Editorial do site Vermelho:
O sucesso do 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) foi um acontecimento marcante nesses tempos de regressão civilizatória. O evento, realizado nas instalações da Universidade Nacional de Brasília, reuniu uma multidão de jovens, representando a diversidade cultural e geográfica brasileira, uma multiplicidade de cores e sotaques que retratou com fidelidade a cara e a coragem do povo brasileiro. Uma massa juvenil que desfilou pelo Congresso buscando a retomada da esperança de um país com justiça social e liberdades democráticas.
Esse espetáculo típico de um povo que traz na sua essência a singularidade da unidade na diversidade e a marca da luta por sua dignidade foi sem dúvida impulsionado pelas recentes marchas que contestaram a bestialidade do governo, que com suas mãos rapaces ousou atacar a mais sagrada instituição dessa juventude, que é a Educação. Era visível no rosto daquela massa juvenil e nas suas palavras de ordem a indignação com tamanha impostura, um atentado ao seu futuro e, consequentemente, o futuro do país.
Sem perder a ternura, como demonstrou o grau de unidade das forças políticas que participaram do Congresso, a juventude foi para o combate, denunciando a afronta do governo Bolsonaro à Educação - os ataques agora também se dão com o chamado projeto de autonomia financeira das universidades - e os seus arroubos trogloditas, uma postura condizente com o grau de polarização criado no país com os atropelos da extrema direita às conquistas civilizatórias, o arcabouço de direitos que formam a legislação democrática e social do país. Esse dado foi essencial para a atuação unitária do Congresso.
A compreensão de que o principal inimigo é o bolsonarismo se expressou também na “Carta de Brasília”, o documento que unificou as reivindicações do movimento estudantil, um compromisso de que a unidade seguirá nos combates sem trégua às políticas excludentes e de arrocho nas verbas da Educação. Já no próximo mês, conforme definiu o evento, haverá novas ondas de protestos, que tendem a ser uma sequência mais ampla e mais contundente do que as anteriores por estarem turbinadas pelas energias recarregadas no Congresso.
Essa sequência de combativas manifestações estudantis impulsiona as mobilizações populares, um ponto importante do combate ao projeto de poder e ao programa de governo do bolsonarismo. Com os estudantes deverão estar os trabalhadores, que também mostraram unidade nas manifestações deste ano, um processo que vai formando um amplo campo de resistência popular e democrático. À medida que o governo avança com a sua agenda, a polarização na sociedade se aprofunda, uma dinâmica decorrente do antagonismo que o governo Bolsonaro criou ao dar andamento ao seu projeto de poder.
Estabeleceu-se no país uma lógica de fazer do Estado um instrumento que tira recursos do povo para dar aos privilegiados que formam os nichos dos setores dominantes da sociedade, os detentores do despótico poder econômico. O próximo round dessa dicotomia será a retomada da votação da "reforma" da Previdência. Depois vem a venda do patrimônio nacional, a começar pelas refinarias da Petrobrás.
Os jovens são os principais interessados no combate a esse projeto de governo por serem os portadores do futuro do país. A juventude ocupa lugar de destaque no polo aglutinador de amplos setores na defesa do país e do povo.
Ela, mais do que ninguém, sente a dura realidade social, que reflete o modo como a sociedade brasileira está estruturada — por meio da violência, as classes dominantes preservam privilégios e impedem a migração social. Quem nasce em uma determinada posição, morre ali. E, na base dessa pirâmide, para muitos isso acontece cedo. Não importa o talento que se tem, nem o esforço que se faz. Mas o Congresso da UNE mostrou a determinação resistente dessa juventude que não desiste do futuro.
O sucesso do 57º Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) foi um acontecimento marcante nesses tempos de regressão civilizatória. O evento, realizado nas instalações da Universidade Nacional de Brasília, reuniu uma multidão de jovens, representando a diversidade cultural e geográfica brasileira, uma multiplicidade de cores e sotaques que retratou com fidelidade a cara e a coragem do povo brasileiro. Uma massa juvenil que desfilou pelo Congresso buscando a retomada da esperança de um país com justiça social e liberdades democráticas.
Esse espetáculo típico de um povo que traz na sua essência a singularidade da unidade na diversidade e a marca da luta por sua dignidade foi sem dúvida impulsionado pelas recentes marchas que contestaram a bestialidade do governo, que com suas mãos rapaces ousou atacar a mais sagrada instituição dessa juventude, que é a Educação. Era visível no rosto daquela massa juvenil e nas suas palavras de ordem a indignação com tamanha impostura, um atentado ao seu futuro e, consequentemente, o futuro do país.
Sem perder a ternura, como demonstrou o grau de unidade das forças políticas que participaram do Congresso, a juventude foi para o combate, denunciando a afronta do governo Bolsonaro à Educação - os ataques agora também se dão com o chamado projeto de autonomia financeira das universidades - e os seus arroubos trogloditas, uma postura condizente com o grau de polarização criado no país com os atropelos da extrema direita às conquistas civilizatórias, o arcabouço de direitos que formam a legislação democrática e social do país. Esse dado foi essencial para a atuação unitária do Congresso.
A compreensão de que o principal inimigo é o bolsonarismo se expressou também na “Carta de Brasília”, o documento que unificou as reivindicações do movimento estudantil, um compromisso de que a unidade seguirá nos combates sem trégua às políticas excludentes e de arrocho nas verbas da Educação. Já no próximo mês, conforme definiu o evento, haverá novas ondas de protestos, que tendem a ser uma sequência mais ampla e mais contundente do que as anteriores por estarem turbinadas pelas energias recarregadas no Congresso.
Essa sequência de combativas manifestações estudantis impulsiona as mobilizações populares, um ponto importante do combate ao projeto de poder e ao programa de governo do bolsonarismo. Com os estudantes deverão estar os trabalhadores, que também mostraram unidade nas manifestações deste ano, um processo que vai formando um amplo campo de resistência popular e democrático. À medida que o governo avança com a sua agenda, a polarização na sociedade se aprofunda, uma dinâmica decorrente do antagonismo que o governo Bolsonaro criou ao dar andamento ao seu projeto de poder.
Estabeleceu-se no país uma lógica de fazer do Estado um instrumento que tira recursos do povo para dar aos privilegiados que formam os nichos dos setores dominantes da sociedade, os detentores do despótico poder econômico. O próximo round dessa dicotomia será a retomada da votação da "reforma" da Previdência. Depois vem a venda do patrimônio nacional, a começar pelas refinarias da Petrobrás.
Os jovens são os principais interessados no combate a esse projeto de governo por serem os portadores do futuro do país. A juventude ocupa lugar de destaque no polo aglutinador de amplos setores na defesa do país e do povo.
Ela, mais do que ninguém, sente a dura realidade social, que reflete o modo como a sociedade brasileira está estruturada — por meio da violência, as classes dominantes preservam privilégios e impedem a migração social. Quem nasce em uma determinada posição, morre ali. E, na base dessa pirâmide, para muitos isso acontece cedo. Não importa o talento que se tem, nem o esforço que se faz. Mas o Congresso da UNE mostrou a determinação resistente dessa juventude que não desiste do futuro.
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