quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Petrobras é patrimônio do povo brasileiro

Por Luciana Santos

A política brasileira de investimento na exploração do petróleo data da década de 1930, a partir do decreto-lei 366/1939 que regulava a concessão e fiscalização da pesquisa e da lavra do petróleo, a ser realizada por brasileiros ou por empresas constituídas por brasileiros, conforme determinava a constituição daquela época. Era, portanto, um documento de caráter nacionalista, mas não estatizante, e desde então é polêmico o papel da União em operações de risco.

Economia contradiz discurso de Temer

Por Joana Rozowykwiat, no site Vermelho:

A atividade econômica no país continua a cair, agora em ritmo ainda mais acelerado. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) teve retração de 0,91% em agosto - a maior queda em 15 meses - e de 5,6% nos últimos doze meses. Trata-se de mais um indicador negativo, que contradiz o discurso de Michel Temer de que já há uma recuperação. Para o professor de economia da PUC-SP, Antonio Corrêa de Lacerda, os dados mostram que o diagnóstico do governo não bate com a realidade.

Uma Bienal preocupada com a democracia

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Com homenagens à poeta mineira Adélia Prado e ao pensador português Boaventura Sousa Santos, será aberta amanhã, no estádio Mané Garrincha, a III Bienal do Livro e da Leitura de Brasília (21 a 29 de outubro), um evento lítero-cultural que já encontrou seu lugar na agenda nacional. A programação deste ano reflete as aflições deste momento com a democracia, com os direitos humanos e com a intolerância que ameaça a convivência pluralista. “Precisamos reinventar a democracia se quisermos que ela faça parte da solução”, disse Boaventura em mensagem preliminar ao evento onde, além de homenageado, fará palestra e autografará livros no dia 28.

O espectro da total dominação

Por Leonardo Boff, em seu blog:

A desordem mundial: o espectro da total dominação

O título é do último livro de Luiz Alberto Moniz Bandeira (Civilização Brasileira, 2016), o nosso mais respeitado analista de política internacional. O autor teve acesso às mais seguras fontes de informação, a múltiplos arquivos, aliando tudo a um vasto conhecimento histórico. São 643 páginas densas, mas escritas com tal fluidez e elegância que parece estarmos lendo um romance histórico.

Moniz Bandeira é antes de mais nada, um minucioso pesquisador e, ao mesmo tempo, um militante contra o imperialismo estadunidense, cujas entranhas corta com um bisturi de cirurgião. Não sem razão, foi preso entre 1969 e 1970 e novamente em 1973 pelo temível Centro de Informações da Marinha (Cenimar), pois se opunha criticamente, no contexto da guerra-fria, ao principal suporte da ditadura: os Estados Unidos.

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Da realeza fisiológica à queda solitária

Da revista CartaCapital:

Preso pela Polícia Federal nesta quarta-feira 19, o deputado cassado Eduardo Cunha, do PMDB, foi conduzido para Curitiba, sede da força-tarefa das investigações da Operação Lava Jato. Uma das figuras mais controversas da história recente do Parlamento, o ex-presidente da Câmara é acusado de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

No processo relativo à sua prisão, Cunha é acusado de possuir contas na Suíça abastecidas com propinas que somam 1,5 milhão de dólares, originárias de contratos envolvendo atividades da Petrobras na África. O MPF bloqueou os bens do político no valor de 220,6 milhões de reais.

Três perguntas sobre a prisão de Cunha

Por Theo Rodrigues, no blog Cafezinho:

O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, acaba de ser preso. O pedido de prisão foi feito pelo juiz Sergio Moro após solicitação do Ministério Público Federal.

Por razões distintas tem muita gente comemorando e outros nem tanto.

Seja como for, a prisão de Cunha suscita três perguntas:

O que virá da delação premiada de Cunha?

O primeiro dia do fim do governo Temer

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

Foi tarde.

Foi estupidamente tarde.

Foi tragicamente tarde.

A prisão de Eduardo Cunha deveria ter vindo muito antes. Ele jamais poderia ter conduzido, de mãos inteiramente livres, o processo que levou ao impeachment de Dilma.

Todos os argumentos apresentados agora para sua prisão já estavam detalhados no documento que o MPF de Janot entregou a Teori, no final de 2015.

