terça-feira, 10 de março de 2015

O que Brizola diria dos paneleiros?

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Os mais de vinte anos de convívio diário com Leonel Brizola me fazem, por vício, imaginar como ele reagiria diante de situações como a promovida pelos “paneleiros” da classe média, ontem.

Já fico vendo o velho recebendo os repórteres e dizendo:

segunda-feira, 9 de março de 2015

Panelaço e xingamentos contra Dilma

Por Laura Capriglione, em seu blog:

Não foi o ajuste fiscal e seus efeitos deletérios sobre a população mais pobre o que levou os bairros ricos de 12 capitais, Higienópolis e Leblon como símbolos, a uivar de suas varandas gourmet impropérios contra a presidente eleita do Brasil.

Também não foi a corrupção, ou teriam sido ouvidos apupos endereçados aos peemedebistas Renan Calheiros e Eduardo Cunha, respectivamente presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados. Os dois apareceram na lista do Procurador Geral da República, Rodrigo Janot, como suspeitos de envolvimento no desvio de recursos da Petrobras.

O panelaço da barriga cheia e do ódio

Por Juca Kfouri, em seu blog:

Nós, brasileiros, somos capazes de sonegar meio trilhão de reais de Imposto de Renda só no ano passado.

Como somos capazes de vender e comprar DVDs piratas, cuspir no chão, desrespeitar o sinal vermelho, andar pelo acostamento e, ainda por cima, votar no Collor, no Maluf, no Newtão Cardoso, na Roseana, no Marconi Perillo ou no Palocci.

O panelaço nas varandas gourmet de ontem não foi contra a corrupção.

Quem vai investigar Aécio em Furnas?

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Os escândalos envolvendo o PT, reais ou imaginários, ocupam milhares de repórteres, todos frenéticos e ambiciosos, tentando um lugar ao sol.

Investigar treta petista, mesmo inexistente, vale promoções, prêmios, aumentos de salário, tapinha nas costas dos patrões.

Investigar escândalo tucano, como sabem os jornalistas mineiros, paranaenses e paulistas, apenas serve para abreviar a carreira.

A imprensa bate panelas

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Os jornais de segunda-feira (9/3) fornecem um material precioso para a análise do processo que vimos observando, cuja principal característica é uma ruptura entre o chamado ecossistema midiático e o mundo real. O noticiário e os penduricalhos de opiniões que tentam lhe dar sustentação têm como fato gerador o pronunciamento da presidente da República em rede nacional da TV, mas o que sai nos jornais com maior destaque é a reação de protesto que partiu das janelas de apartamentos nos bairros onde se encastelam as classes de renda média e alta das grandes cidades.

Quem é o repórter-jagunço da 'Veja'

Por Maíra Streit, na revista Fórum:

A coluna “Nas Asas do Planalto”, da revista Veja Brasília, por várias vezes se rendeu à fofoca política para tentar emplacar suas notas entre os leitores mais ácidos e curiosos. Nos textos assinados pelo jornalista Ullisses Campbell, é possível conferir um conhecido deputado da capital aproveitando o Carnaval carioca de máscara e peito desnudo, que, segundo o próprio repórter, teria “arrancado suspiros” por onde passava.

A necessária volta às ruas

Editorial do jornal Brasil de Fato:

A conjuntura política nacional está aumentando a temperatura a cada dia. A burguesia industrial abandonou completamente a aliança que tinha no governo Lula através do programa de neodesenvolvimentismo. Agora, em vez de investimentos e empréstimos no BNDES, prefere fazer especulação financeira e ganhar dinheiro no rentismo. A taxa de investimento de nossa economia está paralisada há mais de dois anos na faixa de 18% do PIB, que é muito baixo (a China investe 30% do PIB) e a maior parcela é de investimento público. A economia está patinando e em diversos setores os preços dispararam.

