domingo, 31 de janeiro de 2021

O ano que não quer ir embora

Por Léa Maria Aarão Reis, no site Carta Maior:


Ou o planeta que parou de girar no falso documentário 'Morte a 2020'

Já houve um ano, o de 1968, que não conseguiu, na sua época, desaparecer para ser esquecido.

O ano do famigerado A-I5 no Brasil é histórico e acabou eternizado num livro clássico que o consagrou para sempre. Agora, 2020 segue na mesma direção: estrebucha, e também por motivos funestos se perpetua.

Registrado num pequeno filme de 70 minutos, Death to 2020, traduzido como 2020 Nunca Mais é uma das produções da Netflix mais acessadas neste mês de janeiro - provavelmente pela necessidade de distensão das platéias, de rir ou pelo menos de sorrir um pouco, assaltados que estamos por eventos sombrios, por dois vírus - corona e política federal - há um/ dois anos.

Com Câmara no bolso, Bolsonaro se salva!

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A instalação do títere do Bolsonaro na presidência da Câmara dos Deputados tem duplo ganho para o regime dos generais.

Por um lado, representa um passo perigoso de hipertrofia e concentração do poder fascista-militar. Controlando a Câmara, o “Partido Militar” aperta o garrote sobre as instituições, controla abertamente outro poder de Estado e avança com sutileza e suavidade o processo de fechamento/tutela do Congresso.

Tudo feito de modo “asséptico”, sem precisar de “um soldado e um cabo” e, também, sem precisar disparar sequer um único tiro de fuzil. Para não parecer um golpe militar sobre o poder civil.

sábado, 30 de janeiro de 2021

Dudu Bananinha indenizará repórter da Folha?

Da eleição na Câmara ao leite condensado

Governo foi às compras e esqueceu a vacina

O jornalismo sob assédio judicial

Crimes da Lava-Jato e a inocência de Lula

É necessária uma nova teologia da libertação?

Para onde vai a economia do Brasil?

Os ataques de Bolsonaro ao jornalismo

A violência contra a mulher em dados

Pazuello na berlinda e fura-filas da vacina

Governo libera R$ 3 bi para comprar votos

Por Altamiro Borges

Temendo a abertura de processo de impeachment e entraves para a sua pauta fascistoide no Congresso Nacional, Jair Bolsonaro abriu as torneiras dos cofres públicos e já liberou R$ 3 bilhões para os parlamentares. O esforço maior do governo é para garantir a vitória já no primeiro turno de Arthur Lira (PP-AL) na eleição para a presidência da Câmara Federal, em 1º de fevereiro.

A denúncia sobre o descarado “balcão de negócios” foi publicada pelo Estadão nesta sexta-feira (29). O jornal "teve aceso a planilha interna de controle de verbas, até então sigilosa, com os nomes dos parlamentares contemplados com os recursos 'extras', que vão além dos que eles já têm direito de indicar". A lista inclui 250 deputados federais e 35 senadores.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Sentença de Moro tem que ser anulada

Bolsonaro sofre tombo nas redes sociais

Elite constrói um mundo pior no pós-pandemia


Por Bepe Damasco, em seu blog:


Logo depois que a Organização Mundial de Saúde reconheceu oficialmente que o mundo estava sendo assolado por uma pandemia, em março de 2020, não faltaram vaticínios de que a humanidade seria forçada a avançar no pós-pandemia.

Jornalistas, analistas, acadêmicos e até políticos e economistas conservadores sustentavam que o modelo atual de governança global e de organização da sociedade se esgotara, bem como o padrão de consumo baseado na exploração selvagem dos recursos naturais.

A maior tragédia de saúde em 100 anos levaria finalmente à afirmação do bem coletivo em detrimento do individualismo, ao fim dos ataques neoliberais ao investimento público e à derrota dos arautos da financeirização da vida e adoradores do Deus Mercado.

Falta compromisso com a vida no Amazonas

Reprodução: Junio Matos
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Desde que iniciamos o ano de 2020, não consigo abordar outro assuntou que não seja o avanço da pandemia no mundo, no Brasil, mas, sobretudo, no meu estado do Amazonas.

Ainda em abril e maio de 2020, Manaus virou notícia internacional por conta do colapso do sistema de saúde. A crise fez com que pessoas morressem não apenas pelo vírus, mas morressem pela falta de assistência. Hoje, lamentavelmente, vemos a situação se repetir com uma dose de gravidade ainda maior.

Oxigênio hospitalar

Além do colapso do sistema de saúde, da falta de leito, da falta de atendimento, na capital e no interior do estado, há mais de duas semanas convivemos com a falta do insumo fundamental à manutenção da vida, que é o oxigênio.

Saída da Ford do Brasil não é caso isolado

Da Rede Brasil Atual:


De acordo com Valter Sanches, secretário-geral da IndustriALL Global Union, o encerramento das atividades da Ford no Brasil é resultado da ausência de uma política industrial. Além disso, o enfraquecimento do mercado interno e o desastroso combate à pandemia também colaboram para o agravamento do cenário econômico.

“Infelizmente é uma porteira que está se abrindo. A saída da Ford não é um fato isolado. O Brasil está sofrendo um processo de desindustrialização já há algum tempo”, disse ele em entrevista ao Jornal Brasil Atual nesta sexta-feira (29).

Atingindo a marca de mais de 14 milhões de desempregados, “a situação tende a se agravar”, segundo Sanchez, já que o governo Bolsonaro reluta em prorrogar o auxílio emergencial.

As provas da promiscuidade de Curitiba

Por Fernando Brito, em seu blog:


Os diálogos revelados ontem à noite pela revista Veja não prova apenas o que todos já sabem sobre a parcialidade de Sergio Moro nos processos movidos contra o ex-presidente Lula em razão da Operação Lava Jato.

Atesta que ele e os procuradores chefiados por Deltan Dallagnol agiam em absoluta promiscuidade, numa associação para delinquir contra o sistema judicial.

Você pode ver aqui os diálogos que a revista transcreve, todos já periciados e dados como verdadeiros.

Moro orienta e combina pedidos de perícia, encomenda manifestações do MP, define o que os delatores podem ou não tratar em depoimentos, cobra a anexação de documentos, interfere nas articulações com agentes suíços e norte-americano para que estes produzam provas.

Crimes de Bolsonaro justificam o impeachment

Editorial do site Vermelho:


Com a lista detalhada dos crimes cometidos por Bolsonaro na sua ação paralisante ante o coronavírus – crimes cometidos por ignorância, arrogância e desprezo pela vida dos brasileiros – seis partidos de posição apresentaram, nesta quarta-feira (27), o 63º pedido de impeachment do presidente.

Os líderes do PCdoB, PT, PSB, PDT, PSOL e REDE justificam a exigência do fim do mandato de Bolsonaro por sua evidente responsabilidade pela catástrofe em Manaus (AM), mas vão além e listam as omissões e a ausência de medidas do presidente em relação à epidemia que já matou mais de 220 mil brasileiros.

E afirmam: “Tal postura, omissões e descasos com a saúde dos brasileiros, foram tecnicamente identificados em Acórdão do Tribunal de Contas da União (Autos da TC 016.708/2020-2)”.