quinta-feira, 14 de julho de 2022

Bolsonaro tenta justificar um crime político

Charge: Venes
Por Fernando Brito, em seu blog:

Deplorável o gesto de Jair Bolsonaro ao mandar um emissário – o deputado Otoni de Paula, fanático notório – ir procurar irmãos de Marcelo Arruda, o dirigente petista de Foz do Iguaçu, para falar contra o que seria uma “exploração” do PT pelo fato de um policial, aos gritos bolsonaristas, assassiná-lo a tiros em uma festa de aniversário onde ele exibia, alegremente, sua opção política.

A sujeira de Bolsonaro vai ao ponto de explorar dissensões familiares – os irmãos seriam simpáticos a Bolsonaro – para atribuir ao PT uma exploração do crime, quando o próprio morto trajava uma camisa com a imagem de Lula, certamente o alvo de seu assassino.

O que fazer para eleger Lula

Encontro com trabalhadores da cultura de Brasília (13/7/22)
Foto: Ricardo Stuckert
Por Frei Betto, no site do MST:


Há muitas razões para votar em Lula para presidente. A principal é tirar Bolsonaro do Planalto e reconstruir o Brasil demolido por essa aliança milicianos-centrão-fundamentalistas religiosos-fanáticos neofascistas-elite gananciosa.

Não há que cantar vitória antes do tempo. Nada garante que Lula será eleito e, se eleito, que tomará posse. Ameaças de golpe pairam sobre a nação. E só há uma maneira de evitar essas graves ameaças à democracia: nossa mobilização!

O que fazer? Aqui enumero várias sugestões:

1. Em suas redes digitais, organize Comitês Lula Presidente. Contate 5 pessoas, cada uma delas formará outro Comitê de 5 pessoas, e assim se fará a multiplicação geométrica. Nesses contatos, mantenha informações que reforcem a candidatura Lula e enfraqueçam, sempre mais, as candidaturas dos que são apoiados por milicianos.

Memória e história da luta operária

Por João Guilherme Vargas Netto


A luta secular dos trabalhadores tem seus heróis, os combatentes, os ativistas, os sacrificados, os mortos, que não podem ser esquecidos e devem ser guardados pela memória na história.

Aqui em São Paulo o Dia da Luta Operária, comemorado no 9 de julho, tem este papel.

Foi instituído pela lei municipal 16.634, de 2017, de autoria do vereador Antonio Donato (PT), cem anos depois da greve geral de 1917, quando foi martirizado o operário anarquista José Martinez, fuzilado e morto. A repressão selvagem não poupou uma centena de grevistas, homenageados todos na memória do ativista sindical.

A escolha da data é também um contraponto às comemorações da intentona separatista de 1932, ícone da burguesia paulista e paulistana.

O fascismo profundamente entranhado

Charge: Aroeira
Por Jeferson Miola, em seu blog:


A conversa telefônica de Bolsonaro com os irmãos bolsonaristas de Marcelo Arruda, militante do PT assassinado pelo bolsonarista Jorge Guaranho, evidencia o profundo entranhamento do fascismo na sociedade brasileira.

Ninguém esperaria Bolsonaro se solidarizar com a esposa e os filhos do Marcelo, a quem ele asquerosamente se referiu como “o cara que morreu” em uma “briga de duas pessoas”.

É notória a crueldade do Bolsonaro e da matilha fascista, a absoluta indiferença com a vida humana e o total desprezo deles com o sofrimento e a dor alheia. Aliás, eles exaltam a morte e a matança – principalmente da “petezada”, os inimigos que precisam ser aniquilados.

Bolsonaro é um ser poli-classificável. O perfil sócio-psíquico-ideológico dele é encontrável em manuais e enciclopédias.

quarta-feira, 13 de julho de 2022

Como conter a violência bolsonarista?

Com PEC Eleitoral, Bolsonaro vai ao 2º turno?

