segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Cresce a inquietação social na Europa

Protesto na cidade de Günzburg, na Baviera
Foto: Stefan Puchner/DPA/PictureAlliance
Por Flávio Aguiar, no site da RFI:


A Europa continental foi cenário nos últimos dias de um crescimento exponencial dos protestos sociais, sobretudo nos transportes e no setor agrícola.

Na Alemanha houve a paralisação sucessiva do sistema ferroviário nacional, dos aeroportos e por fim do transporte urbano em Berlim durante algumas horas da manhã de sexta-feira passada. Motivo: reivindicações salariais e de melhores condições de trabalho. A Covid 19 deixou de ser o fantasma fatal de tempos atrás, mas continua penalizando trabalhadores que se vêm impossibilitados de desempenhar suas funções, sobrecarregando os demais. E conta nesta época do ano com seu aliado, o inverno, que, com fortes resfriados, também vai levando trabalhadores ao repouso forçado.

A arte de demonizar inimigos do imperialismo

Ilustração do site Stock
Por Jair de Souza


Desde que a indústria do entretenimento cinematográfico surgiu nos Estados Unidos e Hollywood passou a simbolizar sua sede, sua utilização com propósitos de disputa geopolítica tem sido uma constante.

Muito além da efetividade exercida pelas obras literárias e pelas divulgações informativas através de suas várias ramificações (imprensa escrita, rádio e televisão) a formatação ideológica alcançada por meio das produções cinematográficas hollywoodianas é, comprovadamente, superior. Muito de sua eficácia se deve, provavelmente, por ser recebida por seus espectadores como material de entretenimento não engajado. Ou seja, ao não se apresentar como uma peça de disputa ideológica que busca fazer a cabeça das pessoas, ela consegue desarmar mais facilmente o esquema de resistência de quem a recebe.

Creio que todos os que já atingiram a casa dos 50 devem se lembrar que, desde nossa mais tenra idade, de maneira inadvertida e inconsciente, éramos alvos das mensagens subliminares que visavam sedimentar em nossa mente uma sólida identificação com os valores culturais e com os objetivos políticos e econômicos dos Estados Unidos e de seus parceiros no comando da hegemonia capitalista mundial.

O papel das redes sociais em golpes e guerras

Por Jeferson Miola, em seu blog:

O instituto de pesquisas V-Dem, de Gotemburgo, Suécia, avalia que a partir de 2010 começou ocorrer o declínio marcante das democracias liberais em todo o mundo. Essa piora tem uma tendência sustentável e acelerada, o que ensejou o V-Dem a publicar o inédito “Alerta de Autocratização” em 2020.

“Esse retrocesso ocorre não só em lugares onde a democracia é novidade, mas também em países ricos, liberais, cujas democracias já foram consideradas sacrossantas”, constata Barbara F. Walter, professora de assuntos internacionais da Universidade da Califórnia, EUA, no livro Como as guerras civis começam e como impedí-las [Editora Zahar, pág. 134].

A autora diz que “por um tempo, pelo menos, a exceção mais evidente a essa tendência foi a África”.

“A África era um ponto fora da curva também em outro sentido: no mesmo período, seus países foram aqueles em que a internet teve menos penetração em todo o mundo”, destaca.

Band é multada por destempero de Datena

Identitarismo fortalece ou fragiliza as lutas?

Ciro Gomes destrói o PDT: Cid deixa o partido

Globo chocou ovo da serpente fascista no país

domingo, 4 de fevereiro de 2024

Record volta a demitir; clima é de terror

Charge: J.Bosco
Por Altamiro Borges

Segue o clima de terror entre os profissionais da Record, a emissora do bispo Edir Macedo, da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd). Nos últimos dias, cerca de dez funcionários foram demitidos da sua filial em Goiânia (GO), segundo denúncia do site de entretenimento F5. “O principal nome foi o da jornalista Fernanda Arcanjo. Ela tinha dez anos de empresa e era repórter de programas como Domingo Espetacular, além de ser âncora do Goiás Record, maior audiência da emissora na capital goiana”, descreve a matéria.

