a China
A comunicação que queremos nos municípios
A história recente tem mostrado que a comunicação representa um aspecto fundamental da disputa política e de sustentabilidade de qualquer governo democrático, que busca garantir os direitos humanos, sociais e trabalhistas nas cidades.
Embora a área de regulação das comunicações seja prerrogativa da esfera federal, é na cidade, junto à população local, que a essência do debate do direito à informação e à comunicação se concretiza.
Assim, desde a campanha, é preciso fortalecer os eixos que devem fundamentar a concepção do papel de um dirigente municipal, quer esteja ele no executivo ou no legislativo.
O sindicalismo na Bolívia, Chile... e EUA
O golpe reacionário na Bolívia afastando o presidente Morales e agredindo os sindicatos, os movimentos populares e os indígenas, enfrentou desde sempre forte resistência social que teve uma orientação política correta (até mesmo autocrítica) e reagrupou os derrotados, unificou-os e os levou à vitória nas eleições um ano depois do desastre.
terça-feira, 27 de outubro de 2020
Ex-bolsonarista, governador de SC é enxotado
Por Altamiro Borges
Mais um 'outsider' que se elegeu na onda bolsonarista de 2018, o governador Carlos Moisés, do PSL de Santa Catarina, é defecado do cargo. Um tribunal especial decidiu, por seis votos contra quatro, afastá-lo por 180 dias para dar continuidade ao seu processo de impeachment. A situação do militar aposentado é complicada!
Esse é o segundo governador eleito na carona de Jair Bolsonaro
a ser derrubado por intrigas no próprio covil da ultradireita, incompetência
administrativa, inabilidade política e denúncias de corrupção. O primeiro foi
Wilson Witzel, do Rio de Janeiro, que levou um "tiro na cabecinha" –
como o valentão gostava de esbravejar.
Chile dá alento contra o autoritarismo
Pode-se dizer que as palavras do ex-presidente do Chile, Salvador Allende, em seu último discurso quando o sangrento golpe militar comandado pelo general Augusto Pinochet avançava, estão se cumprindo. “O povo deve se defender, mas não deve se sacrificar. O povo não deve se deixar arrasar nem tranquilizar, mas tampouco pode humilhar-se”, disse ele. “Sigais sabendo que muito mais cedo do que se espera, se abrirão novamente as grandes alamedas pelas quais passarão homens livres para construir uma sociedade melhor”, prosseguiu.
Do golpe neoliberal ao fascismo no Brasil
Escritos entre os anos de 2013 e 2020, os 48 textos que compõem esta coletânea abarcam o tumultuado e agitado panorama político atual de forma interdisciplinar, com assuntos que vão desde a economia política, a sociologia do trabalho, as relações internacionais e temas específicos que tomaram o noticiário ao longo dos últimos anos, como a greve dos caminhoneiros, a operação Lava Jato, o projeto Future-se e a pandemia da covid-19.
Sinais de 'lockdown' na Europa. E no Brasil?
Além das óbvias preocupações humanitárias, está evidente que estamos às portas de um novo “lockdown” na Europa.
Revolução democrática avança no Chile
Foto: Rodrigo Garrido |
A revolução democrática avança no Chile.
O povo chileno está dando um exuberante exemplo de vigor democrático e de poder popular no plebiscito que define o presente e o futuro do país e que enterra em definitivo o espectro do ditador sanguinário Augusto Pinochet – o facínora que inspira Paulo Guedes, Bolsonaro e o governo militar brasileiro.
O plebiscito foi adiado sucessivamente devido à pandemia. A oligarquia presidida por Sebastián Piñera, contudo, aproveitou o pretexto pandêmico para tentar, de todas as formas, sabotar e cancelar o exercício da soberania popular. Mas não conseguiu.
A beleza da democracia no Chile
No plebiscito de domingo, os chilenos deram prova inquestionável da força da democracia e da soberania popular, numa escolha que molda o futuro do Chile.
A convocação de uma Constituinte para redigir uma nova Carta foi aprovada por 78%, enquanto 79% optavam pela eleição de uma assembleia destinada exclusivamente ao trabalho constitucional, com participação paritária de homens e mulheres.
