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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Lula deve romper relações com Israel?

Itamaraty está correto no caso Navalny

Alexéi Navalny. Foto: Sefa Karacan/Anadolu Agency
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


Era previsível. Assim que Navalny faleceu, começaram as cobranças raivosas para que o Itamaraty e Lula se juntassem ao coro de acusações contra Putin.

Obviamente, os EUA e os países europeus (o chamado Ocidente) não pestanejaram em acusar imediatamente Putin de “assassinato”. O Sul Global, contudo, preferiu ter um mínimo de cautela e aguardar os acontecimentos decantarem.

É o caso do Brasil. O Itamaraty não saiu correndo para acusar Putin, como exige, praticamente aos berros, boa parte da nossa mídia.

Ora, acusar o presidente russo é fácil, mas resulta difícil identificar o que Putin e seu governo teriam a ganhar, agora, com a morte de Navalny.

Ao contrário, podem ser identificados grandes e claros prejuízos.

O impacto mundial da declaração do Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A analogia que o presidente Lula estabeleceu entre o Holocausto judeu e as práticas de limpeza étnica do governo de Israel para o extermínio do povo palestino teve uma estrondosa repercussão na mídia internacional.

A declaração foi repercutida com destaque nos principais meios hegemônicos de comunicação dos EUA, Canadá, México, Europa, Austrália, Índia, África, América do Sul. Além, claro, dos veículos da imprensa brasileira, israelense, árabe e dos meios progressistas de todas regiões do mundo.

O assunto foi destacado tanto no noticiário online no dia da declaração do Lula [18/2], como em matérias publicadas nas edições impressas de jornais do dia seguinte, neste 19/2. Um levantamento parcial, não exaustivo, identifica publicações pelo menos nos seguintes veículos de grande circulação e audiência [tabela]:

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

A culpa da Europa na tragédia palestina

Ilustração: Malik Qraiqea
Por Jair de Souza


Os sionistas israelenses estão a ponto de concretizar um genocídio de mais envergadura do que aquele que o nazismo hitlerista tentou efetivar em seu devido momento. Ao buscar as palavras para redigir este texto, uma dúvida me permanece latente: serei capaz de concluí-lo antes de que a macabra tarefa de extermínio do povo palestino esteja consumada? Bem, não tenho como responder. De todos modos, vou me esforçar para terminá-lo a tempo de que sirva de alguma maneira como uma contribuição à luta dos que desejam pôr fim a este massacre tão cruel e perverso. Minha consciência jamais me perdoaria se viesse a ficar evidente que deixei de fazer o quanto deveria ter feito para apoiar a resistência deste povo que está sofrendo horrores inimagináveis nesta hora tão angustiante.

Lula defende a Palestina e o Sul Global

Genocídio em Gaza e a cobertura da mídia

terça-feira, 13 de fevereiro de 2024

Quando o intolerável pode ser tolerado

Cristãos, muçulmanos e judeus em ato contra o
ataque na Faixa de Gaza. Foto: Torah Judaism
Por Jair de Souza

Em fevereiro de 2022, eu publiquei um artigo (https://desacato.info/os-judeus-de-esquerda-a-luta-contra-o-antissemitismo-e-o-estado-de-israel-por-jair-de-souza/) no qual chamava a atenção para a manipulação que se fazia do antissemitismo com o propósito de proibir a externação de críticas às políticas de limpeza étnica praticadas pelo Estado de Israel contra o povo palestino. Modestamente, gostaria de recomendar sua releitura.

No entanto, nos dias atuais, o problema se agravou. Agora, o que se busca com a manipulação da expressão “combate ao antissemitismo” é não apenas bloquear a veiculação de vozes contrárias ao sionismo israelense, mas também, fundamentalmente, inviabilizar a luta daqueles que não desejam permitir que se consuma o monstruoso genocídio que está em flagrante curso.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2024

Europa e Israel: irmanados pelo colonialismo

Milhares de pessoas em Istambul manifestam apoio ao povo
palestino. Foto: Assessoria de Imprensa da Presidência da Turquia 
Por Jair de Souza

Nestas últimas semanas, as ruas das capitais europeias vêm sendo ocupadas por milhões de pessoas em aguerridas manifestações de protesto contra os crimes de genocídio que o sionista Estado de Israel está cometendo contra o povo palestino, em especial contra o extermínio de crianças e mulheres na Faixa de Gaza.

Não obstante o mencionado, as autoridades políticas, as esportivas e as do mundo das artes parecem caminhar num sentido diametralmente oposto.

É intrigante constatar que, embora esteja localizado inteiramente fora do espaço geográfico da Europa, o Estado de Israel costuma ser regularmente incluído entre as nações participantes de várias competições esportivas, assim como de eventos artísticos que, teoricamente, são programados e pensados para os países europeus.

