domingo, 1 de agosto de 2021

Empresários endossam ataques à democracia

Reprodução do site da Firjan
Por Jeferson Miola, em seu blog:


Na 5ª feira, 30/7, em evento inacessível à imprensa, a Federação das Indústrias do Rio de Janeiro [FIRJAN] e o Sindicato Nacional das Indústrias de Defesa homenagearam as Forças Armadas “em reconhecimento ao seu papel a serviço da paz” [sic].

“Esta homenagem tem por objetivo atender a uma antiga demanda dos empresários do Rio de Janeiro. O intuito deste encontro pode ser resumido em duas palavras: reconhecimento e gratidão”, declamou o presidente da FIRJAN Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira no ato de bajulação do general-ministro Braga Netto e dos comandantes das três Forças.

A homenagem aconteceu poucos dias depois destes militares conspiradores terem intimidado senadores da CPI e petulantemente ameaçado cancelar a eleição de 2022, como se fossem tutores do poder civil e da democracia.

As verdades monstruosas de Bolsonaro

Por Tarso Genro, no site Sul-21:


Quando Bolsonaro fala ele o faz ao pé do ouvido de cada um dos integrantes da sua base, erroneamente colocada na crítica pública da esquerda como gado. Eles não reagem de maneira uníssona ao seu comando, mas o fazem como uma soma de indivíduos, impulsionados por motivos diversos, pretensões ocultas e abertas, que apenas se somam, miticamente, sem relação com um programa político ou com um destino comum. Bolsonaro não propõe enunciados, mas diatribes lancinantes, que aparentemente o separam, de um lado, da política neoliberal de Guedes e, de outro, da ordem jurídica democrática que não deveria tolerá-lo.

A direita ama a família

Por Moisés Mendes, no Diário do Centro do Mundo:


A suplente do senador Ciro Nogueira, o novo ministro da Casa Civil, é a mãe dele, Eliane e Silva Nogueira Lima, que tem como credencial o fato de ser a mãe de Ciro Nogueira.

A diretora do Programa da Secretaria de Atenção Primária do Ministério da Saúde, durante a gestão do general Eduardo Pazuello, era a tenente Laura Appi, namorada de Pazuello.

Faz sentido que, nesse ambiente familiar da direita, Bolsonaro tenha dito que considera Hamilton Mourão não como seu vice, mas como um cunhado chato.

O próprio Bolsonaro tem três filhos com mandatos, que entram e saem do Planalto quando bem entendem e tiveram agora os registros de acesso ao palácio transformados em segredo de Estado por cem anos.

Ciro se desculpará de faltar à motociata?

Por Fernando Brito, em seu blog:

Se o novo ministro da Casa Civil, senador Ciro Nogueira, tem habilitação para dirigir motocicletas, como sugere sua foto sorridente numa Lambretta – perdoem-me a expressão de velho – é bom arranjar alguma desculpa para não comparecer a motociatas como a de hoje, modalidade que se tornou a predileta de Jair Bolsonaro, porque produz tamanho, barulho e demonstração de força.

Porque, dos apelos do Centrão por um “Bolsonaro moderado” nada resultará.

O presidente está em campanha e o mote de sua campanha é “ou eu ou não tem eleição”.

sábado, 31 de julho de 2021

E agora Brasil? Balanço da mídia independente

Bolsonaro faz novas ameaças à democracia

Os laboratórios do trabalho digital

O fim da prisão neoliberal

Incêndio na Cinemateca e os ataques à cultura

Bolsonaro agora que o 'fundão' eleitoral

Pegasus e os perigos da espionagem digital

Brasil na trama mundial do golpe na Bolívia

A barbárie cultural do bolsonarismo

Os limites da tutela militar no país

sexta-feira, 30 de julho de 2021

Incêndio da cinemateca: tragédia anunciada

Centrão assume o comando do governo

A pandemia da Covid-19 está terminando?

Fascismo e as novas direitas no Brasil

A terceira via e os bonecos de ventríloquo

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Está certo que existe um público resistente a Bolsonaro e a Lula, ambos com níveis elevados de rejeição.

Com isso, se repete a mesma ladainha que vem desde 2006: aposta-se em um candidato do não.

Não precisa apresentar projeto de país, políticas inovadoras, não precisa galvanizar a alma nacional em cima de propostas claras.

Basta dizer não e repetir o mantra do neoliberalismo terraplanista, que consiste no seguinte:

“Se equilibrar as contas públicas, se reduzir os direitos trabalhistas, se reduzir a burocracia, se fizer as “reformas”, seja lá o que forem as reformas, haverá uma explosão de crescimento que beneficiará a todos”.

O semipresidencialismo para conter Lula


Por Roberto Amaral

A história não se repete (a não ser, na conhecida lição de Marx, como farsa ou tragédia), mas no Brasil ela é recorrente, pois está no DNA da república, desde as ditaduras de Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto, o recurso ao golpe de Estado, em suas múltiplas e renovadas modalidades. É o velho e castrense instrumento de que se vale a casa-grande para impor diques ao processo histórico, sempre que se lhe apresenta, ainda quando por erro de avaliação histórica, a emergência das massas, que no Brasil a burguesia anacrônica e os militares colonizados confundem, desde o século XIX, como “ameaça comunista”, fantasma sempre trazido à vida para justificar a sustentação do statu quo, naquele então a ordem derivada do escravismo colonial.