quinta-feira, 15 de junho de 2017

O "humor" do ex-casseta Marcelo Madureira

Por Cynara Menezes, no blog Socialista Morena:

Confesso que Marcelo Madureira me intriga. Entre todos os sete integrantes do Casseta&Planeta, foi o único que se tornou um reaça de carteirinha. Porque o Claudio Manoel é assumidamente tucano, mas não é reaça. Madureira é reaça do nível estar à direita do Diogo Mainardi, ser parça do Danilo Gentili, fazer comentários na Jovem Pan e discursar em cima do carro de som dos Revoltados Online. Reaça no último.

Fico pensando o que aconteceu com o Madureira. Pesquisando sua biografia, vejo que tem 59 anos e é, ao contrário do que a gente pensava, curitibano e não carioca. Hum… Teria o fato de ser da terra de Sérgio Moro, com fama de conservadora, pesado na transformação de Madureira em reaça? Por outro lado, diz a Wikipedia que os pais do ex-comediante eram militantes do PCB (Partido Comunista Brasileiro) e o próprio Marcelo engrossou as fileiras do partidão na juventude. Ou seja, Madureira é ex-comunista. Vixe! Todo mundo sabe que ninguém é mais furiosamente reaça do que um ex-comunista.

Miriam Leitão mentiu sobre 'agressão' em voo?

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Estão passando batidas as reclamações da jornalista Miriam Leitão sobre episódio ocorrido no voo 6327 da Avianca (Brasília – Rio de Janeiro/Santos-Dumont) em 3 de junho último. Ela acusou a companhia aérea de não ter “agido” contra pessoas que a teriam agredido durante o voo.

Miriam diz em seu artigo que sofreu “um ataque de violência verbal por parte de delegados do PT dentro de um voo” e que esse ataque teria tido “duas horas de gritos, xingamentos, palavras de ordem” contra ela e contra a TV Globo. Além disso, Miriam disse que foi “ameaçada”, teve seu nome “achincalhado” e foi acusada de ter defendido posições que não defende.

A frente parlamentar em defesa da soberania

Por Hylda Cavalcanti, na Rede Brasil Atual:

Deputados e senadores lançam, na próxima quarta-feira (21), a Frente Parlamentar Mista pela Soberania Nacional, que tem como objetivo envolver o Congresso e a sociedade civil no debate sobre o tema, de forma a evitar mais ataques externos ao país. A Frente, que foi criada mediante proposta do deputado Patrus Ananias (PT-MG), já conta com a participação de 201 deputados federais e 18 senadores de diversos partidos. Terá, dentre suas principais iniciativas, a defesa da exploração do petróleo e demais recursos minerais, assim como do capital produtivo nacional (com um sistema de crédito que o fortaleça) e de um sistema tributário mais justo no país, entre outros.

A reforma da previdência na Argentina

Por Carolina de Moura Trindade e Marco Antonio Rocha, no site Brasil Debate:

Em tempos de governo Macri na Argentina e desgoverno no Brasil, voltou-se a utilizar uma antiga referência dos anos 1980 ao comportamento semelhante de ambas as economias, separadas por um pequeno intervalo temporal. A citação contida no título refere-se a um antigo comercial de uma vodka em que o mesmo ator apresentava-se ao seu próprio “eu” do dia anterior dizendo: “Eu sou você amanhã”, demonstrando assim, cabalmente, a ausência de efeitos nocivos daquela milagrosa bebida. A expressão “Eu sou você amanhã”, naquilo que ficou conhecido como “Síndrome de Orloff” – em homenagem à referida vodka – passou a expressar a sucessão de medidas econômicas que, aplicadas na Argentina, eram replicadas no Brasil em momentos em que tais medidas já apresentavam sinais de fracasso na economia vizinha.

A corrupção e o espetáculo da divergência

Por Raphael Silva Fagundes, no site Carta Maior:

O espetáculo, socialmente encarado, “não é um complemento ao mundo real, um adereço decorativo. É o coração da irrealidade da sociedade real”.[1] Trata-se de um fenômeno essencial no processo de manipulação que visa, por sua vez, monopolizar a nossa interpretação da realidade. Vivemos em um momento em que o espetáculo midiático se apodera desse axioma e alimenta a divisão entre “petralhas” e “coxinhas”, escondendo, propositalmente, o verdadeiro conflito: a luta de classes.

Contudo, o objetivo não é a divergência, embora pareça em primeira análise, mas o consenso, porque tanto o espetáculo quanto a retórica são instrumentos de unificação. O que se quer é fazer com que todos se convençam de que o verdadeiro conflito está entre esses dois grupos.

