sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Só EUA, Israel e Ucrânia votam contra Cuba

Charge: Jorge/Cuba
Por Altamiro Borges


Estados Unidos, Israel e Ucrânia foram os únicos países que apoiaram a continuidade do bloqueio a Cuba na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quinta-feira (2). Os dois primeiros – o império ianque e seu protetorado no Oriente Médio – votaram contra o fim do cerco criminoso. Já a marionete belicista do imperialismo na Europa se absteve. A resolução foi aprovada por 187 nações. É a trigésima primeira vez que a ONU exige o fim da sabotagem econômica, comercial e financeira imposta pelos Estados Unidos à ilha rebelde.

Mundo registra 759 ataques a jornalistas

Ilustração do site Periodismo Hoy
Por Altamiro Borges


Relatório da Organização das Nações Unidas para Ciência, Educação e Cultura (Unesco) divulgado nesta quinta-feira (2), data que marca o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas, aponta que a violência contra os profissionais da imprensa que atuam na cobertura de processos eleitorais é um fenômeno global e se alastrou ao longo dos últimos três anos em dezenas de países.

Segundo a agência especializada da ONU, entre 2019 e 2022 foram registrados 759 ataques contra jornalistas que cobriram 89 eleições em 70 países. Os casos de violência incluem agressões, assassinatos, ataques digitais, prisões arbitrárias e a obstrução do trabalho dos profissionais, com ameaças ou destruição de equipamentos. Ao todo, 42% dos ataques foram perpetrados por agentes da lei, e 29% das vítimas foram mulheres.

Justiça manda GM reintegrar demitidos

Foto: Sindmetal SJC
Por Altamiro Borges


Na quarta-feira (1), a Justiça do Trabalho de São Paulo determinou que a multinacional ianque General Motors reintegre os metalúrgicos que foram demitidos de suas unidades de São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes, em São Paulo. Um dia antes, o Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região (TRT-15) também já havia ordenado o cancelamento das demissões na fábrica de São José dos Campos, no interior paulista.

Em sua decisão liminar, a desembargadora Sueli Tomé da Ponte, do TRT-2, afirmou que as dispensas em São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes foram ilegais. Segundo ela, não houve negociação prévia com os sindicatos, o que é obrigatório nos casos de demissões em massa. Além da readmissão, a magistrada determinou que a montadora não realize novas dispensas, sob pena de multa diária de R$ 1.000 por empregado.

Refinaria privatizada vende gás mais caro

Charge: Duke
Por Altamiro Borges

Duas pesquisas recentes confirmaram os prejuízos e riscos causados pela privatização de setores da economia. Infelizmente, elas não tiveram qualquer repercussão na mídia privatista e neoliberal. Não foram capa dos jornalões e revistonas e nem destaque nos telejornais e nas rádios. Os tais “analistas de mercado” das TVs – que mais se parecem como porta-vozes das corporações capitalistas – abafaram totalmente os levantamentos.

Estudo do Observatório Social do Petróleo divulgado nesta semana demonstrou que a Refinaria da Amazônia (Ream), privatizada em dezembro de 2022 – nos estertores do covil de Jair Bolsonaro – hoje pratica o preço mais alto do país na venda do botijão de gás de 13 kg. Ele custa R$ 54, enquanto nas unidades da Petrobras o vasilhame sai por R$ 31. A diferença atual é a maior desde que a refinaria foi desestatizada.

O ‘verde periquito’ Luciano Hang está sumido

Charge: Jota Camelo
Por Altamiro Borges


No julgamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) desta semana que aprovou novamente a inelegibilidade do “capetão” Jair Bolsonaro e declarou inelegível o general Braga Netto, o ministro Alexandre de Moares lembrou uma figura asquerosa que andava meio sumida. Sem citar o nome de Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, ele ironizou o “cabo eleitoral vestido com a sua tradicional vestimenta verde periquito para fazer campanha”.

quinta-feira, 2 de novembro de 2023

Multas de Bolsonaro passam de R$ 1,6 milhão

Charge: Zé Dassilva
Por Altamiro Borges


Após a nova condenação de inelegibilidade julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na terça-feira (31), o fascista Jair Bolsonaro (PL) foi às redes digitais reclamar da multa imposta de R$ 425,6 mil. De acordo com o jornal Estadão, “somando essa multa a outras já impostas ao ex-presidente, chega-se a um passivo de R$ 1.638.608,40 com a Justiça. Essas dívidas estão divididas entre a Justiça Eleitoral e a Justiça de São Paulo”.

