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| Charge: Nando Motta |
Uma caminhada da pré-campanha do deputado federal Marcelo Freixo (PSB) ao governo do Rio de Janeiro foi alvo de uma emboscada neste sábado (16). Freixo e apoiadores estavam na Praça Saens Peña, na Tijuca, na zona norte carioca, quando um grupo liderado pelo deputado estadual bolsonarista Rodrigo Amorim (PTB) invadiu a atividade e interrompeu violentamente a passeata, aos gritos de “traficantes” e “marginais”.
Alguns dos acompanhantes de Amorim estavam armados e ameaçaram os presentes. Bandeiras foram arrancadas das mãos de militantes e quebradas. O caso, registrado na 19ª Delegacia da Polícia Civil como ameaça e injúria, foi encaminhado à Coordenadoria de Investigações de Agentes com Foro (Ciaf). A Justiça Eleitoral também recebeu boletins de ocorrência.
“Fomos surpreendidos por um deputado ligado ao governador Cláudio Castro, ligado ao presidente Jair Bolsonaro”, denunciou Freixo em suas redes sociais. “Ele (Rodrigo Amorim) estava acompanhado de dez marginais armados que foram pra cima das pessoas, crianças, mulheres, idosos, com muita violência, ameaçando e dizendo que ali não era lugar para que a gente estivesse.”
Segundo Freixo, que lidera as pesquisas de voto para o governo estadual, “não é disso que o Rio de Janeiro precisa nesse momento. O Rio precisa de paz. O Rio precisa de união. O Rio precisa de diálogo. As pessoas querem trabalhar, prosperar e ter sossego. A política não pode oferecer violência, a política tem que oferecer diálogo e solução. É lamentável que isso tenha acontecido”.
Em 2018, logo após a execução da vereadora carioca Marielle Franco, Amorim quebrou uma placa com o nome da parlamentar, o que lhe deu visibilidade entre eleitores de extrema-direita. Neste ano, ele posou ao lado da placa quebrada para provocar novamente a família de Marielle.
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