quarta-feira, 1 de maio de 2024

A origem e o significado do 1º de Maio

Divulgação
Por Altamiro Borges


“Se acreditais que enforcando-nos podeis conter o movimento operário, esse movimento constante em que se agitam milhões de homens que vivem na miséria, os escravos do salário; se esperais salvar-vos e acreditais que o conseguireis, enforcai-nos! Então vos encontrarei sobre um vulcão, e daqui e de lá, e de baixo e ao lado, de todas as partes surgirá a revolução. É um fogo subterrâneo que mina tudo”. Augusto Spies, 31 anos, diretor do jornal Diário dos Trabalhadores.

“Se tenho que ser enforcado por professar minhas ideias, por meu amor à liberdade, à igualdade e à fraternidade, então nada tenho a objetar. Se a morte é a pena correspondente à nossa ardente paixão pela redenção da espécie humana, então digo bem alto: minha vida está à disposição. Se acreditais que com esse bárbaro veredicto aniquilais nossas ideias, estais muito enganados, pois elas são imortais''. Adolf Fischer, 30 anos, jornalista.

“Em que consiste meu crime? Em ter trabalhado para a implantação de um sistema social no qual seja impossível o fato de que enquanto uns, os donos das máquinas, amontoam milhões, outros caem na degradação e na miséria. Assim como a água e o ar são para todos, também a terra e as invenções dos homens de ciência devem ser utilizadas em benefício de todos. Vossas leis se opõem às leis da natureza e utilizando-as roubais às massas o direito à vida, à liberdade e ao bem-estar”. George Engel, 50 anos, tipógrafo.

Fascistas espalham discurso de ódio nas redes

Charge: Duke
Por Altamiro Borges


A Agência Pública postou nesta semana uma longa reportagem mostrando que grupelhos de extrema direita têm espalhado o discurso de ódio nas redes digitais sem qualquer moderação das plataformas. Assinada pelo repórter Danilo Queiroz, ela denuncia que mais de 20 grupos fascistas estão ativos e organizados no Brasil e difundem seus discursos preconceituosos com a cumplicidade das poderosas big techs.

A matéria teve como base mapeamento realizado pelo Global Project Against Hate and Extremism (GPAHE – Projeto Global Contra o Ódio e o Extremismo), uma organização mundial de defesa de direitos humanos. A reportagem teve acesso ao estudo e localizou vários grupos de extrema direita em atuação no país, que “usam as redes sociais para disseminar mensagens de ódio, violência e discriminação”.

A mídia e a luta dos povos indígenas

A Secom e a batalha diária da comunicação

Por Ricardo Zamora, no site do PT:

O trabalho de condução da Secretaria de Comunicação Social do terceiro governo do presidente Lula implica enormes desafios. Em tempos de redes sociais, de polarização política persistente e, principalmente, da produção de fake news em escala industrial por parte das forças de extrema direita, as energias do ministro Paulo Pimenta e de toda a sua equipe se concentram, cotidianamente, na batalha da chamada opinião pública.

Para essa luta diária, desenvolvemos várias ferramentas importantes, com destaque para o ComunicaBr, o Tá na mão e o Brasil contra fake.

1º de Maio classista e de luta!

Por Nivaldo Santana, no site Vermelho:


Em 1886, operários de Chicago, nos EUA, realizaram uma greve geral por melhores condições de trabalho e pela redução da jornada para oito horas diárias. Na época, algumas empresas chegavam a ter absurdas 17 horas diárias de trabalho.

A greve foi violentamente reprimida. Três operários foram assassinados e cinco foram presos e condenados à morte. Um deles, Louis Lingg, se suicidou na prisão. Outros quatro foram enforcados: Albert Parsons, Adolfo Fischer, George Engel e August Spies.

Para reverenciar a memória dos mártires de Chicago, em 1889 a Internacional Socialista aprovou a data de 1º de Maio como Dia Internacional dos Trabalhadores. A maioria dos países, inclusive o Brasil, adotou a data. A exceção foram os EUA.

terça-feira, 30 de abril de 2024

A origem e o significado do 1º de Maio

A pergunta de Silvinei Vasques a Bolsonaro

Charge: Amarildo
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Há uma frustração não revelada entre os envolvidos nas investigações do golpismo, das muambas das arábias, dos cartões das vacinas e de outras falcatruas. Falta o ressentimento capaz de expelir ódios, acusações e provas.

Faltam os ressentimentos reservado e explícito, como esse agora manifestado por Silvinei Vasques, ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal. Os advogados de Vasques enviaram à Folha o recado que deveria ser lido por Bolsonaro.

Contaram ao jornal que pediram ao STF a revogação da prisão do policial com o argumento de que Bolsonaro, ex-chefe dele, está solto. A defesa cita o pretexto de Alexandre de Moraes, de que Vasques poderia influenciar testemunhas e destruir provas, e dá a cutucada:

A Europa e os refugiados

Louise Michel: navio de resgate de imigrantes
Por Flavio Aguiar, no site da RFI:


Na semana passada o Parlamento do Reino Unido aprovou, depois de uma longa batalha, a lei que permite a deportação de refugiados e migrantes considerados ilegais para Ruanda, na África Central, uma ex-colônia alemã e belga.

