sábado, 11 de março de 2017

Entra em campo o fator João Doria

Por Luis Nassif, no Jornal GGN:

Peça 1 – o desmonte global

A entrevista do filósofo francês Bernard Henri-Lévy ao Globo (https://goo.gl/nd52T8) reflete com algumas diferenças o que ocorre no Brasil de hoje.

Sua previsão é a de que os Estados democráticos rumam para o populismo e o niilismo, um clima similar ao da véspera da Primeira Guerra Mundial – não coincidentemente, período que testemunhou o fracasso da financeirização da economia global.

Em 1914, esse clima foi descrito como o “apocalipse alegre”, uma espécie de sonambulismo, a forma como as grandes democracias caminharam para sua destruição.

FGTS e o calote bilionário das empresas


Mais de 4,8 milhões trabalhadores com contas inativas do FGTS que nasceram em janeiro e fevereiro podem sacar o dinheiro a partir desta sexta-feira (10). Mas nem todos terão a mesma sorte.

A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional informa que mais de 7 milhões de trabalhadores e trabalhadoras não receberam os depósitos que teriam direito em contas do FGTS, ativas ou inativas.

Ao todo, o valor não pago pelas empresas chega a mais de R$ 24 bilhões – isso representa mais da metade do que será sacado pelos trabalhadores com a nova medida do governo, somando mais de R$ 43 bilhões de reais.

Clima de "suruba" toma conta de Brasília

Por André Barrocal, na revista CartaCapital:

Às vésperas do Carnaval, o líder do governo Michel Temer no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), soltou a língua ao comentar a ideia de os políticos perderem o direito de serem julgados apenas no Supremo Tribunal Federal (STF). Para ele, se o foro privilegiado acabar, juízes e procuradores deveriam ficar sem também. Motivo: “Suruba é suruba”.

Suruba é a palavra perfeita para descrever Brasília atualmente. Os poderosos perderam o pudor, o ambiente é de alegre promiscuidade. Dizem o que pensam e defendem para o País, sem vergonha de parecerem machistas, elitistas, hipócritas, espertalhões. E ainda mergulham em conchavos para salvar a pele de todos e dos amigos contra a Operação Lava Jato.

As ferramentas de espionagem da CIA

Por Nika Knight, no site Carta Maior:

O WikiLeaks, na terça-feira, divulgou uma coleção de documentos da CIA chamados pela expert em segurança, Jessalyn Radack, como “na mesma categoria, os maiores vazamentos de informações confidenciais pelos denunciantes Chelsea Manning e Edward Snowden”.

De fato, o próprio Snowden descreveu o vazamento como “realmente, uma grande preocupação” no Twitter. “Parece autêntico” adicionou o denunciante da Agência de Segurança Nacional (NSA). O New York Times também descreveu a autenticidade dos documentos como “provável”.

O Times ainda descreveu as revelações bombásticas incluídas nos documentos vazados:


Após jantar com Temer, Renan ataca

Por Tereza Cruvinel, em seu blog:

Depois de jantar com Michel Temer, o líder do PMDB na casa, Renan Calheiros, segue insatisfeito com o governo e aprofundou suas críticas às reformas em conversa com o 247. Já tendo criticado o “exagero” da reforma previdenciária, ele atacou também a reforma trabalhista: “Vamos aprovar as reformas mas vamos qualificá-las. Na trabalhista, a CLT não pode ser culpada pela falta de produtividade da economia brasileira, que tem muitas outras causas. Não podemos precarizar as relações trabalhistas a um ponto tal, permitindo que o mercado passe o trator sobre os direitos e garantias erigidos com uma grande contribuição do PMDB. Uma coisa é o governo, outra coisa é o PMDB”, disse Renan.

'Folha' golpista demite Guilherme Boulos

Editorial do site Jornalistas Livres:

A “Folha de S.Paulo” demitiu hoje o coordenador do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), Guilherme Boulos, que há dois anos mantinha uma coluna semanal no site do jornal.

A data da demissão coincide com a estrondosa vitória do MTST, que manteve sob sol e chuva, por 22 dias, um incrível acampamento no endereço mais valioso da cidade, a avenida Paulista. Pressionada, a Presidência da República concedeu a retomada as contratações do programa Minha Casa Minha Vida na faixa 1, para famílias com renda até R$ 1,8 mil, e comprometeu-se com a construção de 35.000 novas moradias populares.