Nunca antes, que eu saiba, a paridade de gênero foi praticada em questão de tal relevância.
Os chilenos querem uma nova Constituição não apenas para destinarem ao lixo da História a Carta imposta pelo ditador Pinochet em 1980.
segunda-feira, 26 de outubro de 2020
Chile, Bolívia e a América Latina vibrante
No domingo (25) o povo chileno votou sobre a continuidade ou não de uma Constituição estabelecida durante a ditadura de Augusto Pinochet, líder de um dos regimes mais repressivos da América Latina. A pandemia adiou o plebiscito que aconteceria em abril.
O plebiscito contou com duas perguntas:
1. se os/as chilenos/as querem ou não uma nova Constituição;
Fuga de capitais e o fiasco de Guedes
Desde 2019 o Brasil enfrenta a chamada “fuga de capitais”. Nos primeiros oito meses deste ano US$ 15,2 bilhões deixaram o país, o maior volume para o período desde que o Banco Central começou a realizar essas estatísticas, em 1982. Ao mesmo tempo, investidores estrangeiros retiraram R$ 88,2 bilhões da Bolsa brasileira de janeiro a 29 de setembro, o dobro do registrado em todo o ano passado. No Brasil não há controle de entrada e saída de capitais externos (quarentena ou um tipo de pedágio para o capital que entra no país). O que é típico de país atrasado. Aqui na América Latina o Chile tem, na Ásia, a Malásia dispõe. Seria fundamental realizar esse tipo de controle, para preservar as economias da voracidade dos capitais especulativos, já que, no fundamental, esse tipo de capital não passa de um mecanismo de dominação e controle dos capitais sobre economias subdesenvolvidas.
Doria e Covas devastam a educação em SP
Foto: Divulgação/Governo do Estado de SP |
A propósito da “Mariafofoca” e dos generais
Bolsonaro não seria Presidente da República sem os militares. Eles foram os principais estrategistas de sua campanha. Usaram e abusaram do prestígio que ainda lhes resta na sociedade brasileira. Pressionaram o STF para garantir a inelegibilidade de Lula. E, ao lado do imperialismo americano, do mercado financeiro, de grandes grupos econômicos e de religiosos fundamentalistas, seguem apoiando firmemente o governo do capitão cloroquina.
General Heleno abafa ‘rachadinhas’ de Flávio
O sinistro general Augusto Heleno está novamente na mira. Segundo a revista Época, "partidos de oposição enxergaram um suposto uso da máquina pública por parte da família Bolsonaro ao acionar o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) para levantar prova que pode anular o caso Queiroz".
Diante do uso ilegal de órgãos do governo para abafar as denúncias das "rachadinhas" de Flávio Bolsonaro, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) protocolou mandado de segurança junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo o afastamento de Augusto Heleno do cargo de ministro-chefe do GSI, e de Alexandre Ramagem, da função de diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Feliciano, o pastor-homofóbico, será multado?
O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) encaminhou à Justiça denúncia contra o deputado federal Marco Feliciano (Republicanos-SP). O "pastor" é acusado de utilizar o mandato para propagar sua seita religiosa e incentivar o ódio à comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).
Para a promotora Anna Trota Yaryd, que fixou a multa em R$ 100 mil por danos morais coletivos, o convicto bolsonarista – cotado para ser o vice do “capetão” em 2022 – sempre se manifesta de forma discriminatória e preconceituosa, "demonstrando o seu desprezo e ódio por um segmento vulnerável da população".
domingo, 25 de outubro de 2020
O apoio tóxico de Bolsonaro
Os candidatos que apoia explicitamente nem sequer conseguem chegar perto dos índices de popularidade que as pesquisas dizem que o presidente alcança.
Caminham rapidamente para a rabeira ou então já estão por lá.
Marcelo Crivella terá 10% dos votos do Rio de Janeiro não por conta do apoio do “Mito”, mas pela sólida máquina pentecostal de arregimentação de votos.
