sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

Falta compromisso com a vida no Amazonas

Reprodução: Junio Matos
Por Vanessa Grazziotin, no jornal Brasil de Fato:

Desde que iniciamos o ano de 2020, não consigo abordar outro assuntou que não seja o avanço da pandemia no mundo, no Brasil, mas, sobretudo, no meu estado do Amazonas.

Ainda em abril e maio de 2020, Manaus virou notícia internacional por conta do colapso do sistema de saúde. A crise fez com que pessoas morressem não apenas pelo vírus, mas morressem pela falta de assistência. Hoje, lamentavelmente, vemos a situação se repetir com uma dose de gravidade ainda maior.

Oxigênio hospitalar

Além do colapso do sistema de saúde, da falta de leito, da falta de atendimento, na capital e no interior do estado, há mais de duas semanas convivemos com a falta do insumo fundamental à manutenção da vida, que é o oxigênio.

Saída da Ford do Brasil não é caso isolado

Da Rede Brasil Atual:


De acordo com Valter Sanches, secretário-geral da IndustriALL Global Union, o encerramento das atividades da Ford no Brasil é resultado da ausência de uma política industrial. Além disso, o enfraquecimento do mercado interno e o desastroso combate à pandemia também colaboram para o agravamento do cenário econômico.

“Infelizmente é uma porteira que está se abrindo. A saída da Ford não é um fato isolado. O Brasil está sofrendo um processo de desindustrialização já há algum tempo”, disse ele em entrevista ao Jornal Brasil Atual nesta sexta-feira (29).

Atingindo a marca de mais de 14 milhões de desempregados, “a situação tende a se agravar”, segundo Sanchez, já que o governo Bolsonaro reluta em prorrogar o auxílio emergencial.

As provas da promiscuidade de Curitiba

Por Fernando Brito, em seu blog:


Os diálogos revelados ontem à noite pela revista Veja não prova apenas o que todos já sabem sobre a parcialidade de Sergio Moro nos processos movidos contra o ex-presidente Lula em razão da Operação Lava Jato.

Atesta que ele e os procuradores chefiados por Deltan Dallagnol agiam em absoluta promiscuidade, numa associação para delinquir contra o sistema judicial.

Você pode ver aqui os diálogos que a revista transcreve, todos já periciados e dados como verdadeiros.

Moro orienta e combina pedidos de perícia, encomenda manifestações do MP, define o que os delatores podem ou não tratar em depoimentos, cobra a anexação de documentos, interfere nas articulações com agentes suíços e norte-americano para que estes produzam provas.

Crimes de Bolsonaro justificam o impeachment

Editorial do site Vermelho:


Com a lista detalhada dos crimes cometidos por Bolsonaro na sua ação paralisante ante o coronavírus – crimes cometidos por ignorância, arrogância e desprezo pela vida dos brasileiros – seis partidos de posição apresentaram, nesta quarta-feira (27), o 63º pedido de impeachment do presidente.

Os líderes do PCdoB, PT, PSB, PDT, PSOL e REDE justificam a exigência do fim do mandato de Bolsonaro por sua evidente responsabilidade pela catástrofe em Manaus (AM), mas vão além e listam as omissões e a ausência de medidas do presidente em relação à epidemia que já matou mais de 220 mil brasileiros.

E afirmam: “Tal postura, omissões e descasos com a saúde dos brasileiros, foram tecnicamente identificados em Acórdão do Tribunal de Contas da União (Autos da TC 016.708/2020-2)”.

O rótulo de "liberal" e os canastrões

Por Luis Felipe Miguel

Um dos problemas do liberalismo no Brasil é que o rótulo de "liberal" foi usurpado por canastrões caricatos, que o reduzem a uma forma rasa de cinismo.

Um deles é Hélio Beltrão Jr., a quem a Folha dá, semanalmente, espaço para difundir asneiras austríacas. E também, como faz hoje, falar sobre a conjuntura.