Como se privatizam as águas do Brasil

Por Maíra Mathias, no site Outras Palavras:

A rua se transformou em um cenário de guerra. A fumaça e o barulho desorientadores das bombas de efeito moral se somavam aos estampidos produzidos por gatilhos a todo o momento acionados para liberar balas – de borracha, de plástico e até de chumbo. A visão era dificultada por outras bombas, de gás lacrimogêneo, e a entrada de um certo prédio público foi cercada de barreiras. De lá, saíam fortes jatos d´água apontados na direção de um carro de som. A perseguição se estendeu e dois veículos blindados, conhecidos como “caveirão”, avançaram por outras vias do centro do Rio de Janeiro. 

O noticiário chamou o acontecido naquela tarde de sol de 9 de fevereiro de “batalha”, palavra que originalmente remete ao combate militar entre dois exércitos inimigos. Na mira de todas essas armas, no entanto, não havia outro exército. Tampouco, de um ponto de vista republicano, as mulheres e homens, jovens e idosos que ali se agruparam deveriam ser encarados como “inimigos”. Mas assim foi feito. E, a partir do dia 15, quando a autorização para o envio da Força Nacional de Segurança Pública foi dada pelo governo federal, aqueles que defendiam a privatização da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae) se cercaram – literalmente – das condições necessárias para aprovar a medida. No dia 20 de fevereiro, com galerias vazias e cordão policial de 500 homens montado no entorno da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), os deputados autorizaram o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) a vender todas as ações da empresa.

Dallagnol, o golpista-celebridade

Por Miguel do Rosário, no blog Cafezinho:

Faz muito calor em Paris.

Eu vim passar uns dias na capital francesa, para acompanhar minha mulher, que tem uns trabalhos a fazer por aqui e para fugir um pouco da atmosfera de pesadelo do Brasil.

Como FHC não nos emprestou sua cobertura da Avenue Foch, ficamos num “studiô” de vinte metros quadrados, no sexto andar de um prédio sem elevador, no coração do Marais, bairro judeu, boêmio e LGBT. E estamos felizes.

Não é exatamente férias porque blogueiro não tira férias. Blogueiro “dá um tempo”. Ou seja, puxa um pouco o freio da produção jornalística. Por isso vocês estão vendo menos posts meus e mais do Luis Edmundo, um amigo jornalista que convidei para me substituir nesse meu período semi-sabático, que dura até o final desta semana.

Parlamento precisa ouvir as ruas

Por Alice Portugal, no site Vermelho:

A absolvição da chapa Dilma-Temer, na última semana, pelo Tribunal Superior Eleitoral, deu sobrevida a Michel Temer. No entanto, problemas legais ainda assombram o golpista que pode, nos próximos dias, ser denunciado formalmente pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.

A expectativa é que Janot mantenha as acusações pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução de Justiça, que já constam do inquérito que tramita no Supremo Tribunal Federal contra o presidente ilegítimo, desde a delação da JBS.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

Homenagem ao aniversário de Che Guevara

Sem diretas, país está apodrecendo

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Amigo e homem de confiança de Michel Temer, o professor Gaudêncio Torquato encerra um artigo de hoje na Folha de S. Paulo com uma previsão sombria.

"Junho de 2017 parece monitorado pelos olhos do Big Brother de 1968," escreveu. A referência é direta. Na sequencia um ambiente de luta política pelo poder de Estado e mobilização social nas ruas, em 15 de dezembro de 1968 o país mergulhou na treva do AI-5, a pior fase da pior ditadura de nossa história.

Ninguém precisa confiar nas palavras de um cidadão que tomou parte ativa no golpe que derrubou Dilma e seguiu exercendo uma influencia reconhecida nos meses seguintes. É certo que se trata da visão de um observador interessado na defesa de Temer e em sua permanência no Planalto.

Greve geral contra a reforma trabalhista

Editorial do jornal Brasil de Fato:

Já aprovada na Câmara dos Deputados, a proposta de reforma trabalhista está em trâmite no Senado e pode ser consolidada no dia 28 de junho. Já foi aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos e ainda passará por outras duas comissões antes de ir a plenário para votação.

Ao contrário do que pregam os favoráveis à reforma, a proposta não traz vantagens aos trabalhadores. No momento de crise econômica, o governo ilegítimo de Temer (PMDB) aposta em medidas que aumentam a rotatividade nos empregos e a jornada de trabalho, a diminuição de salários, além de dificultar o ajuizamento de ações na justiça trabalhista.

Os desafios da luta pelo socialismo

Do blog de Renato Rabelo:

O seminário sobre os 100 anos da Revolução Russa, promovido pela Fundação Maurício Grabois (FMG), encerrou seu ciclo com palestrantes de peso na noite desta segunda-feira, 12, no auditório da Federação dos Trabalhadores no Sistema Financeiro do RS (Fetrafi- RS), com o tema”A luta pelo socialismo no Século 21″. Estiveram presentes na mesa o ex-governador do RS, Tarso Genro (PT); o ex-ministro Roberto Amaral; e o presidente da FMG e ex-presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, atual presidente da Fundação Maurício Grabois.