Moro ganha força com prisão de Cunha

Por Renato Rovai, em seu blog:

É mais do que evidente que a prisão de Eduardo Cunha, realizada no início da tarde pela Polícia Federal a partir de autorização de Sérgio Moro, dá ainda mais força ao juiz curitibano.

A partir de agora, o homem de preto poderá dizer que não age de forma seletiva. Que já prendeu mais de uma dezena de petistas graúdos, alguns com base em indícios que depois foram se desmanchando no ar, como o tal JD, que era José Dirceu e depois virou Juscelino Dourado, ex-chefe de gabinete de Antônio Palocci. Mas que também foi ele que prendeu o ex-todo poderoso Eduardo Cunha.

Em defesa da democracia na UFABC

Por Igor Fuser

Um abaixo-assinado em solidariedade à Universidade Federal do ABC (UFABC) está circulando desde ontem, terça-feira, e já recebeu centenas de adesões. A UFABC foi “denunciada” ao Ministério Público por ter prestado ajuda à estudante Deborah Fabri, aluna dessa universidade, de 19 anos de idade, que perdeu a visão de um olho ao ser atingida por uma bomba durante a brutal repressão policial a manifestantes que protestavam contra o golpe, em São Paulo, em 31 de agosto, a noite da deposição da presidenta Dilma Rousseff.

Calar Jamais! Pela liberdade de expressão

Artistas dizem não à PEC-241

Gaudencio Torquato, o “fake” do Planalto

Por Altamiro Borges

Assíduo frequentador do Instituto Millenium, o antro dos magnatas e dos barões da mídia, o “consultor de comunicação” Gaudencio Torquato parece que abandonou os seus conhecimentos acadêmicos para se transformar em um fabricante de calúnias e infâmias na era da internet. Neste final de semana, o “assessor especial” do Judas Michel Temer reproduziu em sua conta no Twitter mais uma mentira obrada por Augusto Nunes, o psicopata da “Veja”. Ele postou que a presidenta Dilma Rousseff, em entrevista à “Rádio Gaúcha”, teria dito que se Lula for preso pela Operação Lava-Jato, o Brasil será invadido pelos exércitos da Venezuela, Bolívia e Equador. O absurdo foi imediatamente replicado por seus fanáticos seguidores, os “midiotas” de sempre. Mas também virou motivo de chacota dos internautas.

Temer sonha com 2018. Cadê a pinguela?

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

Já que a mídia brasileira perde celeremente a sua credibilidade, um artigo publicado no jornal argentino Clarín nesta segunda-feira (17) promete agitar os bastidores do covil golpista em Brasília. Segundo o diário, o usurpador Michel Temer não descarta mais concorrer à presidência da República em 2018. O jornal ouviu algumas pessoas próximas ao Judas, que afirmam que ele será candidato à reeleição “se a economia decolar”. A reportagem lembra que até recentemente o peemedebista negava terminantemente a possibilidade de disputar o pleito. Ele receava que esta ideia implodisse o pacto mafioso que se formou para viabilizar o “golpe dos corruptos” que depôs a presidenta Dilma, dificultando ainda mais a sua gestão ilegítima. Agora, porém, ele já não guarda mais segredo para o seu entorno que sonha em continuar no Palácio do Planalto.

Os alckmistas atropelam o cambaleante

https://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Altamiro Borges

A mídia privada, que adora fofocas e intrigas, tem evitado dar destaque à implosão que se avizinha no PSDB. Ela sabe que isto pode ser fatal para a gangue que promoveu o “golpe dos corruptos” e tomou de assalto o Palácio do Planalto. Além de fragmentar ainda mais a base pragmática de apoio ao Judas Michel Temer, uma divisão no principal partido golpista teria reflexos na economia, gerando desconfianças no chamado “deus-mercado”. O problema é que os boatos sobre as sangrentas bicadas no ninho tucano seguem crescendo. Nesta semana, a revista Época publicou uma matéria, intitulada “Os alckmistas estão chegando”, que mostra o grau de tensão no PSDB. O cambaleante Aécio Neves deve ter curtido uma baita overdose. Já o “chanceler” José Serra, entre uma e outra derrapada diplomática, deve estar fabricando mais um dos seus corrosivos dossiês.