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Cresce a inquietação social na Europa

Protesto na cidade de Günzburg, na Baviera
Foto: Stefan Puchner/DPA/PictureAlliance
Por Flávio Aguiar, no site da RFI:


A Europa continental foi cenário nos últimos dias de um crescimento exponencial dos protestos sociais, sobretudo nos transportes e no setor agrícola.

Na Alemanha houve a paralisação sucessiva do sistema ferroviário nacional, dos aeroportos e por fim do transporte urbano em Berlim durante algumas horas da manhã de sexta-feira passada. Motivo: reivindicações salariais e de melhores condições de trabalho. A Covid 19 deixou de ser o fantasma fatal de tempos atrás, mas continua penalizando trabalhadores que se vêm impossibilitados de desempenhar suas funções, sobrecarregando os demais. E conta nesta época do ano com seu aliado, o inverno, que, com fortes resfriados, também vai levando trabalhadores ao repouso forçado.

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

Por que Israel quer calar o mundo?

Ilustração: Said Hassan
Por Berenice Bento, no site Outras Palavras:


A senhora me contava lentamente a história da sua família. Estávamos rodeadas de objetos-memória, e uma chave grande, escura, de ferro se destacava. “É a chave da casa dos meus pais. A casa está igualzinha, em Jerusalém.” Era agosto de 2015, quando fiz minha primeira viagem à Palestina.

A senhora que me doava sua história tinha 5 anos em 1947, quando viu sua casa ser invadida por sionistas. A chave foi um dos poucos objetos que a família teve tempo de recolher. “Por que a chave?” Ela sorriu e disse: “A gente acreditava que ia voltar“. Ela vivia havia 63 anos em um campo de refugiados a poucos minutos da casa da sua família.

segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

Exercícios da Otan são provocação perigosa

Charge: Awantha Artigala/Cartoon Movement
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


A Otan está lançando novos exercícios militares.

Mas não são exercícios militares quaisquer.

São as maiores operações militares da Otan desde a Guerra Fria. Seria melhor dizer desde a antiga Guerra Fria, pois há uma nova Guerra Fria em pleno desenvolvimento.

Essas operações se diferenciam das outras recentes por três fatores principais.

O primeiro é o número de tropas e equipamentos envolvidos nos exercícios. São mais de 90.000 efetivos que participarão das operações.

Além disso, mais de 50 navios, de porta-aviões a destroieres serão utilizados, bem como mais de 80 caças, helicópteros e drones, e pelo menos 1.100 veículos de combate, incluindo 133 tanques e 533 veículos blindados apoio à infantaria.

domingo, 21 de janeiro de 2024

OMS alerta sobre explosão de doenças em Gaza

Palestinos fazem fila para comer em Rafah
Foto: Fatima Shbair/AP Photo
Por Altamiro Borges


A Organização Mundial de Saúde divulgou nesta sexta-feira (19) um alerta sobre a “explosão de doenças” na Faixa de Gaza. A destruição da infraestrutura básica, o deslocamento de 1,7 milhão de palestinos, a falta de hospitais e de saneamento são as principais causas da tragédia. Os dados da OMS são alarmantes:

- 223.600 casos de infecções respiratórias em abrigos;

- 158.300 casos de diarreia, incluindo 84.000 entre crianças com menos de cinco anos;

- 68.700 casos de piolhos e sarna;

- 6.600 casos de varicela;

- 44.550 casos de erupções cutâneas;

- 7.529 casos presumidos de hepatite.

sábado, 20 de janeiro de 2024

A anatomia do genocídio na Palestina

Saudações fascistas ressurgem na Itália

Charge: Marilene Nardi/Cartoon Movement
Por Altamiro Borges


Na semana passada, a Folha noticiou sem maior alarde que “saudações fascistas durante ato em Roma voltam a expor ambiguidade de Giorgia Meloni. Gesto visto como apologia ao fascismo gerou onda de críticas à líder de ultradireita, que não se manifestou publicamente”. Já nesta quarta-feira (17), o mesmo jornal relata que o governo alemão está preocupado com o crescimento de grupos neonazistas no país e discute a possibilidade, inclusive, de banir o partido de extrema direita AfD (Alternativa para a Alemanha).

quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Alemanha: Um país na encruzilhada

Foto: Divulgação
Por Flávio Aguiar, na Rede Brasil Atual:


A semana que transcorreu entre 8 e 14 da janeiro tornou-se um símbolo da tensão que cresce na Alemanha.

Dois grandes movimentos marcaram estes dias.

O primeiro foi uma greve clássica, no sistema ferroviário, cuja espinha dorsal é a Deutsche Bahn (DB), uma empresa estatal que além dos trajetos de longa distância opera linhas regionais e parte do metrô da capital, Berlim (o sistema chamado de S-Bahn, onde o “S” significa “Schnell” - rápido).

Os grevistas - maquinistas dos trens de passageiros e de carga - reivindicam melhores salários e uma redução do tempo de trabalho de 38 para 35 horas semanais.