Por Luis Nassif, no Jornal GGN:
Peça 1 – o desmonte global
A entrevista do filósofo francês Bernard Henri-Lévy ao Globo (https://goo.gl/nd52T8) reflete com algumas diferenças o que ocorre no Brasil de hoje.
Sua previsão é a de que os Estados democráticos rumam para o populismo e o niilismo, um clima similar ao da véspera da Primeira Guerra Mundial – não coincidentemente, período que testemunhou o fracasso da financeirização da economia global.
Em 1914, esse clima foi descrito como o “apocalipse alegre”, uma espécie de sonambulismo, a forma como as grandes democracias caminharam para sua destruição.
Hoje em dia, a esquerda francesa destruiu seus dois candidatos mais consistentes (Françoise Hollande e Manuel Valls”. A direita destruiu sucessivamente seus três candidatos: Nicolas Sarkozy, Alain Juppé e François Fillon.
Deixaram o campo aberto para a extrema direita.
A lógica política, segundo Lévy é que a esquerda sustenta o muro de valores, mas o que segura o fascismo é a direita democrática. E esse bastião liberal está prestes a ruir na França.
Não se pode colocar toda a esquerda no mesmo baú, diz ele. Na América Latina, há uma esquerda respeitável, representada por Lula, e um tipo populista, “adulando os baixos instintos”, como Hugo Chávez. Na França, diz ele, o mérito de François Miterrand, François Hollande e Manuel Valls foi começar a operar essa quebra na frente das esquerdas, entre a esquerda democrática e a totalitária.
Já o populismo de direita, segundo ele, decorre de uma fadiga de democracia, de um ódio das elites. O populismo é o fim do populus e o triunfo da turba, diz ele.
Lévy atribui a vitória de Donald Trump a um movimento de caráter mundial, a revolução das ideias simples, dos que buscam bodes expiatórios, dos racistas, das pessoas que desprezam a democracia. Menciona a pós-verdade, os chamados “fatos alternativos”. Há uma situação filosófica nova, da mentira e a verdade terem o mesmo status. E total desconfiança em relação aos sábios, aos atores políticos, aos partidos. “Estamos em uma época em que repudiar as elites pode se tornar mais desejável para um povo do que assegurar sua prosperidade”, diz ele.
Percebe ele um forte crescimento do antissemitismo, inclusive dentre os seguidores de Trump. O slogan de Trump, “Estados Unidos primeiro”, foi tirado do movimento fascista nos EUA de 1940, liderado pelo aviador Charles Lindenberg.
O mesmo sentimento de desmonte, que vivemos no Brasil, vive-se na Europa. Lévy vê a Europa se desfazendo e todas as figuras decentes da política europeia sendo demolidas. O grande erro dos europeus, diz ele, foi o de pensar que a Europa era irreversível, aliás, sentimento similar aos que jamais imaginaram que o Brasil poderia regredir tanto em tão pouco tempo.
Peça 2 – o fator Doria
Nesse cenário globalmente confuso, a pré-estreia da lista da Odebrecht já promoveu um corte definitivo na política brasileira: o fim do revezamento tucano em torno de três lideranças, José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves.
A blindagem do Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot poderá livrar os três caciques do PSDB dos processos criminais. Politicamente, esta semana marcou o seu fim e o nascimento precoce da candidatura de João Dória Jr para a presidência.
Dória é um enorme upgrade no jeito tucano de fazer política. Talvez seja o representante máximo desse espírito yuppie que tomou conta das novas gerações empresariais, do Ministério Público Federal, de parte das corporações públicas e do Judiciário. É só conferir o deslumbramento com que o juiz Sérgio Moro acolhia seus convites.
Ele tem várias vantagens sobre os caciques históricos do PSDB.
Puro-sangue da modernidade
Serra, Alckmin e Aécio jamais conseguiram desempenhar o papel de político sofisticado, que Fernando Henrique conseguia, mesmo com seu discurso raso, bem de acordo com esses tempos de superficialidade.
Na campanha à presidência, Serra chegou a desempenhar o papel do Beato Salú, com suas citações da Bíblia e discursos contra o aborto. Alckmin jamais conseguiu se livrar da imagem provinciana de prefeito do interior. Enquanto Aécio perdeu totalmente a imagem do jovem líder moderno, para ceder lugar ao do play-boy hipócrita.
