terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Carluxo Bolsonaro ataca ex-aliado: ‘chifrudo’

Charge: Nei Lima
Por Altamiro Borges


Carluxo Bolsonaro, o filhote 02 do presidente da República, desembestou de vez. Após atacar o aliado bolsonarista Carlos Jordy (PSL-RJ), sugerindo que “cheire menos”, ele esfaqueou sem dó o deputado Julian Lemos (PSL-PB), que trocou o fascista no poder pelo ex-ministro Sergio Moro. O nível do debate no antro da extrema-direita é elevadíssimo!

“O maior fofoqueiro do Brasil foi encontrar o seu chifrudo na Paraíba com dinheiro do fundo eleitoral? Par perfeito que explica a falta de testosterona e vergonha na cara do grupinho”, tuitou o irado vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), ao criticar a visita do ex-ministro da Justiça a João Pessoa na semana passada.

Bolsonarista da Band xinga Ivete Sangalo

Charge: Brum
Por Altamiro Borges


Nem Ivete Sangalo, sempre tão complacente com a direita nativa, escapa da fúria dos bolsonaristas. Na semana passada, o ex-vereador e apresentador do programa “Nordeste Urgente” da Band no Rio Grande do Norte, Luiz Almir, disparou agressões misóginas contra a artista por ela ter apoiado um coro contra o genocida Jair Bolsonaro em seu show em Natal.

No programa O Povo na Rádio, que também apresenta na 96-FM, o fascistoide xingou a cantora ao vivo. "Ninguém tem o direito de ir cantar, de juntar o povo que paga para ver o show de uma mulher que já está em decadência, velha, feia, frouxa, e a vagabunda fica mandando a maior autoridade do país tomar no cu, em pleno microfone, em um hotel cinco estrelas... E o povo gritando, os esquerdistas doentes gritando”.

A chance de Lula vencer no 1º turno

Os novos desafios na América Latina

Os militares querem abandonar Bolsonaro?

Como a China lida com a pós-pandemia

A cultura da conspiração

Charge: Geuvar
Por Maria Inês Nassif, no jornal Brasil de Fato:

Desde o fim do governo militar, prevaleceu no debate político brasileiro uma censura sutil a denúncias de conspiração. O denunciante, não raro, era exposto ao ridículo. A denúncia era interpretada como fantasia de uma mente febril, produto de uma espécie de “neurose de guerra” trazida dos campos de batalha da ditadura que durou 21 anos (1964-1985).

Depois de quase uma década de uma longa conspiração cujo tiro de largada foi dado em 2013 – com uma inexplicável explosão da ira popular vinda do nada num ano em que a popularidade do governo da presidenta Dilma Rousseff (PT) atingiu 63%, segundo pesquisa a Confederação Nacional da Indústria, e sua aprovação pessoal chegou a 79% – é chegada a hora de rever a postura suicida de resolver conspirações punindo o denunciante.

O ano da esperança de mudanças

Charge: Lezio Junior
Por João Pedro Stedile

Não conseguimos mudar o governo, apesar dos crimes cometidos e de mais de 130 pedidos de impeachment, mas recuperamos no ano passado as ruas com mobilizações expressivas em mais de 500 cidades do país. A partir desse processo, começamos 2022 com a unidade das forças populares em torno de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e recolocando-o como porta-voz das necessidades urgentes de mudanças na política e na economia nacional.

O ano que passou foi duro para o povo brasileiro, cujo maior símbolo foi a perda de milhares de vidas pelo negacionismo e incompetência do governo federal. Outros milhões foram jogados na sarjeta, sem trabalho e renda, com a volta da fome, da inflação dos alimentos, dos combustíveis e dos aluguéis. As necessidades da maioria são imensas e, certamente, teremos um período marcado por lutas em defesa de soluções urgentes para esses problemas, que não podem esperar as eleições.

O Judiciário que trata bem os poderosos

Por Moisés Mendes, em seu blog:

Anthony Kelly, um juiz australiano, decidiu que o tenista Novak Djokovic entre e jogue na Austrália, e se quiser que circule sem máscara, mesmo sem ter sido vacinado e mesmo que tenha participado de eventos com crianças quando estava infectado.

Timothy Holroyde, um juiz de Londres, decidiu que Julian Assange seja extraditado para os Estados Unidos, mesmo correndo o risco de morrer na prisão do país por ele exposto por seus crimes de guerra.

Sergio Moro, um juiz paranaense, decidiu caçar, condenar e encarcerar Lula e agora tem a pretensão de disputar a eleição e de enfrentar Lula e o fascista para o qual trabalhou.