Bolsonaro castiga o povo com desemprego
Os desastres sociais provocados pelo governo do presidente Jair Bolsonaro parecem não ter fim. Pode-se alinhar, entre outras medidas, o corte pela metade da ajuda emergencial, o veto às vacinas contra a Covid-19, a forte recessão e a escalada do desemprego. Há ainda a prévia da inflação, que, pressionada por alimentos, vai a 0,94% em outubro, maior alta para o mês desde 1995. Isso explica as razões de Bolsonaro ser um péssimo cabo eleitoral nas grandes cidades nessas eleições municipais.
Bolsonaro: o grande derrotado nas capitais
A eleição de 2020 no Brasil traz duas tendências claras:
- os candidatos aventureiros (de "fora da política") perderam força; provavelmente, o eleitor compreendeu que apostar em Witzel e outros seres vindos do pântano da "antipolítica" é o caminho para a tragédia;
- a derrota pessoal de Bolsonaro nas principais capitais brasileiras.
Já tratei do primeiro ponto em outros textos. Dessa vez, vou-me debruçar sobre a segunda tendência, que fica clara após as últimas pesquisas eleitorais.
Bolsonaro é um presidente sem partido: saiu do PSL e não conseguiu viabilizar outra legenda. Mas nas duas maiores cidades brasileiras embarcou nas candidaturas do partido Republicanos, controlado pela turma de Edir Macedo: Crivella no Rio e Russomano em São Paulo.
Apelo de Boff a Maia é como pregar no deserto
O teólogo Leonardo Boff é uma das grandes riquezas espirituais, políticas e humanas do nosso país em todos os tempos.
Em toda vida de mais 80 anos, Boff preserva uma trajetória coerente e incorruptível; permaneceu sempre do mesmo lado da história: o lado da justiça e da igualdade social, da democracia e da liberdade, do antirracismo, do amor, da defesa da vida e da natureza, da soberania nacional, da decência e da dignidade na política.
Quando o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia/DEM acusou via twitter [24/10] o criminoso e anti-ministro bolsonarista do meio ambiente Ricardo Salles do crime de “destruir o meio ambiente do Brasil”, Boff cobrou de Maia o que a lógica e a lei determinam: o impeachment do presidente que dá as ordens ao destruidor do meio ambiente.
A vassalagem da mídia diante de Bolsonaro
Se a questão de fundo não fosse política, na forma do apoio disfarçado da mídia a Bolsonaro, seria recomendável que editores, repórteres e redatores do cartel da mídia deixassem de maltratar o vernáculo usando de forma flagrantemente inapropriada a palavra “polêmica”.
Vamos ao dicionário. Polêmica: “Discussão, disputa em torno de questão que suscita muitas divergências; controvérsia.”
Esse substantivo feminino se transformou, porém, na era de trevas bolsonarista, em uma espécie de guarda-chuva usado pela imprensa para abrandar e naturalizar as agressões do governo neofascista à Constituição e ao meio ambiente.
Alexandre Garcia, “embaixador” das fake news
Talvez na ânsia de agradar o presidente da República e a horda bolsonarista, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pisou feio na bola ao nomear Alexandre Garcia como "embaixador" da campanha contra fake news nas eleições municipais. O jornalista é um famoso difusor de fake news na mídia.
Ele é a própria expressão da mentira no jornalismo, já que foi assessor de imprensa do general João Baptista Figueiredo – o último presidente da ditadura militar que censurou, prendeu, torturou e matou jornalistas. Na sequência, na TV Globo, ele virou porta-voz das forças direitistas e das posições mais retrógradas no país.
sábado, 24 de outubro de 2020
‘Vacina chinesa’ e o impeachment do genocida
Por Altamiro Borges
Ao politizar o combate ao coronavírus e satanizar a
"vacina chinesa", em plena pandemia que já matou quase 160 mil
brasileiros, Jair Bolsonaro pode cavar a sua própria sepultura. Vários setores
da sociedade já criticam o genocida e defendem a abertura imediata do processo
de impeachment contra o “capetão”.