Doria não, é o almofadinha em estado puro, não mais representante das grandes estirpes empresariais paulistas – das quais Serra sempre foi o porta-voz -, mas do reino dos CEOs e um empreendedor bem sucedido.
Não se subestime o espaço que conquistou nessa área. Sua empresa, a LIDE, multiplicou-se em uma infinidade de LIDEs setoriais e regionais, cooptando grandes lideranças de todos os setores, do industrial ao agronegócio. Com grande competência, Dória montou uma espécie de franquia da LIDE, inclusive com filiais em vários países da América Latina, cada qual com um conselho presidido por uma liderança representativa. E, inicialmente, explorando apenas o ego do seu público, o status que o executivo ganhava frequentando o clube das estrelas.
A liderança sobre os CEOs facilita o uso do poder de fogo publicitário das empresas para os veículos aliados. É só conferir a maneira como o iG mudou sua linha editorial logo após firmar acordo com Dória.
Além disso, lhe dá condições de uma linha direta com CEOs de vários setores e de vocalizar as demandas e interesses setoriais. Se alguém se escandaliza com o mercadismo dos novos cristãos – Temer e companhia – não viu nada ainda.
Peça 3 – projeto de país ou marketing?
Nos próximos meses, se verá movimentos simultâneos:
1. Do lado direito, uma corrida de tucanos e aliados para se aboletarem no barco de Dória.
2. Do lado esquerdo, a tentativa de recuperar a autoestima nacional em torno de Lula e a lembrança dos bons tempos.
Não é pouca coisa que está em jogo. Dória não tem a menor noção sobre a construção de países, sobre os reflexos de suas políticas anti-sociais na criminalidade, na insegurança social, sobre a relevância do Estado no financiamento da inovação, da educação, saúde. É um Luís Roberto Barroso sem índice remissivo e notas de rodapé.
Com a convicção dos puros-sangues, trará um discurso muito mais radical do que aquele ousado pelos três caciques depenados do tucanato. De seu sucesso ou fracasso sairá o grande adversário da dupla Lula-Ciro: se Dória ou Bolsonaro.
Peça 1 – o desmonte global
A entrevista do filósofo francês Bernard Henri-Lévy ao Globo (https://goo.gl/nd52T8) reflete com algumas diferenças o que ocorre no Brasil de hoje.
Sua previsão é a de que os Estados democráticos rumam para o populismo e o niilismo, um clima similar ao da véspera da Primeira Guerra Mundial – não coincidentemente, período que testemunhou o fracasso da financeirização da economia global.
Em 1914, esse clima foi descrito como o “apocalipse alegre”, uma espécie de sonambulismo, a forma como as grandes democracias caminharam para sua destruição.
Hoje em dia, a esquerda francesa destruiu seus dois candidatos mais consistentes (Françoise Hollande e Manuel Valls”. A direita destruiu sucessivamente seus três candidatos: Nicolas Sarkozy, Alain Juppé e François Fillon.
Deixaram o campo aberto para a extrema direita.
A lógica política, segundo Lévy é que a esquerda sustenta o muro de valores, mas o que segura o fascismo é a direita democrática. E esse bastião liberal está prestes a ruir na França.
Não se pode colocar toda a esquerda no mesmo baú, diz ele. Na América Latina, há uma esquerda respeitável, representada por Lula, e um tipo populista, “adulando os baixos instintos”, como Hugo Chávez. Na França, diz ele, o mérito de François Miterrand, François Hollande e Manuel Valls foi começar a operar essa quebra na frente das esquerdas, entre a esquerda democrática e a totalitária.
Já o populismo de direita, segundo ele, decorre de uma fadiga de democracia, de um ódio das elites. O populismo é o fim do populus e o triunfo da turba, diz ele.
Lévy atribui a vitória de Donald Trump a um movimento de caráter mundial, a revolução das ideias simples, dos que buscam bodes expiatórios, dos racistas, das pessoas que desprezam a democracia. Menciona a pós-verdade, os chamados “fatos alternativos”. Há uma situação filosófica nova, da mentira e a verdade terem o mesmo status. E total desconfiança em relação aos sábios, aos atores políticos, aos partidos. “Estamos em uma época em que repudiar as elites pode se tornar mais desejável para um povo do que assegurar sua prosperidade”, diz ele.
