sexta-feira, 9 de abril de 2021

Menos recursos para o Farmácia Popular

Por Jorge Bermudez, no site do Centro de Estudos Estratégicos da Fiocruz:

O anúncio de que o governo reduziu e pretende reduzir ainda mais os recursos para o Programa Farmácia Popular na pandemia não deve causar surpresa para aqueles que acompanhamos as ações que vêm sendo implementadas considerando uma abordagem ultraliberal, promovendo a supressão de benefícios sociais e apostando na necropolítica e no empobrecimento radical da nossa população. Assim, essa proposta não pode ser analisada como iniciativa isolada, mas como parte de uma política bem definida, coerente com uma crueldade sistemática, tomada como diretriz que afasta a população de seus direitos.

PGR e aliados x Lula: STF vendará os olhos?

Por Felipe Maruf Quintas e Marcus Ianoni, na revista Teoria e Debate:

Dentre as diversas concepções de política, destacamos duas, por sua acentuada diferença: a aristotélica, que a vê como o modo de organização coletiva destinado a realizar o bem comum e a boa vida, e a do jurista nazista Carl Schmitt, que a apreende como uma arena de antagonismo entre grupos, estruturada na dicotomia pública entre amigo e inimigo. Nesse sentido, o grau máximo de intensidade do antagonismo político é a eliminação do outro, sem restrições quanto à validação dos meios, pois a política é uma esfera de ação distinta da moral, da estética e da economia. Essa concepção schmittiana assenta-se em uma profunda crítica ao liberalismo, considerado como uma abordagem despolitizada da política.

Alfredo Bosi, um amigo

Por Frei Betto, em seu site:

A proximidade de Ecléa e Alfredo Bosi com os frades dominicanos levou o casal a descobrir o Cristianismo à luz da Teologia da Libertação e, ainda na década de 1960, a se inserir em Comunidades Eclesiais de Base na periferia de São Paulo. Com muita frequência nos encontrávamos em eventos e jantares anfitriados, na Granja Vianna, pelo casal Yolanda e Yoshio Kimura, seus vizinhos.

Alfredo teve a paciência de ler e criticar os originais de alguns de meus romances. Pouco antes da pandemia fui visitá-lo, em companhia de frei Márcio Couto, a convite de sua filha Viviana, quando ele já se encontrava abatido pela perda inconsolável de sua companheira inseparável, Ecléa, em 2017. Deu-me a impressão de que havia se demitido da vida.

Não ao "fura-fila" da vacina!

STF derrota as mortes em nome de Deus

PL 'fura fila' é aberração, eugenia política

A ditadura miliciana no Brasil

Brasil precisa lutar para punir Bolsonaro

quinta-feira, 8 de abril de 2021

Por 9 votos a 2, STF rejeita cultos da morte

Por Altamiro Borges

Jair Bolsonaro detesta ser tachado de genocida e Kassio Nunes Marques, o "novato" do Supremo Tribunal Federal (STF), não gosta de ser rotulado de negacionista. Mas a sua sentença monocrática e absurda para liberar cultos, missas – e dízimos – foi tratada como negacionista e obscurantista pela absoluta maioria dos ministros do STF. Ela foi derrotada por nove votos a dois em julgamento nesta quinta-feira (9).

Votaram contra a realização de eventos religiosos presenciais os ministros Gilmar Mendes, relator do processo; Alexandre de Moraes; Edson Fachin; Luis Roberto Barroso; Rosa Weber; Cármen Lúcia; Ricardo Lewandowski; Marco Aurélio; e Luiz Fux. Apenas Kassio Nunes Marques e Dias Toffoli foram a favor do pedido apresentado pela sinistra Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure).

Fascista Sara Winter negocia delação premiada

Por Altamiro Borges

Os financiadores estrangeiros e nativos e os milicianos bolsonaristas devem estar apavorados. A revista Veja informa que a terroristinha Sara Winter negocia uma delação premiada junto à Procuradoria-Geral da República (PGR). Ela promete dar o nome dos outros criminosos que atentam contra a frágil democracia brasileira.