Líder da bancada evangélica é cassado no AM

Charge do site Amazonas1
Por Altamiro Borges


Na semana passada, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas cassou o mandato do deputado federal Silas Câmara (Republicanos) por captação de recursos ilícitos e abuso de poder econômico na campanha de 2022. Ainda cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a decisão do TRE caiu como uma bomba entre as forças de extrema direita. O bolsonarista preside a poderosa e influente Frente Parlamentar Evangélica (FPE) no Congresso Nacional.

Bolsonaro está decepcionado com Zé Trovão

Por Altamiro Borges


Eleito na carona do bolsonarismo em 2022, o deputado Marcos Antônio Pereira Gomes, vulgo Zé Trovão (PL-SC), está sofrendo para explicar um áudio vazado que o tornou alvo da fúria da extrema direita. Na mensagem gravada, ele enfatiza que o ex-presidente foi “o maior mau exemplo para a política” do país. Bombardeado, ele até tentou se justificar, afirmando que sua fala estaria “fora do contexto” – sempre a mesma desculpa. Mas não adiantou. Até o “capetão”, que é bem rancoroso, parece decepcionado com sua criatura grotesca.

Zambelli tenta ressuscitar Padre Kelmon

Charge: Izanio
Por Altamiro Borges


O site UOL confirmou na semana passada que o patético Padre Kelmon, ex-candidato do extinto PTB à presidência da República em 2022 que serviu de palanque para o fascista Jair Bolsonaro, anunciou a sua pré-candidatura a prefeito de São Paulo nas eleições de outubro próximo. Ele até já escolheu seu companheiro de chapa. “O vice será o pastor evangélico Manoel Ferreira Junior, que também é do PRD”, descreve a matéria.

Mourão defende Carluxo: o incapaz e o bosta

Charge: Jorge Cosme
Por Altamiro Borges


A operação de busca e apreensão da Polícia Federal no gabinete e na residência do vereador Carlos Bolsonaro no Rio de Janeiro e na casa de veraneio da famiglia em Angra dos Reis deixou os bolsonaristas desesperados. Até quem não gosta do filhote 02 do ex-presidente fujão – e muita gente dessa milícia odeia o desequilibrado Carluxo – saiu em seu socorro. No fundo, eles temem por seu futuro político e daí o espírito de corpo.

A defesa mais insólita e hilária foi feita pelo general Hamilton Mourão, atual senador pelo Rio Grande do Sul e ex-vice do “capetão”. Em entrevista ao site Metrópoles, ele disse na maior caradura desconhecer a existência da Abin Paralela e fustigou: “Não tenho conhecimento, por outro lado julgo que o Carlos não tem competência e capacidade para isso”. Em outras palavras, o general confirmou que o Carluxo é incompetente e incapaz.

A Intransparência Internacional

Foto do site Agência Pública
Por Flávio Aguiar

O incompreensível rebaixamento do Brasil no Índex Anti-Corrupção da ONG Transparência Internacional despertou uma série de críticas sobre sua Seção Brasil, com suas antepassadas ligações suspeitas com as atividades indecorosas da Operação Lava Jato e seus projetados lucros financeiros para formar uma Fundação a partir de iniciativas do ex-procurador Deltan Dallagnol.

Esta matéria da revista Carta Capital, de Ana Flávia Gussen, publicada em 13/03/2021, sintetiza a série de acusações levantadas contra a ONG e o procurador-líder da Lava Jato, reproduzindo, inclusive, uma carta em que a TI Brasil as nega, dizendo-se “perseguida”. Estas acusações contra a Seção Brasil tiveram ampla repercussão internacional.

É claro que por outro lado, a queda do Brasil no Índex foi anotada e saudada por inimigos tradicionais do governo liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, como O Globo e o ex-juiz Sérgio Moro.