Percebe ele um forte crescimento do antissemitismo, inclusive dentre os seguidores de Trump. O slogan de Trump, “Estados Unidos primeiro”, foi tirado do movimento fascista nos EUA de 1940, liderado pelo aviador Charles Lindenberg.
O mesmo sentimento de desmonte, que vivemos no Brasil, vive-se na Europa. Lévy vê a Europa se desfazendo e todas as figuras decentes da política europeia sendo demolidas. O grande erro dos europeus, diz ele, foi o de pensar que a Europa era irreversível, aliás, sentimento similar aos que jamais imaginaram que o Brasil poderia regredir tanto em tão pouco tempo.
Peça 2 – o fator Doria
Nesse cenário globalmente confuso, a pré-estreia da lista da Odebrecht já promoveu um corte definitivo na política brasileira: o fim do revezamento tucano em torno de três lideranças, José Serra, Geraldo Alckmin e Aécio Neves.
A blindagem do Procurador Geral da República (PGR) Rodrigo Janot poderá livrar os três caciques do PSDB dos processos criminais. Politicamente, esta semana marcou o seu fim e o nascimento precoce da candidatura de João Dória Jr para a presidência.
Dória é um enorme upgrade no jeito tucano de fazer política. Talvez seja o representante máximo desse espírito yuppie que tomou conta das novas gerações empresariais, do Ministério Público Federal, de parte das corporações públicas e do Judiciário. É só conferir o deslumbramento com que o juiz Sérgio Moro acolhia seus convites.
Ele tem várias vantagens sobre os caciques históricos do PSDB.
Tomar a parte pelo todo
A estratégia anti-Estado do PSDB pós-Mário Covas abriu mão de qualquer forma de massificação de direitos sociais. Como conquistar eleitores?
1- Vendendo a ideia de que menos Estado significa mais eficiência.
2- Criando factoides, alguns projetos pilotos e batendo bumbo, como se a fração representasse o todo.
A realidade das grandes metrópoles e, especialmente, do Estado nacional, é muito complexa para poder ser entendida pelo cidadão médio. A maneira de medir desempenho são os grandes indicadores sociais e econômicos. Mas o Homer Simpsons não se fixa em indicadores, em estatísticas, em metas de desempenho.
Essa ignorância ampla facilita bastante o trabalho de indução da mídia: para construir reputações basta bater bumbo em cima de uma série de projetos restritos, irrelevantes para o resultado final do setor, mas muito mais palpável do que os indicadores sociais. Para destruir, difundir as exceções negativas como se fossem a regra.
Esse recurso foi exaustivamente explorado pela mídia. Serra era um campeão nesses factoides até assumir o governo de São Paulo e, com os holofotes sobre ele, demonstrar sua inapetência para a gestão.
Para destruir, basta lembrar o início das ciclovias em São Paulo. As notícias nas rádios e jornais eram exclusivamente sobre acidentes isolados com ciclistas ou então com trechos com algumas imperfeições.
Ou então o trabalho de organização da Copa do Mundo. Foi um trabalho exemplar, elogiado globalmente. Havia inúmeros serviços a serem divulgados, os planos de segurança, de saúde, de trânsito, articulados nacionalmente pelas secretarias metropolitanas, as obras dos aeroportos e estádios. Com esse manancial enorme, nada foi feito pelo então Ministro dos Esportes Aldo Rabelo ou pela presidência da República. Os jornais ganharam a batalha da desinformação com pouco esforço: colocando em dúvida a entrega das obras, realçando o que não foi feito (a enorme gama de projetos de infraestrutura que, sabe-se lá porque, Dilma incluiu no pacote da Copa), a falta de sabonete no banheiro do estádio recém-inaugurado e outras insignificâncias.
Eficiente na desconstrução da imagem dos adversários, a mídia jamais conseguiu se valer desse princípio na construção de imagens de seus aliados pela absoluta falta de imaginação de Serra, Alckmin e Aécio.