Segundo a notinha, "investigada por participação nos chamados atos antidemocráticos, a ativista bateu à porta da PGR para oferecer um acordo de delação premiada. Embora incipiente, a negociação já está em curso. Na manhã desta quinta-feira (8), ela participou de audiência” em Brasília sobre o assunto.

Clã Bolsonaro cai em desgraça!

O genocida Bolsonaro estimula o caos social

O governo está nas cordas

Médico exausto: um ano no front da Covid-19

Inflação, fome e Orçamento de 2021

Justiça, ditadura e o legado autoritário

Por Marcelo Semer, no site Justificando:


Para discutir Judiciário, crise e democracia, objeto de análise em uma obra que homenageou o jurista Pedro Serrano [1], me debrucei sobre o legado autoritário e seus reflexos no Poder. É oportuno retomar o tema, sobretudo, quando ainda existem governantes que celebram o golpe militar e a própria “comemoração” chega a ser autorizada judicialmente.

Ingo Muller relatando a história d’Os Juristas do Horror, explica como os magistrados alemães tiveram muito mais dificuldade em conviver com a República de Weimar [2] do que propriamente com os nazistas, a quem saudaram logo de cara:

Empresários parecem felizes com o genocida

Por Tiago Pereira, na Rede Brasil Atual:

O presidente da República Jair Bolsonaro jantou na noite desta quarta-feira (7) com empresários em uma casa nos Jardins, bairro nobre da cidade de São Paulo. Os mais de 340 mil brasileiros mortos pela covid-19 não tiraram o apetite dos homens de negócios. Pelo contrário. No cardápio, além de champanhe e camarão, o negacionismo habitual do presidente. Ele reafirmou que não vai fazer um “lockdown nacional” e atacou as medidas restritivas adotadas por governadores e prefeitos. Também falou sobre o “tratamento imediato”, novo nome para o kit com remédios sem eficácia comprovada contra a covid-19. E defendeu a abertura de templos e igrejas.

A situação de comunicadores na pandemia

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

Compreender a situação de trabalho dos comunicadores brasileiros após um ano de enfrentamento da Covid-19 no país é o objetivo dos pesquisadores do Centro de Pesquisa em Comunicação e Trabalho (CPCT) da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP).
O estudo, que tem apoio do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, ocorre exatamente um ano após a realização de investigação inicial, que diagnosticou o momento vivido pelos comunicadores ainda no começo da pandemia. O relatório desta pesquisa, feita no primeiro semestre de 2020 e transformado em e-book, pode ser consultado aqui.

Causas e consequências do aumento da fome

Editorial do site Vermelho:


O crescimento dos segmentos da população brasileira em situação de fome era absolutamente previsível. A crise econômica e os remédios amargos para salvar uns – os poderosos de sempre – às custas do empobrecimento de muitos estão à vista há muito tempo. A indiferença em relação a esse quadro de caos social, portanto, deve ser creditada a quem de direito, no caso os governos que adotaram a política macroeconômica que não têm entre seus objetivos reverter a profunda concentração de renda.

As interpretações do artigo do general Mourão

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:


Em artigo no Estadão de ontem, o vice-presidente, general Hamilton Mourão, volta aos seus tempos de Clube Militar, e conclama para uma maior intervenção militar.

De início, encampa o bordão preferido do mercado e da mídia, o bálsamo das reformas genéricas “imprescindíveis”, como a tributária, a administrativa e a política.

Depois, ataca o desvirtuamento da administração pública, “atingida em cheio pela corrupção e pelo clientelismo político”.

Defende a opção por Bolsonaro, como uma “clara escolha pela condenação do maior caso de corrupção da História, pelas reformas que promovam a retomada do desenvolvimento e pelo combate à violência, compromissos deste governo com a sociedade brasileira”.

De um lado, procura reavivar o antipetismo da tropa. Mas, de outro, aponta a incapacidade do governo Bolsonaro de avançar com as tais reformas e a profissionalização do Estado.