A imediata e ampla resposta à Medida Provisória (MP) nº 979, editada pelo presidente Jair Bolsonaro, que dá ao ministro da Educação, Abraham Weintraub, poder para escolher reitores de universidades e institutos federais durante a pandemia de coronavírus, dá bem a medida do quanto ela é autoritária.
O ministro passa a ter poder de intervenção nessas instituições, um ataque à autonomia universitária, típica prática de ditaduras. Uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin), assinada pelo PCdoB, PSB, PDT, PSOL, PT, Cidadania, Rede e PV, pede a suspensão imediata da MP.
O presidente repete o que outros tiranos já fizeram na história da República. Esse atentado à democracia é parte da escalada autoritária de Bolsonaro, do processo de sufocamento da democracia pelo bolsonarismo. Além de serem centro da produção de ciências e de conhecimento, de geração e difusão de cultura, foram e são baluartes da defesa da democracia.
O governo Bolsonaro tem as universidades como parte do que ele já classificou como “inimigo interno” a ser combatido, segundo a fantasia do seu governo pontos de disseminação do que chamam de “marxismo cultural”. Na verdade, ele age segundo sua ideologia obscurantista, que nega a ciência e repudia a cultura.
O ministro da Educação é a essência de tudo isso. Abraham Weintraub mostra com constância ser uma figura execrável, com comportamento autoritário e reacionário, defensor da anticiência e da anticultura.
A resposta contundente de amplos segmentos representativos da educação deve ser respaldada por ações do Congresso Nacional e de outros setores democráticos. A defesa da autonomia das universidades, pilares do desenvolvimento Nacional, se insere na ampla soma de forças contra o bolsonarismo e o seu autoritarismo.
0 comentários:
Postar um comentário