O panelaço foi uma panelinha

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

A campanha publicitária contra Dilma tenta, diariamente, dar a impressão de que o governo acabou e que os eleitores de outubro fugiram. Quem viu a cobertura do discurso da presidente, ontem a noite, pode até achar que a única reação dos brasileiros foi abrir a janela para fazer uma batucada numa frigideira e depois assumir o volante do carro para buzinar pela vizinhança. Nada mais falso.

A tarefa para Lula contra o golpismo

Foto: Ricardo Stuckert/ Instituto Lula
Por Saul Leblon, no site Carta Maior: 

A separação entre direitos políticos e jurídicos, de um lado, e direitos sociais e econômicos, de outro, marca um período histórico específico da sociedade humana.

O período capitalista.

Aquele em que a democracia promete mais do que o mercado está disposto a conceder.

Sobre a popularidade de Dilma e FHC

Por Marcos Coimbra, na revista CartaCapital:

Analisar a evolução da popularidade de Fernando Henrique Cardoso ao longo de seu segundo mandato contribui para a discussão das perspectivas da relação entre Dilma Rousseff e a opinião pública até o fim de 2018. A razão é simples: apesar das grandes diferenças entre os presidentes e seus governos, há semelhanças entre eles.

O elemento comum fundamental, do ponto de vista da opinião pública, é que os dois iniciaram o segundo governo frustrando expectativas da sociedade. Cada um a seu modo, FHC e Dilma prometeram algo que não conseguiram entregar.

Paulistas vaiam e dengue se alastra em SP

Por Altamiro Borges

Neste domingo (8), alguns bairros nobres da capital paulista promoveram panelaços e vaias contra Dilma Rousseff durante seu pronunciamento em rede nacional de rádio e tevê. Talvez os moradores “chiques” destas áreas não estejam incomodados com a grave crise de falta de água, com as panes e superlotações dos trens do Metrô e com a escalada de violência no Estado mais rico do país. Eles também nem devem estar cientes da epidemia de dengue que se alastra por São Paulo. Afinal, a chamada classe média – ou “mérdia” – prefere confiar no noticiário da mídia tucana, regada por generosos anúncios publicitários do governador Geraldo Alckmin. Mas é bom ela ficar esperta. A dengue também pode atingi-la!

domingo, 8 de março de 2015

As vaias golpistas. Acorda Dilma!

Por Altamiro Borges

Durante o pronunciamento da presidenta Dilma Rousseff em rede nacional de rádio e televisão, neste domingo (8), vaias e panelaços foram ouvidos em alguns bairros da capital paulista. Pela internet foi possível notar que os protestos, aos berros de "Fora Dilma", "Fora PT" e de alguns adjetivos mais raivosos, partiram de regiões da chamada classe média paulistana. De qualquer forma, o barulho deve servir para acordar a presidenta recém-eleita pela maioria do povo brasileiro. Envenenada pela mídia tucana, a direita está excitada com a possibilidade de derrubar governo. Ou Dilma parte para a ofensiva política ou o seu mandato poderá ser encurtado pelas manobras golpistas.

Chefão da ‘Veja’ é defenestrado

Por Altamiro Borges

Depois de fazer o trabalho sujo no Grupo Abril – demissões de funcionários, fechamento de publicações, venda de parte da corporação midiática e inúmeras capas criminosas da revista ‘Veja’ –, o executivo Fábio Barbosa foi defenestrado na semana passada. Segundo o site “Comunique-se”, ele “pediu desligamento”, mas há quem garanta que ele foi enxotado porque não conseguiu salvar o império familiar – que corre sério risco de falência. O ex-banqueiro, que comandou a Abril Mídia por três anos e meio, agora terá um cargo decorativo. Com a sua saída, Giancarlo Civita, herdeiro de Roberto Civita e presidente do conselho da AbrilPar, reassume a presidência-executiva da empresa.

