domingo, 17 de julho de 2022

O Brasil virou uma cena do crime

Charge: Aroeira
Por Fernando Brito, em seu blog:


A deplorável conclusão do inquérito policial que pretendeu “despolitizar” o ato de violência política representado pelo assassinato de um militante do PT numa festa de aniversário em Foz do Iguaçu é uma vergonha que, é claro, não vai prevalecer, tamanha a repercussão negativa que está tendo.

Nem o complicadíssimo Ministério Público do Paraná vai subscrever uma conclusão que, por tudo o que já se argumentou, não tem pé nem cabeça. Ou melhor, só faz sentido se objetiva dar às pressas uma versão “isentona” de um claro atentado com motivação política.

Não é o bastante, porém.

Há no Brasil uma autorização para violência

Charge: Angeli
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Quando falamos que estamos no limiar entre a barbárie e a civilização, não é força da retórica. Existe no Brasil uma autorização não escrita à violência, um incentivo que vem da mais alta autoridade da República ao comportamento agressivo, desrespeitoso e humilhante contra os mais frágeis, os adversários, os que não pensam igual. É a ideia da supremacia individual levada às últimas consequências.

Episódios violentos tem se intensificado nos últimos tempos; uma violência que aparece nos mais diversos campos e que nessa semana se materializou no assassinato de um partidário do presidente Lula na sua própria festa de aniversário e também no estupro de uma mulher sedada para dar à luz, dentro da sala de parto, com a equipe de saúde separada apenas por uma cortina de pano.

Bolsonaristas armados agridem Freixo no RJ

Charge: Nando Motta
Por André Cintra, no site Vermelho:


Uma caminhada da pré-campanha do deputado federal Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro foi alvo de uma emboscada neste sábado (16). Freixo e apoiadores estavam na Praça Saens Peña, na Tijuca, na zona norte carioca, quando um grupo liderado pelo deputado estadual bolsonarista Rodrigo Amorim (PTB) invadiu a atividade e interrompeu violentamente a passeata, aos gritos de “traficantes” e “marginais”.

Alguns dos acompanhantes de Amorim estavam armados e ameaçaram os presentes. Bandeiras foram arrancadas das mãos de militantes e quebradas. O caso, registrado na 19ª Delegacia da Polícia Civil como ameaça e injúria, foi encaminhado à Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro (Ciaf). A Justiça Eleitoral também recebeu boletins de ocorrência.

A “milicianização” das eleições

Charge: Pelicano
Por Cristina Serra, em seu blog:


Pela enésima vez, o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, com um coronel a tiracolo, levantou suspeitas sobre as urnas eletrônicas, em audiência no Senado. Já é uma anomalia o general ir à casa legislativa falar de um assunto do qual nada entende, e a dupla ainda vai lá reforçar o trololó golpista.

Peroraram sobre “vulnerabilidade” das urnas, “ameaça interna”, “código malicioso” e tiveram a petulância de propor uma votação paralela com cédulas de papel. A única “ameaça interna” a eleições limpas, livres e seguras neste país são golpistas como Bolsonaro, o general, o coronel e os que apoiam essas sandices. Como disse o deputado Alexandre Padilha (PT-SP), em entrevista ao ICL Notícias, votação paralela é “milicianização das eleições”.

A presença de inspetores da ONU no Brasil

Charge: Toni
Por Jeferson Miola, em seu blog:


A Lei nº 7.170/1983, que definia crimes contra a segurança nacional e a ordem política e social, foi revogada pela Lei nº 14.197, de 2021.

A antiga Lei de Segurança Nacional [LSN] definia explicitamente como crime contra a ordem política e social “praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo, por inconformismo político”, fixando pena de 30 anos de reclusão em caso de morte [Art. 20].

Embora a Lei vigente [14.197/2021] não estabeleça o crime político em termos exatos como a LSN, o assassinato do militante do PT Marcelo Arruda por um terrorista bolsonarista é, nitidamente, um crime político, pois motivado pelo ódio e pela intolerância ideológica.

Apesar disso, no entanto, a delegada da Polícia Civil do Paraná Camila Cecconello sacrificou o exame de provas e circunstâncias elementares do crime para encerrar apressadamente o inquérito com a absurda conclusão de que não houve crime político.

sábado, 16 de julho de 2022

TV Brasil esconde assassino bolsonarista

Alianças amplas e ruas para deter o golpe

Freixo é alvo de agressão bolsonarista

Se houver golpe não será com tanque na rua

A violência nas eleições e o tumor Bolsonaro

A apologia ao ódio fez crescer a violência

A Justiça diante do terrorismo político

A imprensa é cúmplice na barbárie

China apoia entrada da Argentina no BRICS

A informação é uma mercadoria?

MBL armou para cima de Júlio Lancellotti

Economia criativa, renda e empregos

sexta-feira, 15 de julho de 2022

TV Brasil esconde assassino bolsonarista

Imagem: Brasil de Fato
Por Altamiro Borges


A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), responsável pelas produções da Agência Brasil e pelas transmissões da TV Brasil, virou um fábrica de manipulações do “capetão” Jair Bolsonaro. Nesta semana, os seus produtos jornalísticos esconderam que o assassino do dirigente do PT em Foz do Iguaçu é um fanático bolsonarista. A bárbara execução do petista Marcelo Arruda pelo miliciano Jorge Guaranho foi distorcida na maior caradura.

Na segunda-feira (11), a Agência Brasil postou uma notinha lacônica: “Polícia do Paraná investiga a morte de guarda municipal em Foz do Iguaçu”. No mesmo dia, a TV Brasil noticiou com frieza: “Guarda municipal é morto após troca de tiros”. Os dois veículos não informaram que o covarde assassino é um bolsonarista declarado. E mesmo a menção de que o morto era um dirigente petista foi feita com muita discrição.

Sigilo de 100 anos das rachadinhas de Flávio

A urna ‘sem fraude’ dos militares…

Charge: Jean Galvão
Por Fernando Brito, em seu blog:

A ânsia de certos militares em bajular Jair Bolsonaro e pretender interferir no processo eleitoral chega aos limites do ridículo.

O Estadão publica que um deles, apesentado pelo Ministro da Defesa ao Senado, em audiência patrocinada pelo senador Eduardo Girão – aquele da cloroquina – seria o de colocar, na mesma seção, uma urna eletrônica comum e outra, de cédulas em papel, na qual o eleitor seria convidado a “repetir” , agora por escrito, o seu voto e, depois, comparar os resultados.

Será que não ocorreu que, como nem todo “eleitor eletrônico” se prestará a ser “eleitor por escrito” e que nada garante que vá assinalar, nas duas formas de votar, a mesma opção, o teste serve para verificar… absolutamente nada.