Metrô de São Paulo coleciona cadáveres

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Em janeiro de 2007, sete pessoas morreram após serem engolidas por uma cratera aberta no local onde hoje fica a redonda estação Pinheiros da linha 4. O consórcio responsável Via Amarela (Odebrecht, OAS, Queiroz Galvão, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Alston) chegou a culpar, na época, a natureza, o terreno, as chuvas, rochas gigantes, o Imponderável da Silva, enfim, grandes forças malignas do universo contra as quais He-Man lutava, pela tragédia.


Democracia não cabe no neoliberalismo

Por Emir Sader, na Revista do Brasil:

A retomada do modelo neoliberal, fracassado nos anos 1990, derrotado sucessivamente em 2002, 2006, 2010 e 2014, só pode se dar mediante um governo não democrático. Golpista no acesso ao poder, porque não obteria maioria democrática nos processos eleitorais com um projeto tão antipopular e autoritário, porque tem que governar contra o interesse da grande maioria da população.

Um governo que se coloca como objetivo a aplicação de um duro ajuste fiscal, que corta direitos adquiridos pela massa da população, que acentua ainda mais a recessão econômica e, com ela, o desemprego e a perda de poder aquisitivo dos salários, é incompatível com a democracia, porque governa contra a grande maioria dos brasileiros. Temer disse que se conforma com ter o apoio de 5% da população, porque sabe que governa para essa minoria. Mesmo contando com o apoio da velha mídia, não conseguiria obter apoio popular para um programa tão antipopular.

As "confissões ridículas" de Bia Doria

Do site Carta Maior:

O jornal francês analisa a entrevista da mulher do novo prefeito de São Paulo, João Doria Jr, à "Folha de S. Paulo”. De acordo com o Le Monde, Bia Doria se considera "do povo” e deixa transparecer uma visão machista e ultrapassada da mulher brasileira. Declarações que trazem à tona as desigualdades da sociedade brasileira.

Segundo Le Monde, a crise e a decepção do Brasil com as elites levaram a população a se "consolar" com temas mais levianos, como a “paixão” pelas primeiras-damas. Um dos exemplos, cita o diário, é o debate sobre os vestidos de Marcela Temer, a mulher do novo presidente. A política do espetáculo, lembra o jornal francês, agora tem uma nova representante: Bia Doria, descrita pelo Le Monde como artista de fino-trato, ecologista chique e especialista em esculturas de madeiras.

A falácia do pai de família e a PEC-241

Por Guilherme Haluska e Kaio Pimentel, no site Brasil Debate:

O discurso moralista diz que o Estado, assim como um pai de família, deveria sempre gastar menos do que ganha. Esse discurso acaba por sugerir ao cidadão, leigo em economia, que: 1) é possível a todos os agentes de um sistema econômico ganhar mais do que gastam, e 2) que o Estado apresenta algum tipo de restrição financeira, típica de um pai de família. Esse discurso é falacioso porque: 1) não é possível no agregado de um sistema econômico ganhar mais do que é gasto e 2) o Estado não quebra quando se endivida na moeda que ele mesmo emite, ou seja, na dívida pública denominada em sua própria moeda (reais, no caso brasileiro).

O que fazer com a Rede Globo?

Por Wanderley Guilherme dos Santos, no blog Segunda Opinião:

O que fazer com o Sistema Globo de Comunicação é um dos mais difíceis problemas a solucionar pela futura democracia brasileira. A capacidade de fabricar super-heróis fajutos, triturar reputações e transmitir versões selecionadas e transfiguradas do que acontece no mundo, lhe dá um poder intimidante a que se foram submetendo o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. A referência aos três poderes constitucionais da República resume a extensão do controle que o Sistema Globo detém e exerce implacavelmente, hoje, sobre toda e qualquer organização ou cidadão brasileiro. 

Carmen Lúcia e a remilitarização do país

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há tempos venho juntando um conjunto de indícios que apontam para um aumento da interferência militar nas políticas internas do país. O ápice foi a atitude da nova presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carmen Lúcia, de convocar as Forças Armadas (FFAAs) para discutir segurança interna.

A respeito do “Xadrez das Vivandeiras dos Quarteis” (http://migre.me/vgKxM), recebo o seguinte e-mail do jornalista O, que recebeu de L., brasileiro que mora na Argentina. Ambos pediram sigilo de fonte.