quarta-feira, 11 de outubro de 2023

A cobertura da imprensa da guerra em Gaza

O fascismo não passou e é preciso agir

Charge: Gilmar
Por Helena Chagas, no site Brasil-247:


A derrota do fascismo nas eleições do ano passado, muito provavelmente evitando que o país mergulhasse numa ditadura, deu a alguns esperanças de que as trevas fossem página virada.

Quase um ano após a vitória de Lula, porém, constatamos que não. Embora minoritárias, as forças da extrema direita - o fascismo - nos esperam em cada esquina, seja nas redes, nas ruas violentas das grandes cidades ou no debate ideológico-comportamental que alimenta a militância troglodita.

Como já dissemos, elas não representam a maioria do povo brasileiro, de índole pacífica, generosa e não preconceituosa, mas majoritariamente conservador na área dos costumes - e, por isso, presa fácil de um discurso eleitoral que pode, futuramente, reaglutinar o centro conservador e a direita.

Jesus e o genocídio do povo palestino

Arte de Vasco Gargalo para a Festa do Avante, Portugal
Por Jair de Souza


Por ter nascido em uma família de escassos recursos, me vi obrigado a começar a trabalhar com uma idade na qual se esperaria que uma criança estivesse brincando e frequentando a escola. Porém, tendo tão somente onze anos de idade, passei a fazer parte de nossa classe operária, trabalhando em uma fábrica de calçados no bairro do Tatuapé, em São Paulo.

Foi ali naquele ambiente fabril, numa fase de forte efervescência das lutas dos trabalhadores brasileiros, que eu aprendi com meus companheiros de jornadas a ver em Jesus uma luz para nos guiar na busca por um caminho que nos afastasse das condições de penúria em que nos encontrávamos. E eu não andava rodeado de pessoas que mantinham a cabeça no céu e longe da realidade. Aqueles que me falavam de Jesus não se atinham a questões espirituais, senão que apontavam para seu exemplo de vida como um modelo a seguir por quem aspirasse a reedificar um mundo em que prevalecessem a justiça, a solidariedade e a preocupação prioritária com os mais necessitados.

Líder indígena quer Equador unido e soberano

Ricardo Ulcuango Farinango
Por Caio Teixeira e Leonardo Wexell Severo - Direto de Quito-Equador

Em entrevista exclusiva, Ricardo Ulcuango Farinango, reeleito à Assembleia Nacional e ex-presidente da poderosa Confederação de Nacionalidades Indígenas do Equador (Conaie), defendeu que o país vá às urnas no próximo domingo “na luta contra o império”, com a consciência de que “é necessário fortalecer a independência, avançando a industrialização para gerar novas fontes de emprego e com maior valor agregado”. Na tentativa de impedir a chegada ao poder de líderes nacionalistas, o parlamentar denuncia “que o império persegue política e judicialmente os líderes progressistas, mesmo sem nenhuma prova, como aconteceu com Lula e Rafael Correa”, alerta para as manipulações midiáticas, fala da derrota da oligarquia e conclama a todos a se manterem vigilantes para impedir uma fraude no próximo domingo (15).

Piso salarial e Previdência Social

Luiz Marinho. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Por João Guilherme Vargas Netto


Ao longo de quase três séculos, paulatinamente, o capitalismo vigente vem se globalizando, eliminando ou incorporando formas anteriores de exploração do trabalho humano, sofrendo crises sucessivas e reorganizando a cada nova etapa as relações de trabalho e as expressões coletivas dos trabalhadores.

A cada desorganização seguia-se uma reorganização, ritmo que foi perturbado na atualidade (desde o desmantelamento da União Soviética), quando à desorganização seguiu-se a continuidade da própria desorganização, tornada possível pelos modernos meios técnicos à disposição dos capitalistas.

Um exemplo dessa situação, aqui no Brasil e no resto do mundo, são os trabalhadores por aplicativo, uma forma descontrolada e abrangente de relações de trabalho precarizadas, ao lado da terceirização, da informalidade, do desemprego e das redes sociais de “empreendedores”.

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Israel x palestinos: antídoto contra a má-fé

Charge: Jorge
Por Bepe Damasco, em seu blog:


É patética a indignação seletiva dos Estados Unidos e da União Europeia, reverberada pela imprensa ocidental, ao tratar da guerra deflagrada por Israel contra o povo palestino.

Bastam 15 minutos de atenção à cobertura da GloboNews para que a manipulação grosseira da guerra salte aos olhos. Repare que só são ouvidos "especialistas" pró-Israel.

Por essa lógica torta, o ataque do Hamas contra civis de Israel é terrorismo, mas o bombardeio, por parte do exército israelense, de mesquitas, casas, hospitais e escolas é apenas "o direito legítimo de Israel de se defender."

De acordo com essa visão cínica da realidade, é justo que Israel aposte todas suas fichas no genocídio da população de Gaza, impedindo a entrada de comida, água, eletricidade e remédios.

Por que Israel não pode vencer

Charge: Latuff
Por Chris Hedges, no site Outras Palavras:

As mortes indiscriminadas de israelenses, perpetradas pelo Hamas e outras organizações de resistência palestinas, o sequestro de civis, a chuva de foguetes sobre Israel, os ataques de drones em diversos alvos, desde tanques até ninhos de metralhadoras automatizadas, são a linguagem familiar do ocupante israelense. Israel tem usado essa fala ensanguentada com aos palestinos desde que as milícias sionistas tomaram mais de 78% da Palestina histórica, destruíram cerca de 530 aldeias e cidades e mataram cerca de 15 mil, em mais de 70 massacres, entre 1947 e 49. Cerca de 750 mil palestinos foram etnicamente expulsos para criar o estado de Israel em 1948.