O adversário de Lula é o tapete

Por Miguel Martins e Rodrigo Marins, na revista CartaCapital:

A resiliência de Lula impressiona. Alvo preferencial da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, o ex-presidente continua a subir nas pesquisas, ao contrário de seus adversários citados em escândalos.

Encomendada pela Central Única dos Trabalhadores, a mais recente sondagem do instituto Vox Populi, divulgada na terça-feira, 6, revela um candidato imbatível tanto no primeiro quanto no segundo turno.

O petista ostenta impressionantes 40% das intenções de voto espontâneo, quando não são apresentados aos entrevistados os nomes dos prováveis postulantes, seguido à larguíssima distância pelo ultradireitista Jair Bolsonaro (8%), pela ex-senadora Marina Silva (2%) e pelo juiz federal Sergio Moro (2%), mais um delírio da casa-grande em busca desesperada por um oponente viável.

Aécio Neves fica sem salário e sem placar

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

O presidente do Senado, finalmente, resolveu dar cumprimento à ordem judicial e suspender o mandato de Aécio Neves.

Que ficou sem salário, sem verba de representação, sem carro oficial e sem o nome no placar de votação dos senadores.

Claro que houve uma tentativa de recusar o cumprimento da ordem, que acabou sendo acatada porque o afastado senador primeiro está numa posição indefensável.

Trajano, Kfouri e o jornalismo esportivo

Do site do Centro de Estudos Barão de Itararé:

José Trajano e Juca Kfouri estarão na sede do Centro de Estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé, em São Paulo, no dia 29 de junho, para discutir o jornalismo esportivo praticado no país atualmente. O debate terá como eixo o livro Ataque e Contra-Ataque: O jornalismo esportivo na perspectiva de duas trajetórias profissionais (Hucitec Ed.), de Edney Mota, que mediará a mesa.

PSDB deu o golpe para o PMDB governar!

A bolinha de papel de Miriam Leitão

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Não gosto de me meter em brigas de jornalistas. Mas o episódio abaixo teve intenções políticas óbvias, que transcendem as meras quizílias corporativas.

Estamos em plena era das redes sociais. Hoje em dia, celulares captam PMs assassinando pessoas em ruelas escuras, políticos sendo escrachados na rua, em casa, em aviões. Um funcionário da United foi filmado retirando um passageiro do avião.

Segundo a jornalista Miriam Leitão, no dia 3 de junho, ou seja, dez dias atrás, ela foi escrachada em um avião da Avianca por um grupo do PT. Segundo Miriam, não foi uma manifestação qualquer, foram duas horas (!) de ofensas.

PSDB mostra sua face: corrupto como Temer

http://pataxocartoons.blogspot.com.br/
Por Joaquim de Carvalho, no blog Diário do Centro do Mundo:

Com a saída de acadêmicos respeitáveis como Miguel Reale - ele é o autor do anteprojeto da Constituição de 1988 - e de lideranças empresariais progressistas como Ricardo Semler, o PSDB perde a última camada de verniz que poderia associá-lo a algo que lembrasse, ainda que remotamente, a social democracia.

O que sobra é a face de Michel Temer, que entrou na política pelas mãos de Fernando Henrique Cardoso.

No final da ditadura militar, a jornalista Sílvia Luandos era presidente do Diretório do PMDB em Indianópolis (bairro de São Paulo) quando apresentou Temer a Fernando Henrique, que se preparava para assumir o Senado no lugar de Franco Montoro.

Sobre o lugar histórico de Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Breno Altman, em seu blog:

A esquerda brasileira, em cem anos, desde a greve geral de 1917, produziu somente três grandes lideranças nacionais, capazes de ter suficiente apoio para assumir protagonismo e comandar o país.

A primeira delas, a mais heroica, foi Luiz Carlos Prestes, principal figura dos levantes tenentistas. Seu período de real influência foi dos anos 20 até os 60. Chefiou a coluna que levaria seu nome, conduziu a insurreição de 1935, passou quase dez anos preso e, apesar da clandestinidade e do clima anticomunista da guerra fria, além dos graves erros cometidos por seu partido e por si mesmo, desempenhou papel de relevo até o golpe de 1964. Não é à toa que encabeçava a primeira lista de cassação da ditadura.

Golpe trabalhista avança no Senado

Por Altamiro Borges

O Judas Michel Temer não sabe se dura até o final do mandato ilegítimo e nem se vai direto para a cadeia. A base aliada está afundando, com várias siglas ameaçando desembarcar do covil golpista. O PSDB decidiu manter o apoio à quadrilha do PMDB para salvar o cambaleante Aécio Neves, mas está sangrando. Mesmo assim, a cloaca empresarial, que financiou o “golpe dos corruptos”, segue impondo sua pauta regressiva no parlamento. Nesta terça-feira (13), a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou a proposta de “reforma” trabalhista do tucano Ricardo Ferraço. Desta forma, a “assembleia dos bandidos”, conforme definição de um renomado jornalista português, deu mais um passo para extinguir a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).