Por Altamiro Borges
Uma iniciativa de velhacos na política brasileira, o partido Novo decidiu na quinta-feira (7) expulsar Ricardo Salles, o ministro exterminador do meio ambiente. A justificativa para a decisão foi a de que o oportunista aceitou o cargo de ministro no laranjal de Bolsonaro sem ter consultado a direção nacional da legenda.
Em nota oficial, o Novo explica que a comissão de ética do partido decidiu pela expulsão do ministro “em decisão que ainda corre em sigilo e da qual cabe recurso”. A ação contra Ricardo Salles é antiga – de agosto do ano passado, quando as queimadas na Amazônia desgastaram o ministro e a legenda direitista.
Na época, dirigentes do Novo acusaram Ricardo Salles de adotar condutas opostas ao que o partido propõe na área ambiental, “demitindo profissionais qualificados, desdenhando de dados científicos e revogando políticas públicas”. Eles enfatizaram que o ministro causava “dano à imagem e à reputação do Novo”.
Salles, o miliciano bolsonarista
Além disso, o Novo criticava a falta de interlocução com o miliciano bolsonarista. “O ministro não mantém nenhum contato com o partido quanto aos seus planos, metas e objetivos... Ricardo Salles é um dos 47.739 filiados ao Novo, não participa de nenhuma atividade partidária e nem exerce cargo dentro do partido”.
Diante da expulsão, Ricardo Salles, que é metido a valentão – principalmente quando se trata de defender os interesses dos ruralistas e de agredir povos indígenas, quilombolas e trabalhadores rurais –, postou nas redes sociais que “entre João Amoêdo, fundador do Novo, e Bolsonaro, fico com o presidente”.
Já o empresário João Amoêdo, ex-presidente da sigla, tentou apagar o incêndio. “Não devemos criar novas polêmicas. Desejo sucesso a Ricardo Salles em sua próxima legenda; que ele passe a fazer escolhas baseadas em ideias, princípios e valores”. A expulsão do ministro da devastação confirma o clima tenso no Novo.
Racha no partido diante de Bolsonaro
Como aponta reportagem recente da Folha, essa legenda ultraneoliberal na economia está rachada sobre o comportamento a adotar diante do laranjal de Jair Bolsonaro. “A crise política jogou as duas figuras de maior expressão do Novo em campos opostos, criando um potencial conflito interno para a jovem legenda”.
“Fundador do partido, João Amoêdo pisou no acelerador na oposição a Bolsonaro desde o início da crise do coronavírus e passou a defender sua saída por renúncia ou impeachment. Já o principal detentor de mandato na legenda, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, hoje se comporta como um aliado do presidente”.
O partido Novo, que defende a agenda ultraneoliberal na economia e seduz parte da cloaca burguesa nativa, foi criado em 2011 e teve seu registro formalizado há cinco anos. A sigla lançou o empresário João Amoêdo nas eleições presidenciais de 2018. No segundo turno, ela apoiou informalmente o fascista Jair Bolsonaro.
Cabo de guerra pode implodir a sigla
Diante da crise política no laranjal, a sigla rachou. “O Novo ainda não decidiu oficialmente se apoia ou não a permanência de Bolsonaro no cargo. A ordem no partido é aguardar as investigações autorizadas pelo STF com relação às acusações feitas por Sergio Moro de que o presidente tentava interferir na Polícia Federal”.
Ainda segundo a Folha, “a posição de Amoêdo tem sido bem menos cautelosa que a do partido que ele criou. ‘A atuação de Bolsonaro é o principal argumento para o impeachment. Não dá para ter um presidente atrapalhando tanto, sempre trazendo uma polêmica, sem definir prioridades’, diz Amoêdo”.
“No cabo de guerra entre o fundador da legenda que quer acelerar a oposição ao presidente e o governador que busca se aproximar do Planalto, a direção partidária tenta se equilibrar no meio termo”, conclui a Folha. O jornalão alivia a barra da sigla ultraneoliberal, formada por novos e velhos oportunistas, que pode implodir em breve.