É nesse sentido que Dória representa um upgrade.
Dória faz esse jogo melhor do que ninguém, com uma grande habilidade para se valer das redes sociais – algo que nem Dilma, nem Haddad souberam fazer, apesar do custo quase irrelevante. Divulgar uma reunião do prefeito com seu secretariado, uma ordem para acordarem cedo, ou uma recomendação besta qualquer, vale mais – para a opinião pública média – do que os avanços de um Plano Diretor ou de uma visão humanizada de cidade. É a era da desmoralização de todo saber técnico, alerta Lévy.
Há dúvidas sobre a intensidade do uso desses factoides por Doria. A velocidade imprimida não é a de quem pretende ficar quatro anos no cargo. Em quatro anos, os factoides cansariam. Depois de algum tempo, a opinião pública se daria conta de que os factoides não melhoraram o trânsito, há sinais de um colapso na limpeza pública, as promessas de campanha não serão cumpridas.
Para prazos menores, pode dar certo. O horizonte de Dória é 2017, véspera de 2018.
A estratégia anti-Estado do PSDB pós-Mário Covas abriu mão de qualquer forma de massificação de direitos sociais. Como conquistar eleitores?
1- Vendendo a ideia de que menos Estado significa mais eficiência.
2- Criando factoides, alguns projetos pilotos e batendo bumbo, como se a fração representasse o todo.
A realidade das grandes metrópoles e, especialmente, do Estado nacional, é muito complexa para poder ser entendida pelo cidadão médio. A maneira de medir desempenho são os grandes indicadores sociais e econômicos. Mas o Homer Simpsons não se fixa em indicadores, em estatísticas, em metas de desempenho.
Essa ignorância ampla facilita bastante o trabalho de indução da mídia: para construir reputações basta bater bumbo em cima de uma série de projetos restritos, irrelevantes para o resultado final do setor, mas muito mais palpável do que os indicadores sociais. Para destruir, difundir as exceções negativas como se fossem a regra.
Esse recurso foi exaustivamente explorado pela mídia. Serra era um campeão nesses factoides até assumir o governo de São Paulo e, com os holofotes sobre ele, demonstrar sua inapetência para a gestão.
Para destruir, basta lembrar o início das ciclovias em São Paulo. As notícias nas rádios e jornais eram exclusivamente sobre acidentes isolados com ciclistas ou então com trechos com algumas imperfeições.
Ou então o trabalho de organização da Copa do Mundo. Foi um trabalho exemplar, elogiado globalmente. Havia inúmeros serviços a serem divulgados, os planos de segurança, de saúde, de trânsito, articulados nacionalmente pelas secretarias metropolitanas, as obras dos aeroportos e estádios. Com esse manancial enorme, nada foi feito pelo então Ministro dos Esportes Aldo Rabelo ou pela presidência da República. Os jornais ganharam a batalha da desinformação com pouco esforço: colocando em dúvida a entrega das obras, realçando o que não foi feito (a enorme gama de projetos de infraestrutura que, sabe-se lá porque, Dilma incluiu no pacote da Copa), a falta de sabonete no banheiro do estádio recém-inaugurado e outras insignificâncias.
Eficiente na desconstrução da imagem dos adversários, a mídia jamais conseguiu se valer desse princípio na construção de imagens de seus aliados pela absoluta falta de imaginação de Serra, Alckmin e Aécio.
É nesse sentido que Dória representa um upgrade.
Dória faz esse jogo melhor do que ninguém, com uma grande habilidade para se valer das redes sociais – algo que nem Dilma, nem Haddad souberam fazer, apesar do custo quase irrelevante. Divulgar uma reunião do prefeito com seu secretariado, uma ordem para acordarem cedo, ou uma recomendação besta qualquer, vale mais – para a opinião pública média – do que os avanços de um Plano Diretor ou de uma visão humanizada de cidade. É a era da desmoralização de todo saber técnico, alerta Lévy.
Há dúvidas sobre a intensidade do uso desses factoides por Doria. A velocidade imprimida não é a de quem pretende ficar quatro anos no cargo. Em quatro anos, os factoides cansariam. Depois de algum tempo, a opinião pública se daria conta de que os factoides não melhoraram o trânsito, há sinais de um colapso na limpeza pública, as promessas de campanha não serão cumpridas.
