quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Elite brasileira terceirizou o serviço sujo

Charge: Genildo
Por Maria Inês Nassif, no jornal Brasil de Fato:

Uma década de conspiração produziu efeitos irreparáveis no quadro político-partidário do país.

Ironicamente, os efeitos mais devastadores foram sentidos nas estruturas políticas de centro e de direita que, envolvidas na trama para desqualificar a política – que teve como centro a Operação Lava Jato – não entenderam que renunciavam à própria organicidade e terceirizavam poder (e hegemonia) a políticos de ocasião, levados à ribalta pela onda extremista de direita ceivada desde as manifestações de 2013.

Não sobrou pedra sobre pedra das organizações político-partidárias nas quais as classes dominantes “modernas” operavam antes.

E os partidos de aluguel e de extrema-direita, estimulados por elas para aumentar a onda antipetista, fogem totalmente ao seu controle: essas legendas são mais facilmente manipuláveis por lideranças militares e extremistas e mais facilmente corrompíveis por governos do momento. Não são cooptáveis por ideologia.

Tarefa de milhões e perseverança

Charge: Aroeira
Por João Guilherme Vargas Netto


Considero evidente que a esmagadora maioria do movimento sindical dos trabalhadores brasileiros é contra o presidente Bolsonaro e sua política.

O bolsonarismo lançou apenas raízes no movimento organizado dos caminhoneiros, de alguns profissionais com formação universitária, de trabalhadores em segurança privada, madeireiros e garimpeiros. E só!

Mas a imensa maioria oposicionista precisa permanentemente, vindo das lideranças que a representam, um trabalho de esclarecimento, organização e mobilização no enfrentamento cotidiano de seus problemas em busca da unidade de ação. Sem isto e sem um correlato trabalho de formação de uma plataforma do que precisam, do que querem e de como alcançá-lo, este movimento se manifestará apenas como caudatário de uma orientação político-partidária.

Lula além do PT

Foto: Ricardo Stuckert
Por Tereza Cruvinel, no site Brasil-247:


"O PT é o meu partido mas eu quero ser candidato de um movimento pela restauração da democracia neste país".

E este movimento, disse Lula na entrevista às mídias independentes, é que garantirá a reconstrução do país, a redução da pobreza e da desigualdade, a retomada do crescimento econômico e tudo o mais que é necessário para virarmos a página infeliz do governo Bolsonaro.

A meu ver, este foi um dos recados mais importantes do ex-presidente na entrevista retransmitida pela TV 247 e outros veículos digitais do campo progressista.

O lulismo sempre foi maior que o PT e mais ainda terá que ser nessa eleição absolutamente singular e determinante do futuro.

Ubereats sairá do Brasil? E os entregadores?

Mineração, reprimarização e destruição

Lima Duarte critica Regina Duarte

Os desafios da educação brasileira em 2022

Como as cotas raciais impactaram o Brasil?

quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

O controle militar da Ucrânia

Brasão de armas da Ucrânia
Por José Luís Fiori, no site A terra é redonda:


“Se Hans Morgenthau estiver com a razão [a causa da Guerra da Geórgia, de 2008] é um segredo de polichinelo: a Rússia foi a grande perdedora da década de 1990 e será a grande questionadora da nova ordem mundial, até que lhe devolvam – ou ela retome – todo ou parte do seu velho território. Por isso a Guerra da Geórgia não deve ser considerada uma “guerra antiga”, pelo contrário, ela é o anúncio do futuro. (José Luís Fiori, “Guerra e Paz”. In: jornal Valor Econômico, em 28 de agosto de 2008).

“With the US distracted and Europe lacking both military clout and diplomatic unity, Putin may feel now is the best time Russia will ever have to attack Ukraine” (Financial Times, FT Weekend, January, 15, 2022).

Em apenas um ano, o mercado mundial de energia enfrentou duas grandes crises diametralmente opostas: a primeira, no início de 2020, no momento em que se generalizou a pandemia do coronavírus; e a segunda, ainda em pleno curso. Tudo começou com uma queda abrupta da demanda mundial e dos preços internacionais, provocada pela interrupção instantânea e universal da atividade econômica e pelo aumento exponencial do desemprego, começando pela China e atingindo, em sequência, a Europa e os Estados Unidos.

Chile debate renacionalização do cobre

Por Leonardo Wexell Severo

A campanha pela renacionalização do cobre e dos bens públicos estratégicos entregues às transnacionais durante o governo de Augusto Pinochet (1973-1990) tem sido impulsionada após a vitória de Gabriel Boric à presidência, em dezembro de 2021, e ao engajamento de referências históricas como Orlando Caputo ao processo constituinte, a partir de abril.

Colhendo o resultado da mobilização, já nas primeiras semanas de janeiro, o projeto de Iniciativa Popular de Norma Constitucional 15.150 foi o primeiro a ultrapassar as assinaturas necessárias para que seja aceita sua tramitação na Convenção Constitucional, na Comissão de "Meio ambiente, direitos da natureza, bens naturais comuns e modelo econômico".

Vai sobrar pouco de Sergio Moro

Por Moisés Mendes, em seu blog:


O que irá sobrar de Sergio Moro, depois da completa desintegração da sua imagem, talvez seja um advogado alquebrado. Não teremos quase mais nada do ex-juiz, ex-ministro da Justiça, ex-quase ministro do Supremo, ex-consultor da Alvarez & Marsal e ex-candidato a candidato a presidente.

Sergio Moro deve estar carregando nas costas um fardo de arrependimentos. Não deveria ter sido ministro de Bolsonaro, mesmo que sua participação no governo fosse parte da compensação pela estrutura montada para encarcerar Lula.

Não deveria ter saído do governo, depois de fracassar como protetor dos filhos de Bolsonaro, e assumir num pulo a função de garoto-propaganda da consultoria.

Não deveria ter aceito como natural a candidatura a presidente, não sabendo nada da política que ele mesmo desqualificou por mais de cinco anos no lavajatismo.

Lula defende reconstrução do Brasil

O papel da mídia nas eleições de 2022

Lula e a regulação democrática da mídia

Movimento sindical e a reforma trabalhista

Menos empregos, mais bilionários

Cuba, jornalismo e os desafios de Lula

Como o monstro do ódio foi parido no Brasil

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Bolsonarista da Band xinga Ivete Sangalo

Zema, um governador sem brio

Reprodução do Facebook: Patos Hoje
Por João Paulo Cunha, no jornal Brasil de Fato:

As chuvas que caem sobre Minas Gerais, com seu saldo de destruição, mortes e dezenas de milhares de desabrigados, não fez Romeu Zema (Novo) assumir suas responsabilidades. Quem acompanha as declarações recentes do governador do estado percebe que ele retoma seu conhecido repertório: a culpa é sempre do outro (por vezes até mesmo da vítima), enaltecimento das empresas privadas (mesmo as com passivo criminoso de destruição ambiental) e criação de comitês. Zema é o tarado dos comitês.

Na sua obsessão em se safar das responsabilidades do cargo, está sempre criando uma instância burocrática entre os problemas do mundo real e suas atribuições constitucionais. Assim, suas palavras prediletas em todas as crises são sempre monitorar, levantar danos, criar protocolos, solicitar ajuda do governo federal.