quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

'Folha', Alckmin e o vídeo das ocupações

Por Ivan Longo, na revista Fórum:

O jornal Folha de S. Paulo, que até semana passada chamava de “reorganização escolar” o fechamento de mais de 90 escolas imposto pelo governo do estado de São Paulo, adotou, agora, uma nomenclatura ainda mais sutil: “reforma de ciclos”. A adoção de um termo ou de outro, no entanto, passa longe de uma decisão que aparenta ser, senão uma blindagem, pelo menos uma flexibilidade em mudar seu direcionamento editorial de acordo com a ocasião. Poucas horas depois de uma visita do governador Geraldo Alckmin (PSDB) à redação do jornal, um vídeo sobre o dia a dia de algumas ocupações de estudantes que são contra a proposta do governo foi retirado do ar.

Impeachment: o risco e a libertação

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois de 12 anos de servidão ao poder para conservá-lo o PT fez o gesto que lhe pode custar a Presidência mas aponta para a sobrevivência política e a libertação, tanto do partido como da presidente Dilma, aparentemente jogada ao mar pela decisão petista de votar contra Eduardo Cunha no Conselho de Ética. O enfrentamento do processo de impeachment porá fim ao jogo de chantagem estabelecido por Cunha desde que, em fevereiro, derrotando o PT, conquistou a presidência da Câmara. Esta relação política degenerada produziu situações que muito contribuíram para aprofundar a própria crise econômica.

O pior dia para deflagrar o impeachment

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Há duas circunstâncias que levam ao impeachment: a perda total da base de apoio e a legitimidade do pedido. Nenhuma das duas circunstâncias está presente no momento.

Aliás, a grande notícia é a de que a presidente – e o país – livraram-se de um chantagista.

O papel da oposição é complexo. Por mais que a popularidade da presidente Dilma Roussef esteja em baixa, como justificar a aliança com um futuro réu condenado – e provavelmente preso – contra uma presidente sem nenhum respingo da corrupção levantada pela Lava Jato?

UNE rechaça imoralidade de Cunha

Do site da União Nacional dos Estudantes (UNE):

A presidenta da União Nacional dos Estudantes, Carina Vitral, pronunciou-se sobre a decisão do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que enfrenta processo de cassação no Congresso Nacional, em aceitar o pedido de impeachment contra Dilma Rousseff. Em declaração pelas redes sociais, ela afirmou que a medida é imoral e fruto de chantagem política.

“A aceitação do impeachment por Eduardo Cunha é imoral, sua admissibilidade é fruto de uma chantagem política e não terá apoio da UNE!.”, publicou em sua conta no microblog Twitter (@carina_une)

Cunha e a chantagem do impeachment

Por Jean Wyllys, em seu perfil no Facebook:

O senhor Eduardo Cosentino da Cunha acaba de entrar para a história política brasileira como uma das personalidades mais carecedoras de respeito que já pisaram o nosso parlamento. Não há muito a se esperar de uma personalidade que não hesita em mentir, chantagear, ameaçar, ocultar, usar o cargo em benefício próprio e tomar o Executivo, o Legislativo e a República toda de reféns para salvar sua própria pele. Mas a chantagem barata de Cunha agora há pouco, acolhendo o pedido de impeachment da Presidenta no momento em que percebeu a real possibilidade da cassação de seu mandato, vai além do que jamais suporia Maquiavel.

A violação dos direitos humanos na mídia

Por Érica Aragão, no site da CUT:

A unidade dos movimentos sociais é essencial para democratizar a comunicação.

Está é a afirmação das convidadas e convidados do debate “Discurso de ódio, regulação e democracia na mídia: como enfrentar o conservadorismo e as violações dos direitos humanos nos meios de comunicação” organizado pelo Fórum Nacional Pela Democratização da Comunicação (FNDC).

A atividade, que aconteceu na última sexta (27), fez parte da reunião ampliada do Conselho Deliberativo da realizada no último fim de semana, em São Paulo, no Centro de Estudos de Mídia Barão de Itararé, no auditório Vito Giannotti, local recém renomeado em homenagem ao grande militante pela democratização da Comunicação, falecido neste ano.

O povo nas ruas vai barrar o impeachment

Editorial do site Vermelho:

A Câmara dos Deputados já foi presidida por homens com alto sentido da função pública, da moralidade republicana, e da responsabilidade democrática. A lembrança de deputados do calibre e da honradez de Ulysses Guimarães ou Adauto Lúcio Cardoso se impõe. Eram políticos que colocavam os interesses do país, as exigências da democracia, e sua própria honra, acima de qualquer interesse pessoal.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Começa a batalha do impeachment

Por Miguel do Rosário, no blog O Cafezinho:

Eduardo Cunha, derrotado no conselho de ética, prestes a ser preso por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu acolher um dos pedidos de impeachment contra a presidenta Dilma.

O processo chega em hora difícil para a oposição. Hoje mesmo, ela - a oposição - acaba de sofrer fragorosa derrota na Câmara e no Senado.

O governo conseguiu aprovar, com larga maioria, a revisão da meta fiscal, o que contou, naturalmente, como uma contabilidade da força do governo no parlamento.

A guerra de verdade começou

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Num governo que parece condenado a só conseguir superar um problema quando já é possivel vislumbrar uma dificuldade maior pela frente, na tarde de hoje o Planalto festejou a aprovação de uma nova lei orçamentária pela folgadíssima vantagem de 360 votos contra 119.

