quinta-feira, 29 de fevereiro de 2024

Capitão Assumção, mais um bolsonarista preso

Charge: Zé Dassilva
Por Altamiro Borges


Os parlamentares bolsonaristas mais hidrófobos devem estar em pânico. Na noite desta quarta-feira (28), mais um deles foi preso no Espírito Santo. O caricato deputado estadual Capitão Assumção (PL) foi levado à sede da Polícia Federal em Vila Velha. O motivo da detenção é que o provocador descumpriu as medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por incitar atos golpistas, disseminar fake news e promover ataques aos integrantes do Poder Judiciário.

Diante a ação da PF, os bolsonaristas choramingaram seu mimimi vitimista. O embriagado senador Magno Malta, presidente do PL-ES, soltou nota afirmando que o tal capitão foi detido enquanto estava na igreja – o que já foi desmentido. Ele também lamentou: “Um deputado estadual que tem foro, residência fixa, é muito estranho. O nosso estado democrático está violado... É preocupante ver tantas pessoas sendo presas por expressarem suas opiniões. Outros são detidos simplesmente por discordarem”.

A preparação do 1º de Maio

Charge: Alexandre Beck
Por João Guilherme Vargas Netto

As comemorações do 1º de Maio - Dia do Trabalhador ou Dia do Trabalho – são as únicas com abrangência mundial (com exceção dos Estados Unidos) como nos tem lembrado José Luiz del Roio (saúde! saúde!).

Aqui no Brasil há uma tradição mais que secular e nos últimos anos o 1º de Maio tem sido comemorado com a organização de manifestações do movimento sindical, unitárias ou não, reivindicatórias ou festivas, todas tendo como eixo a pauta dos trabalhadores e das trabalhadoras.

Basta que lembremos as multidões que compareceram ao Campo de Bagatelle nos eventos promovidos pela Força Sindical em anos sucessivos.

Cristianismo sem Jesus

Charge: Vaccari
Por Jair de Souza


Logo após o ato político bolsonarista na Av. Paulista, em São Paulo, no passado 25/02/2024, alguns pontos vão se tornando ainda mais cristalinos. Uma das primeiras constatações que pudemos fazer é que a extrema direita no Brasil está aglutinada no eixo ideológico abrangido pelo bolsonarismo, o nazifascismo e o sionismo.

Ainda que estejamos mencionando um amalgamado de três correntes políticas, é preciso ressaltar que sua linha mestra é traçada pelo sionismo. Em outras palavras, é o sionismo que baliza as forças de extrema direita no Brasil na atualidade, é o que lhes norteia, conduz e inspira. Mas, como entender um fenômeno de tais características se sabemos que os judeus não conformam nem sequer 1% da população brasileira?

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Assassino de Chico Mendes no "PL de Deus"!

Lula comenta ato de Bolsonaro na Paulista

Avanço da bancada evangélica na República

Charge: Latuff
Por Bepe Damasco, em seu blog:


Uma coisa é o governo se render aos fatos, à vida como ela é, e não como gostaria que fosse, e não conseguir deter o avanço da bancada evangélica sobre premissas republicanas e iluministas, tal como a laicidade do Estado. Outra bem diferente, e deplorável, é parcela expressiva do campo progressista naturalizar esses retrocessos e não refletir seriamente sobre alternativas de reação.

Em mais um capítulo desta louca cavalgada, nesta terça-feira (27), uma comissão especial da Câmara dos Deputados aprovou a ampliação da imunidade tributária de igrejas e templos religiosos. A autor da proposta é o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Marcelo Crivella, agora deputado federal. O texto, que já havia sido aprovado pela CCJ, em setembro do ano passado, deve ir a plenário antes da semana santa.

A ofensiva estratégica da extrema-direita

Charge: Adnael
Por Igor Felippe Santos

Ninguém imaginava uma década atrás que o então deputado federal de baixo clero Jair Bolsonaro poderia chegar à presidência da República e levar milhares de pessoas às ruas. Naqueles tempos, a direita tinha o PSDB como referência política, disputando as urnas e respeitando a “alternância de poder”. Seu projeto neoliberal defendia bandeiras como “modernização do Estado”, responsabilidade fiscal e políticas sociais focalizadas.

Dez anos depois, com o recrudescimento das contradições da crise mundial do capitalismo, a coalizão tucana naufragou. Emergiu uma força política que rejeita os princípios da Constituição de 1988 e o arranjo institucional da Nova República. As bases de convivência democrática das forças neoliberais e da esquerda moderada foram corroídas, sobretudo, com a manipulação política e midiática de casos de corrupção.

O lobby sionista nos EUA não é lobby judaico

Manifestantes de mãos dadas durante um comício da Voz Judaica
pela Paz por um cessar-fogo em Gaza (03/11/23),
em Seattle, EUA. Foto: Lindsey Wasson/AP
Por Jair de Souza

Ainda que não disponhamos de dados estatísticos precisos, sabemos que o número de judeus que habitam os Estados Unidos chega a ser equiparável ou superior ao daqueles que vivem em territórios administrados diretamente pelo Estado de Israel.

Convém recordar que uma das razões que justificam a inexistência de tal precisão nesta contabilização está relacionada com a dificuldade em definir quem, de fato, pode ser classificado como judeu, e quem não. Quais seriam os fatores determinantes para que alguém venha a ser reconhecido como um judeu? Seria uma questão de fé religiosa? Ou o peso maior recairia sobre a origem étnico-racial? Mas, deveríamos levar em conta também o tema da nacionalidade?