O governador-forasteiro Tarcísio de Freitas (Republicanos) até tentou ajudar o seu dono. Ele enviou projeto de lei à Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) para anistiar o genocida que sabotou as medidas de prevenção durante a pandemia da Covid-19. O PL foi aprovado em 17 de outubro e beneficiou o “capetão” Jair Bolsonaro, que deixará de pagar mais de R$1,1 milhão aos cofres públicos.

Palestina e o dilema do presidente Lula

Por Ana Prestes, no site Vermelho:


Desde antes da posse para seu terceiro mandato, o presidente Lula deixou evidente sua preocupação com o sistema de governança global e a necessidade de uma reforma urgente. Tomei trechos de apenas quatro momentos em que ele abordou o tema em seus pronunciamentos internacionais:

“Voltamos para propor uma nova governança global. O mundo de hoje não é o mesmo de 1945. É preciso incluir mais países no Conselho de Segurança da ONU e acabar com o privilégio do veto, hoje restrito a alguns poucos, para a efetiva promoção do equilíbrio e da paz” (COP 27 no Egito, novembro de 2022).

“O hiato entre esses desafios e a governança global que temos continua crescendo. A falta de reforma do Conselho de Segurança é o componente incontornável do problema” (G7 no Japão, maio de 2023).

Ucrânia e Gaza, a paz no vácuo

Ilustração: Grant Jurius
Por Marcelo Zero, no site Viomundo

O ex-chanceler alemão Gerhard Schroeder confirmou, em entrevista recente ao jornal Die Zeitung, que um acordo para acabar com a guerra na Ucrânia esteve bem perto de ser alcançado, quando os negociadores se reuniram em Istambul, na primavera passada.

Este acordo previa o fim da “longa marcha” da Otan para o Leste, a neutralidade ucraniana, garantias de segurança internacional para ambas as partes do conflito e arranjos internos para reintegrar os territórios separatistas no Donbass.

No entanto, o acordo foi abandonado na última hora, por pressão direta dos EUA e Reino Unido sobre o governo ucraniano.

À época, o jornal ucraniano Ukrainskaya Pravda – insuspeito de qualquer apoio à Rússia – chegou a informar que um acordo de paz havia sido obtido, mas que fora abandonado, no último minuto, após a intervenção do então primeiro-ministro britânico Boris Johnson.

Após Braga Netto, falta o elo empresarial

Reprodução da internet
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Se for compartimentada, a estrutura do bolsonarismo estará bem representada pelos personagens alcançados até agora pelo sistema de Justiça. Mas está faltando, além do núcleo dos grandes chefes, um elo decisivo para o desmonte das bases do fascismo pós-2018.

Os instrumentadores, os operadores, os ajudadores, os prestativos, os financiadores dos níveis intermediários, os manés e os terroristas. Todos têm representantes enquadrados.

Já foram presos, muitos foram indiciados e já há condenados a até 17 anos de cadeia, quase todos por envolvimento com o golpe tabajara de 8 de janeiro.

Braga Netto, condenado pelo TSE e tornado inelegível, não foi alcançado por participação no golpismo, mas pelo uso ilegal da estrutura de Estado para propaganda de campanha no 7 de setembro.

O acórdão do STF e suas consequências

Charge: Mário/Contee
Por João Guilherme Vargas Netto


Agora que foi publicado o acórdão do STF que confirma a constitucionalidade da cobrança de uma taxa negocial a todos os trabalhadores (sindicalizados ou não) beneficiados pela convenção coletiva ou pelo acordo reunidos em assembleia, os dirigentes sindicais devem estudar com atenção o texto para melhor agirem, sem estardalhaço ou precipitação.

Uma contribuição relevante para tal comedimento é o Termo de Autorregulação das Centrais Sindicais – TACS – sobre a Contribuição Negocial, de 28/09/2023.

Ambos os documentos – o acórdão e o TACS – embora sejam, para nós, vantajosos, não eliminam a necessidade de uma estratégia coerente, ampla e efetiva, capaz de garantir na realidade das relações de trabalho e no Legislativo o objetivo almejado.

Braga Netto e Bolsonaro ficam inelegíveis

Governo Lula não deve ter ilusão com a mídia

Genocídio em Gaza e a cobertura da imprensa

O mercado quer a economia fraca