A coluna tem o título pouco elucidativo "Histeria generalizada", mas a linha fina deixa claro qual é o tema: "A incompetência do Executivo será avaliada em 2022".

Em suma, a "histeria" é a campanha pela retirada de Bolsonaro do cargo.

Beltrão Jr. diz que governo "é barulhento" e reconhece até que "cometeu erros" - mas "sobretudo, erros de comunicação".

As elites e o impeachment à brasileira

Por Marcos Coimbra, no site Brasil-247:


Nossa história nos está dando uma oportunidade única: ver, através de casos concretos, todos recentes, o que pensam e como atuam as elites brasileiras – os muito ricos, a cúpula dos Poderes, os chefes militares, os barões da imprensa e sua turma – em relação à instituição do impeachment presidencial.

Por extensão, como se comportam e quanto prezam as instituições democráticas, de forma geral.

Em trinta anos, o sistema politico lidou com quatro situações de impeachment, o que é, provavelmente, um recorde mundial.

Dois foram concluídos, com as destituições de Fernando Collor e Dilma Rousseff. Um foi rapidamente abortado, quando Michel Temer sobreviveu a uma denúncia de extrema gravidade, pior que as enfrentadas por seus dois antecessores. Nem Collor havia sido flagrado armando jogadas com um corruptor confesso.

Mourão é um troglodita inepto

Por Gilberto Maringoni, no Diário do Centro do Mundo:

Hamilton Mourão foi humilhado e pisoteado em praça pública, com requintes de sadismo, por Bolsonaro, nesta quinta (28).

“Se quiser escolher ministro, se candidate em 2022”, sentenciou o titular do Planalto.

Mourão é um obtuso, cuja cabeça só serve para seguidas aplicações de Henê Maru, que lhe garante reluzentes cabelos pretos.

Em 2015 exibiu toda sua estupidez em ameaça golpista contra Dilma Rousseff, o que lhe valeu a destituição do Comando Militar Sul.

É um troglodita inepto até para conspiratas.

Sindicalismo como polo de nacionalidade

Por João Guilherme Vargas Netto


A maior vitória sindical durante o século XXI (e me refiro a uma vitória no palco mundial) foi a conquista, a garantia e a legalização da política de valorização do salário mínimo no Brasil, agora abandonada pelo governo.

As centrais sindicais durante uma década travaram uma luta constante, unitária e opiniática com a realização das marchas à Brasília e a inestimável ajuda do Dieese exigindo a valorização, garantindo sua continuidade (nos governos FHC e Lula) e conquistando a lei que institucionalizou (com a presidente Dilma) a conquista.

Ao agirem assim as centrais sindicais demonstraram sua relevância na sociedade brasileira reivindicando uma política (e negociando sua validação) que ia muito além – em termos sociais – de suas bases organizadas e se concretizava em ganhos para milhões de trabalhadores (formais e informais), para os aposentados, para as prefeituras e, no fim das contas, para toda economia brasileira.

quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Emissoras de TV omitem ‘apartheid’ de Israel

Por Altamiro Borges

As emissoras de TV têm dado grande destaque à vacinação contra a Covid-19 em Israel. De fato, o país é o líder mundial na imunização. A mídia colonizada evita criticar, porém, a postura discriminatória do governo sionista. Em matéria postada na terça-feira (26), a BBC News-Brasil denunciou mais essa ação criminosa.

Segundo a reportagem, "enquanto 28% da população israelense havia sido vacinada até segunda-feira (25), quase 5 milhões de palestinos nos territórios ocupados e na Faixa de Gaza permaneciam excluídos". Várias organizações internacionais de solidariedade já batizaram essa política genocida de "apartheid" sanitário.

Bolsonaristas já festejam vitória de Lira

O avanço da Covid e o atraso das vacinas

O julgamento de Lula

A bomba nuclear de Paulo Guedes

Chacina de Unaí e a chaga da impunidade

O avanço da segunda onda da Covid-19

Fora Bolsonaro!

