Em 1886, operários de Chicago, nos EUA, realizaram uma greve geral por melhores condições de trabalho e pela redução da jornada para oito horas diárias. Na época, algumas empresas chegavam a ter absurdas 17 horas diárias de trabalho.
A greve foi violentamente reprimida. Três operários foram assassinados e cinco foram presos e condenados à morte. Um deles, Louis Lingg, se suicidou na prisão. Outros quatro foram enforcados: Albert Parsons, Adolfo Fischer, George Engel e August Spies.
Para reverenciar a memória dos mártires de Chicago, em 1889 a Internacional Socialista aprovou a data de 1º de Maio como Dia Internacional dos Trabalhadores. A maioria dos países, inclusive o Brasil, adotou a data. A exceção foram os EUA.
Nas celebrações do 1º de Maio, os trabalhadores e as trabalhadoras reafirmam a centralidade do trabalho e o protagonismo da classe para combater a exploração capitalista, a opressão nacional e lutar por uma nova sociedade socialista.
Neste 1º de Maio de 2024, em todo o mundo capitalista os trabalhadores e as trabalhadoras lutam contra a precarização do trabalho, o arrocho salarial e a retirada de direitos trabalhistas e previdenciários.
Igualmente importante é a luta contra as forças de extrema-direita e as guerras que avançam no mundo. A defesa da paz, da democracia e da soberania das nações deve estar no topo da agenda dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Na atualidade, ganha principalidade a denúncia do genocídio promovido por Israel na Faixa de Gaza e o martírio de dezenas de milhares de palestinos, principalmente mulheres e crianças. Cessa fogo já na Palestina!
No nosso país existe um novo ambiente político com a vitória da frente ampla liderada pelo presidente Lula e a derrota da extrema-direita bolsonarista. O êxito do governo e de seu programa de união e reconstrução nacional é questão central da conjuntura.
Para consolidar o novo ciclo progressista, o Brasil precisa fazer sua economia avançar, reduzir juros, ampliar os investimentos público e privado, retomar industrialização em novas bases e gerar empregos de qualidade, com melhor remuneração.
Para tanto, é preciso viabilizar as condições políticas para aprovar mudanças no Congresso Nacional e, principalmente, conquistar o apoio consciente e mobilizado dos trabalhadores e do povo na grande obra de reconstrução nacional.
Lutar pelo êxito do governo Lula, avançar em um novo projeto nacional de desenvolvimento democrático, com valorização do trabalho e dos trabalhadores são premissas fundamentais para pavimentar o caminho brasileiro para o socialismo.
* Nivaldo Santana é secretário sindical do PCdoB e secretário de Relações Internacionais da CTB.
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