terça-feira, 12 de maio de 2020

Na pandemia, Brasil mostra face escravocrata

Não tenhamos ilusões com as Forças Armadas

Por José Dirceu, no blog Nocaute:

Frente à crescente reprovação de seu governo pela maioria do país e ao aumento do apoio popular a seu impeachment, Jair Bolsonaro não deixa dúvidas de que pretende dar um autogolpe de Estado. O militarismo está de volta e a politização das Forças Armadas será inevitável, se não reagirmos e não dermos um basta a toda e qualquer ação militar fora dos marcos da Constituição

A cada dia sua aflição

Por João Guilherme Vargas Netto

Com os brasileiros assolados pela tragédia do coronavírus quase não se pode falar do que não seja uma nova preocupação, preocupação até mesmo com os amigos doentes.

Cada uma delas aparece e todas vão se sucedendo em um cortejo de medo, dúvidas, dificuldades e tarefas. Também para o movimento sindical.

Aqui em São Paulo trata-se de reforçar o apelo ao distanciamento social, criticar o megarrodízio proposto pela prefeitura (sem cair no relaxamento dos irresponsáveis) e exigir a paralisação total das atividades (o chamado lockdown).

Como atuam os robôs de Bolsonaro na internet

Popularidade derrete e Bolsonaro radicaliza

Como Alagoas tem enfrentado o coronavírus

Pandemias acirram desigualdade de renda

Do site Vermelho:

Em janeiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) previa que a renda mundial iria crescer 3%; as atuais previsões da instituição são de uma queda de 3%, muito pior do que durante a Grande Recessão de 2008–09. A julgar por pandemias anteriores, o golpe será muito pior para os segmentos mais pobres e vulneráveis da sociedade.

Uma sondagem recente entre economistas revelou que a grande maioria acredita que a pandemia de Covid-19 irá exacerbar a desigualdade, em parte devido a seu impacto desproporcional sobre os trabalhadores pouco qualificados, destaca texto dos integrantes do FMI Davide Furceri, Prakash Loungani e Jonathan D. Ostry.

Bolsonaro e seu jogo com os dias contados

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:

No dia 1º de março último, havia dois casos confirmados de Covid-19 no Brasil.

As duas pessoas estavam vivas.

Nesta semana, passamos, oficialmente, de 120 mil casos, com mais de 8 mil óbitos provocados pela doença.

Ninguém, no entanto, acredita nesses números e calcula-se que a epidemia já superou a marca de um milhão de infectados, com dezenas de milhares de vidas perdidas.

O que vai acontecer nos próximos meses, ninguém sabe.

Mas somente os mais tolos supõem que será algo bom.

Estamos vivendo apenas o início de uma forte crise sanitária, fantasiando que é menos grave por termos um governo incapaz de adotar a providência básica de realizar testes em massa.

Bolsonaro envergonha o Exército

Por Cid Benjamin

Sou filho de militar.

Em determinado período da vida, quis inclusive seguir a carreira de meu pai.

Oriundo de uma família de classe média baixa e órfão de mãe muito cedo, ele encontrou no Exército uma espécie de segunda família.

Assim, foi um forte abalo quando, na década de 1970, teve dois filhos torturados em unidades militares.

Meu pai ficou aliviado quando, 20 dias depois da minha prisão, foi oficializado que eu estava no quartel da Polícia do Exército da Rua Barão de Mesquita, onde funcionava o DOI-Codi..

O genocida pestilento vai às compras

Por Jeferson Miola, em seu blog:

Bolsonaro está em plena temporada de compras para impedir que a Câmara autorize tanto a instalação de processo de impeachment no Senado por crime de responsabilidade, como o seu julgamento no STF pelos variados crimes comuns cometidos.

Em qualquer dos casos, é preciso o voto de 342 deputados/as, 2/3 do total.

Uma vez autorizado quaisquer dos 2 processos pela Câmara [impeachment no Senado ou julgamento no STF], o genocida pestilento é imediatamente afastado por 180 dias, prazo para que os processos sejam concluídos.

Caso não seja aprovada a PEC das Diretas, que prevê a convocação de eleições no prazo de 90 dias depois do afastamento do ocupante do cargo presidencial, assume em lugar do Bolsonaro o general Hamilton Mourão.

A compra de leito privado de UTI em Manaus

Fé e solidariedade durante a pandemia

Passeando de jet sky na pandemia

A revelação dos crimes da Lava-Jato

Anauê: Ecos do passado fascista no Brasil

Covid-19 escancara desigualdade racial

segunda-feira, 11 de maio de 2020

Bolsonaro será o próximo a cair?

O partido militar já controla o Brasil

Por André Barrocal, na revista CartaCapital

As Forças Armadas tornaram-se onipresentes e um ator político no Brasil de Jair Bolsonaro, e não só por lotearem o governo.

Toda confusão criada pelo presidente costuma ser comentada na mídia, em geral de forma anônima, por algum militar, do governo ou não. Quando a confusão beira a guerra com outros poderes, como o Supremo Tribunal Federal (STF), Brasília prende a respiração: “E os militares?”

Pode-se dizer que o País está “tutelado” pelas Forças Armadas, um processo que começou no governo Michel Temer, segundo um longo ensaio publicado recentemente por três pesquisadores do Grupo de Estudos de Defesa e Segurança Internacional (Gedes), um núcleo da Universidade Estadual Paulista (Unesp). O texto intitula-se “As Forças Armadas no governo Bolsonaro” .

Os 300 do ritual macabro no Supremo

Por Tarso Genro, no site Sul-21:

Os 300 do bolsonarismo, que se apresentaram na Praça dos Três Poderes, roubaram o nome dos 300 do Imperador Leônidas, de Esparta, na batalha das Termophilas. Eles prometeram invadir o Supremo e aproveitaram para ensaiar “tiro-ao-alvo” contra ministros daquela Corte e contra o ex-Juiz Sergio Moro, este amargando no presente o futuro que Lula lhe previu. Atuam com franqueza e objetividade. Queriam e querem um golpe de Estado contra o que resta da Constituição de 88 e dar poderes absolutos a Bolsonaro e seu grupo militar, para retirar da cena pública e certamente eliminar da vida política – ou da vida mesma – Rodrigo Maia, Moro, Celso de Mello, Witzel, o pessoal do MBL, João Dória, Lula, Boulos, Flávio Dino, Requião, Haddad e outras figuras representativas do país.

Ricardo Salles, Zema e os velhacos do Novo

Por Altamiro Borges

Uma iniciativa de velhacos na política brasileira, o partido Novo decidiu na quinta-feira (7) expulsar Ricardo Salles, o ministro exterminador do meio ambiente. A justificativa para a decisão foi a de que o oportunista aceitou o cargo de ministro no laranjal de Bolsonaro sem ter consultado a direção nacional da legenda.

Em nota oficial, o Novo explica que a comissão de ética do partido decidiu pela expulsão do ministro “em decisão que ainda corre em sigilo e da qual cabe recurso”. A ação contra Ricardo Salles é antiga – de agosto do ano passado, quando as queimadas na Amazônia desgastaram o ministro e a legenda direitista.