O primeiro-ministro Rishi Sunak, do Partido Conservador, se empenhou na aprovação da lei, retida durante meses num impasse entre a Câmara Baixa, ou dos Comuns, e a Câmara Alta, ou dos Lordes, e também entre governo e partidos de oposição, além de ser alvo de uma crítica constante por parte de ONGs de defesa dos direitos humanos.

O ministro do Interior (Home Secretary), James Cleverly, saudou a aprovação da lei como “um marco no esforço para deter o afluxo de barcos” que tentam trazer refugiados do continente para o Reino Unido através do Canal da Mancha, e também como uma “afirmação da soberania britânica” contra “bloqueios impostos por tribunais europeus”.

Lula tenta selar novo pacto com o Congresso

Qual o lugar do Brasil no mundo?

Tarcísio, a "terceira via" da ultradireita

segunda-feira, 29 de abril de 2024

Desoneração vira crise entre Lula e Pacheco

Cadê a austeridade do Congresso e da mídia?

A desculpa esfarrapada do X de Elon Musk

Charge: Kelsey Dake
Por Altamiro Borges


Em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta-feira (26), a plataforma X apresentou uma desculpa bem esfarrapada para justificar a liberação de perfis de investigados pela Justiça. Segundo a empresa ianque, “os indivíduos [os criminosos], após terem suas contas bloqueadas, adotaram diferentes estratégias para desafiar a ordem de bloqueio e as regras da plataforma, por meio da criação de novas contas e da exploração de vulnerabilidades sistêmicas para perpetuar as suas atividades”. Haja cinismo!

domingo, 28 de abril de 2024

Extrema direita se articula na Hungria

Foto: Szilárd Koszticsák/EPA
Por Altamiro Borges


Para quem acha que a ascensão da extrema direita – no mundo, na América Latina e no Brasil – é um fenômeno passageiro, é bom acompanhar a sua intensa articulação mundial. Na semana passada, por exemplo, a chamada Conferência de Ação Política Conversadora (CPAC), uma típica Internacional Fascista, reuniu-se novamente – desta vez na Hungria, um dos centros irradiadores dessa corrente na atualidade.

Segundo matéria do jornalista Jamil Chade no site UOL , o encontro visou “articular posições para eleições estratégicas que vão ocorrer em 2024. Entre os convidados está o deputado Eduardo Bolsonaro, além dos herdeiros do franquismo na Espanha, aliados de Donald Trump, deputados paraguaios, membros da equipe de Javier Milei, um ministro israelense e partidos xenófobos da Itália, Eslovênia, Polônia, França, Alemanha, Áustria e Holanda”.

A mídia e a luta dos povos indígenas

Do site do Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé:


Abril marca o mês de luta dos povos indígenas em defesa da cultura, diversidade, meio ambiente e contra a desterritorialização a qual são submetidos devido aos interesses capitalistas do garimpo, extração de madeira e agronegócio.

Para debater o tema, na próxima terça-feira (30), às 19h (Brasília), o Canal do Barão no YouTube transmitirá ao vivo uma roda de conversa com especialistas para refletir sobre os direitos dos povos originários e também como são retratados pelos meios de comunicação.

Em pauta, a luta pela demarcação de terras e contra a tese do marco temporal que estabelece que os povos indígenas só teriam direito à demarcação de terras que estavam ocupadas por eles na data da promulgação da Constituição, em 5 de outubro de 1988.

O objeto da luta entre capital e trabalho

Gloriosa vitória, Diego Rivera
(obra sobre o golpe de estado na Guatemala, em 1954)
Por Umberto Martins, no site da CTB:


Tempo, tempo, tempo, tempo. Eis o objeto essencial da luta de classes no capitalismo, embora esta essência nem sempre coincida com as aparências dos fenômenos.

A posse e o controle do tempo de trabalho é a grande fonte das contradições e conflitos de interesse entre capital e trabalho, cujos segredos estão compreendidos no interior da jornada de trabalho.

Unidade de contrários

Conforme Karl Marx observou no capítulo oitavo de O capital (livro 1) no capitalismo a jornada de trabalho se divide em dois tempos desiguais e opostos, configurando o que a dialética designou de unidade de contrários.

De um lado temos o que o pensador alemão chamou de tempo de trabalho necessário e, do outro, em contraposição, o tempo de trabalho excedente.

O pacotão gringo de autoajuda

Manifestação pró-Palestina em Washington.
Foto: Reuters
Por Jair de Souza

O Congresso estadunidense acaba de aprovar alguns pacotes de ajuda militar a certos países em pontos estratégicos para o embate geopolítico. No total, mais de 100 bilhões de dólares foram disponibilizados para o fornecimento de equipamentos armamentísticos e munição a Israel, Ucrânia e Taiwan.

As razões para a concessão de tão volumosos recursos aos citados países não têm absolutamente nenhuma vinculação com preocupações humanitárias, muito pelo contrário.

Se, de fato, os Estados Unidos almejassem fornecer ajuda em função de necessidades vitais prementes de outros povos, neste momento, estariam destinando todos esses bilhões de dólares para, por exemplo, a reconstrução da Palestina arrasada e o saciamento da fome de milhões de pessoas acurraladas na Faixa de Gaza. Essa população vem sendo vítima de um monstruoso processo de extermínio executado pelas forças sionistas do Estado de Israel. O morticínio e a destruição que estão sendo praticados pelos sionistas naquela região é algo sem paralelo desde os tempos da Alemanha hitlerista.

Eduardo Bolsonaro tem contas bloqueadas