Vitória da neutralidade na rede nos EUA

Por Altamiro Borges

Após vários anos de acirrados debates, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) aprovou, no final de fevereiro, as novas regras para o uso da internet no EUA. Seguindo os passos do Brasil, o primeiro a definir normas que garantem a neutralidade e a liberdade na rede, o órgão derrotou as poderosas empresas do setor, que pretendiam limitar o acesso ao conteúdo para viabilizar maiores lucros. “É um dia muito importante para a internet e seus usuários. A FCC tem finalmente regras para assegurar a neutralidade da net”, comemorou Erik Stalman, diretor do Open Internet Project, em entrevista ao jornal francês Le Monde.

Crise da água e as demissões na Sabesp

Por Altamiro Borges

Na maior crise hídrica da história de São Paulo, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) ainda comete o crime de demitir centenas de funcionários da companhia responsável pelo setor, a Sabesp. Segundo balanço do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente (Sintaema), desde janeiro já ocorreram 320 cortes e a empresa prevê mais 160 dispensas – a maioria de operários das áreas operacionais. A Sabesp emprega em torno de 15 mil funcionários. Em assembleia agendada para a próxima terça-feira (10), o sindicato deverá propor a deflagração de greve por tempo indeterminado contra as demissões. A redução do quadro funcional é uma das principais causas da crise de abastecimento no Estado.

Alexandre Frota “estuprou” Aécio Neves

Por Altamiro Borges

Na semana passada, o pornô-ator Alexandre Frota se jactou na TV Bandeirantes – emissora privada que explora uma concessão pública – de ter forçado relações sexuais com uma mãe de santo há alguns anos atrás. A história chocante foi contada pelo bufão no talk-show “Agora é Tarde”, comandado por Rafinha Bastos. De imediato, houve reação nas redes sociais e entidades que lutam pela democratização da mídia ingressaram com ação no Ministério Público Federal (MPF) contra a Band por exibir cenas de apologia ao estupro. No meio dos protestos, poucos lembraram de que o artista decadente e patético apoiou ativamente o cambaleante Aécio Neves (PSDB) nas eleições presidenciais do ano passado.

Globo: três meses sem anúncio do governo

Por Paulo Henrique Amorim, no blog Conversa Afiada:

O Conversa Afiada não é como essas suaves – e feiíssimas – repórteres e colonistas da Fel-lha, que sustentam as reportagens em fontes anônimas.

Em cima de fonte anônima se constrói a verdade – e a mentira – que se quiser.

É anônima, dane-se, leitor!

General no Estadão. Prontos pra batalha?

Por Thiago Cassis

Sete de Março de 2015. Pouco mais de quatro meses depois da sétima eleição para presidência do Brasil após a redemocratização.

O jornal O Estado de S.Paulo traz um artigo em sua primeira página, assinada por Rômulo Bini Pereira, General do exército e ex-chefe do Estado Maior da Defesa (2004), intitulado '“Vamos à guerra!'”.

A história do Dia Mundial da Mulher

Por Vito Giannotti

Quando começou a ser comemorado o Dia Internacional da Mulher? Quando começou a luta das mulheres por sua libertação? Qual é a influência do movimento socialista na luta das mulheres? E o 8 de Março, como nasceu? A data teve origem a partir do quê? Onde? Estas e outras questões mereceram uma atenção especial em 2003, quando nos jornais e na Internet apareceram repetidamente versões diferentes. Todas, no entanto, esqueceram a palavra-chave, que está na luta da mulher por sua libertação: mulher “socialista”.

8 de Março: as mulheres revolucionárias

Por Silvio Costa

Neste momento em que as mulheres, mesmo que ainda de forma insuficiente, passam a desempenhar importantes cargos em diversos níveis – como professoras, cientistas, parlamentares, ministras, etc. – e avançar rumo a ocupação de significativo espaço público, é oportuno destacar a participação das mulheres revolucionárias, denominadas pejorativamente pelas forças reacionárias e aristocrático-burguesas, de les pétroleuses, ou seja, as incendiárias.