Nova Política Industrial não é jabuticaba

Foto: Divulgação/MDIC
Por Marcelo Zero, no site Brasil-247:


Parte considerável da nossa mídia e dos nossos comentaristas de economia parece viver numa bolha ideológica. Uma bolha neoliberal que estacionou no espaço-tempo do Brasil dos idos das décadas 80 e 90 do século passado.

Como Milei, aferrado em sua admiração a Thatcher e Menem, os elementos dessa bolha ainda não chegaram ao mundo do século XXI.

Essa parece ser a única explicação plausível para as infundadas críticas ao plano da Nova Indústria Brasil (NIB), lançado recentemente pelo governo brasileiro.

Mal foi anunciado, o plano foi recebido com críticas negativas e vaticínios sombrios sobre seu inevitável fracasso. Sequer foram feitas análises minimamente criteriosas. Simplesmente afirmaram, com base em pressupostos ideológicos arcaicos, que a Nova Indústria Brasil repete as mesmas fórmulas “que não funcionaram em governos passados”.

Faria Lima e mídia detestam Guido Mantega

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
Por Bepe Damasco, em seu blog:

Economista de linha desenvolvimentista e avesso à ortodoxia neoliberal, Guido Mantega tem sólida formação acadêmica. Nascido em Gênova, Itália, mas naturalizado brasileiro, Mantega é graduado e pós-graduado em Economia pela USP, onde também concluiu doutorado em Sociologia. Lecionou economia na PUC-SP. Atualmente é professor da Escola de Administração da Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.

Mantega foi o ministro da Economia que ficou mais tempo no cargo, nos governos Lula e Dilma, com oito anos e nove meses à frente do ministério. Antes, presidiu o BNDES e comandou a pasta do Planejamento.

Mas, por que será que, desde que deixou o governo, no começo do segundo mandato de Dilma, Mantega se transformou em vilão das contas públicas, na visão dos rentistas e de seus porta-vozes na imprensa corporativa?

Nova Indústria Brasil e o sindicalismo

Foto: Kayo Sousa/MCom
Por João Guilherme Vargas Netto


A história econômica das nações demonstra o papel estratégico da industrialização no crescimento.

Aqui no Brasil esta constatação também é válida, até mesmo ao se vincular o baixo crescimento à desindustrialização acelerada sob a égide do rentismo, do fiscalismo e da ideologia neoliberal.

Para enfrentar e resolver esta deformação o governo apresentou o plano Nova Indústria Brasil, com princípios e missões capazes de fazer avançar a indústria.

Sobre o plano, que foi escandalosamente atacado na mídia grande, recomendo a leitura do artigo de Antonio Corrêa de Lacerda, no Estadinho do dia 30, terça-feira, em que ele afirma enfaticamente que “o Brasil agora tem um plano”.

A aliança de governabilidade Lula-STF

Foto: Ricardo Stuckert
Por Jeferson Miola, em seu blog:

A equação do presidente Lula com Flávio Dino e Ricardo Lewandowski significa uma aposta na formação de uma aliança de governabilidade do Executivo com o STF.

É uma tentativa de substituir a inconfiável e fracassada governabilidade congressual tentada com Arthur Lira, o líder do sistema parlamentar de achaque e extorsão.

As dificuldades e impasses criados pela Câmara dos Deputados no primeiro ano de governo evidenciaram a necessidade de Lula buscar uma saída para contornar a correlação de forças hostil no Congresso. A saída escolhida foi a formação deste bloco de poder com o STF. Se dará certo ou não, o tempo dirá.

No jogo contínuo de chantagens e ameaças, Lira sempre aumenta o preço do apoio prometido. Ele sinaliza que continuará cobrando do governo um preço cada vez mais impagável para, ao fim e ao cabo, acabar não garantindo a aprovação dos projetos que integram o programa eleito em 30 de outubro de 2022.