Desafios da Petrobras num cenário de tensões

Reforma agrária e os compromissos de Lula

Israel, Hamas e o novo contexto geopolítico

Os rumos da economia do governo Lula

Resistência palestina: história e atualidade

Moro grampeava desde o início da carreira

Os vampiros contra a saúde pública no Brasil

domingo, 8 de outubro de 2023

Possíveis efeitos do ataque do Hamas a Israel

Ataque aéreo israelense na cidade de Gaza (07/10/23)
Foto: Fatima Shbair/AP
Por Marcelo Zero, no site Viomundo:


1. O violento e bem planejado ataque do Hamas a Israel, de magnitude inédita e que já ocasionou centenas de mortes de ambos os lados do conflito, deverá produzir consequências sérias e amplas.

2. No plano interno da política israelense, o cenário mais provável é o fortalecimento político de Netanyahu, com a formação de um governo de “união nacional”, o qual já recebeu sinalização positiva da maioria da oposição.

Embora essa união possa ser provisória, ela representa um alívio para o atual governo, submetido a muita pressão interna em razão das mudanças propostas no Poder Judiciário.

3. No plano externo, as consequências deverão ser diversas e muito sérias.

Lula e o cerco das hienas

Foto: Ricardo Stuckert
Por Roberto Amaral, em seu blog:


Na sequência do óbito do “presidencialismo de coalizão”, um invento acadêmico, vivenciamos significativas alterações no funcionamento das instituições. De aparência superficial, elas no entanto podem resultar em distúrbios estruturais na natureza do regime, mutante a partir do jogo das forças políticas do sistema. Evidentemente sem jamais ameaçar os interesses da classe dominante. Ocorrem, repito, na superfície. Tratam-se de recomposição dos pesos e competências dos poderes da república, que se processa no mundo da vida real, à margem do ordenamento constitucional, ainda intacto na sua formalidade. Embora não responda a um chamamento do processo social, o redemoinho atende a necessidades do processo político, ditadas, na origem, pela crise da representatividade que nos acompanha desde sempre. Soma-se a isso uma correlação de forças que não se conforma no pronunciamento eleitoral de 2022. A resistência é fática, e caminha da Faria Lima à caserna, reanimada com a impunidade com que a afaga o ministério da defesa, sob controle do castro, hoje como dantes.
 

Vai sobrar para o general Ridauto

Charge: Ani/Blog do Moisés Mendes
Por Moisés Mendes, em seu blog:

Ridauto Lúcio Fernandes, o general-cinegrafista que filmava a própria cara e festejava a invasão de Brasília no 8 de janeiro, que se prepare. Pode sobrar pra ele, e só pra ele e alguns outros desimportantes.

É esse o recado dos grupos articulados no Congresso, na grande imprensa e em rodas empresariais, que tentam amedrontar Alexandre de Moraes.

As mordaças no STF não buscam apenas efeitos de médio e longo prazo. Tentam conter danos agora, de imediato, pela mensagem que enviam a todos os que continuam desafiando a direita e o fascismo.

Por isso o general deve prestar atenção no que vai sobrar pra ele. Pode ser que Ridauto, oficial de elite do Exército, integrante dos agora famosos kids pretos, seja sacrificado por não conseguir conter a vaidade e se expor como apoiador dos invasores de Brasília.

Mentira do Estadão segue método sujo da Veja

Imagem do site VectorStock
Por Luís Costa Pinto, no site Brasil-247:


Em agosto de 1998, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso disputava a reeleição (a 1ª de nossa História) contra Luiz Inácio da Silva, houve uma crise financeira internacional que derrubou os mercados internacionais e destroçou as economias da Rússia e de diversos países asiáticos.

O Brasil era a bola da vez: o Real, que elegeu FHC em 1994, estava sobrevalorizado e nossas reservas internacionais estavam praticamente zeradas. O presidente norte-americano à época, Bill Clinton, já convertido em amigo pessoal do colega brasileiro, manobrou mundos e fundos - sobretudo fundos - para fazer o FMI salvar a nossa economia da bancarrota e determinar o resultado da reeleição de Fernando Henrique.

O risco militar no Brasil se Trump for eleito

Charge: Gerard Alsteens
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A candidatura presidencial de Donald Trump para a eleição de novembro de 2024 nos Estados Unidos ainda é uma incógnita. Enredado em processos judiciais e investigações policiais, ele poderá até disputar a eleição preso ou, no extremo, ver cassado o direito de concorrer.

Na hipótese de Trump disputar o pleito, a vitória dele é uma possibilidade bastante concreta de acontecer. Seria um resultado péssimo não só para a metade final do mandato do presidente Lula, mas para a sobrevivência da democracia brasileira.

Em entrevista em junho passado, o atual chefe do Estado-Maior do Exército, general Fernando José Sant’Ana Soares e Silva, afirmou que “Nós, o Exército, nunca quisemos dar nenhum golpe”.

E arrematou, com um atrevimento que pode ser considerado como advertência: “Tanto não quisemos, que não demos”.

A batalha de Waterloo de Lula

Foto: Ricardo Stuckert
Por Luís Nassif, no Jornal GGN:


Peça 1 – a síndrome do General Grounchy

Refiro-me ao general Emmanuel de Grounchy, responsável pela derrota de Napoleão Bonaparte em Waterloo.

Foi incumbido por Napoleão de encontrar o exército prussiano. E cometeu erros fatais, que levaram à derrota de Waterloo:

Não conseguiu encontrar o exército prussiano.

Não enviou relatórios regulares a Napoleão, o que deixou o imperador sem informações sobre a localização do exército prussiano.

Não voltou para o campo de batalha de Waterloo a tempo de ajudar Napoleão.