Segundo o UOL, até o Cidadania, partido moderado e
pragmático presidido pelo ex-deputado Roberto Freire, "ameaça entrar com
um processo de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro se ele
desautorizar a compra de uma vacina que se comprove eficaz contra a Covid-19".
sexta-feira, 23 de outubro de 2020
5G da Huawei não é uma ameaça ao Brasil
A revolução tecnológica em curso está transformando a economia e a sociedade em todo o planeta. A base fundamental dessa onda transformadora é a rede de comunicações 5G. O Brasil precisa implantar a rede 5G com agilidade e eficácia para que ela possa entregar resultados rápidos e eficazes à sociedade.
O presidente Jair Bolsonaro tem anunciado o propósito de proibir a Huawei de fornecer equipamentos para a futura rede 5G no Brasil porque vê a China como suposta ameaça global à privacidade dos dados e à soberania dos países. A acusação, que segue fielmente a orientação do presidente dos EUA Donald Trump, não se baseia em dados concretos que pudessem se constituir em provas materiais de que os equipamentos de 5G da empresa chinesa contenham dispositivos, conhecidos como “back doors”, capazes de viabilizar a obtenção clandestina de dados que circulam na rede.
Bolívia: O futuro não está pronto
Ou mesmo, numa chave mais dócil, como expressão da alternância de poder. Em outras palavras, um episódio mais ou menos previsível na trajetória das democracias liberais.
Avanço da automação ampliará ‘abismo social’
Bolsonaro é inimigo da Educação
Bahia implementa Plano de Comunicação
Foto: Fernando Vivas/GOVBA |
A partir desta quinta-feira (22), a Bahia passa a contar com o Plano Estadual de Comunicação aprovado em sessão plenária pelo Conselho Estadual de Comunicação Social da Bahia. Durante videoconferência na manhã desta quinta, o secretário de Comunicação Social do Estado e presidente do Conselho de Comunicação, André Curvello, assinou documento autorizando a imediata aplicação do plano.
Esta é uma iniciativa inédita no Brasil e o documento é fruto de amplo debate entre Governo do Estado, sociedade civil, entidades de classe, sindicatos, empresas de comunicação, trabalhadores e associações.
quinta-feira, 22 de outubro de 2020
Bolsonaro aposta no ‘caos’ nas eleições
A recente polêmica promovida por Bolsonaro em relação à compra da vacina do laboratório chinês Sinovac é mais uma aposta no “caos”, segundo o cientista político da Faculdade de Ciências Sociais da PUC de Campinas Vitor Bartella. As brigas constantes estimuladas por ele contribuem para a aversão à política. E um eventual aumento dos votos brancos, nulos e abstenções pode favorecer candidatos apoiados por Bolsonaro nas eleições municipais deste ano.
Nesta quarta-feira (21), Bolsonaro desautorizou acordo firmado pelo ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, com governadores para a aquisição do imunizante.
Nem o Orbán é tão idiota, Bolsonaro
Os casos naquele país, ainda muito poucos se comparados aos nossos (52 mil, uma taxa por habitantes 4,5 vezes menos que a do Brasil), estão, como em toda a Europa, aumentando rapidamente e o chefe de gabinete de Orban, Gergely Gulyas, anunciou que, além de 6,5 milhões de vacinas “de Oxford” o pais está considerando comprar vacinas russas e chinesas atualmente em testes.
O sindicalismo diante do trabalho remoto
Fui informado por Cid Cordeiro, assessor do sindicato dos metalúrgicos da Grande Curitiba, de números significativos que me apresso a repassar aos leitores (contrariando minha norma de evitar a numeralha).
