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Na semana passada, o Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas cassou o mandato do deputado federal Silas Câmara (Republicanos) por captação de recursos ilícitos e abuso de poder econômico na campanha de 2022. Ainda cabe recurso no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), mas a decisão do TRE caiu como uma bomba entre as forças de extrema direita. O bolsonarista preside a poderosa e influente Frente Parlamentar Evangélica (FPE) no Congresso Nacional.
A emblemática cassação teve quatro votos favoráveis e dois contrários. A maioria dos juízes acolheu o pedido de cassação apresentado pelo Ministério Público Eleitoral. O MPE acusou Silas Câmara de irregularidades no fretamento de aeronaves durante as eleições de 2022. O líder evangélico é casado com a também deputada Antônia Lúcia Câmara (Republicanos-AC) e teria usado recursos públicos de forma ilegal nas duas campanhas.
Em nota, defesa de Silas Câmara negou a existência de irregularidades e jurou que o mandato foi “conquistado de forma limpa e honesta... A decisão foi formada por pequena maioria de votos e contrariou posição anterior do próprio TRE-AM, que aprovou as contas do deputado. A confiança na reversão do julgamento é total”. Ela também afirmou que o deputado permanecerá “no exercício pleno de suas responsabilidades enquanto aguarda a apreciação do caso em definitivo pela Justiça Eleitoral”.
Como registra o jornal Folha de S.Paulo, “o deputado está em seu sétimo mandato seguido na Câmara Federal. Nas últimas semanas, ele esteve à frente de discussão com o governo Lula (PT) sobre a isenção tributária para pastores e se reuniu com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), para discutir o assunto”. Graças à forte influência da bancada evangélica, Silas Câmara já se livrou de inúmeras outras acusações – como a do uso das “rachadinhas” para extrair grana de seus assessores. O líder da FPE é quase um santo!
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