Para prazos menores, pode dar certo. O horizonte de Dória é 2017, véspera de 2018.
Puro-sangue da modernidade
Serra, Alckmin e Aécio jamais conseguiram desempenhar o papel de político sofisticado, que Fernando Henrique conseguia, mesmo com seu discurso raso, bem de acordo com esses tempos de superficialidade.
Na campanha à presidência, Serra chegou a desempenhar o papel do Beato Salú, com suas citações da Bíblia e discursos contra o aborto. Alckmin jamais conseguiu se livrar da imagem provinciana de prefeito do interior. Enquanto Aécio perdeu totalmente a imagem do jovem líder moderno, para ceder lugar ao do play-boy hipócrita.
Doria não, é o almofadinha em estado puro, não mais representante das grandes estirpes empresariais paulistas – das quais Serra sempre foi o porta-voz -, mas do reino dos CEOs e um empreendedor bem sucedido.
Não se subestime o espaço que conquistou nessa área. Sua empresa, a LIDE, multiplicou-se em uma infinidade de LIDEs setoriais e regionais, cooptando grandes lideranças de todos os setores, do industrial ao agronegócio. Com grande competência, Dória montou uma espécie de franquia da LIDE, inclusive com filiais em vários países da América Latina, cada qual com um conselho presidido por uma liderança representativa. E, inicialmente, explorando apenas o ego do seu público, o status que o executivo ganhava frequentando o clube das estrelas.
A liderança sobre os CEOs facilita o uso do poder de fogo publicitário das empresas para os veículos aliados. É só conferir a maneira como o iG mudou sua linha editorial logo após firmar acordo com Dória.
Além disso, lhe dá condições de uma linha direta com CEOs de vários setores e de vocalizar as demandas e interesses setoriais. Se alguém se escandaliza com o mercadismo dos novos cristãos – Temer e companhia – não viu nada ainda.
Insensibilidade social
Nesses tempos de desmoralização da política, Dória consegue casar a imagem almofadinha com a do executivo durão, que age sobre moradores de rua, não dá trégua a pichadores, corta programas sociais, educação, brandindo um duvidoso discurso da meritocracia, ineficaz para resolver problemas nacionais, mas eficaz junto ao Homer Simpsons.
Nesses tempos de desmoralização da política, Dória consegue casar a imagem almofadinha com a do executivo durão, que age sobre moradores de rua, não dá trégua a pichadores, corta programas sociais, educação, brandindo um duvidoso discurso da meritocracia, ineficaz para resolver problemas nacionais, mas eficaz junto ao Homer Simpsons.
Peça 3 – projeto de país ou marketing?
Nos próximos meses, se verá movimentos simultâneos:
1. Do lado direito, uma corrida de tucanos e aliados para se aboletarem no barco de Dória.
2. Do lado esquerdo, a tentativa de recuperar a autoestima nacional em torno de Lula e a lembrança dos bons tempos.
Não é pouca coisa que está em jogo. Dória não tem a menor noção sobre a construção de países, sobre os reflexos de suas políticas anti-sociais na criminalidade, na insegurança social, sobre a relevância do Estado no financiamento da inovação, da educação, saúde. É um Luís Roberto Barroso sem índice remissivo e notas de rodapé.
Com a convicção dos puros-sangues, trará um discurso muito mais radical do que aquele ousado pelos três caciques depenados do tucanato. De seu sucesso ou fracasso sairá o grande adversário da dupla Lula-Ciro: se Dória ou Bolsonaro.
2 comentários:
Doria não tem estofo para a Presidência e nem um jargão próprio, nada que não se possa conseguir com um bom marqueteiro pago com gordas propinas secretas, no que o PSDB eh especialista. Mas, se isto acontecer, Doria na Presidência, o Brasil estarah muito próximo de alcançar o estagio dos Estados Unidos, que nesta altura já terão regredidos metade do caminho. E entao teremos os dois países no mesmo estagio democrático-civilizatório.
e com o doente do moro condenando o lula,caminho livre para a imprensa(sim Dória é da imprensa),destruir de vez o brasil.
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