A política da morte de Bolsonaro

Começa a temporada da violência política

'Aqui é Bolsonaro!' A assinatura do assassino

Riqueza e miséria nos EUA; milhares na rua

A cultura no Brasil e a Lei Aldir Blanc

O recado do TSE aos militares

Os direitos da população negra

terça-feira, 12 de julho de 2022

Ato inter-religioso relembrará Bruno e Dom

Por Altamiro Borges

No próximo sábado, 16 de julho, às 10 horas, um encontro inter-religioso na Catedral da Sé, em São Paulo, homenageará o indigenista Bruno Pereira e o jornalista britânico Dom Phillips, assassinados em 5 de junho último no Vale do Javari (PA). O ato ecumênico também servirá como brado de luta em defesa dos povos indígenas e contra a devastação ambiental.

Convocado pela Frente Inter-religiosa Dom Paulo Evaristo Arns, Comissão Justiça e Paz de São Paulo, Instituto Vladimir Herzog, Comissão Arns e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP), “o encontro pretende ressaltar a importância de defender a vida, a terra e a cultura dos povos indígenas e tradicionais, proteger o meio ambiente e aqueles que lutam para preservá-lo, em meio a violações sistemáticas e institucionalizadas de direitos”.

Inadimplência bate novo recorde no Brasil

Foto: Bancários CGR
Por Altamiro Borges


Enquanto o “capetão” Jair Bolsonaro segue com os discursos golpistas e de ódio, estimulando seus psicopatas assassinos, o Brasil continua afundando na miséria. Dados divulgados pelo Serasa Experian nesta segunda-feira (11) confirmam que o número de pessoas com contas atrasadas bateu novo recorde no país. Segundo o estudo, o mês de maio registrou 66,6 milhões de brasileiros inadimplentes. É o maior índice desde 2016, quando a série histórica teve início.

Assassinato no Paraná repercute no exterior

Virtudes e defeitos do jornalismo econômico

A onda progressista na América Latina

Ilustração: Ribs
Por José Eduardo Bernardes, no jornal Brasil de Fato:

O momento auspicioso da América do Sul, que tem oito de seus 12 governos considerados progressistas, pode ganhar ainda mais força caso a eleição no Brasil se concretize com a vitória de um candidato que defenda correntes políticas que se alinhem ao continente.

É o que garante o ex-ministro das Relações Exteriores (nos governos Lula) e da Defesa (na gestão de Dilma Rousseff), Celso Amorim.

Ao analisar a conjuntura local, Amorim acredita que o momento atual é diferente da primeira onda progressista que tomou a região, entre os anos de 2002 e 2015, vividos intensamente pelo diplomata, que carrega entre os avanços de sua gestão, a criação de importantes instituições como a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) e a Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos).

Carta para uma ex-amiga

Charge: Pedro Silva
Por Lira Neto


Não, minha cara ex-amiga, não podemos continuar amigos, nem lá no Facebook nem aqui na vida real.

Sinto muito. Amigos meus não fazem arminha com a mão, nem muito menos tripudiam da morte de alguém, alvejado por arma de verdade, no dia do próprio aniversário de cinquenta anos.

Amigos meus não fazem piada de atentados terroristas, não acham graça de bombas caseiras espalhando fezes, urina e veneno.

Amizade, minha cara ex-amiga, pressupõe afinidades, conexões, empatias. Comunhão de interesses, sintonia de afetos.

Entre amigos, as diferenças são bem vindas, os modos de pensar não precisam ser idênticos. Você torce Fortaleza; eu, Ceará. Você se diz conservadora; eu sou progressista. Você é de direita; eu, de esquerda. Até aí tudo bem. As assimetrias nunca impediram nossos abraços a cada reencontro.

De novo, o tumor Bolsonaro

Charge: Pete Kreiner
Por Cristina Serra, em seu blog:


A morte a tiros do guarda municipal Marcelo de Arruda, em Foz do Iguaçu, evidencia o quanto a violência associada à campanha eleitoral já está disseminada e tende a piorar. Mas o assassinato do militante petista pelo bolsonarista Jorge José Guaranho não é o primeiro ato de violência política neste Brasil inoculado pelo vírus da brutalidade.

É preciso recuar no tempo. O marco zero do ciclo de barbárie é 14 de março de 2018, com o assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, quando o Rio de Janeiro estava, havia um mês, submetido à intervenção federal na segurança pública, algo inédito desde a Constituição de 1988.