Temer e as falsificações históricas da mídia

Charge: Nando Motta
Por Bepe Damasco, em seu blog:


1) Pesquisa Datafolha, de 27 de dezembro de 2018, a quatro dias do fim do mandato presidencial que Temer roubou de Dilma Rousseff: avaliação do governo Temer - Ótimo e bom: 7%; Regular: 29%; Ruim e péssimo: 62%.

Mesmo assim, o oligopólio midiático brasileiro sempre que menciona Temer esconde a altíssima rejeição ao seu governo, que perdurou durante os dois anos de seu mandato. Nada mais fraudulento em termos históricos do que o tratamento que Temer recebe, digno de um estadista que levou o Brasil a um porto seguro.

A verdade se impõe aos negacionistas

Por Fernando Brito, em seu blog:

A manchete do jornal O Globo, aí em cima, não é alarmista, é moderada.

Há dias, todos sabem que não é possível que as atividades econômicas deixem de sofrer o impacto de uma nova onda de contágio da Covid-19 que, nas palavras do diretor da OMS, Thedros Adhanom, é “um tsunami”.

Aliás, a Organização Mundial de Saúde acaba de projetar que, na Europa, metade da população vai contrair o vírus nas próximas semanas. Isso que dizer 370 milhões de pessoas.

Almirante da Anvisa: Num instante, a glória!

Charge: Clayton
Por Manuel Domingos Neto

Bela tacada, a do Almirante! Num lance, virou celebridade e herói da esquerda.

Que importa ter ajudado a eleição do fascista? E que tenha subido sem máscaras em seu palanque no auge da epidemia! Ou que esteja envolto em trapalhadas que prejudiquem a saúde dos brasileiros!

Ninguém ligou para o fato de o médico-marinheiro, sem credenciais, ter disputado e arrematado uma vaga na agência que cuida vigilância sanitária. Na sabatina no Senado que aprovou seu nome, o candidato nada teve a dizer. Aliás, disse que adorava automobilismo e viagens às terras distantes.

Há um século a esquerda busca dissidentes militares. Na única tentativa de assalto ao poder, em 1935, confiou apenas na farda. Imaginou que bastava a legenda do Cavaleiro da Esperança.

Assange, voz da liberdade

Charge: Latuff
Por Emiliano José, na revista Teoria e Debate:


Julian Paul Assange parece um enigma para esses tempos. Desde a revelação dos documentos sigilosos do governo dos EUA, em 2010, aparece assim para o mundo. A formulação liberal sobre as liberdades, de modo especial a chamada liberdade de expressão, não se aplica no caso dele. Vai sendo pouco a pouco crucificado. Vão apertando a coroa de espinhos em torno de sua cabeça, sem compaixão.

Poucas, muito poucas, as vozes dispostas a defendê-lo. A mídia tradicional, parte dela com imensa dívida com ele, repercute timidamente a crucificação. Não pode deixar de noticiar, mas o faz, torcendo o nariz, e sem o destaque merecido. Qual o crime de Assange? Quais os crimes?

Sindicalismo-4: Novas formas de resistência

A árvore da vida (1957), Portinari
Por Altamiro Borges


Os dados dramáticos sobre desemprego, informalidade, queda de renda e precarização, entre outros, evidenciam que o sindicalismo hoje é mais necessário do que nunca. No passado, ele serviu para obter conquistas; atualmente, é essencial para evitar retrocessos. Passou a ser uma questão de sobrevivência dos trabalhadores.

Sem sindicatos, o assalariado será reconduzido à condição de escravidão, humilhado e sugado. Essa compreensão cresce no mundo inteiro e os exploradores testam novas formas de resistência e de organização de classe. Em meados de outubro a jornalista Lúcia Guimarães da Folha em Nova York relatou o clima de revolta trabalhista nos EUA.

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

Sindicalismo-3: Ódio à organização de classe

Mensagem etérea I (1946), Portinari
Por Altamiro Borges


Essa resistência ativa é o que explica o ódio das forças da direita – do golpista Michel Temer ao fascista Jair Bolsonaro – aos sindicatos. Para destruir direitos trabalhistas históricos, arrochar salários e precarizar ainda mais o trabalho, o capital necessita fragilizar e até mesmo destruir as organizações de classe dos explorados.

Essa ofensiva contra o sindicalismo se dá no mundo inteiro. Ela ajuda a explicar a drástica queda das taxas de sindicalização nos últimos anos. Em vários países da Europa e nos EUA, por exemplo, esse índice hoje está abaixo dos 10% – o que só reforça a sanha destrutiva do capitalismo.