Menos de 60 minutos depois, contudo, a poucos metros do plenário onde senadores e deputados aprovaram uma decisão que dará um fôlego indiscutível para Dilma Rousseff ("ela terá direito a um sono tranquilo", me disse um deputado do PT quando o mapa da votação já se mostrava favorável), o governo foi obrigado a encarar a notícia de que Eduardo Cunha resolveu acolher o pedido de impeachment formulado por Helio Bicudo e Miguel Reale Jr.

O Brasil pós-pedido de impeachment

Por Paulo Nogueira, no blog Diário do Centro do Mundo:

A melhor palavra para o que Eduardo fez hoje é a seguinte: palhaçada.

Não vai dar em nada. Não pode dar em nada. Mas Cunha conseguiu sujar ainda mais sua folha corrida ao acatar o pedido de impeachment de Dilma em circunstâncias patéticas.

Ele confirmou o que todos já sabiam: que vinha fazendo chantagem com o PT. Em troca da proteção do PT ele seguraria o pedido de impeachment.

PSDB volta aos braços de Cunha

Por Igor Felippe, no blog Viomundo:

O PT ganhou na loteria com a abertura do processo de impeachment da presidenta Dilma em meio à discussão sobre a cassação do mandato de Eduardo Cunha.

O PSDB, que chantageou Cunha, volta aos seus braços sem nenhuma cerimônia. Agora, o PSDB é Cunha.

Com isso, os campos ficam claros e o PT poderá fazer uma grande mobilização junto a diversos setores da sociedade, especialmente da juventude, em torno da bandeira do FORA CUNHA.

Brasil não pode ficar refém de Cunha

Por Ricardo Kotscho, no blog Balaio do Kotscho:

Pela quarta vez, foi adiada a sessão do Conselho de Ética da Câmara que vai votar a admissibilidade do processo contra Eduardo Cunha. Ficou para a próxima terça-feira. E assim que a bancada do PT anunciou, na tarde desta quarta-feira, que seus três deputados no conselho votarão contra Cunha e a favor da continuidade do processo, ele voltou a ameaçar com o impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Pedido de impeachment é boa notícia

Por Breno Altman, em seu blog:

Duas notícias alvissareiras vieram do Congresso Nacional.

A primeira delas foi a aprovação da nova meta fiscal, que destrava o orçamento da União.

A segunda foi a liberação de um dos pedidos de impeachment por Eduardo Cunha, em vingança contra a decisão do PT de votar pela continuidade de seu processo de cassação no Conselho de Ética.

Cunha desmoraliza processo de impeachment

Por Renato Rovai, em seu blog:

Eduardo Cunha ter aceitado o pedido de impeachment da presidenta Dilma depois de o PT ter anunciado que votaria contra ele no Conselho de Ética é a desmoralização total deste processo.

A oposição vai fazer de tudo para tirar essa marca, mas para Dilma não poderia haver um melhor cenário para que essa disputa se iniciasse.

Dilma, seu partido e seu governo terão todas as condições de demonstrar que isso só está acontecendo porque o presidente da Câmara quer se vingar por não ter tido do PT o aceite da chantagem que tentou operar.

Cunha, o ladrão flagrado, vinga-se em Dilma

Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Eduardo Cunha, perdido, dá seu abraço de afogado no país e aceitou o pedido do PSDB e do DEM – além dos revoltados & cia. – para abrir o processo de impeachment contra Dilma Rousseff.

Cunha, na iminência de perder seu mandato, resolveu ir para o hara-kiri.

Vivemos uma situação monstruosa: um ladrão público, pego em flagrante com suas contas no exterior, erigido em acusador de alguém que, à parte o apoio ou a crítica, não tem contra si uma acusação de desonestidade pessoal.

Dilma rechaça golpismo de Cunha

Argentina: a cara nova da velha direita

Por Vinícius Wu e Daniel Angelim, na revista Fórum:

No último domingo, um pouco antes das 10 horas da noite, Daniel Scioli abandonava o cenário montado em seu comando de campanha para, em um telefonema rápido, reconhecer a derrota ao seu oponente Mauricio Macri, líder do Cambiemos. Já na primeira manhã após o resultado, o conservador periódico La Nacion publicava um editorial criticando enfaticamente a punição de criminosos que agiram durante a ditadura naquele país. Na campanha, Macri havia anunciado o fim do “negócio” dos Direitos Humanos.

Pressão inviabiliza chantagem de Cunha

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Durante a terça-feira, 1 de dezembro de 2015, ocorreu um fenômeno no país que, ao fim e ao cabo, pode terminar mostrando que a democracia pode não ser lá uma maravilha, mas é o sistema que melhor funciona. A pressão da sociedade SEPULTOU uma chantagem asquerosa.

“Ocupamania” para ouvir, cantar e ocupar!

Do site da UJS:



Estudantes da Escola Estadual Professor Moacyr Campos, no bairro Jardim Aricanduva em São Paulo, gravaram um paródia da música “Monomania”, de Clarice Falcão, para falar sobre as ocupações das escolas estaduais de São Paulo em defesa da educação.

O PSDB e a Síndrome de Estocolmo em SP

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Maurício Moraes, na revista CartaCapital:

Em 1973, dois ladrões armados fizeram quatro reféns durante assalto a um banco na capital da Suécia. No segundo dia de forte cerco policial começou o inesperado - as vítimas criaram empatia e passaram a defender os seus algozes.

A história causou tamanho estranhamento que virou caso de estudo. Foi descrita como um sintoma psiquiátrico que ganhou o nome de Síndrome de Estocolmo.

Em São Paulo, após 21 anos de PSDB, de cartéis do metrô, educação em frangalhos, sigilo de documentos e seca nas torneiras, estaria a população do estado passando por crise semelhante?