Uma iniciativa de velhacos na política brasileira, o partido Novo decidiu na quinta-feira (7) expulsar Ricardo Salles, o ministro exterminador do meio ambiente. A justificativa para a decisão foi a de que o oportunista aceitou o cargo de ministro no laranjal de Bolsonaro sem ter consultado a direção nacional da legenda.
Em nota oficial, o Novo explica que a comissão de ética do partido decidiu pela expulsão do ministro “em decisão que ainda corre em sigilo e da qual cabe recurso”. A ação contra Ricardo Salles é antiga – de agosto do ano passado, quando as queimadas na Amazônia desgastaram o ministro e a legenda direitista.
Na época, dirigentes do Novo acusaram Ricardo Salles de adotar condutas opostas ao que o partido propõe na área ambiental, “demitindo profissionais qualificados, desdenhando de dados científicos e revogando políticas públicas”. Eles enfatizaram que o ministro causava “dano à imagem e à reputação do Novo”.
Salles, o miliciano bolsonarista
Além disso, o Novo criticava a falta de interlocução com o miliciano bolsonarista. “O ministro não mantém nenhum contato com o partido quanto aos seus planos, metas e objetivos... Ricardo Salles é um dos 47.739 filiados ao Novo, não participa de nenhuma atividade partidária e nem exerce cargo dentro do partido”.
Diante da expulsão, Ricardo Salles, que é metido a valentão – principalmente quando se trata de defender os interesses dos ruralistas e de agredir povos indígenas, quilombolas e trabalhadores rurais –, postou nas redes sociais que “entre João Amoêdo, fundador do Novo, e Bolsonaro, fico com o presidente”.
Já o empresário João Amoêdo, ex-presidente da sigla, tentou apagar o incêndio. “Não devemos criar novas polêmicas. Desejo sucesso a Ricardo Salles em sua próxima legenda; que ele passe a fazer escolhas baseadas em ideias, princípios e valores”. A expulsão do ministro da devastação confirma o clima tenso no Novo.
Racha no partido diante de Bolsonaro
Como aponta reportagem recente da Folha, essa legenda ultraneoliberal na economia está rachada sobre o comportamento a adotar diante do laranjal de Jair Bolsonaro. “A crise política jogou as duas figuras de maior expressão do Novo em campos opostos, criando um potencial conflito interno para a jovem legenda”.
“Fundador do partido, João Amoêdo pisou no acelerador na oposição a Bolsonaro desde o início da crise do coronavírus e passou a defender sua saída por renúncia ou impeachment. Já o principal detentor de mandato na legenda, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, hoje se comporta como um aliado do presidente”.
O partido Novo, que defende a agenda ultraneoliberal na economia e seduz parte da cloaca burguesa nativa, foi criado em 2011 e teve seu registro formalizado há cinco anos. A sigla lançou o empresário João Amoêdo nas eleições presidenciais de 2018. No segundo turno, ela apoiou informalmente o fascista Jair Bolsonaro.
Cabo de guerra pode implodir a sigla
Diante da crise política no laranjal, a sigla rachou. “O Novo ainda não decidiu oficialmente se apoia ou não a permanência de Bolsonaro no cargo. A ordem no partido é aguardar as investigações autorizadas pelo STF com relação às acusações feitas por Sergio Moro de que o presidente tentava interferir na Polícia Federal”.
Ainda segundo a Folha, “a posição de Amoêdo tem sido bem menos cautelosa que a do partido que ele criou. ‘A atuação de Bolsonaro é o principal argumento para o impeachment. Não dá para ter um presidente atrapalhando tanto, sempre trazendo uma polêmica, sem definir prioridades’, diz Amoêdo”.
“No cabo de guerra entre o fundador da legenda que quer acelerar a oposição ao presidente e o governador que busca se aproximar do Planalto, a direção partidária tenta se equilibrar no meio termo”, conclui a Folha. O jornalão alivia a barra da sigla ultraneoliberal, formada por novos e velhos oportunistas, que pode implodir em breve.
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