Por Manuel Domingos Neto e Roberto Amaral

O Fora Bolsonaro só pode realizar-se mediante o impeachment, a alternativa constitucional de que dispõe o presidencialismo.

Impeachment não é mera decisão político-jurídica. Antes de tudo, compreende movimento social poderoso, alcançando todos os segmentos da opinião nacional. No fundo, trata-se de reação da soberania popular traída pelo cometimento de crimes de responsabilidade.

O ápice do movimento é a homologação pelo Congresso. Na formalidade jurídica do impeachment o parlamentar cumpre seu papel premido entre vantagens que podem auferir do governante ameaçado e a preservação de sua própria legitimidade política.

Símbolos nacionais e a desconstrução da nação

Por Silvio Tendler


Graciliano Ramos escreveu que o esporte nacional não deveria ser o futebol mas a rasteira, esporte pelo qual passar a perna no próximo é virtude.

Furar a fila para a vacina ou engavetar 60 pedidos de impeachment não fazem diferença. Trata-se da construção do Estado de bem estar individual.

A política deixou de ser um programa de ação ideológico para converter-se num trampolim de sucesso pessoal.

A transferência de renda dos pobres para os ricos, cuja diversão é acumular fortunas, é encarada com naturalidade.

A solidariedade é praticada com a parcimônia necessária para não aparentarmos indiferença diante da miséria alheia.

Só otário acreditou na “vacina privada”

Por Fernando Brito, em seu blog:

Desde ontem cedo, este blog vem advertindo que esta história da compra de 33 milhões de doses da vacina da Astrazêneca era uma “marketagem macabra“.

Acreditou que isso iria sair só quem é muito otário e achava que, pressionada pelo mundo inteiro para entregar as vacinas que já vendeu e ainda estão na promessa, a Astrazêneca ia vender uma enorme quantidade destas para um grupo de empresários brasileiros.

Um destes otários foi o senhor Jair Bolsonaro, que hoje de manhã anunciou que “o governo é favorável a esse grupo de empresários trazer vacina a custo zero pro governo”.

O papel dos militares no ascenso do Bolsonaro

Por Jeferson Miola, em seu blog:


A atuação criminosa do governo Bolsonaro no morticínio de Manaus recolocou a questão dos militares no centro das discussões. O fato de o ministro da saúde ser um general da ativa do Exército Brasileiro [EB] aguça a preocupação a este respeito.

O debate público sobre a questão militar revela a incompreensão [ou negação] reinante, no meio político e intelectual, sobre o papel que os militares tiveram na gênese, e, depois, na evolução do atual momento histórico.

É notória esta incompreensão/negação e, também, a relutância – sem argumentos plausíveis ou referências empíricas – em se admitir a direção e a responsabilidade central dos militares neste brutal processo de devastação do país.

Brasil pode bancar o auxílio emergencial

Por Umberto Martins, no site da CTB:


Para justificar a completa inoperância do governo diante da crise sanitária e o fim do auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro apelou a mais um fake news ao afirmar que o Brasil está quebrado.

Ele tem a chave do cofre público e sabe que não é verdade. Tanto sabe que consumiu nada menos que R$ 1,8 bilhão em compras escandalosas e suspeitas de guloseimas, valor com o qual – se julgasse prioridade – o Palácio do Planalto poderia adquirir 2,2 milhões de vacinas contra a covid-19.

O ministro Paulo Guedes provavelmente também sabe que, com reservas superiores a US$ 350 bilhões, o país não está quebrado e desfruta de uma posição financeira confortável, diferentemente do que ocorreu na crise da dívida externa em 1981. Ou durante o governo Sarney, em 1987, e no início do segundo governo FHC, em 1998. Naqueles anos o Brasil de fato foi à lona, quebrou. Estrangulado pelo endividamento externo, viu o crédito internacional e as reservas secarem de um momento para o outro e o país insolvente foi às portas do inferno, digo FMI.