No auge da pandemia 13% da mão de obra empregada trabalhava em casa no regime de trabalho remoto. Hoje, embora a taxa tenha caído para 10%, são, pelo menos, 9 milhões de trabalhadores nessa modalidade. A porcentagem das empresas que a aplicam varia na proporção de seu tamanho: 25% das empresas com até 50 trabalhadores, 43% com até 500 trabalhadores e 64% com 500 ou mais trabalhadores. Na própria indústria a porcentagem de empresas que utilizam o trabalho à distância é de 26%.
quarta-feira, 21 de outubro de 2020
As incertezas marcam as eleições deste ano
Educação, tema em destaque nas eleições
Em novembro, a população brasileira vai eleger prefeitos, prefeitas, vereadores e vereadoras. Os resultados impactarão as mais diversas áreas da administração municipal: Educação, Saúde, Segurança e Economia, entre outras. Os trabalhadores do ensino tendem a ter atenção mais acurada para o que cada candidato propõe para estes temas. As eleições municiais influenciarão, também, o pleito nacional de 2022, quando estarão em disputa a Presidência da República, governos dos estados e do Distrito Federal, parlamentares do Senado, Câmara de Deputados e legislativos estaduais.
Até o FMI discorda de Guedes
A profundidade e o ineditismo da crise social e econômica, em razão da pandemia do coronavírus, tem provocado a ampliação de um certo consenso em torno das medidas de política econômica necessárias para fazer face às dificuldades da conjuntura. Porém, há muito tempo sabemos da recusa do superministro da economia em encarar o problema da forma com que a gravidade do momento exige.
Paulo Guedes permanece alheio à trágica realidade que o Brasil enfrenta e mantém o discurso irresponsável do personagem austericida fiscalista a todo custo. De acordo com sua visão conservadora, tudo será resolvido no tempo certo, a partir da simples conjugação das forças de mercado. Basta esperar que a articulação dos vetores do lado da oferta se articulem com aqueles relativos à demanda para que o equilíbrio mágico seja enfim atingido. Porém, a realidade é muito mais complexa do que esses modelitos ultrapassados da ortodoxia neoliberalóide. 153 mil mortes pela doença? Desemprego superior a 13 milhões de pessoas? Maior recessão da História prevista para o presente ano? Esses dados pouco importam na cabeça de planilha.
Bolsonaro reitera vassalagem a Donald Trump
Depois das atitudes do governo brasileiro de prolongar a isenção do etanol importado dos Estados Unidos, prejudicando os produtores nacionais, de apoiar o candidato norte-americano para a presidência do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e de facilitar a venda da Embraer – que não se concretizou pela desistência da Boeing –, o próprio presidente Jair Bolsonaro Brasil recebeu o conselheiro de Segurança dos Estados Unidos, Robert O’Brien, para interferir em assuntos internos. Desta vez, o assunto é a implantação da tecnologia 5G no país.
A dimensão política da fé hoje
A fé não é um ato ao lado de outros. Mas é uma atitude que engloba todos os atos, toda a pessoa, o sentimento, a inteligência, a vontade e as opções de vida. E uma experiência originária de encontro com o Mistério que chamamos Deus vivo e com Jesus ressuscitado. Esse encontro muda a vida e a forma de ver todas as coisas. Pela atitude de fé vemos que tudo está ligado e religado a Deus, como Aquele Pai/Mãe que tudo criou, tudo acompanha e tudo atrai para que todos possam viver com espírito fraterno, com cuidado de uns para com outros e da natureza; Esse amor social constitui a mensagem central da nova encíclica do Papa Francisco Fratelli tutti. A fé não é só boa para a eternidade mas também para este mundo.
Na geopolítica regional, Bolsonaro só perde
O recado dos bolivianos nas urnas de domingo, com a eleição do candidato Luis Arce no primeiro turno foi inequívoco: eles rejeitaram, de forma decidida, o golpe do ano passado, que forçou a renúncia do ex-presidente Evo Morales. E com isso, repudiaram também as forças estrangeiras que colaboraram com o golpe, especialmente os governos dos Estados Unidos e do Brasil.
Jair Bolsonaro, que recriminou os argentinos pela eleição de Alberto Fernandez, deve estar furibundo com a vitória da esquerda na Bolívia, que representa não só a volta ao poder do MAS (Movimento ao Socialismo), partido de Morales, mas também a vitória dos povos originários da terra, das organizações populares, dos sindicatos e de todas as forças progressista golpeadas no ano passado.