Wikileaks revela: vigilância virou banal

Por Jefferson Morley, no site Outras Palavras:

A última bomba do Wikileaks, apelidada Vault 7, é relevante por várias razões. A coleção de 8.761 documentos e arquivos não se limita a mostrar aos cidadãos como a agência faz para espioná-los, capturando seus telefones móveis e aparelhos de TV, driblando dispositivos de antivirus e de criptografia. Ela também chama atenção para os inesperados perigos que a guerra cibernética da CIA representa par os cidadãos - inclusive norte-americanos.

Caixa 2 e as 'verdades alternativas' do PSDB

Por Jeferson Miola

O PSDB iniciou um movimento sincronizado para legalizar o caixa 2. A estratégia começou com o comunicado oficial de 3/3/2017, escrito e publicado por FHC para defender Aécio Neves da acusação de ter pedido – e recebido – R$ 9 milhões em caixa 2 da Odebrecht na eleição de 2014.

Desdizendo aquilo que dizia no passado, que “caixa 2 é um crime grave”, agora FHC passou a dizer que caixa 2 é apenas um “erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido”.

Para FHC, as denúncias de pagamento de propinas ao Aécio não passam de “verdades alternativas” usadas para a “desmoralização de pessoas” – sabe-se lá o que esta falácia significa.

A vaia a Temer no Rio São Francisco

sexta-feira, 10 de março de 2017

Supermercado Temer: ofertas imperdíveis

FHC e os crimes perfeitos!

Meirelles ameaça cortar programas sociais

Do site Vermelho:

Diante da resistência à Reforma da Previdência, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, decidiu adotar a mesma estratégia levada adiante pelo PMDB: o terrorismo. Nesta quarta-feira (8), em tom de ameaça, ele afirmou que o governo pode promover cortes em programas sociais e em investimentos, se o Congresso não aprovar o projeto com mudanças na Previdência.

"Certamente vai ter que ser cortada muita coisa, programa social, investimento [se a reforma da Previdência não for aprovada]", disse o ministro, em evento em Brasília. Meirelles não descartou também o aumento de impostos.

A jovem Gabriela e a reforma da Previdência

Por Carina Vitral, no site da Frente Brasil Popular:

Gabriela tem 16 anos. É uma entre tantas estudantes brasileiras, negra, moradora da periferia, aluna do ensino médio em uma escola da rede pública em alguma cidade do país. Com Gabriela, o estado brasileiro já está falhando desde o começo da sua vida. O bairro onde nasceu é afastado sem condições básicas de moradia, infraestrutura, saneamento, iluminação. O posto de saúde que atende à sua comunidade nunca teve médicos nem remédios suficientes. O transporte público até a sua casa é caro e de péssima qualidade. A segurança pública por lá não existe. Policiamento só de vez em quando e, por via de regra, para intimidar causar mais medo que segurança.

Noblat, Reinaldo e a fúria palavrosa

http://ajusticeiradeesquerda.blogspot.com.br/
Por Fernando Brito, no blog Tijolaço:

Ricardo Noblat coloca em seu blog uma defesa tardia ante a condenação que sofreu por danos morais a Renan Calheiros.

Reinaldo Azevedo, em sua coluna na Folha, faz a constatação tardia de que os ladrões-delatores, “riem, vestidos de branco, livres, leves e soltos, como numa propaganda de absorvente higiênico” e, enquanto esperam o próximo governo, “saboreiam as batatas que Sérgio Moro lhes garantiu”.

Ainda que discorde da forma que Noblat escolheu para criticar Renan, chamando-o, num só artigo, com truques de estilo, de “mentiroso, patife, corrupto, pervertido, depravado, velhaco, pusilânime, covarde”, como regista a sentença da ministra Nancy Andrighi, do STJ, não posso deixar de registar que pagar R$ 142 mil a Renan Calheiros é pena exagerada, ainda mais que sem o obrigar a retirar do ar, como não o fez, a catarata de insultos.

Doria aumenta acidentes nas marginais

Por Eduardo Guimarães, no Blog da Cidadania:

Como a mídia não informa corretamente os dados preliminares divulgados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) da capital paulista, que indicam um aumento de mais de 50% no número de acidentes com vítimas nas marginais Tietê e Pinheiros nos 30 dias após determinação do prefeito João Doria de aumentar o limite de velocidade nas vias, o Blog da Cidadania divulga a informação correta.