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

Ministros de Bolsonaro estão na linha de tiro

Charge: Laerte
Por Altamiro Borges


Na semana passada, a Comissão de Ética Pública (CEP) da Presidência da República abriu processo para apurar a conduta de cinco ex-ministros do covil de Jair Bolsonaro que discursaram durante a macabra reunião de julho de 2022 que traçou cenários para um provável golpe de Estado. São alvos da ação os ex-ministros Paulo Sérgio (Defesa), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Bruno Bianco (Advocacia-Geral da União), Wagner Rosário (Controladoria-Geral da União). O ex-assessor da Secretaria-Geral da Presidência, Mário Fernandes, também foi incluído no procedimento.

Ato contra o massacre de jornalistas em Gaza

Extrema direita se posiciona com a anistia

Charge: Aroeira/247
Por Jeferson Miola, em seu blog:

O ato na avenida Paulista organizou a estratégia de luta da extrema-direita para o período imediato, que tem no horizonte as condenações e prisões do Bolsonaro, de alguns dos generais e oficiais implicados, e outras lideranças do golpe.

Com a bandeira da anistia, a extrema-direita se posiciona, portanto, uma conjuntura à frente, inclusive devendo politizar a eleição municipal com este debate.

Dada a robustez das provas incriminadoras, a intelligentsia bolsonarista sabe que, a essa altura dos acontecimentos, a prisão da liderança golpista é apenas uma questão de tempo; de quando vai acontecer.

Portanto, é plausível se considerar que Bolsonaro não discursou na Paulista para se defender do indefensável ou para reverter o irreversível, mas com o objetivo de armar a extrema-direita para essa nova conjuntura que se avizinha, pós-prisões.

Rússia: a montanha imperialista pariu um rato

Charge: Latuff/247
Por Umberto Martins, no site da CTB:


Há poucos dias, Estados Unidos, União Europeia e Reino Unido anunciaram novas sanções à Rússia. O presidente Joe Biden falou em 500 novas sanções, tendo por alvo quase cem empresas e indivíduos que terão suas exportações restringidas.

O Reino Unido impôs novas proibições às exportações russas de metais, diamantes e energia, enquanto a União Europeia anunciou sanções a 200 organizações e pessoas alegando que ajudaram a Rússia a adquirir armas.

16,5 mil sanções

São notícias corriqueiras, que já não surpreendem nem despertam maior atenção na opinião pública.

O que pensam os que foram à Avenida Paulista

Força da extrema direita e desafios da esquerda

Defensores da causa palestina são perseguidos

Malafaia chama governadores de covardes

Bolsonaro enche a Paulista. E daí?

segunda-feira, 26 de fevereiro de 2024

Jovem Pan cresce com Bolsonaro na Paulista

Por Altamiro Borges


Mesmo correndo o risco de perder concessões de rádio e TV, a Jovem Pan segue servindo de palanque para o bolsonarismo. Neste domingo (25), a emissora comandada pelo sinistro Tutinha deu generosos espaços para a cobertura do ato na Avenida Paulista, em São Paulo, em favor do ex-presidente. Sem qualquer análise crítica da manifestação golpista, o programa Tá na Roda cresceu em audiência e bateu a GloboNews no Ibope.

Segundo o site de entretenimento NaTelinha, “a Jovem Pan News consolidou a sua liderança entre os canais pagos de jornalismo durante a tarde, das 15h às 17h01, superando suas concorrentes... Dados fornecidos pela Kantar Ibope para a região da Grande São Paulo mostram que a Jovem Pan alcançou uma média de 0,7 ponto, enquanto a CNN Brasil registrou 0,4 e a GloboNews, BandNews e Record News atingiram 0,3 ponto cada uma”.

Cúpula da PM do DF vira ré por atos golpistas

Charge: Petit Abel
Por Altamiro Borges


Na semana passada, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, tornar réus sete oficiais da antiga cúpula da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF). Eles são acusados de omissão durante os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023, quando vândalos depredaram as sedes dos Três Poderes em Brasília. Os ministros também mantiveram a prisão preventiva de todos os PMs para não colocar em risco a investigação. Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux seguiram o voto do relator do processo, ministro Alexandre de Moraes.

Bolsonaro mostra força, mas pede arrego

Charge: Jônatas/Política Dinâmica
Por Altamiro Borges

Nem flopou, nem foi um estrondo. A manifestação golpista na Avenida Paulista neste domingo (25) cumpriu os objetivos traçados pelo QG do bolsonarismo, mas não livra o “capetão” e suas milícias civis e fardadas do processo em curso na Justiça, que pode resultar em condenações e prisões. No calor do acontecimento, um primeiro balanço:

1) O ato mostrou força para as fotos – como implorou o ex-presidente fujão. Não foram os 650 mil anunciados pelo ex-secretário Fábio Wajngarten nem os 300 mil previstos pelo “pastor” Silas Malafaia. Mesmo assim, ele reuniu muita gente. Segundo métricas da USP, 185 mil fiéis seguidores estiveram presentes. Já a Folha fala em quatro quarteirões abarrotados – cerca de 160 mil pessoas. Não é fácil esse tipo de mobilização – a esquerda sabe disso. Não é bom subestimar a força da extrema direita, que está em ascensão no mundo e mantém sua força no Brasil.