A mudança, adotada no dia 25 de janeiro, fixou a velocidade máxima nas pistas expressas em 90 km/h, revertendo a redução para 70 km/h implantada pelo governo anterior.

Atletiba no Face e o monopólio da Globo

Por Eduardo Jenisch Barbosa, no blog Socialista Morena:

Conhecido como “o país do samba e futebol”, o Brasil assistiu ambos serem privatizados pela Rede Globo ao longo dos anos. A transmissão do desfile das escolas de samba é exclusivo da TV dos Marinho, que dita todas as normas, desde o horário de início até o tempo de duração do desfile de cada escola. E não é exagero falar que a emissora do Plim-Plim é a dona do futebol brasileiro, mandando mais que a própria Confederação Brasileira de Futebol.

Uma das injustiças impostas pela Globo ao futebol brasileiro é o chamado sistema de cotas pagas aos clubes pelos direitos de transmissão. Esta temporada marca o segundo ano do atual triênio do contrato firmado pelos clubes do Campeonato Brasileiro com a Rede Globo de Televisão. Este vínculo que dura até 2018 causa apreensão nos amantes do futebol. Pelo menos é o caso de quem quer ver o futebol nacional sendo disputado de forma justa e competitiva. E justiça, definitivamente, não está incluída na divisão deste bolo.

Lições da ruína da Alstom para a Petrobras

Por Paulo Moreira Leite, em seu blog:

Para a maioria dos brasileiros, a palavra Alston recorda denúncias de contratos superfaturados e licitações marotas promovidas por governadores do PSDB. Na vida dos franceses, o destino da Alston, uma das antigas glórias do capitalismo de Estado erigido no país no pós-Guerra, é sinônimo de uma investigação do Departamento de Justiça do governo dos Estados Unidos, entre 2012 e 2014, que guarda semelhanças impressionantes com a Petrobras, devassada pela Lava Jato e esquartejada em plena luz do dia pelo governo Temer. Em dezembro de 2014, o setor mais lucrativo da Alston, a área de energia, mudou de mãos. Foi adquirido pela General Eletric, gigante norte-americano que, com a transação, consolidou sua posição hegemônica no mercado mundial.

Rodrigo Maia desdenha Justiça do Trabalho

Por Leonardo Sakamoto, em seu blog:

Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados e codinome ''Botafogo'' na lista de pagamentos da Odebrecht, retirou o resto do tapa-sexo que mantinha uma certa aura de pudor hipócrita no Congresso Nacional e deixou claro que, se depender dele, direitos trabalhistas e o bom funcionamento do mercado de trabalho serão peça de museu.

Quando um político – que, na ausência de Michel Temer, assume a Presidência da República – afirma que ''o excesso de regras no mercado de trabalho gerou 14 milhões de desempregados'' e, pior, que a ''Justiça do Trabalho não deveria nem existir'', pode ter certeza que o apocalipse está próximo.

A guerra entre a família Bolsonaro e o MBL

Por Mauro Donato, no blog Diário do Centro do Mundo:

Em 2014 e 2015 era tudo uma coisa só. Bolsonaro pai subia para discursar em caminhões do MBL (Movimento Brasil Livre) e fazia selfies com adoradores do Revoltados OnLine que por sua vez abraçavam amigos do Vem Pra Rua e eram todos seguidores de Reinaldo Azevedo.

Tudo por um impeachment. O tempo passou, o impeachment também e o caldo entornou para os ‘movimentos’ que iam até Brasília bajular Eduardo Cunha.

Já no primeiro mês de 2016, Kim Kataguiri, power ranger do MBL, passou a criticar Jair Bolsonaro. Levou o troco. Reinaldo Azevedo saiu em defesa do franzino líder e colega de jornal.

Tabapuã Pappers: empresas de Yunes e Mabel

Por Renato Rovai, em seu blog:

Depois que as investigações da Polícia Federal revelaram que empresas da família de José Yunes repassaram mais de R$ 1 milhão a companhias de fachada do doleiro Adir Assad, o melhor amigo de Michel Temer se apressou em afirmar que não tinha qualquer relação com Assad ou as empresas dele.

Uma reação bem diferente da que vem tendo em relação às notas relativas ao Tabapuã Pappers, que já ensejaram várias matérias neste blogue.

No entanto, os negócios pouco republicanos de Assad parecem estar bem mais próximos de Yunes do que ele admite.